fbpx
Conecte-se conosco

Acre

Programas e incentivos na Educação contribuem para aumento na taxa de alfabetização no Acre

Publicado

em

O Acre avançou na alfabetização e reduziu o índice de pessoas que não sabem ler. Os dados, que fazem parte do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram divulgados em maio e mostram que, no Acre, havia 608 mil pessoas de 15 anos ou mais de idade, das quais 535 mil sabiam ler e escrever um bilhete simples e 73 mil não sabiam.

A partir desses totais populacionais, a taxa de alfabetização foi 88% em 2022 e, consequentemente, a taxa de analfabetismo foi de 12% deste contingente populacional, caindo, uma vez que no último Censo ficou em 16,5%. Uma das ferramentas mais importantes para reverter esse número no estado é a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Observa-se uma tendência de aumento da taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais de idade no estado ao longo dos censos demográficos de 2010 a 2022, justamente o público que apresentou avanço na alfabetização. Em 2010 era de 83,5%. Após uma década houve aumento de 4,4 pontos percentuais na taxa de alfabetização, passando para 87,9% em 2022. Também em 2022, o grupo mais jovem, de 15 a 19 anos, atingiu a menor taxa de analfabetismo (2,4%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa, 41,1%.

Programas do governo reduzem taxa de analfabetismo. Foto: Marcos Vicentti/Secom

O recorte mostra ainda que as mulheres tendem a apresentar melhores indicadores educacionais do que os homens, inclusive a maior taxa de alfabetização. No período avaliado, o percentual de mulheres que sabiam ler e escrever era de 88,9%, enquanto o de homens era de 86,8%. Essa vantagem das mulheres foi verificada em todos os grupos etários analisados.

A maior diferença em pontos percentuais a favor das mulheres foi no grupo de 45 a 54 anos, atingindo 3,9 pontos percentuais, ainda que as mulheres pertencentes aos grupos de idade abaixo de 45 anos sigam apresentando maiores taxas de alfabetização comparadas às dos homens dos mesmos grupos de idade.

Programas que mudam esse cenário

Dentro da Secretaria de Educação existe a modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). O número de alunos matriculados na EJA pode variar anualmente, segundo Jessé Dantas, chefe do departamento do programa. No ano de 2023, foram atendidos pela rede pública estadual 5.475 alunos no 1º Segmento – Anos Iniciais; 1.744 alunos no 2º Segmento – Anos Finais; e 7.277 alunos no 3º Segmento – Ensino Médio, totalizando 14.496 alunos matriculados. Essas vagas foram ofertadas em 116 escolas, com um total de 613 turmas, além de atender 7 unidades prisionais.

“Nos últimos anos, houve esforços para ampliar a oferta e melhorar a qualidade da educação ofertada. Dessa forma, foram destinados recursos para a construção de novas escolas, ampliação da quantidade de turmas, compra de materiais didáticos, alimentação escolar de qualidade, com a inclusão do prato extra, ampla divulgação de matrículas, formação continuada dos profissionais que atuam na modalidade, além da parceria com o Ifac [Instituto Federal do Acre] para a oferta do curso de Pós-Graduação em Educação de Jovens e Adultos Integrada à Educação Profissional e Tecnológica”, destaca Dantas.

As aulas, nessa modalidade, ocorrem de forma presencial, conforme dispõe a legislação vigente. Quanto à carga horária e tempo de conclusão na EJA, são divididos por segmento. O primeiro apresenta duas etapas de 400 horas e pode ser concluído em 1 ano.

Equipe da EJA fará formação para os alfabetizadores da capital e do interior. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Já o segundo segmento ocorre em 4 etapas, com duração de dois anos, e carga horária total de 1.600 horas. O terceiro segmento é ofertado em três etapas, com duração de 1 ano e meio, e possui carga horária total de 1.200 horas.

“As turmas são ofertadas nos três turnos nos Centros de Referências de EJA, Ceja – em Rio Branco – e Escola Valério Caldas, em Cruzeiro do Sul. Nas outras unidades escolares que atendem esse público são ofertadas turmas quase em sua totalidade no período noturno para acomodar alunos que trabalham durante o dia”, pontua o chefe do departamento.

