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Polícia de Goiás confirma morte de Lázaro durante operação
Foragido há 20 dias, homem de 32 anos chegou com vida a hospital de Águas Lindas, mas não resistiu e faleceu
Roberto Cabrini, da Record TV
A morte de Lázaro Barbosa, que esteve 20 dias foragido e foi capturado nesta manhã, foi confirmada nesta segunda-feira (28), segundo o repórter Roberto Cabrini, da Record TV.
Segundo confirmou um coronel da polícia goiana a Cabrini, logo após ser apreendido, o homem de 32 anos foi levado com vida ao Hospital Municipal Bom Jesus, em Águas Lindas, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Lázaro é apontado como responsável pela morte de quatro pessoas da mesma família em Ceilândia, na região administrativa do Distrito Federal.
A busca pelo acusado mobilizou centenas de policiais lotados no Distrito Federal e em Goiás.
Na última quinta-feira (24), outras duas pessoas já haviam sido presas por suspeitas de auxiliarem na fuga do homem de 32 anos. Desde então, as buscas foram intensificadas: houve reforço de mais dois helicópteros e no número de viaturas mobilizadas.
Durante as quase três semanas de buscas, segundo a polícia, Lázaro passou por áreas rurais e zonas de mata. Ele sempre estava armado e invadia fazendas para se alimentar e descansar, obrigando moradores locais a cozinharem para ele. Ao longo deste período, ao menos quatro pessoas mortas e outras três foram baleadas pelo foragido.
A lista de crimes pelos quais Lázaro Barbosa era acusado continha casos de homicídio a triplo homicídio, estupros, tentativa de latrocínio, porte ilegal de arma de fogo, furto e roubos. Há registros de delitos cometidos ao longo de 14 anos.
Desde seu primeiro delito de que se tem notícia, em 2007, homem já haviafugido de três penitenciárias em Goiás, Bahia e Distrito Federal.
Caiado anunciou prisão
Mais cedo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou Lázaro havia sido finalmente capturado. A publicação foi feita nas redes sociais de Caiado.
“Acabo de receber uma informação de todas as forças de segurança que estão ali na região de Cocalzinho que o Lázaro foi preso. Cumprimentar a todos aqueles que estão ali há vários dias trocando informações e chegando a esse resultado final, com a prisão do Lázaro”, disse o governador.
Confira a linha do tempo dos crimes cometidos por Lázaro
O primeiro delito conhecido de Lázaro Barbosa ocorreu em 2007, quando foi preso por cometer duplo homicídio, mas fugiu pouco depois da prisão. Em 2009, em Brasília, ele foi preso no Complexo Penitenciário da Papuda por estupro, roubo e porte ilegal de arma de fogo. Lá, psicólogos emitiram um laudo apontando que ele era detentor de conduta agressiva e impulsiva, além de instabilidade emocional. Dois anos após progredir para o regime semiaberto, ele fugiu em 2016 da prisão.
Em 2018, o serial killer voltou a ser preso em Águas Lindas (GO), novamente por estupro, roubo e porte ilegal de arma. Meses depois, fugiu pela terceira vez.
No ano passado, ele invadiu uma chácara em Santo Antônio do Descoberto, agrediu um idoso com um machado e foi indiciado por roubo qualificado pela restrição de liberdade das vítimas, emprego de arma e tentativa de latrocínio; a vítima perdeu parcialmente a visão.
Foi em abril de 2021, porém, que começou a sequência de crimes que fizeram Lázaro Barbosa chamar a atenção de todo o país.
No dia 27 daquele mês, em Cocalzinho (GO), se aproximou da janela de uma fazenda e atirou dois moradores dentro da propriedade. Em 18 de maio, entrou em uma chácara de Ceilândia (DF), obrigou todos os moradores a ficarem nus, prendeu os homens em um quarto e coagiu as mulheres a cozinharem para ele. Duas semanas depois, invadiu outra chácara na cidade e roubou os moradores.
