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Policial preso após ameaçar promotor é investigado por corrupção passiva e se apropriar de R$ 30 de mãe de detento

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João Rodolfo Souza foi denunciado em maio de 2021 por corrupção passiva e em abril de 2022 por peculato. suspeito de ameaçar o promotor Tales Tranin de morte. Defesa diz que houve uma interpretação equivocada e pediu soltura.

Policial civil João Rodolfo, suspeito de ameaçar de morte o promotor Tales Tranin, é investigado por receber propina e se apropriar de dinheiro da mãe de detento — Foto: Arquivo pessoal

O policial civil João Rodolfo da Cunha Souza, preso por fazer ameaças de morte contra o promotor de Justiça Tales Tranin, responde a outros dois processos administrativos por corrupção passiva e peculato. Segundo os processos que a reportagem teve acesso, o policial e um colega cobraram dinheiro de um homem que buscou a delegacia para registrar boletim de ocorrência.

Em 2022, a mãe de um detento prestou queixa na corregedoria por ter entregue R$ 30 para o policial comprar comida para o filho que estava preso. Contudo, o rapaz não recebeu o alimento prometido pelo policial civil.

João Rodolfo está preso desde domingo (9) na Unidade Prisional 4 (UP-4), em Rio Branco. A prisão foi cumprida pela Polícia Civil em conjunto com a 1ª Promotoria de Justiça Criminal, que conduz as investigações com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MP-AC).

O Gaeco conduz as investigações desde que houve o conhecimento das ameaças em abril deste ano. Na época, o caso foi encaminhado para a Procuradoria-Geral de Justiça.

Em nota, publicada no último dia 4, o órgão disse que medidas administrativas foram tomadas para manter a integridade física do promotor. Ainda segundo o MP, o processo está em segredo de justiça.

O governo do Acre também divulgou uma nota afirmando que foi aberto um procedimento investigatório para apurar os fatos, no âmbito da Corregedoria-Geral da Polícia Civil.

Tales Tranin é promotor de Justiça do MP-AC e foi ameaçado de morte – Foto: Quésia Melo/Rede Amazônica Acre

‘Interpretação equivocada’

O advogado de defesa do policial civil, Janderson Soares, destacou que não há condenação transitada julgada contra ele. Além disso, destacou que entrou com um pedido de soltura à Justiça.

A defesa afirma que não houve ameaça de morte contra o promotor Tales Tranin. A alegação do suspeito é de que houve uma menção ao promotor em uma frase durante conversa com um colega.

“Essa frase foi interpretada de forma equivocada pelo Ministério Público, mas em nenhum momento foi ameaça. Não tem nenhuma conotação ou tentativa contra a vida do promotor. Não utilizou verbo do tipo matar ou agir contra a integridade física contra o promotor. Houve uma interpretação equivocada”, argumentou.

Corrupção passiva

Segundo o processo de corrupção passiva, um motociclista foi até a Delegacia de Polícia da 1ª Regional, no bairro Sobral, no dia 24 de maio de 2021, para registrar um boletim de ocorrência após ter a motocicleta tomada por uma pessoa. A vítima explicou na delegacia que comprou o veículo do suspeito, mas que ainda não tinha passado o documento para seu nome e que havia uma multa para pagar.

Com isso, o antigo dono tomou a moto até o pagamento da penalidade. Ao expor a situação para João Rodolfo e outro policial, a vítima foi orientada a não registrar o boletim de ocorrência e nem falar com o delegado plantonista.

Os policiais teriam dito que resolveriam a situação por R$ 1,2 mil com entrada de R$ 200 pelo serviço. Sem saber que estava caindo em um golpe, o homem deu duas notas de R$ 100 para cada policial e foi embora.

A vítima relatou no processo que ligou várias vezes para o colega de João Rodolfo para saber se a moto tinha sido encontrada, contudo, as ligações não foram atendidas. Após várias tentativas, o policial atendeu a ligação e combinou de entregar o veículo em determinado local, o que não foi cumprido.

No dia 31 de maio, a vítima resolveu voltar na delegacia e denunciou o caso para um delegado. A corregedoria foi acionada e o caso começou a ser investigado. O homem alegou que só aceitou o acordo porque precisava da moto para trabalhar.