O gestor destaca também que o EJA desempenha um papel crucial na redução do analfabetismo de adultos e jovens acima de 15 anos.

“Oferece novas oportunidades para aqueles que não puderam concluir seus estudos no tempo regular, promovendo a inclusão social e educacional; contribui diretamente para a redução do analfabetismo; melhora a qualificação profissional dos alunos, aumentando suas chances de empregabilidade e melhores salário; promove a cidadania ativa, já que a educação é fundamental para a participação plena na sociedade e para o exercício dos direitos civis; contribui para o desenvolvimento pessoal, autoestima e autossuficiência dos alunos”, enumera.

Alfabetiza Acre EJA

No dia 21 de maio a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), por meio do Departamento de Educação de Jovens e Adultos (EJA), lançou oficialmente o programa Alfabetiza Acre/EJA para coordenadores e representantes dos núcleos do interior.

A proposta é implementar sua política de alfabetização para atender 2 mil alunos nos 22 municípios do estado. “Dessa forma, a proposta do programa possui o propósito de abrir espaços acolhedores, proporcionando a autoconfiança e o bem-estar, com educação de qualidade para alfabetizar jovens, adultos e idosos e, assim, cumprir a Meta 9, de acordo com o Plano Estadual de Educação. Assim, a EJA é, portanto, uma ferramenta essencial para promover a educação inclusiva e equitativa, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico.”

Letícia Bezerra Rodrigues estuda na EJA e há dois anos está aprendendo a ler e escrever. Foto: Cedida

‘É meu sonho ler e escrever’

Nascida em Senador Guiomard, na zona rural, a dona de casa Francelina da Silva teve acesso à educação por meio da mãe, que a ensinou o que sabia em casa e também chegou a estudar em escolas da vila. Porém, somente aos 60 anos decidiu que queria aprender mais e encontrou na EJA essa oportunidade. Atualmente com 61 anos, o programa fez com que ela pudesse entender melhor as letras, logo também pôde se comunicar melhor. Algo que passa despercebido no dia a dia, como entender o que está escrito em uma placa, por exemplo, para quem finalmente consegue formar as palavras, é uma grande conquista. 

“Com o programa eu consegui aprender verdadeiramente, porque na época a gente morava no seringal e minha mãe também ensinava o pouco que ela sabia. Mas, confesso que estou aprendendo muito, posso dizer que 99,9% da minha leitura aprendi na EJA”, conta. 

O que a motivou a se dedicar mais em aprender a ler, conta, foi a ânsia de entender e ser entendida. “Quando a gente não tem leitura, a gente não tem entendimento. É muito ruim a gente não entender as coisas e, com estudo, além de você entender melhor, você aprende a se comunicar e isso é uma dádiva de Deus”, disse. 

Letícia Bezerra Rodrigues tem 64 anos e se emociona ao falar do processo de aprender a ler e escrever. Foto: Cedida

Letícia Bezerra Rodrigues tem 64 anos e está aprendendo a ler desde 2022. O aprendizado a emociona e ela conta como está sendo esse progresso. “Fui para a escola estudar porque tenho vontade de estudar para aprender a ler e a escrever, que é um sonho. Me senti bem na sala de aula, fui bem recebida, a professora é maravilhosa, um amor de pessoa”, conta. 

Antes de ser atendida na EJA, ela não sabia nem assinar o nome. Agora, já alfabetizada em dois anos frequentando a escola, o desejo é de aprender cada vez mais. “Quando fui para o colégio, fui para aprender a escrever meu nome e aprender a ler e a escrever. Agora já assino meu nome correto, estou aprendendo a ler e estou muito feliz por isso. O ensinamento é muito bom, é maravilhoso, e meu sonho é aprender ler e escrever perfeitamente.”

Ela guarda nos arquivos vídeos que mostram o início da sua alfabetização. Em frente ao quadro, ela começa a ler suas primeiras palavras e se emociona ao falar do seu progresso.

