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Pix Parcelado: BC deve oficializar funcionalidade neste mês; entenda

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Imagem: CNN

O Pix Parcelado deve ser oficializado e regulamentado pelo BC (Banco Central) até o final de setembro. A funcionalidade, que já está disponível em diversas instituições financeiras, agora terá uma padronização nacional e promete maior transparência aos consumidores.

Antes da regulamentação pelo BC, a falta de padronização pelos bancos e fintechs, que ofereciam soluções próprias, poderia gerar diferenças nas taxas, número de parcelas e regras de aprovação de crédito.

Neste mês, o BC deve divulgar as regras do Pix Parcelado, que passa a ser uma funcionalidade oficial do sistema.

Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), todas informações sobre a transação, como taxas de juros, quantidade de parcelas e custo efetivo total, são apresentadas de forma transparente durante o pagamento via Pix Parcelado.

Desde o lançamento em 2020, o Pix já movimentou cerca de R$ 76,2 trilhões em volume financeiro, com 176,4 bilhões de transações, segundo a Febraban.

O BC informou que a funcionalidade deverá estimular compras mais caras através do Pix, sendo que algumas pessoas não teriam condições de pagar à vista.

O que é o Pix parcelado?

O Pix Parcelado permite que os consumidores dividam a compra via uma operação de crédito em parcelas com o seu banco.

A opção promete trazer vantagens, segundo a Febraban, e pode ser utilizada pela população no lugar do cartão de crédito. A modalidade poderá ser usada para qualquer tipo de transação Pix, inclusive para transferências.

A funcionalidade é destinada às pessoas que desejam fazer um pagamento instantâneo, porém estão sem dinheiro na conta.

Na prática, o consumidor poderá parcelar o Pix no momento do pagamento, sem precisar solicitar ao lojista. O estabelecimento receberá o valor integral à vista, como ocorre com o Pix normal, sem qualquer risco ou custo adicional.

Quem pode usar?

Para utilizar o Pix Parcelado, é necessário ter uma linha de crédito pré-aprovada junto à instituição financeira. Não é preciso possuir um cartão de crédito.

O Pix parcelado permitirá a compra de um produto ou serviço sem que o consumidor possua saldo disponível e sem a necessidade de recorrer a linhas de crédito rotativas e mais caras, explica a Febraban.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos, a precificação da oferta de crédito segue as políticas de cada instituição financeira ofertante.

As instituições financeiras não são obrigadas a oferecer o Pix parcelado. Portanto, a opção está disponível aos clientes de bancos que implementaram a modalidade.

Preocupações

O Idec (Instituto de Defesa de Consumidores), porém, manifestou preocupação sobre a consolidação do Pix Parcelado pelo Banco Central, conforme nota divulgada neste mês.

Segundo o Idec, relacionar o Pix a uma operação que, na verdade, é de crédito pode gerar confusão à população.

“A marca Pix foi construída com base na instantaneidade, simplicidade e gratuidade. Associá-la a um produto de crédito com juros, encargos e contratos pouco transparentes coloca em risco a confiança do usuário no sistema.”, informa o instituto.

“Essa mudança pode induzir o consumidor a acreditar que está realizando uma transferência parcelada, quando, na verdade, está contratando um crédito e assumindo uma dívida com condições que nem sempre são claras”, acrescenta.

Por outro lado, Gilmar Hansen, Vice-presidente sênior do RecargaPay, instituição de pagamento, explica que a regulamentação do Pix parcelado traz maior clareza e transparência sobre a origem dos recursos.

Além disso, ele acredita que a opção — definida por ele como “Pix com empréstimo, tudo de uma vez só” — irá beneficiar tanto consumidores, como lojistas e instituições financeiras, aumentando também o uso do Pix no dia a dia da população.

Ele explica que será possível consultar as taxas que serão cobradas, a quantidade de parcelas, além de “aceitar os termos e condições dessa dívida”.

Para Hansen, o consumidor pode decidir entre “buscar os recursos da conta, que ele tem disponível, se ele tiver, do seu limite, do seu cartão de crédito. Ou de uma nova linha de empréstimo que ele vai adquirir no mesmo momento que ele está fazendo o Pix.”

Segundo ele, os consumidores que não conseguiriam aproveitar um desconto por não possuírem limite no cartão, agora poderão fazê-lo utilizar o Pix Parcelado.