Ao ser ouvido pelo corregedor-adjunto da época, delegado Alberto Dalacosta Filho, João Rodolfo negou a acusação e alegou que chegou a sair da sala quando a vítima registrava o boletim de ocorrência deixando apenas o colega de farda.

Já o outro policial afirmou que ouviu quando o dono da moto ofereceu dinheiro para João Rodolfo. Os dois policiais foram denunciados pelo Ministério Público Estadual em agosto de 2021. Em setembro do mesmo ano, os dois foram intimados pela 4ª Vara Criminal de Rio Branco a prestar esclarecimento dos fatos.

O processo segue em andamento, tendo sido realizada uma audiência no dia 10 de maio e remarcada para agosto.

Policial chegou a ser preso em 2023 após se apropriar de dinheiro de mãe de preso — Foto: Reprodução

Peculato

Em abril de 2022, uma dona de casa buscou a Delegacia da 2ª Regional para saber notícias do seu filho que tinha sido preso por não pagar pensão alimentícia. A mãe queria saber se seria entregue comida para o filho e ouviu de um policial, que posteriormente foi identificado como João Rodolfo, que a delegacia não fornecia alimentação para os presos.

Ainda segundo o depoimento da mulher, o policial se ofereceu a comprar comida para o detento. A mãe ainda chegou a perguntar por quanto sairia a janta, mas o policial disse que não sabia o valor. De acordo com o processo, a mulher entregou R$ 30 para João Rodolfo, sendo R$ 20 para um espetinho de churrasco e R$ 10 para o refrigerante.

A mulher diz que ouviu do policial que não era permitido entrar com comida no local, contudo, levaria o alimento pela parte de trás da delegacia.

O rapaz foi solto no dia seguinte e a mãe perguntou se ele tinha se alimentado. O rapaz respondeu que tinha recebido uma marmita entregue pela própria equipe policial, mas que não era churrasco. A mulher relatou que achou estranho e contou que deu dinheiro para um policial comprar o espetinho e o refrigerante.

No dia 11 de abril, a mulher voltou na delegacia para falar com o policial. Ao chegar no local, ela disse que encontrou João Rodolfo conversando com um colega e quando ele a viu fechou a porta rapidamente.

A mulher foi atendida por um delegado e orientada a buscar a corregedoria. Em depoimento, o policial confirmou que recebeu dinheiro de parentes de vários detentos e comprou todos os alimentos solicitados.

João Rodolfo negou que tivesse ficado com o dinheiro e também alegou que não se lembrava do caso específico. Ele foi preso em maio de 2023 e denunciado pelo MP-AC em junho do mesmo ano. Na época, João Rodolfo foi solto para usar tornozeleira eletrônica.

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Polícia apreende mais de 1,5 kg de drogas em duas abordagens na BR-364, em Sena Madureira

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Adolescente de 13 anos e mulher adulta foram detidas transportando maconha e cocaína; operação reforça combate ao tráfico na região.

Na manhã desta quinta-feira (6), policiais militares do 8º Batalhão da Polícia Militar (8º BPM) de Sena Madureira apreenderam mais de 1,5 kg de entorpecentes em duas operações distintas realizadas na BR-364.

A primeira abordagem ocorreu por volta das 10h, quando um táxi foi parado para fiscalização. Durante a revista, os policiais identificaram o nervosismo de uma passageira, uma adolescente de 13 anos, e encontraram 1 kg de maconha em sua bagagem. A droga seria levada para Sena Madureira.

Horas depois, por volta das 16h30, outro táxi foi abordado na mesma rodovia. Desta vez, uma mulher adulta transportava 500 gramas de maconha e 200 gramas de cocaína, também com destino a Sena Madureira.

As envolvidas e os entorpecentes foram encaminhados à Delegacia Geral da Polícia Civil para os procedimentos legais. As apreensões fazem parte das ações contínuas do 8º BPM no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas na região.

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Giro apreende quase um quilo de drogas e arma de fogo no bairro São Francisco

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Dupla foi presa após tentativa de fuga; polícia encontrou maconha e revólver durante ação no bairro

As equipes do Giro se deslocaram ao endereço, chegando na residência avistaram dois homens que fugiram ao observarem a aproximação policial. Foto: cedida 

 

Na tarde desta quinta-feira (6), militares do Grupo de Intervenção Rápida e Ostensiva (Giro) da Polícia Militar prenderam dois indivíduos no bairro São Francisco. A ação resultou na apreensão de 0,834 kg de maconha e um revólver com seis munições.

