Acre
Rosana diz que o ano letivo de 2016 não vai começar e que a FPA será derrotada em 2018
“O reflexo será nas urnas, não tenho dúvidas disso. Podem até reeleger o prefeito da capital, mas com certeza não voltarão ao poder em 2018”
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac), Rosana Nascimento, avalia que o PT não voltará ao poder em 2018. Ela faz um balanço das contradições do governo, que incha a folha com cargos comissionados, mas diz não ter dinheiro sequer para repor a inflação nos salários de trabalhadores que ganham R$ 600. Nascimento diz ainda que “a categoria está doente” e credita, ao grupo do governador Tião Viana, o esfacelamento da Frente Popular.
Ela liderou a mais longa greve da história acreana (65 dias) e, aliada a outros sindicalistas, anunciou outro movimento paredista, desta feita contra cortes de salários, o que, segunda ela, caracteriza descaso e perseguição. “Os professores do Acre darão o troco nas urnas. Será uma resposta à precarização da educação e saúde”, ameaçando uma nova greve antes do inicio do ano letivo.
Quanto aos argumentos palacianos de que não existem recursos, alegando a crise econômica, Nascimento contrapõe expondo aquilo que o petismo tinha como dogma: a propalada inversão de prioridades. “Prioridade é manter uma legião de apadrinhados em cargos comissionados? É pagar pensão para ex-governadores? É investir o dobro em mídia do que em segurança? É enriquecer empresários sanguessugas? É destinar milhões do orçamento para a Casa Civil e o Gabinete da vice-governadora?”, detona a líder sindical.
O respeito que os professores tinham pela Frente Popular acabou, evaporou. Resta um sentimento de muito pesar e uma decepção enorme
À frente do Sinteac e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a ativista admite alguns erros. “Fui ingênua em pensar que o PT pudesse representar os trabalhadores. Trata-se de uma legenda degenerada que vendeu a sua alma para o diabo”, sentencia ela, ressaltando que jamais vai trair a classe a qual representa. “A missão do sindicalista é apenas uma: defender a categoria, diz”.
Depois de realizar um congresso na semana passada Rosana, faz um balanço da sua administração, para quem é positiva, mas volta esclarecer alguns assuntos que o governo estadual, por ter um poder midiática maior, tenta confundir a opinião pública. “O governador pode até tentar, mas somos uma categoria unida e politizada”, enfatizou a líder sindical. Vejam os principais tópicos:
Decidimos, em Assembleia, que o ano letivo de 2016 não vai começar. A valorização do professor e dos funcionários de escola sempre foi um caos.
A intransigência do governo
“O governo já está numa estratégia baixa, danosa e covarde. Diz que só teria condições de nos garantir algum ganho real em 2017. Nós sabemos que é mentira. Nós sabemos que há recursos e condições para atender ás nossas reivindicações. Mas nós não vamos aceitar isso. Os trabalhadores estão ainda mais indignados. Um servidor de escola recebe, no Acre, hoje, em torno de R$ 600,00. A maioria tem empréstimos bancários a pagar e tem outras obrigações fixas como alimentação, luz, água, aluguel, etc. A nossa categoria está doente. Após os 45 anos, um professor ou qualquer outro profissional pagar muito mais caro pela sua medicação”
Consequências
“Nós avaliamos que o governo do Acre quer castigar a nossa gestão, a “Garra e Luta”. Eles se sentiram afrontados. Nós deixamos o governo do PT desgastado. O PT virou chacota nas redes sociais, como se não bastasse toda a rejeição do PT em nível nacional. Nós não quisemos enfraquecer governos, mas o fizemos por força de uma luta que devia ser encampada. A greve foi uma obrigação nossa diante da insensatez do senhor Tião Viana e seus comandados. Nós merecemos ser valorizados. É nosso direito ter reajuste na nossa data-base. Nem mesmo a reposição inflacionária nos é dada. Infelizmente, a prioridade são os cargos comissionados. Disseram que no dia 16, no ato contra o Impeachment, havia mais de 10 mil comissionados do Acre nas ruas balançando a bandeira do PT para defenderem seus empregos”.
Nós fomos flexíveis ao extremo. Até aceitamos parcelamentos em 2016 e 2017. Aceitamos até 50% da VDP aos professores em 2015. Mas eles disseram não pra tudo
A diferença
“A educação tem feito a diferença. E fará muita diferença nas eleições, pode ter certeza. O ano letivo não vai começar. Médicos e demais trabalhadores em saúde também devem parar suas atividades. Como presidente da CUT no Acre, tenho acompanhado as negociações é um fracasso. Isso deve ser colocado na conta do governo, que se mantém intransigente e diz não ter dinheiro para melhorar os salários de quem ganha tão pouco. Essas categorias chegaram ao limite. Esse governo não tem habilidade política para mediar conflitos e gerir uma negociação com os funcionários. Desde 2011, a maioria das categorias tenta negociar. Racharam a Frente Popular. Esse grupo político está fragmentado, perdeu a credibilidade da população. O reflexo será nas urnas, não tenho dúvidas disso. Podem até reeleger o prefeito da capital, mas com certeza não voltarão ao poder em 2018”.
Comissionados e concursados
“É incrível como eles dão um jeito de pagar, todo mês, mais de R$ 1 milhão com cargos comissionados, mas não têm a sensibilidade de chamar os concursados, que deveriam estar trabalhando no lugar dos apadrinhados políticos que só incham a folha de pagamento”
É incrível como eles dão um jeito de pagar, todo mês, mais de R$ 1 milhão com cargos comissionados, mas não têm a sensibilidade de chamar os concursados
Decepção coletiva
Nós fomos flexíveis ao extremo. Até aceitamos parcelamentos em 2016 e 2017. Aceitamos até 50% da VDP aos professores em 2015. Mas eles disseram não pra tudo. Deu no que deu. O respeito que os professores tinham pela Frente Popular acabou, evaporou. Resta um sentimento de muito pesar e uma decepção enorme. Foi uma implicância política. Eles sentirão uma consequência desastrosa. Pode esperar.
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A greve continua
Decidimos, em Assembleia, que o ano letivo de 2016 não vai começar. A valorização do professor e dos funcionários de escola sempre foi um caos. Mas a sociedade está despertando para esse problema. Vejam bem: o recomendável é que cada professor tenha 20 alunos por professor. Assim, nós teríamos um nível de aprendizado diferente. É um absurdo, é sobre-humano, um professor ser obrigado a lidar com até 50 alunos na mesma turma. Nosso piso salarial não é digno de sobrevivência.
Com informações da Assessoria do Sinteac
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Acre
Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre
Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.






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