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Professora perde mais de R$ 1,5 mil em golpe e faz rifa para cobrir prejuízo e ajudar projeto

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Alline de Lázari caiu em um golpe no celular, fez depósito e perdeu mais de R$ 1,5 mil — Foto: Arquivo pessoal

Por Aline Nascimento

A professora Alline de Lázari perdeu mais de R$ 1,5 mil em um golpe aplicado no WhatsApp no último dia 18, em Rio Branco.

O dinheiro seria para pagar a fatura do cartão de crédito. Para não ficar no prejuízo, a professora, com ajuda de amigos, decidiu fazer uma rifa para conseguir o dinheiro de volta e ainda vai fazer uma doação para um projeto social.

Alline perdeu o dinheiro após receber uma mensagem em nome de uma amiga pedindo a transferência do dinheiro. Sem desconfiar de nada, a professora fez a transferência e encaminhou o comprovante do depósito.

Horas depois, Alline descobriu pela rede social da amiga que estavam pedindo dinheiro no nome dela

“Pedia para mandar o dinheiro para o representante de lingeries dela, não desconfiei de nada e mandei. Quando fui olhar o Instagram, ela estava falando para ninguém mandar dinheiro para ela, porque tinha caído em um golpe. Pensei: ‘meu Deus, eu caí’. Sou tão acostumada a fazer esse tipo de favor com ela, é uma amiga muito querida e que confio demais”, relembrou.

Alline é professora, mas está sem trabalhar desde que o filho nasceu e ganha uma renda como autônoma vendendo cosméticos. Sem uma renda fixa, ela disse que estava juntando o dinheiro há algum tempo para pagar a fatura do cartão.

“Ela sugeriu me devolver o dinheiro, fazer um empréstimo, mas a responsabilidade não era dela. Falei para a gente pensar em outra forma e ela teve a ideia de fazer a rifa. No início não queria, não me senti à vontade, ia pedir para os outros. Aí pensei em colocar uma ação solidária na rifa, se eu conseguir receber o valor que precisamos, não paramos de vender e o que render a mais doamos para o Projeto Olhar Diferente”, explicou.

A professora diz que procurou uma delegacia registrar um boletim de ocorrência, mas foi orientado por um escrivão para ir até o banco pegar os dados bancários da pessoa que aplicou o golpe. Ela foi ao banco, mas não conseguiu as informações e não registrou ainda o caso.

Rifa

Devido à pandemia, a Rifa das Manas, como foi batizada a ação, é vendida pelas redes sociais. O participante entra em contato com a organização, adquire um número e faz a transferência de R$ 1, valor cobrado pela rifa. As vendas começaram no último dia 20. O sorteio vai ser feito no próximo dia 7.

Em cinco dias de venda, Alline conseguiu recuperar o dinheiro perdido e quitou o boleto.

Ao todo, vão ser rifados quase 20 prêmios entre vale compras em loja, cestas de cosméticos, bolos, roupas, perfumes, dinheiro, vale compra em um restaurante de Rio Branco, manicure, semijoias e outros. A maioria dos prêmios, segundo a professora, foram doados por amigos.

“Os prêmios vão ser sorteados individualmente e cada participante concorre a todos. Já tirei o dinheiro que perdi e tem mais de 2,4 mil números vendidos.Tem mais de R$ 800 para doar. Sempre fui desses movimentos solidários e conseguiria uns R$ 600 só, mas quando vi que iria sobrar dinheiro vamos mandar para caridade”, confirmou.

Como evitar esses golpes

O delegado da 1ª Regional da Delegacia de Polícia Civil do Acre, Alex Dany, passou algumas dicas e orientações de como evitar esse tipo de golpe. Segundo ele, os estelionatários nem precisam mais hackear o telefone das vítimas. Eles pegam apenas a foto da pessoa, usa no perfil e entram em contato com as pessoas próximas.

“Primeiro de tudo é manter a calma porque a essa situação vai te pegar de surpresa e vai causar um abalo emocional, primeiro pela relação de afetividade. É justamente onde o estelionatário utiliza para explorar. Desligue o telefone e tendo conhecimento de outra pessoa que pode confirmar o que está acontecendo também ajuda bastante”, destacou.

