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Quem é Patrick Abrahão? Músico preso por esquema de pirâmide exibe estilo de vida luxuoso e posta mensagens de motivação
Apenas no Instagram, Patrick possui mais de 3 milhões de seguidores. Segundo as investigações, a rede comandada pelo empresário lesou pelo menos 1,3 milhão de pessoas em 80 países e lhes impôs um prejuízo total de R$ 4,1 bilhões.
Empresário Patrick Abrahão é preso em operação contra esquema de pirâmide que deu R$ 4 bilhões de prejuízo
O músico e empresário Patrick Abrahão, preso nesta quarta-feira (19) na Operação La Casa de Papel, da Polícia Federal (PF), da Receita Federal e da Agência Nacional de Mineração (ANM) contra um esquema de pirâmide, usa as redes sociais para chamar a atenção para seu negócio. Lá, ele exibe imagens de palestras e mentorias, além de mostrar viagens, roupas de marca e carros.
Apenas no Instagram, Patrick possui mais de 3 milhões de seguidores. Ele se apresenta como fundador da Rede PP, que colecionaria “mais de 90 mil afiliados” e mais de “100 milionários formados”. Ele também posta conteúdo da Trust Investing.
Segundo as investigações, a rede de Patrick lesou pelo menos 1,3 milhão de pessoas em 80 países e causou a elas um prejuízo de R$ 4,1 bilhões.
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Patrick Abrahão, preso no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (19), em uma imagem postada no Instagram — Foto: Reprodução/ TV Globo
Ele foi preso em casa, em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Segundo a PF, Patrick é investigado por crimes contra o sistema financeiro nacional, evasão de divisas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, usurpação de bens públicos, crime ambiental e estelionato.
No canal no Youtube do empresário, que conta com 17 mil inscritos, Patrick se descreve como alguém que trabalha no mercado financeiro desde os 12 anos. Os vídeos dão dicas sobre investimentos e mostram as mentorias que ele faz.
“É o que eu sempre falo. Pode ter um momento de alegria, nós estamos juntos, e nos momentos difíceis também a gente vai estar junto”, afirmou Patrick no último vídeo postado no canal, na terça, sobre os próximos passos da Trust.
As imagens postadas no Instagram que mostram Patrick em reuniões e em palestras estão, quase sempre, acompanhadas de mensagens motivacionais para seus seguidores que falam sobre realização de sonhos e crescimento pessoal.
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Imagem do Instagram de Patrick Abrahão, preso nesta quarta-feira (19) — Foto: Reprodução/ Instagram
“A vida é feita de desafios. O que podemos fazer é superá-los!”, diz uma das legendas, de fevereiro deste ano.
As imagens mais recentes quase sempre tentam exibir o estilo de vida de um homem bem-sucedido. Em uma delas, de abril do ano passado, ele aparece saindo de uma Lamborghini diante de prédios espelhados de Dubai.
“Pensando se vale a pena trazer uma máquina dessas para o RJ”, afirma a legenda.
Em várias imagens, o empresário exibe carros, relógios, celulares e roupas de marcas de luxo internacionais, com logomarcas e nomes bem evidentes.
Patrick Abrahão em imagem postada no Instagram — Foto: Reprodução/ Instagram
Patrick é casado com a cantora Perlla, que também aparece em muitas imagens das redes sociais do empresário. Em junho, o casal celebrou a união e depois passou a lua de mel em Cancún, no México.
O empresário, inclusive, possui mais seguidores no Instagram que a esposa. Cerca de 2,5 milhão de pessoas seguem o perfil da cantora, enquanto os seguidores de Patrick ultrapassam 3 milhões.
Além de expedir 6 mandados de prisão e 41 de busca, a 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande (MS) também determinou o bloqueio no valor de 20 milhões de dólares (R$ 105,7 milhões, no câmbio atual).
Ainda foi deferido o sequestro “de dinheiro em contas bancárias, imóveis de altíssimo padrão, gado, veículos, ouro, joias, artigos de luxo, mina de esmeraldas, lanchas e criptoativos em posse das pessoas físicas e jurídicas investigadas”.
Os mandados foram cumpridos nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Maranhão e Santa Catarina.
Patrick Abrahão com uma BMW em imagem postada no Instagram — Foto: Reprodução/ Instagram
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“Universidade Amazônica de Pando homenageia jornalistas em Dia do Jornalista Boliviano”
Evento em Cobija celebrou a importância da imprensa no direito à informação e reconheceu o trabalho diário dos comunicadores da região

