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Policial denunciado por torturar jovem deficiente no interior do AC tem habeas corpus negado

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Policial teria agredido o adolescente Vinícius Afonso, no mês de junho, na cidade de Plácido de Castro — Foto: Arquivo pessoal

Por Aline Nascimento

O policial civil do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), denunciado por torturar o jovem Vinícius Afonso, no mês de junho, em Plácido de Castro, interior do Acre, durante uma abordagem, teve um habeas corpus negado pela Justiça do Acre.

O adolescente, que tem problemas neurológicos e psiquiátricos, de acordo com a mãe, estava parado na motocicleta dela conversando com a namorada quando foi abordado pela polícia. A mãe do jovem filmou as agressões.

O servidor público foi afastado das funções e teve o porte de arma suspenso. Ele entrou com um pedido para voltar ao trabalho na rua e ter o porte novamente. Atualmente, o policial trabalha no setor administrativo e não pode usar a arma de fogo. O pedido foi avaliado e negado pela Câmara Criminal.

A defesa do policial disse que já teve acesso à decisão e vai recorrer do resultado em Brasília.

“Ele foi denunciado e o juiz determinou algumas medidas cautelares, entre elas suspensão do porte de arma de fogo e que saísse das ruas e fosse trabalhar no setor administrativo. Pelas investigações dentro das corregedorias, apontam que ele não é o autor das agressões. Ele não estava sozinho, tem as imagens dos policiais militares agredido”, disse o advogado Marcos Paulo Pereira.

O advogado destacou no pedido que as medidas impostas ao servidor público eram desproporcionais. Segundo Pereira, o policial deseja, principalmente, voltar a usar o revólver.

“Ele quer pelo menos a arma, porque é um policial que participa de muitas operações. Têm as provas que ele é inocente, que o outro policial agrediu. Não participou da situação”, alegou.

Agressões filmadas

A motivação para as agressões, segundo a mãe do rapaz, Isabel Afonso, foi porque o filho não estava usando máscara, como é obrigatório na cidade por conta da pandemia do novo coronavírus.

Foi a mãe quem denunciou que o filho foi agredido por policiais do Gefron. Após as agressões, o jovem passou por exames e precisou aumentar a dosagem das medicações que faz uso diariamente.

A dona de casa Isabel Afonso gravou um vídeo para denunciar as agressões. O caso tomou repercussão nas redes sociais e o Ministério Público do Acre chegou a instaurar um procedimento para apurar o caso.

Vinícius faz tratamento em São Paulo a cada seis meses, mas, por conta da pandemia, o médico que acompanha o caso, segundo a mãe, pediu que ele fosse avaliado pelos especialistas no Acre para que não precise viajar e corra risco de contaminação.

Mãe denuncia que filho foi agredido por policiais no interior do AC por não usar máscara — Foto: Arquivo pessoal

Vídeo da viatura parando em rua

Um vídeo gravado por câmeras de segurança mostrou que a viatura da polícia ficou parada em uma rua onde por cerca de um minuto. As imagens não mostram com clareza a ação, mas é possível ver que o policial que estava dirigindo desce do carro e vai para o lado do passageiro da frente.

Outros dois policiais estão em pé na carroceria do veículo. Em seguida, um dos policiais que está na parte traseira do carro desce e vai para o lugar do motorista.

Apesar de as imagens não mostrarem bem ao certo o que acontece, a movimentação segue como o que foi relatado pelo adolescente sobre o dia das agressões.

Investigação do MP-AC

O promotor de Justiça José Lucivan Nery de Lima, que instaurou procedimento para apurar a denúncia, solicitou ainda que Conselho Tutelar acompanhasse o caso, já que a vítima tem menos de 18 anos.

A reportagem, ele disse que as investigações estão em andamento e que solicitou imagens de segurança dos locais por onde a viatura teria passado e também da delegacia para onde o adolescente foi levado. Ele aguarda ainda informações da apuração que está sendo feita internamente pela polícia.

“Assim que tomei conhecimento dos fatos, abri o procedimento e está na fase de investigação. Estamos colhendo informações, por último pedi até ao nosso Núcleo Técnico para colher imagens de segurança da cidade para saber se consigo alguma imagem da ação policial. Então, estou levantando todos os meios de investigação para formar meu convencimento sobre o que aconteceu, os crimes que foram praticados e também estou esperando concluir as investigações policiais”, disse o promotor.

O presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da Advogados do Brasil seccional Acre (OAB-AC), Andresson Bomfim, informou que a comissão acompanha o caso.

“Vamos acompanhar o desenrolar das coisas, porque a função de processar crimes é do Ministério Público. Nós da Comissão da Pessoa com Deficiência emitimos uma nota de repúdio, porque vimos a gravidade do que aconteceu e vamos acompanhar. Na próxima semana, vamos pedir o andamento do inquérito e, se tiver concluído, vamos pegar uma cópia”, disse Bomfim.

Relato das agressões

Também em vídeo, o adolescente contou como foi a abordagem. Ele disse que os policiais chegaram perguntando onde estava a máscara dele e a da jovem que estava com ele.