De acordo com a assessoria de comunicação da PMAC, a operação foi iniciada após denúncias de que uma residência no local estaria sendo usada para o tráfico de drogas e abrigaria homens armados. Ao chegarem ao endereço, os policiais avistaram dois suspeitos, que tentaram fugir ao perceberem a presença dos militares.

Durante a perseguição, um dos envolvidos jogou uma mochila, enquanto o outro arremessou um objeto prateado em um cômodo da casa. Após a captura da dupla, os policiais encontraram dentro da mochila a substância aparentando ser maconha, pesando 0,834 kg, e, no cômodo, um revólver calibre 38 com seis munições.

Os dois suspeitos foram encaminhados à Delegacia de Flagrantes (Defla) para as providências cabíveis. A ação reforça o compromisso da PMAC no combate ao tráfico de drogas e à criminalidade na região.

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Polícia desarticula mega esquema de tráfico internacional que fazia distribuição de drogas pelo país

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A base dos traficantes que foi desarticulada ficava na zona rural do município de Careiro

De acordo com que foi apurado pela polícia, da base do Careiro a droga era distribuída para Manaus, para o Pará e para outros centros. As investigações continuam. Foto: Divulgação

Com assessoria 

Uma operação policial feita pela Companhia de Operações Especiais (COE) e pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/AM), desarticulou um mega esquema criminoso de tráfico internacional de droga e prendeu em flagrante um traficante com armas e droga, inutilizou três aeronaves e destruiu três pistas clandestinas de pouso de aeronaves.

 

 A ação policial aconteceu na zona rural do município do Careiro (a 86 quilômetros de Manaus) aonde as organizações criminosas haviam instalado suas bases para receber droga.  A operação começou por volta das 6h da manhã de segunda-feira (6) e terminou na quarta-feira (5).

Durante a ação, foram destruídos dois helicóptero modelo R44, um  avião monomotor, 4.000 litros de combustível para aviação e foram apreendidos um fuzil calibre 5.56, uma pistola calibre 9 milímetros, espingarda calibre 16 e 264 kg de entorpecentes tipo skunk e cocaína.

 

 Na avaliação da polícia, a operação causou prejuízo aos narcotraficantes de R$ 13.985 milhões

Agência de Inteligência de Área do 18° Batalhão da Policia Militar do Pará, que identificaram pistas clandestinas e rotas aéreas utilizadas pelos criminosos para transportar drogas de países vizinhos ao Brasil. Foto: Divulgação

De acordo com o comandante da COE, o major Lemos, as investigações iniciaram há três meses com a participação e o apoio de outros órgãos de segurança  como  a Polícia Federal, com Força Aérea Brasileira (FAB), Exército Brasileiro através do BAvEx.

Conforme o que foi apurado, facções criminosas que atuam no Amazonas estabeleceram as bases no Careiro para receber o carregamento de droga. As bases continham as pistas clandestinas e acampamentos para guardar a droga, além de moradia com placa solar, mosquiteiro com rede, comidas e equipamentos de comunicação, como antenas e  rádios.

Ainda de acordo com o major, a  operação foi conduzida com base em inteligência integrada entre a COE/PMAM, FICCO/AM e Agência de Inteligência de Área do 18° Batalhão da Policia Militar do Pará, que identificaram pistas clandestinas e rotas aéreas utilizadas pelos criminosos para transportar drogas de países vizinhos ao Brasil.

A ação policial aconteceu na zona rural do município do Careiro (a 86 quilômetros de Manaus) aonde as organizações criminosas haviam instalado suas bases para receber droga. Foto: Divulgação

Com o suporte de aeronaves da FAB, do DIOA e do BAvEx, as equipes táticas da COE foram  enviadas para os pontos estratégicos, onde localizaram e neutralizaram aeronaves ilegais e aprenderam drogas e armas. No local, foi preso o piloto de aeronave, Ramon Sosa. Ele informou à polícia que era pago para transportar droga do Peru para a base no Careiro.

De acordo com que foi apurado pela polícia, da base do Careiro a droga era distribuída para Manaus, para o Pará e para outros centros. As investigações continuam.

As bases continham as pistas clandestinas e acampamentos para guardar a droga, além de moradia com placa solar. Foto: Divulgação

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