Em junho, ele voltou a matar: no dia 4, invadiu uma chácara de Cocalzinho e matou o proprietário a tiros. Cinco dias depois, agora em uma chácara de Ceilândia, manteve o caseiro e a família reféns, matou a tiros e facadas o pai e os dois filhos; na sequência, sequestrou a mulher, a levou para um rio, onde a torturou, estuprou e matou.
No dia 10, invadiu mais uma propriedade e roubou os moradores com uma arma de fogo. Um dia depois, novamente em Cocalzinho, outra invasão a uma propriedade rural e disparou contra o morador.
Ainda em Cocalzinho, foram várias invasões no dia 12: primeiro, invadiu uma chácara e ameaçou os reféns; estes, porém, foram obrigados a usar drogas e Lázaro não os matou. Logo depois foi a outra propriedade, onde manteve como reféns uma mulher, uma criança e quatro homens. Três deles foram alvejados por Lázaro, que atirou também contra os policiais e fugiu. Ele ainda teve tempo de passar por outra chácara, atirar no morador da propriedade e fugir.
No dia 13, o serial killer furtou um veículo, o abandonou na BR-070 e ateou fogo no automóvel quando avistou uma barreira policial. No dia seguinte, quando invadia uma chácara, o caseiro percebeu sua chegada, atirou contra ele e o obrigou a fugir.
Sua última aparição foi no dia 16, há cinco dias. Ele invadiu uma chácara, sequestrou pai, mãe e a filha adolescente do casal, levou-os para um rio próximo e, quando avistou a polícia, disparou contra os agentes – atingindo um deles no rosto e no pescoço. Desde então, não se sabe qual é o paradeiro do criminoso.
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Violência doméstica em Epitaciolândia termina com ameaças e acidente de trânsito
Homem teria ameaçado ex-esposa com tijolo e se jogou encima do veículo; vítima registrou ocorrência na delegacia.
Um caso de violência doméstica foi registrado na tarde desta segunda-feira (3). O fato teria ocorrido na Rua Capitão Pedro de Vasconcelos, no bairro Aeroporto, em Epitaciolândia. A guarnição do 5º Batalhão de Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de acidente de trânsito, mas, ao chegar ao local, descobriu-se que o incidente estava relacionado a uma agressão doméstica.
Segundo relatos de populares, o autor da agressão identificado como Sandeson Kleito Gabriel, teria tentado jogar um tijolo no para-brisa do carro de sua ex-esposa, com a intenção de atingi-la. Ao perceber a ameaça, a mulher avançou com o veículo em direção ao agressor, que se ficou sobre o capô e foi carregado por vários metros até cair na rua. O Homem sofreu uma lesão na cabeça e arranhões pelo corpo devido à queda.
Após o ocorrido, a vítima dirigiu-se à delegacia para registrar o fato. A guarnição policial também se deslocou até o local para a confecção do boletim de ocorrência. O caso está sendo investigado, e Andeson foi levado ao hospital para ser medicado e ficou em observação até ser liberado.
O caso foi registrado como violência doméstica contra a mulher conforme o ART. 147 do CPB e as autoridades reforçam a importância de denunciar essas situações para garantir a segurança.
Veja vídeo abaixo:
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Serial Killer: Criminoso de alta periculosidade que escapou do presídio Urso Branco, em Porto Velho, continua foragido
João Luiz da Silva Filho, condenado a 22 anos por homicídio, estava em regime de cela livre e fugiu durante trabalho externo; polícia pede ajuda da população.
João Luiz da Silva Filho, de 53 anos, criminoso de alta periculosidade, fugiu do presídio José Mário Alves, conhecido como Urso Branco, em Porto Velho (RO), nesta sexta-feira (28). Condenado a 22 anos de prisão por homicídio e com histórico de reincidência, João Luiz estava no sistema de cela livre e fugiu quando saiu do presídio Vale do Guaporé para trabalhar no Urso Branco.