‘Alfabetizar Para Prosperar’ foca na erradicação do analfabetismo dentro dos presídios do Acre. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Para quem cumpre pena nos presídios acreanos, a educação é o meio mais eficiente de transformar vidas. Dados da Divisão de Educação Prisional do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC), 7,5% das pessoas em situação de privação de liberdade não dominam o código escrito e, por essa razão, compõem os índices de analfabetismo do estado. Para mudar esse cenário, o Estado, em parceria com o Ministério Público do Acre (MP-AC) tem o programa Alfabetizar para Prosperar, que capacita apenados para ajudar outros presos a aprenderem ler e escrever.

Um desses presos beneficiados com o projeto é Amaury Santos da Silva Lima, de 61 anos, que está há sete anos cumprindo pena. Para ele o projeto foi essencial, já que sempre trabalhou em seringal e não teve acesso à educação. Em pouco mais de sete meses inserido no programa, ele já consegue escrever o nome e juntar algumas palavras – um grande passo para quem não sabia ler.

“Passei boa parte do meu tempo em seringal e não dava importância para educação. Quando cheguei aqui tive essa oportunidade e abracei isso. Estou me dando bem, porque já estou fazendo meu nome e conseguindo ler alguma coisinha. Quero sair daqui e conseguir ler a Bíblia e poder assinar meu próprio nome”, planeja.

Lima assina documentos atualmente marcando com o dedo. Enquanto escreve o nome diz orgulhoso que vai aposentar o antigo modo de se identificar: “Eu comecei do zero. Então, hoje eu considero já uma grande coisa [saber escrever o nome]. Já conheço bastante letra, mas ainda não consigo ler muitas palavras. Quando eu conseguir ler algumas coisas isso vai me dar muita felicidade.”

Fonte: Governo AC

Comentários

Continue lendo

Acre

Fiéis de Brasiléia revivem paixão de Cristo em Via Sacra emocionante nesta Sexta-Feira Santa

Publicado

em

Procissão com 14 estações reflexivas às 6h da Paróquia Nossa Senhora das Dores, unindo comunidade em momento de fé e penitência

A Via Sacra representa o caminho percorrido por Jesus até o Calvário, e cada uma das 14 estações propõe reflexões profundas sobre temas como esperança, o ano jubilar e a ecologia integral. Foto: cedida 

Nesta Sexta-Feira da Paixão (18), a comunidade católica de Brasiléia se reunirá para uma das tradições mais marcantes da Semana Santa: a Via Sacra.

Organizada pela Paróquia Nossa Senhora das Dores, a celebração convida os fiéis a reviverem o caminho de Cristo rumo ao Calvário através de 14 estações reflexivas, abordando temas como esperança, ecologia integral e o Ano Jubilar.

“É um momento único de renovação da fé, onde vivenciamos coletivamente o mistério da redenção”, destacou, Padre Robson Eudes da Costa.

A prática da Via Sacra é uma oportunidade para os fiéis refletirem sobre o significado mais profundo da paixão de Cristo em suas próprias vidas. Foto: cedida 

A concentração começará às 6h em frente à paróquia, (rua Genny Assis, sub-esquina com a rua Odilon Pratagi), seguida por uma procissão pelas ruas centrais até o retorno à igreja matriz, onde será realizada a bênção final.

Com participação aberta a todos, o evento reforça os laços comunitários e a espiritualidade na fronteira.

“Só quem vive essa experiência entende sua força transformadora”, compartilha um devoto local. A programação integra as celebrações pascais da região.

Além da Via Sacra, a programação da Sexta-feira Santa incluirá a celebrações e Adorações da Cruz na Paróquia. Este rito relembra o momento da Paixão e morte de Cristo. Foto: cedida

A Via Sacra: Reflexões sobre o caminha de Jesus ao calvário

A Via Sacra, também conhecida como Via Crucis, é uma prática cristã especialmente comum durante a Quaresma que recria o caminho que Jesus percorreu carregando a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o Calvário, onde foi crucificado. Essa jornada é marcada por estações que representam eventos significativos desse percurso, convidando os fiéis a refletir sobre o sofrimento e a redenção através da paixão de Cristo. 

