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Cotidiano

PT barra candidatura de mulher trans negra à presidência do partido em meio a acusações de discriminação

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Turismóloga carioca Dani Nunes teve registro indeferido após retirada de apoio; candidata alega “violência política de gênero e raça” e recorre da decisão

Em nota oficial, o PT sustentou que Dani Nunes “não cumpriu as regras estabelecidas no Regulamento do Processo de Eleição Direta (PED) 2025

O Partido dos Trabalhadores (PT) indeferiu na quarta-feira (21) a candidatura da turismóloga Dani Nunes à presidência nacional da legenda. Mulher trans, negra e moradora da zona oeste do Rio, a pré-candidata acusa o partido de praticar “violência política de gênero e de raça”.

O veto ocorreu porque uma das cinco assinaturas necessárias de membros do Diretório Nacional foi retirada após o registro – movimento considerado válido pela comissão organizadora, que invalidou a chapa. Dani, que havia cumprido formalmente os requisitos, recorreu da decisão, argumentando que:

  1. O estatuto do PT não prevê a retirada de apoios após o prazo oficial;

  2. A medida desrespeita o princípio da boa-fé;

  3. Ignora as bases sociais que o partido diz representar.

Cenário de Tensão

O caso reacende o debate sobre diversidade e inclusão na política partidária. Dani, que seria a primeira mulher trans negra a concorrer ao comando nacional do PT, afirma que a legenda “reproduz estruturas excludentes”.

A decisão final caberá às instâncias internas de recurso, em um processo que pode impactar a imagem do partido às vésperas das eleições municipais.

“Fui surpreendida depois de vibrar de alegria. Meu chão ruiu”, disse a integrante da legenda. “Não esperava que a atitude individual de uma pessoa poderia comprometer todo um histórico de luta tanto meu, enquanto mulher trans negra, quanto do partido que leva o nome da classe que faz este país acontecer: trabalhadoras e trabalhadores.”

Racismo

Dani Nunes comparou o caso dela com o episódio envolvendo a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Vera Lúcia, impedida de acessar um evento da Presidência da República no qual seria palestrante. Ela contou que servidores administrativos duvidaram de sua condição de magistrada. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia classificou o episódio como “racismo”.

“Me vi igual a ela no plenário, triste e com o olhar longe”, disse. “Tive a sorte de contar com negros, indígenas, LGBTQIAs e antirracistas que me apoiaram.”

A corrente interna Raízes do PT, à qual Dani pertence, divulgou nota na sexta-feira 23. O grupo classificou a decisão como “arbitrária e injusta” e reforçou a acusação de “violência política de gênero e raça”. Também criticou o fato de a eleição prosseguir com “quatro homens brancos na disputa”.

Em nota oficial, o PT sustentou que Dani Nunes “não cumpriu as regras estabelecidas no Regulamento do Processo de Eleição Direta (PED) 2025 no que diz respeito a apoios”. A eleição está marcada para 6 de julho. Estão mantidas na disputa as candidaturas de Edinho Silva, Valter Pomar, Romênio Pereira e Rui Falcão.

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Acre ocupa a 27ª posição em ranking de acesso à energia elétrica no país

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O Acre aparece na 27ª e última colocação no ranking dos estados brasileiros com maior acesso à energia elétrica, segundo dados do Ranking de Competitividade dos Estados 2025, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) com base em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, 97,9% dos domicílios acreanos possuem acesso à energia elétrica, seja por meio da rede geral ou por fontes alternativas. Apesar do índice elevado, o percentual ficou abaixo do registrado nas demais unidades da federação, o que posicionou o estado na última colocação do ranking nacional.

No topo da lista, quatro estados alcançaram 100% de cobertura energética nos domicílios. São eles: Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo, que dividem a primeira posição no indicador.

O ranking considera o percentual de domicílios com acesso à energia elétrica como um dos critérios para avaliar a competitividade dos estados brasileiros. O indicador reflete o alcance do serviço e a capacidade de garantir infraestrutura básica à população.

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Caique Gomes chega para ser o camisa 9 do Independência

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Foto arquivo pessoal: Caique Gomes estava atuando no futebol do Rio de Janeiro

O atacante Caique Gomes, ex-Resende, foi integrado ao elenco do Independência e é mais um reforço para a disputa da temporada de 2026. O atleta de 29 anos chega no Marinho Monte para ser o camisa 9.

“Estamos avaliando todos os atletas com bastante rigor e o Caique é uma grande contratação. Vamos ter um atacante com muita qualidade”, declarou o técnico Ivan Mazzuia.

Trabalho técnico

O elenco do Independência faz mais um trabalho técnico nesta terça, 23, no Marinho Monte.

“Esse é o início da preparação e os atletas estão bem empenhados. A ideia é construir um grupo forte para ter um time capaz de conquistar grandes resultados”, avaliou o treinador.

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Mulher é presa após agredir ex-companheiro a mordidas e arranhões em Cruzeiro do Sul

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Vítima, que já havia registrado ocorrência anterior, estava trancada em apartamento quando a PM foi acionada; suspeita foi detida em flagrante

Segundo a Polícia Militar, a própria vítima acionou a equipe ao local. Ele estava trancado em seu apartamento, enquanto Suzane foi encontrada na via pública. Foto: ilustrativa 

Uma mulher de 36 anos, identificada apenas como Suzane, foi presa em flagrante pela Polícia Militar após agredir o ex-companheiro no bairro Telégrafo, em Cruzeiro do Sul (AC). A vítima acionou a polícia ao ficar trancada no apartamento enquanto a agressora tentava entrar à força.

Segundo relato, Suzane iniciou uma discussão e, ao ser retirada do imóvel, retornou alegando que havia outra pessoa com o ex-companheiro. Na nova investida, ela o agrediu com arranhões e mordidas. A vítima informou já ter registrado boletim de ocorrência anterior contra a mulher.

Com lesões visíveis e relato consistente, a PM prendeu Suzane em flagrante. Ela foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil e alegou manter contato com a vítima na expectativa de reatar o relacionamento, que durou três anos.

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