A data, celebrada anualmente em 10 de maio, é um marco para reflexão sobre a liberdade de imprensa e a importância do jornalismo ético e responsável na Bolívia. Foto: captada
Neste final de semana, especialmente no sábado (10), data em que se comemora o Dia do Jornalista Boliviano, autoridades da Universidade Amazônica de Pando (UAP) promoveram um ato especial em homenagem aos profissionais da imprensa de Pando, em Cobija. O evento destacou o trabalho essencial que os jornalistas desempenham diariamente, garantindo o direito à informação e fortalecendo a democracia na região.
Durante a cerimônia, representantes da UAP enalteceram a dedicação e o compromisso dos comunicadores locais, que, mesmo diante de desafios, atuam para manter a sociedade pandina bem informada. O reconhecimento também ressaltou o papel da imprensa na promoção da transparência e no desenvolvimento social.
A data, celebrada anualmente em 10 de maio, é um marco para reflexão sobre a liberdade de imprensa e a importância do jornalismo ético e responsável na Bolívia. O evento em Cobija reforçou a parceria entre a academia e a mídia, incentivando a valorização profissional e a busca por informações de qualidade para a população Pandina.
Veja vídeo com TVU Pando:
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Prefeitura de Rio Branco vai construir uma nova ponte sob igarapé Santa Maria, no Polo Benfica
Três frentes de trabalho atuam simultaneamente para garantir a agilidade da obra, que beneficiará diretamente centenas de produtores rurais e moradores da região

Cid: “Os trabalhos estão em andamento”. Foto: Marcos Araújo/Secom
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana iniciou, na manhã de sábado, (10) a construção de uma nova ponte sob o igarapé Santa Maria, no Ramal do Benfica. A ponte antiga estava danificada. Ao ser notificada acerca dos problemas a prefeitura de imediato, construiu um desvio provisório para que a população, que reside ao longo do ramal, possa utilizar durante a construção da nova estrutura.
O secretário Cid Ferreira, esteve no local com a equipe técnica da secretaria para fazer uma vistoria e, iniciar, de imediato, a construção da nova estrutura que vai beneficiar centenas de produtores rurais.
“Assim que o prefeito Tião Bocalom soube da situação, determinou imediatamente a construção de uma nova ponte. Ele não trabalha com improviso, mas com ações concretas que asseguram dignidade à população. A empresa responsável já está no local e os trabalhos estão em andamento para entregar uma nova estrutura à comunidade”, afirmou o secretário.

Marcondes: “Vai beneficiar milhares de pessoas”. Foto: Marcos Araújo/Secom
Com investimentos de aproximadamente R$ 60 mil, a ponte será construída em um prazo estimado de 30 dias. Três frentes de trabalho atuam simultaneamente para garantir a agilidade da obra, que beneficiará diretamente centenas de produtores rurais e moradores da região.
Para Francisco Marcondes, presidente do Bairro Benfica, a iniciativa da prefeitura é de grande importância, tendo em vista que vai beneficiar milhares de pessoas que residem no local e garantir o escoamento da produção.