As origens da Via Sacra remontam aos primeiros séculos do Cristianismo, quando os peregrinos visitavam Jerusalém para seguir os passos de Jesus. No entanto, foi no século XV que a prática se popularizou, com a instalação de estações fixas em Igrejas e espaços religiosos, permitindo que os fiéis recriassem esse trajeto mesmo sem estar fisicamente em Jerusalém. 

O termo “Via Sacra” significa “Caminho Sagrado”, enquanto “Via Crucis” se traduz como “Caminho da Cruz”. Ambos os termos capturam a essência dessa prática, que é uma peregrinação espiritual em que os participantes são convidados a acompanhar Jesus em sua jornada rumo ao sacrifício redentor. 

A Via Sacra é composta por 14 estações, cada uma representando um episódio específico da paixão de Cristo. Essas estações incluem passagens bíblicas, tradições da Igreja e elementos simbólicos que ajudam os fiéis a meditar sobre o significado da morte e ressurreição de Jesus.

A seguir, uma breve descrição de cada estação, juntamente com as passagens bíblicas associadas: 

Jesus é condenado à morte (Mt 27, 22-26): Pilatos, pressionado pela multidão, lava as mãos e entrega Jesus para ser crucificado. 

Jesus carrega a cruz (Jo 19, 16-17): Jesus é carregado com a Cruz às costas em direção ao Calvário. 

Jesus cai pela primeira vez (Is 53, 4-6): Sob o peso da cruz, Jesus cai pela primeira vez. 

Jesus encontra sua Mãe Maria (Jo 19, 25-27): Maria encontra-se com Jesus durante sua caminhada para o Calvário. 

Simão de Cirene ajuda Jesus a carregar a Cruz (Mc 15, 21): Simão é obrigado a ajudar Jesus na carga da Cruz. 

Verônica limpa o rosto de Jesus (tradição): Uma mulher chamada Verônica limpa o rosto de Jesus com seu véu, e a imagem de seu rosto é impressa no tecido. 

Jesus cai pela segunda vez (Is 53, 4-6): Jesus, exausto, cai novamente sob o peso da Cruz. 

Jesus encontra as mulheres de Jerusalém (Lc 23, 27-31): Jesus dirige palavras de conforto às mulheres que lamentam por ele. 

Jesus cai pela terceira vez (Is 53, 4-6): Jesus cai pela última vez antes de chegar ao Calvário. 

Jesus é despojado de suas vestes (Jo 19, 23-24): Os soldados tiram as vestes de Jesus e as dividem entre si. 

Jesus é pregado na Cruz (Lc 23, 33): Jesus é crucificado entre dois criminosos. 

Jesus morre na Cruz (Lc 23, 44-46): Jesus entrega seu espírito ao Pai. 

Jesus é descido da Cruz e entregue a Maria (Jo 19, 38-42): O corpo de Jesus é retirado da Cruz e entregue a sua mãe. 

Jesus é sepultado no túmulo (Mt 27, 57-61): O corpo de Jesus é colocado no túmulo, onde permanece até sua ressurreição. 

A prática da Via Sacra é uma oportunidade para os fiéis refletirem sobre o significado mais profundo da paixão de Cristo em suas próprias vidas.

Ao acompanhar Jesus em seu caminho de sofrimento e redenção, os batizados são convidados a considerar o sacrifício de Jesus como um ato de amor incondicional e uma fonte de esperança e salvação. 

Além disso, as estações da Via Sacra também convidam os fiéis a refletir sobre o sofrimento humano em geral e a buscar maneiras de aliviar o sofrimento dos outros, seguindo o exemplo de Jesus, que carregou sua Cruz com dignidade e compaixão. 

Em conclusão, a Via Sacra é mais do que uma simples prática religiosa; é uma jornada espiritual que permite aos fiéis mergulharem nas profundezas do amor e da misericórdia de Deus manifestados na paixão e morte de Jesus Cristo.