As autoridades estão em alerta e pedem a colaboração da população para localizar o fugitivo. Quem tiver informações sobre o paradeiro de João Luiz deve entrar em contato imediatamente com a polícia pelos números 190 ou 197.
A fuga reforça a necessidade de medidas de segurança mais rígidas no sistema prisional, especialmente para criminosos considerados de alta periculosidade. A população deve redobrar a atenção e evitar qualquer contato com o fugitivo.
Fonte: EuIdeial
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STF, PF e CNJ não sabem quantos juízes são investigados por corrupção e venda de sentenças
R7 pediu dados via LAI para os três órgãos, mas nenhum deles respondeu às demandas com dados de investigados ou condenados
Uma operação da Polícia Federal deflagrada em novembro do ano passado dainvestigação sobre juízes, desembargadores e servidores de sete tribunais de Justiça estaduais ligados a esquemas de corrupção e venda de sentenças no Brasil acendeu o alerta sobre o monitoramento dos envolvidos e a falta de dados a respeito de participação de membros do Judiciário nessas práticas criminosas. Os inquéritos, até o momento, levaram ao afastamento provisório de pelo menos 16 desembargadores e sete juízes de primeira instância. No entanto, faltam dados para diagnosticar se os episódios são parte de um problema isolado ou se atingem outros tribunais e regiões do país.
O R7 realizou reiterados pedidos via Lei de Acesso à Informação para STF (Supremo Tribunal Federal), CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e Polícia Federal questionando se os órgãos têm informações sobre o número de magistrados investigados ou condenados por corrupção e venda de sentenças.
O STF, por exemplo, justificou que não tem os dados consolidados e enviou uma lista de 131 mil processos criminais públicos recebidos desde 2019 até o fim de 2024.
A PF disse que “as bases de dados não possuem tal informação sobre investigados/indiciados para consulta”. “Tal informação iria requerer consultar milhares de inquéritos individualmente para obtenção de tal informação, sendo assim inviável o fornecimento dos dados requeridos”, alegou.
O CNJ informou que tem padronizado todos os dados e informações compreendidas pelo processo judicial, “dessa forma, os assuntos cadastrados quando da distribuição dos procedimentos também são padronizados e têm por base as tabelas processuais unificadas”. Contudo, segundo a instituição, “atualmente, não há em referida tabela o assunto venda de sentenças ou algo relacionado como, por exemplo, corrupção e enriquecimento ilícito”.
De todo modo, o Conselho Nacional de Justiça enviou dados sobre as punições aplicadas a magistrados por alguma irregularidade de conduta. O levantamento aponta que 56% das punições envolvem aposentadoria compulsória, considerando o período de 2007 até o fim do ano passado.
Em 2024, por exemplo, o CNJ abriu 5.569 pedidos de providências na corregedoria, 1.734 reclamações disciplinares aos magistrados, 44 revisões disciplinares e 40 processos administrativos disciplinares.
Monitoramento
Em nota, o CNJ disse que mantém “rigoroso sistema de fiscalização e controle da atividade jurisdicional através de múltiplos mecanismos”. “A Corregedoria Nacional de Justiça realiza, sistematicamente, inspeções e correições para apurar o funcionamento dos serviços judiciais e auxiliares, das serventias e dos órgãos prestadores de serviços notariais, identificando eventuais irregularidades. O monitoramento é realizado de forma contínua para acompanhar o cumprimento das decisões proferidas e disponibiliza relatórios de conformidade no portal do CNJ”, afirmou.
O órgão destacou que exerce um controle funcional de magistrados dos cinco segmentos do Poder Judiciário brasileiro, com exceção do Supremo Tribunal Federal. “O Conselho também planeja, coordena e acompanha políticas judiciárias para aprimorar os serviços prestados pelos tribunais.”
O CNJ explicou que tem competência para investigar denúncias contra magistrados, realizando inspeções, correições e sindicâncias. “O Plenário do CNJ pode determinar, inclusive, o afastamento preventivo de magistrados durante a tramitação de processo disciplinar”, ressaltou a entidade.