Maria: “Agradece ao prefeito pelo compromisso com a zona rural”. Foto: Marcos Araújo/Secom
O presidente do Bairro Benfica, Francisco Marcondes, destacou a importância da obra para a comunidade.
“Essa ponte é fundamental para os produtores rurais daqui. Ela já apresentava muitos problemas. A resposta da prefeitura foi rápida e eficaz. O prefeito está de parabéns por ouvir a comunidade e agir de forma concreta”, declarou o líder comunitário.
Moradora da região, Maria de Lurdes também fez questão de agradecer à gestão municipal.
“A gente agradece ao prefeito Tião Bocalom pelo compromisso com a zona rural. Ele está trabalhando em todas as regionais e promovendo mudanças reais para quem vive no campo”, comentou.
A Prefeitura de Rio Branco reforça seu compromisso com a valorização da zona rural e a melhoria da infraestrutura nos ramais, assegurando melhores condições de vida e de escoamento da produção agrícola.
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‘Eles são a minha vida’: a luta de uma mãe solo indígena do Acre para conciliar família e a carreira acadêmica
Alessandra Manchinery se tornou doutora em geografia em abril deste ano e diz que não teria alcançado as conquistas acadêmicas sem o amor dos filhos. Ela enfrentou racismo e dificuldades logísticas, mas também contou com uma rede de apoio

Estudante, mãe e doutora: os papeis que definem Alessandra Manchinery. Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/Rede Amazônica Acre
Em 1998, uma jovem indígena do Acre, de 14 anos, decidiu que iria lutar pelo seu direito a educação. Foi então que Alessandra Manchinery saiu da capital do estado, Rio Branco, rumo a Brasília. Entretanto, foi aí que ela começou a precisar demonstrar a resiliência que se tornaria uma de suas principais características.
Isto porque, ao tentar estudar no Distrito Federal, ela não conseguiu ingressar em uma instituição, por conta de uma pendência de documentos.
Ela possuía apenas o Registro Administrativo de Nascimento de Indígena (Rani), e precisou voltar a Rio Branco para solicitar o registro civil. E foi em seu estado de origem que ela seguiu em busca de formação.

Alessandra Manchinery é doutora em geografia e mãe de Yomako, de nove anos, e Himiri, de cinco. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
Carreira e maternidade
Alessandra se formou bacharel em geografia pela Universidade Federal do Acre (Ufac) em 2014, se tornou mestre na área em 2019, pela Universidade Federal de Rondônia (Unir), onde também conquistou o doutorado, no mesmo campo de pesquisa, em abril deste ano.
Durante a trajetória de luta pela formação acadêmica, Alessandra também se tornou mãe. Foi aí que contou com uma rede de apoio em sua missão mais importante: cuidar dos filhos. As duas crianças, Yomako e Himiri, de 9 e 5 anos, respectivamente, se tornaram as conquistas mais celebradas pela mãe.
“Foi bem pesado, porque ser mãe naquele momento era quase impossível. Estudar, trabalhar, fazer os trabalhos de sala de aula, então praticamente ou eu tinha que deixá-la na creche, porque ela ficava na creche, e aí nossa aula era o dia todo, quando chegava, 9h ou 10h, eu saía correndo. E eu tinha a ajuda de uns colegas, que buscavam [a filha]. Então foi assim o processo que eu consegui finalizar”, falou.

Filhos demonstram gratidão por Alessandra Manchinery. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
‘Eles são minha vida’
Ela ressalta que embora o doutorado tenha representado uma importante conquista acadêmica, os filhos são sua maior prioridade. Ela brinca que o doutorado surgiu como seu terceiro filho, além de também ser um ritual simbólico, que ratifica sua posição como acadêmica e pesquisadora.
Por outro lado, mesmo com todo esforço necessário para criar duas crianças enquanto construía uma vida acadêmica sólida, ela considera que o amor dos filhos serviu de força para continuar, e que não teria conseguido se tornar a profissional que é sem eles.
E, claro, o carinho é retribuído para os filhos. “Feliz das mães, eu desejo muita sorte para a minha mãe, eu amo a minha mãe”, diz Yomako. “Eu amo a minha mãe, ela dá tudo para a gente”, completa Himiri.

Alessandra Manchinery é doutora em geografia e mãe de Yomako, de nove anos, e Himiri, de cinco. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
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