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Sem carrinho, mãe coloca gêmeas Maiara e Maraísa em caixa de papelão enquanto trabalha no AC: ‘Necessidade’

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Gêmeas ficam dentro de uma caixa de papelão enquanto mãe trabalha — Foto: Cely Gomes/Arquivo pessoal

Por Aline Nascimento, G1 AC

Sem um carrinho de bebê e precisando sair para trabalhar, a autônoma Raimunda da Costa Raulino, de 33 anos, precisou improvisar uma caixa de papelão para colocar as gêmeas Maiara e Maraísa Raulino Moura, de 1 mês e 10 dias. Raimunda vende doces, guloseimas, cigarros e outros produtos em uma banquinha no bairro Cidade Novo, em Rio Branco, onde mora.

É de lá que ela tira o dinheiro para comprar comida e leite para os nove filhos. Mas, sem ter com quem deixar as filhas recém-nascidas e sem um carrinho de bebê, ela as leva e coloca ao lado da barraquinha em uma cama improvisada dentro de uma caixa de papelão enquanto atende os clientes. Ao G1, Raimunda contou que está levando as meninas há duas semanas para o trabalho.

“É tipo de uma cama, ficam lá dentro. Preciso de um carrinho, se tivesse era melhor. Se conseguisse um para as gêmeas seria melhor. Cubro elas, ficam cobertas com uma fralda, não ficam no relento. É uma necessidade”, contou Raimunda.

As meninas nasceram de um parto prematuro por meio de uma cesariana no dia 2 de julho no Hospital Santa Juliana. Maiara Raulino Moura nasceu pesando 2,1 quilos e medindo 42 centímetros. Já Maraísa Raulino Moura, teve o quadro mais delicado, ficou sete dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) porque pesou apenas 1,8 quilo.

O amor pela dupla sertaneja Maiara e Maraísa levou a família das gêmeas a dar o nome das cantoras às pequenas. Além delas, Raimunda é mãe de outros sete filhos, com idades de 1 ano e cinco meses, 6, 8, 11, 12, 14 e 16 anos, idade do filho mais velho, sendo que uma das filhas é especial.

O companheiro de Raimunda e pai das crianças trabalha como diarista em uma fazenda. Ela fica em casa com os filhos e conta com uma pensão da filha deficiente. Como o dinheiro é pouco, a autônoma montou uma barraquinha para vender bombons, pirulitos e outros doces ao lado de uma casa lotérica que fica no bairro em que ela mora, onde tem mais movimento.

Os outros sete filhos ficam em casa enquanto ela trabalha. Raimunda garante que vai sempre em casa, que fica perto da lotérica, e olha os filhos entre um venda e outra. “Tenho o salário da minha filha, mas é por mês e ter nove filhos para alimentar não é fácil. As outras ficam com minha filha de 12 anos. Não fico direto na banquinha, vou em casa, fico lá e volto”, destacou.

Bebês nasceram de um parto prematuro no dia 2 de julho — Foto: Arquivo pessoal

Bebês nasceram de um parto prematuro no dia 2 de julho — Foto: Arquivo pessoal

Ainda segundo Raimunda, além de mamar, as gêmeas também tomam um leite especial para ajudar no desenvolvimento. As latas de leite custam entre R$ 73 a R$ 60, mas, com as vendas, Raimunda não consegue tirar nem R$ 20 por dia.

Por isso, a mãe diz que precisa de doações para sustentar não só as filhas gêmeas, mas também os demais filhos.

Raimunda mora de aluguel com os filhos  no bairro Cidade Novo, em Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal

Raimunda mora de aluguel com os filhos no bairro Cidade Novo, em Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal

“Estou precisando de alimentos para as crianças. Elas mamam, mas tomam leite também, que custam entre R$ 73 a R$ 60 e não tenho como comprar. O pai delas está trabalhando como diarista na colônia e fico aqui com elas”, lamentou.

Além de alimentos, a mãe diz que precisa também de doações de fraldas e roupas infantis para as filhas recém-nascidas. As doações podem ser deixadas na barraquinha de Raimunda, no bairro Cidade Nova. “Só não posso ir buscar, não conheço nada aqui, só fico em casa com as meninas. Fica difícil ir buscar”, afirmou.

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Jovem é brutalmente agredido por grupo de homens no bairro Eldorado, em Rio Branco

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Vítima foi socorrida pelo Samu e encaminhada ao Pronto-Socorro com suspeita de fratura e luxação

Um caso de agressão física foi registrado no final da tarde desta quarta-feira (17), na rua Santa Luzia, no bairro Eldorado, região da parte alta de Rio Branco. A vítima, identificada como Rodrigo Gonçalves Bezerra, de 26 anos, foi violentamente atacada por vários homens.