Ao meditar sobre as estações da Via Sacra, os batizados são convidados a renovar sua fé, fortalecer sua devoção e comprometer-se a viver de acordo com os ensinamentos de Cristo em suas vidas diárias. 

A Via Sacra, também conhecida como Via Crucis, é uma prática cristã especialmente comum durante a Quaresma que recria o caminho que Jesus percorreu carregando a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o Calvário. Foto: cedida 

Comentários

Continue lendo

Acre

Departamento de Pando declara situação de desastre natural devido a enchentes que afetam 13 municípios

Publicado

em

Decreto emergencial foi publicado no Diário Oficial após monitoramento contínuo do COE; chuvas intensas e transbordamento de rios afetam milhares de pessoas

Perante a emergência, será solicitado ajuda nacional e internacional para prestar assistência às pessoas afetadas, pois os recursos disponíveis são insuficientes. Foto: cedida 

O GOE/Governo emitiu nesta quinta-feira (17) o Decreto nº 05/2025, reconhecendo a situação de “Desastre Departamental” em 13 municípios de Pando. A medida, publicada no Diário Oficial do país pelo Comitê de Operações de Emergência (COE) Departamental, declara estado de emergência devido às enchentes que assolam a região.

O COE/Pando monitora há semanas a crise causada pelas chuvas constantes e o transbordamento dos principais rios do departamento, incluindo o Acre, Abuná, Orthon, Manuripi, Tahuamanu, Madre de Dios, Orthan, Negro, Manupare e Madeira. Outros cursos d’água, como o rio Mamu – também chamado de Mapiri ou Henohayan – também estão em níveis críticos, agravando a situação.

A declaração de emergência visa acelerar a assistência humanitária e os recursos para as áreas afetadas, onde milhares de famílias já sofrem com alagamentos e perdas materiais. Autoridades locais alertam para o risco de mais danos caso as precipitações continuem nos próximos dias.

Perante a emergência publicada, será solicitado ajuda nacional e internacional para prestar assistência às pessoas afetadas, pois os recursos disponíveis no atual governo, são insuficientes. Foto: cedida 

Neste momento as autoridades de Pando pede reconhecimento por parte do governo federal (central) e internacional para as regiões que vem sofrendo pelos desastres na região Padina, é possa da todo tipo de assistência as 13 cidades que passam por dificuldades pelos desastres no departamento,

Perante a emergência, será solicitado ajuda nacional e internacional para prestar assistência às pessoas afetadas, pois os recursos disponíveis são insuficientes. Além disso, será gerido apoio humanitário para lidar com a crise, como informou o diretor da Unidade de Gestão de Riscos Departamental, Ernesto Roca.

As enchentes atingiram 590 mil famílias e mataram pelo menos 55 pessoas neste ano. Foto: cedida 

Perante a emergência publicada, será solicitado ajuda nacional e internacional para prestar assistência às pessoas afetadas, pois os recursos disponíveis no atual governo, são insuficientes. Além disso, será gerido apoio humanitário para lidar com a crise, como informou o diretor da Unidade de Gestão de Riscos Departamental, Ernesto Roca.

Emergência hídrica atinge todo o departamento de Pando

O governo boliviano oficializou nesta quinta-feira (17) o estado de desastre natural no departamento de Pando através de decreto publicado no Diario Nacional. A medida ocorre após:

  • 13 municípios serem impactados por enchentes
  • Rios transbordarem devido às chuvas persistentes
  • COE Pando (Centro de Operações de Emergência) alertar para risco iminente
  • os rios que mais afetaram os Pandinos: Mãe de Deus, Acre, Tahuamanu, Manuripi e Abuná
Resposta governamental:
  1. Ativação de protocolos de emergência
  2. Mobilização de equipes de resgate
  3. Preparação de abrigos temporários
Declaração oficial:

O diretor do COE Pando. Unidade de Gestão de Riscos Departamental, Ernesto Roca, alertou

É disse que “a situação pode piorar nos próximos dias com a previsão de novas precipitações”. As equipes de defesa civil estão em estado de alerta máximo para atender as comunidades isoladas.