Ainda segundo o delegado, o criminoso envolve a pessoa em uma situação que ela não consegue se certificar se aquilo realmente está acontecendo. Outro modo de verificação é conferir para qual banco está sendo feito o depósito

“Na hora de efetuar a transferência, você consegue verificar para qual agência está indo o dinheiro, se é do Acre ou de outro estado. O número da agência vai te dizer para qual banco é e você vai ver a localidade”, aconselhou.

Sobre o escrivão não ter registrado o boletim de ocorrência, ele explicou que a vítima precisa levar os dados bancários para onde foi feita a transferência, que podem ser obtidos na agência bancária, para a polícia saber qual vai ser a cidade e delegacia competente.

“A maioria desses casos não são investigados no Acre, porque a Justiça entende que a investigação deve ser feita no local onde houve o recebimento. O trabalho da polícia do Acre vai ser registrar a ocorrência, ouvir a testemunha, juntar a documentação e encaminhar para a Polinter, que é nossa delegacia interestadual, e vai mandar para o local de origem da transferência bancária, onde vai ser investigada”, concluiu.

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Bocalom evita compromisso automático com Mailza e defende união “ideal” da direita, mas lembra: “Quem tem medo, não entra”

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Prefeito de Rio Branco relembra apoio decisivo a James, marido da vice-governadora, em 2008, mas ressalta que “política é dinâmica”; em entrevista, aponta obras e educação como prioridades

Ao tratar do ambiente eleitoral, Bocalom deixou claro que a união é desejável, mas não pode ser imposta. As declarações foram dadas durante entrevista ao programa Bar do Vaz. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), afirmou nesta terça-feira (16) que não se sente obrigado a apoiar a vice-governadora Mailza Assis na disputa pelo governo do Acre em 2026. Em entrevista ao programa Bar do Vaz, do ac24horas.com, ele defendeu a união da direita como “cenário ideal”, mas ressaltou que eleições são competitivas por natureza.

— O ideal é que o grupo não se desfaça. Mas eleição é eleição. Quem tem medo, não entra — disse Bocalom, ao ser questionado sobre um possível apoio a Mailza. — Eu tenho [obrigação de apoiá-la] ao mesmo tempo que ela também tem.

O prefeito relembrou ter ajudado James, então marido de Mailza, a ser eleito prefeito de Senador Guiomard em 2008 — mesmo ano em que ele perdeu a disputa por Rio Branco. Contou que recusou mudar seu título eleitoral para ser vice de James, mas articulou a migração do PSDB, mobilizou recursos e fez campanha pessoalmente no município.

— Tirei o partido da mão de um vereador, botei na mão do James e ajudei ele a montar o partido lá. Deixei aqui três ou quatro vezes a minha eleição na capital e passava o dia inteiro com ele lá — relatou. — Brasília me arrumou um dinheirinho para fazer minha campanha. Dividi metade para mim e metade mandei para o interior, para ele.

Sobre a relação atual com Mailza, Bocalom afirmou ter “carinho muito grande”, mas ponderou que “política é dinâmica”. Ele também destacou o orgulho de comandar a capital e citou ações na educação e obras urbanas como marcas de sua gestão.

Declarações estratégicas

“O ideal é que o grupo não se desfaça”

“Eleição é eleição. Quem tem medo, não entra”

“Eu tenho [obrigação de apoiar] ao mesmo tempo que ela também tem”

“Ela hoje é vice-governadora, e política é dinâmica”

Relembrando 2008
  • Articulação: Bocalom ajudou James a montar PSDB em Senador Guiomard
  • Recursos: Dividiu verba de campanha entre capital e interior
  • Resultado: James eleito prefeito, Bocalom perdeu em Rio Branco
Gestão atual
  • Obras: Revitalização de praças, fontes interativas, “cara de capital”
  • Educação: Entrega de uniformes e tablets a alunos municipais
  • Aprovação: Vitória no 1º turno com quase 55% dos votos em 2024

As declarações ocorrem em momento crucial de articulação pré-eleitoral, com Mailza Assis e Alan Rick como principais nomes da sucessão estadual.