De acordo com informações apuradas, o jovem teria sido agredido com ripas de madeira, barra de ferro e pedradas. A ação, conforme relatos preliminares, pode ter sido motivada por uma suposta forma de “disciplina”. Após as agressões, os autores fugiram do local e ainda não foram localizados.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado somente durante a noite. A equipe encontrou a vítima na própria rua Santa Luzia, prestou os primeiros atendimentos no local e, em seguida, encaminhou Rodrigo ao Pronto-Socorro de Urgência e Emergência de Rio Branco.

Na unidade hospitalar, o jovem foi entregue ao Setor de Traumatologia, onde os médicos constataram luxação no cotovelo esquerdo, hematomas no tórax posterior e suspeita de fratura em uma das costelas. Apesar das lesões, o estado de saúde da vítima foi considerado estável.

Segundo as informações disponíveis, a Polícia Militar não chegou a ser acionada para atender a ocorrência. O caso deverá ser apurado pelas autoridades competentes.

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Polícia Civil leva emissão da Carteira de Identidade Nacional a comunidades ribeirinhas de Sena Madureira

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O coordenador do Instituto de Identificação em Sena Madureira, Carlos Ferrari, e o oficial investigador da Polícia Civil, Marcos Oriar, se deslocaram até as comunidades ribeirinhas, garantindo que o serviço fosse prestado diretamente à população local

Polícia Civil esteve nas comunidades Campinas e Santa Polônia, em Sena Madureira, levando o direito à identidade a quem mais precisa. Foto: cedida

O Instituto de Identificação da Polícia Civil do Acre (PCAC), que atua no município de Sena Madureira, realizou, na última terça-feira,16, atendimentos para emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN) nas comunidades Campinas e Santa Polônia, localizadas às margens do Rio Purus, a cerca de uma hora de viagem de barco da cidade.

A ação teve como objetivo atender moradores de localidades de difícil acesso, especialmente pessoas com algum tipo de comorbidade ou limitação física, que enfrentam dificuldades para se deslocar até a sede da Delegacia de Polícia, onde funciona o posto de identificação.

Para a realização dos atendimentos, o coordenador do Instituto de Identificação em Sena Madureira, Carlos Ferrari, e o oficial investigador da Polícia Civil, Marcos Oriar, se deslocaram até as comunidades ribeirinhas, garantindo que o serviço fosse prestado diretamente à população local.

Ao todo, oito pessoas foram atendidas, entre elas uma idosa de 68 anos com problemas de locomoção, pessoas com problemas cardíacos, um senhor que sofreu um derrame, além de crianças que necessitavam do documento.

De acordo com o diretor do Instituto de Identificação, Júnior Cesar, a iniciativa reforça o compromisso da Polícia Civil com a população de Sena Madureira e com o programa Identidade para Dignidade, desenvolvido em parceria com o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), na comarca do município. “Essa ação leva cidadania, dignidade e acesso a direitos às comunidades mais distantes, assegurando a inclusão dessas pessoas nos serviços públicos essenciais”, destacou.

A mobilização do Instituto de Identificação reafirma o papel social da Polícia Civil do Acre, promovendo cidadania e garantindo direitos fundamentais à população ribeirinha.

“Essa ação leva cidadania, dignidade e acesso a direitos às comunidades mais distantes, assegurando a inclusão dessas pessoas nos serviços públicos essenciais”. Fotos: captada 

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Polícia Civil deflagra operação contra roubo de 114 bois e falsificação de documentos no Acre

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Mais de 40 policiais cumpriram 13 mandados em ação que investiga esquema de GTAs falsas para “esquentar” gado roubado

A ação mobilizou mais de 40 policiais civis para o cumprimento de 13 mandados, sendo 12 de busca e apreensão e um de prisão, no Acre, executados simultaneamente no estado de Rondônia. Foto: ilustrativa 

A Polícia Civil do Acre (PCAC) deflagrou nesta quarta-feira (17) uma operação para desarticular um esquema criminoso envolvendo o roubo de 114 bovinos, duas motocicletas e a falsificação de Guias de Trânsito Animal (GTAs). A ação, coordenada pela Delegacia de Combate a Roubos e Extorsões (DCORE), mobilizou mais de 40 policiais para cumprir 13 mandados — sendo 12 de busca e apreensão e um de prisão — no Acre e em Rondônia.

As investigações apontam que o grupo usava GTAs falsas para simular a legalidade da origem do gado roubado, inserindo os animais no mercado formal por meio de receptação e “esquentamento” de documentos.

O objetivo da operação é prender parte dos executores do roubo e reunir provas que indiquem a existência de uma organização criminosa estruturada.

Há indícios de que o grupo atuava na receptação e no “esquentamento” de GTAs, permitindo que bovinos provenientes de atividades ilícitas fossem inseridos no mercado formal e repassados a terceiros como se tivessem origem legal.

As investigações continuam para identificar todos os envolvidos e dimensionar a extensão do esquema criminoso. A Polícia Civil informou que novas informações poderão ser divulgadas à medida que o trabalho avance.

As investigações seguem em andamento para identificar todos os envolvidos e esclarecer a extensão do esquema criminoso. Foto: montagem 

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