Medidas imediatas:
  • Evacuação preventiva em zonas de risco
  • Distribuição de alimentos e kits de emergência
  • Monitoramento 24h dos níveis dos rios Mãe de Deus, Acre, Tahuamanu, Manuripi e Abuná

A população pode acompanhar atualizações e alertas através dos canais oficiais do COE Departamento Pando. Esta é a 3ª vez neste ano que o departamento enfrenta emergências por eventos climáticos extremos.

Veja vídeo com TVU Pando:

O país foi atingido por algumas das chuvas mais intensas em décadas e 55 pessoas morreram. Segundo autoridades locais, mais de meio milhão de famílias foram afetadas

Enchentes na Bolívia elevam nível de rio da Amazônia que corta o país e faz vacas nadarem. Foto: Reuters

Na região rural de Beni, perto da fronteira com o Brasil, pastos estão completamente submersos, forçando o gado e os vaqueiros a nadar.

O país foi atingido por algumas das chuvas mais intensas em décadas, que deixaram plantações de soja e fazendas submersas, colocando em risco as exportações para mercados estrangeiros e elevando os preços locais dos alimentos.

Enchentes na Bolívia já mataram 55 pessoas. Foto: Reuters

De acordo com estimativas locais, cerca de 200 mil cabeças de gado estão em risco, lutando contra a água da enchente e a fadiga. As enchentes atingiram 590 mil famílias e mataram pelo menos 55 pessoas neste ano.

As mudanças climáticas alteraram os padrões do clima, de acordo com especialistas, atrasando as chuvas e tornando-as mais intensas. O Rio Mamoré, um rio amazônico que atravessa a Bolívia e o Brasil, transbordou, inundando tudo em seu caminho.

Em cidades como Puerto Almacén e Puerto Ballivián, famílias inteiras abandonaram suas casas e buscaram refúgio em abrigos improvisados ​​na beira da estrada.

As mudanças climáticas alteraram os padrões do clima, de acordo com especialistas, atrasando as chuvas e tornando-as mais intensas. Foto: internet 

Comentários

Continue lendo

Acre

Primeiro lote de sal importado da Bolívia chega ao Acre

Publicado

em

Foto: Jairo Carioca

Chegou ao Acre nesta quinta-feira, 17, o primeiro lote de sal importado do Salar de Uyuni, situado no sudoeste da Bolívia. A carga de 28 toneladas foi adquirida pela empresa acreana Nutrisal, em parceria com a companhia boliviana Arsagem SRL

A matéria-prima será utilizada na fabricação de sal mineral, insumo essencial para a suplementação nutricional do rebanho bovino. O produto boliviano tem origem no maior deserto de sal do mundo, conhecido pela sua pureza e alto valor mineral, o que garante qualidade superior ao produto final.

O secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia, Assurbanipal Mesquita, acompanhou a chegada da carga. Segundo ele, a iniciativa marca um avanço nas relações comerciais entre o Acre e países vizinhos da região andina. “Essa importação representa mais do que uma operação comercial; é um exemplo de como o Acre pode fortalecer sua economia por meio da integração regional e do apoio ao setor produtivo local”, destacou Mesquita.

A expectativa é de que novas parcerias internacionais sejam firmadas nos próximos meses, ampliando o potencial produtivo e comercial do estado.

O empresário Esmerino Ribeiro do Valle Neto, destacou que a partir da importação a empresa visa economizar custo e tempo de entrega na matéria prima. “Antes o produto vinha do nordeste, percorria cerca de 5 mil quilômetros, agora pela Rota Quadrante Rondon vai percorrer cerca de 1,5 mil quilômetros, chegar mais rápido e com mais qualidade”.

Com capacidade de produzir 500 toneladas de sal mineral, atendendo 20% da demanda do mercado interno, Ribeiro quer expandir negócios para Bolívia e o Peru. “Essa é uma carga piloto, a partir dela vamos estudar mercado, logística. Com a diminuição de custos a expectativa é de dobrar a produção e, consequentemente, gerar um segundo turno de trabalho”, acrescentou.

 

Fonte: Agência de Notícias do Acre

 

Comentários

Continue lendo