Em seguida, os militares perguntaram a idade dele e, como é menor, contou que ficou com medo de levarem a moto da mãe e acabou dizendo que não lembrava da idade.

Nesse momento, ele relatou que um dos policiais deu um murro que acertou seu marcapasso e depois levou um ‘mata-leão’. Ao tentar se defender, acabou batendo no rosto do policial. Foi quando foi algemado e colocado dentro da viatura, onde teria levado vários murros.

“Eu estava algemado e o que eu acertei fisicamente estava dirigindo. Aí, ele desceu do carro e deu vários murros na minha cara, várias sequências de murros. Acho que mais de dez murros e disse que era para eu aprender. Quando me levou para a cela, outro [policial] disse: ‘deixa só tua mãe sair que tu vai aprender a bater em cara de policial’. Isso foi tipo uma ameaça para mim, já fiquei com medo”, relatou o jovem.

Segurança abriu procedimento

Após as denúncias, em nota, a assessoria da Secretaria de Segurança do Acre informou que já tinha conhecimento do caso e que foi aberto um procedimento tanto na Polícia Civil quanto na Militar para apurar a ação dos policiais do Gefron envolvidos na abordagem.

A Segurança informou que o material colhido no procedimento interno está concluído e que o secretário deve se reunir com o Ministério Público para repassar as informações.

Inicialmente, a secretaria chegou a informar que foi determinado o deslocamento de um oficial do Gefron até o município de Plácido de Castro e que a guarnição do Gefron que estava atuando foi removida da cidade.

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Bombeiros encerram buscas por diarista desaparecido no Rio Purus, no Acre

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Paulo do Graça foi visto pela última vez em uma canoa; embarcação foi encontrada abandonada, mas vítima não foi localizada.

A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia. Foto: cedida 

O Corpo de Bombeiros encerrou as buscas pelo corpo de Paulo do Graça, diarista que desapareceu nas águas do Rio Purus, em Sena Madureira, no Acre, na última segunda-feira (24). As operações, que incluíram buscas subaquáticas e superficiais, não obtiveram sucesso em localizar a vítima.

De acordo com relatos de moradores, Paulo foi visto pela última vez saindo do porto da comunidade Silêncio em uma canoa. No dia seguinte, o barco foi encontrado abandonado nas proximidades do seringal Regeneração, aumentando as preocupações sobre o seu paradeiro.

As equipes de resgate trabalharam por dias na região, mas as condições do rio e a falta de pistas concretas dificultaram as operações. A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia.

O Corpo de Bombeiros informou que, por enquanto, as buscas estão suspensas, mas podem ser retomadas caso novas informações surjam. Enquanto isso, familiares e amigos aguardam por respostas sobre o destino do diarista.

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Juiz da execução penal pode mandar monitorar conversa de advogado e preso

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As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas

A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia. Foto: internet 

O juiz da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o Ministério Público, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.

Com esse entendimento, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento a recurso em Habeas Corpus ajuizado por uma advogada que teve suas conversas com um preso monitoradas pela Justiça de Goiás.

As escutas foram feitas no parlatório da unidade prisional, a pedido do MP, por indícios de que as atividades do preso, membro de uma organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada.

A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia relacionadas ao sigilo entre advogado e cliente.

Juiz da execução penal é competente

No entanto, a relatora do recurso, ministra Daniela Teixeira, observou que o Tribunal de Justiça de Goiás identificou motivos suficientes para justificar o monitoramento das conversas entre advogada e preso.

Isso porque ela não possuía vínculo formal com ele, como procuração para atuar em seu nome nos processos. E não foi designada pela família do detento.

As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas.

“A inviolabilidade do sigilo profissional pode ser mitigada em situações excepcionais, como quando há indícios da prática de crimes por parte do advogado”, explicou a ministra Daniela ao citar a jurisprudência do STJ sobre o tema.

Além disso, ela apontou que o juízo da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o MP, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.

“No caso em questão, o pedido do Gaeco foi motivado por indícios de que as atividades de um dos presos, líder da organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada”, concluiu ela. A votação foi unânime.

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Briga generalizada entre menores viraliza nas redes durante festa de Carnaval em Cobija

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Confronto ocorreu na Praça do Estudante durante tradicional jogo com balões e água; vídeos mostram momento de descontrole

O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. Foto: captada 

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma briga descontrolada entre menores de idade durante as comemorações de Carnaval na Praça do Estudante, em Cobija, Bolívia, nesta segunda-feira. O confronto aconteceu enquanto os jovens participavam de um jogo tradicional boliviano que envolve balões e água, comum durante a festividade.

Nas imagens, é possível ver o momento em que a briga se inicia, com empurrões, socos e correria, deixando os espectadores em choque. Apesar da natureza lúdica da atividade, a situação rapidamente escalou para a violência, chamando a atenção de moradores e autoridades locais.

Até o momento, não há informações sobre feridos ou intervenção policial no local. O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. As celebrações, que costumam ser marcadas por alegria e diversão, foram manchadas pelo episódio de descontrole.

Veja vídeo com TV Unitel:

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