A postura cautelosa de Bocalom reflete complexidade das alianças na direita acreana, onde históricos pessoais e projetos políticos nem sempre se alinham automaticamente.

Bocalom citou o resultado das urnas como indicativo de aprovação popular. “Ganhar no primeiro turno, com quase 55% dos votos, mostra que as pessoas estão satisfeitas”, afirmou Bocalom. Foto: captada 

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Prefeitura de Rio Branco intensifica vacinação antirrábica até 19 de dezembro em pontos estratégicos da cidade

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A população também pode vacinar seus animais no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que funciona das 7h30 às 16h30, e na Urap Roney Meireles, das 8h às 12h

Rio Branco tem índice de vacinação de 80%, que é a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. Foto: cedida

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, segue intensificando a vacinação antirrábica para cães e gatos em diferentes pontos da cidade até o dia 19 de dezembro, com o objetivo de ampliar o acesso da população ao serviço e manter os índices de cobertura vacinal acima do recomendado pelo Ministério da Saúde.

Atualmente, a vacinação está sendo ofertada no Arasuper do bairro Aviário, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30. Além disso, a população também pode vacinar seus animais no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que funciona das 7h30 às 16h30, e na Urap Roney Meireles, das 8h às 12h.

Após o dia 19 de dezembro, todos os pontos de vacinação antirrábica serão temporariamente suspensos. O serviço será retomado a partir do dia 5 de janeiro de 2026, exclusivamente em dois pontos fixos: o Centro de Controle de Zoonoses e a Urap Roney Meireles.

De acordo com o agente de Vigilância em Zoonoses, Joel Pereira, a estratégia adotada pelo município tem sido fundamental para alcançar resultados positivos.

“Este ano conseguimos alcançar cerca de 80% de cobertura vacinal, que é a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, graças às estratégias de busca ativa e à ampliação dos pontos de atendimento. Em 2026, esse trabalho continua, com a manutenção dos pontos fixos e a retomada das ações itinerantes, inclusive nas áreas ribeirinhas. A vacinação é fundamental para proteger os animais e prevenir a raiva na nossa cidade”, destacou o agente.

A importância da vacinação também é reconhecida pela população. A Vitória Santos, aproveitou a ida ao mercado para vacinar suas cachorras e aproveitou para destacar os benefícios da ação.

“Essa vacinação antirrábica é muito importante porque a raiva é uma doença grave, tanto para o ser humano quanto para o animal. Quando aparecem os sintomas, infelizmente não tem cura. Então, vacinar é uma forma de proteger o nosso animal e também a nossa família”, afirmou Santos.

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PF deflagra operação contra tráfico de drogas em voos comerciais partindo do Acre

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Esquema usava funcionário terceirizado do aeroporto e CNHs falsas para enviar cocaína a outros estados; uma prisão foi realizada e nove quilos da droga foram apreendidos

O esquema criminoso utilizava voos comerciais regulares, partindo do Aeroporto de Rio Branco com destino a diversos estados da Federação. Foto: captada 

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (16) a Operação Queda Livre para combater um esquema de tráfico interestadual de drogas realizado por meio de voos comerciais regulares que partiam do Aeroporto de Rio Branco. Foram cumpridos seis mandados judiciais — cinco de busca e apreensão e um de prisão preventiva — nas cidades de Rio Branco (AC) e João Pessoa (PB).

Investigação apontou que uma organização criminosa vinculada a uma facção do Acre, com comando a partir do sistema prisional, contava com a ajuda de um funcionário de empresa terceirizada do aeroporto para enviar entorpecentes a outros estados. Os traficantes usavam Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) digitais falsas para comprar passagens e embarcar com identidades adulteradas, burlando os controles aeroportuários.

Ao longo das apurações, a PF apreendeu cerca de nove quilos de cocaína em duas remessas. Os investigados podem responder por tráfico interestadual, associação criminosa, falsificação de documento e organização criminosa. As investigações seguem para identificar outros envolvidos.

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