Cotidiano
Programa oferece atendimento psicológico por telefone a profissionais da saúde do Acre
Saúde tem mais de 900 profissionais contaminados pela Covid-19. Programa Acovida vai atender profissionais por telefone durante a pandemia.

Por Aline Nascimento
O enfermeiro Daniel Gustavo, de 38 anos, redobrou os cuidados com a higienização e limpeza quando acabava os plantões no Pronto-Socorro de Rio Branco e seguia para casa.
Na linha de frente do combate à Covid-19, o profissional temia se infectar e infectar a família, mas não teve jeito.
No último dia 11, ele foi diagnosticado com a Covid-19 e está afastado do trabalho. Na quarta (29), o enfermeiro acabou o tratamento contra a doença, mas não conseguiu ainda refazer o teste para saber se está curado.
No Acre, mais de 900 profissionais de saúde, assim como Daniel Gustavo, já se contaminaram com o novo coronavírus. Para atender e acompanhar servidores como Daniel Gustavo, que lidam diariamente com pacientes infectados e estão no combate à doença, a Divisão de Vigilância em Saúde do Trabalhador (Disat) da Sesacre criou o Programa de Acolhimento Psicológico Remoto aos Servidores da Linha de Frente à Covid-19 (Acovida).
“Tive pneumonia, tomei uma medicação mais forte. Trabalho na sala do trauma, mas como hoje não tem essa divisão todos são suspeitos e acredito que foi lá que me infectei. Apesar de todo uso dos EPIs, me contaminei. Minha esposa também se contaminou, meus filhos sentiram sintomas leves. Essa é uma fase ruim, quando vinha do trabalho tirava toda roupa fora de casa, adaptei um chuveiro fora, a roupa ficava em um cesto para lavar e tivemos todo um cuidado, mas sempre podemos levar alguma doença para casa”, destacou.
Programa
A iniciativa disponibiliza uma equipe de psicólogos para atender os profissionais por telefone. Para participar, basta acessar o site do programa, preencher um questionário e aguardar o contato. São ofertadas quatro consultas por servidor.
Caso seja identificado que o profissional precise de um acolhimento específico e uso de remédios, ele é direcionado para uma consulta presencial no Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest).
“Sabemos que é uma doença nova, sem tratamento e sem vacina, e causa um temor e, por mais que os profissionais estejam preparados, tiveram capacitação, recebem assessoria, porém, ver pessoas indo a óbito, colegas morrendo, isso gera uma ansiedade emocionalmente e alguns colegas precisam de apoio emocionalmente. Nessa perspectiva, nós da Divisão da Saúde do Trabalhador, pensamos em um projeto de consultas e acolhimento emocional por meio remoto”, explicou a chefe da Disat, Eliane Costa.
Eliane relembrou que a Sesacre montou também uma Brigada de Combate a Contaminação dos Trabalhadores em Saúde para acompanhar os profissionais, além dos atendimentos psicológicos oferecidos nas unidades do estado.
“Esse projeto vem para somar e ser mais um instrumento. Muitas das vezes, o profissional não quer ser atendido na unidade que trabalha, vai procurar outros caminhos, tem vergonha, se recolhe e se fecha. Esse trabalho remoto, que não tem que se expor e não sabe quem está do outro lado, permite a pessoas se abrir mais e contar o problema. Os servidores já têm um atendimento no Núcleo de Atendimento ao Trabalhador com psicólogo, mas pensamos em algo mais”, concluiu.
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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada
Suene Almeida
Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.
Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário. “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.
Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”
Oscilações do nível do Rio Acre preocupam
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.
O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.
“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.
Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.
Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.
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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro
Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.
Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.
— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.
O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.
— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.
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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026
Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.
O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.
— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.
De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.
O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada
Nota da Prefeitura de Rio Branco
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.
O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.
Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.
Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.
A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada

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