“O CNJ prioriza o julgamento de processos relacionados a corrupção, improbidade administrativa e crimes contra a Administração Pública, bem como confere prioridade ao julgamento de ilícitos eleitorais. O CNJ monitora a atuação da magistratura por meio de diversas ferramentas, incluindo dados estatísticos sobre processos e outros indicadores. O Conselho também pode requisitar informações de autoridades fiscais, monetárias e outras autoridades competentes para esclarecer processos. Nos Processos Administrativos Disciplinares, após a fase de instrução, o relator apresenta relatório circunstanciado com proposta de penalidade, quando cabível. O relatório é submetido ao plenário, onde os conselheiros podem acompanhar a proposta do relator ou divergir, sugerindo penalidade diversa”, explicou.
Situação grave
Professor do Departamento de Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina, Luciano Da Ros pontua que “o fato de que há juízes alegadamente envolvidos em venda de sentenças é, obviamente, muito grave”.
“Mas, por outro lado, não se pode antecipar culpabilidade, e todos, inclusive os magistrados, gozam de presunção de inocência. Com isso, quero dizer que, apesar das medidas tomadas pela PF, que eu saiba ainda não há condenação em todos esses casos que possam ensejar juízo de culpa. Há que se esperar o andar dos processos, que é lento”, opinou.
O especialista disse que a maioria das punições mais severas gera aposentadorias compulsórias. “Isso ocorre porque juízes, protegidos por suas garantias de independência, somente podem ser efetivamente removidos do Poder Judiciário após serem condenados em processo criminal [e não administrativo] de forma definitiva”, detalha.
Sobre a sensação da sociedade de falta de punição aos juízes, que são aposentados após uma acusação grave, a advogada Mariana Madeira, também professora do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília e ex-assessora de ministro do STF, explicou que essa é a “forma mais severa e efetiva que o CNJ encontra para atribuir essa punição administrativamente, em razão da vitaliciedade, que é uma prerrogativa constitucional prevista para os juízes”.
“Na aposentadoria compulsória, os proventos são pagos de maneira proporcional ao tempo de serviço. Isso não impede, no entanto, que haja maior transparência na divulgação das infrações e punições administrativas como forma de reforçar a credibilidade e a confiança do jurisdicionado, até porque um dos princípios da atuação da administração pública é o da publicidade”, comentou.
Faltam dados
O professor Luciano Da Ros pontuou que é importante saber, caso a caso, quais magistrados, punidos no CNJ, eventualmente tiveram condenações criminais.
“Conheço poucos levantamentos dessa natureza, mas concordo que seria interessante, para fins de monitoramento, o CNJ manter uma base de dados pública e transparente que acompanhasse os desfechos dos processos criminais eventualmente decorrentes dos processos disciplinares”, sugeriu.
Sobre a venda de sentenças, o professor da UFSC reforçou que a situação é grave. “Mas lembro que juízes podem eventualmente ser corruptos de outras formas. Por exemplo, há várias funções administrativas que os tribunais desempenham [contratação de pessoal, construção de prédios, contratação de prestadores de serviço] que também podem estar sujeitas a problemas de magnitude semelhante”, alertou.
Para ele, é preciso mais transparência. “Mas a transparência, por um lado, requer que os dados sejam primeiramente coletados e registrados, algo que eu não sei se ocorre nesse particular, e que esses mesmos dados eventualmente públicos não firam a intimidade, a privacidade e mesmo a reputação, injustamente por vezes, dos acusados.”
Mensagem para a população
Para a professora Mariana Madeira, publicizar as sanções criminais eventualmente atribuídas a juízes corruptos também pode transmitir para a sociedade “a mensagem de que os crimes são rigorosamente punidos e, consequentemente, desestimula a prática de novas infrações penais”.
“Precisa haver um comprometimento de toda comunidade jurídica — advogados, defensores públicos, servidores, promotores — em denunciar irregularidades para que sejam seriamente apuradas, assim como qualquer cidadão que comete crime no país”, afirmou.
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