“Agora ele tem mais um método claramente explicado para ele que ele pode fazer uso, ou seja, aumenta a quantidade de transações em Pix e facilita para o consumidor para que ele não perca oportunidades comerciais”, explica.

Para as instituições financeiras, este é mais um produto agora “muito mais padronizado, com aval do Banco Central, que de forma clara pode ser utilizado pelos seus clientes consumidores.”, acrescenta.

Cuidados ao utilizar o Pix parcelad

Segundo a Serasa, assim como qualquer linha de crédito, há alguns cuidados que os consumidores devem ter na hora de usar o Pix parcelado, como se atentar aos juros, evitar parcelar gastos por impulso.

Caso não seja utilizada de forma responsável, a modalidade pode gerar dívidas desnecessárias.

Veja abaixo as atenções necessárias ao utilizar a funcionalidade:

• Cuidado com os juros altos: Embora existam opções de Pix parcelado sem juros em algumas fintechs, maioria das instituições aplica taxas mensais de acordo com o crédito concedido. Se o consumidor não comparar as condições, o valor final pago pode ser bem maior do que o esperado.
• Evite parcelar gastos supérfluos: O Pix parcelado deve ser usado para despesas planejadas ou emergenciais, não para compras por impulso, explica o Serasa. Parcelar produtos supérfluos pode criar um efeito cascata de parcelas que pesam no bolso e comprometem sua saúde financeira.
• Não comprometa sua renda mensal: É importante planejar a quantidade de parcelas e escolher um valor que caiba confortavelmente na renda.
• Simule antes de confirmar: O passo mais importante antes de realizar um Pix parcelado é simular a transação para conferir o valor de cada parcela, os juros e o total final, evitando surpresas desagradáveis.

 

Fonte: CNN

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Maioria dos trabalhadores de Rio Branco vive sob forte pressão financeira, aponta pesquisa

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Os dados revelam uma realidade complexa. Enquanto a maior parte dos lares (25,5%) tem três moradores, seguidos por 24% com duas pessoas e 20,5% com quatro, uma fatia significativa de 17% abriga cinco ou mais indivíduos

Para 36,5% da população, a renda obtida pelo núcleo doméstico é declarada insuficiente para cobrir as necessidades básicas. Foto: captada 

Ascom Fecomércio/AC

A combinação de baixa renda, avanço da informalidade e alto nível de endividamento está empurrando a maior parte dos trabalhadores de Rio Branco para um cenário de forte restrição orçamentária. A conclusão é da pesquisa do Instituto DataControl, encomendada pela Fecomércio/AC e divulgada nesta quinta-feira, 4.

Segundo o estudo, realizado com 200 pessoas economicamente ativas no final de novembro de 2025, 61,5% sobrevivem com até R$ 1.518 por mês, enquanto 51,5% possuem dívidas parceladas, das quais metade compromete mais de 20% da renda familiar. O aperto é tão grande que 27,5% recorrem a “bicos” para completar o orçamento, 16,5% buscam empréstimos e 10% deixam de pagar alguma conta considerada menos essencial. Apenas 41% conseguem poupar qualquer valor ao final do mês.

O levantamento mostra que 83,3% exercem alguma atividade remunerada, mas nem sempre em condições estáveis. Apenas 35,5% têm vínculo formal. Outros 17% trabalham sem contrato, sendo 11,5% realizando bicos e 5,5% atuando como empresários. Há ainda 12,5% de aposentados. Esse cenário de precariedade se reflete no fato de que 38% dos entrevistados não declaram um emprego fixo.

A taxa de desemprego atinge 16,7% da população e revela profunda desmotivação. 44,4% dos desempregados não procuram mais uma vaga, enquanto 31,9% buscam trabalho há mais de dois anos e 17,4% sequer lembram desde quando estão sem emprego. O estudo também aponta que 19,5% trocaram de emprego no último ano, reforçando o cenário de instabilidade.

Para o assessor da Fecomércio-AC, Egídio Garó, os dados reforçam uma tendência já percebida no setor produtivo. “Estamos diante de um mercado de trabalho que emprega, mas ainda não garante estabilidade financeira para grande parte das famílias. A renda é baixa, o endividamento é alto e a margem para poupar é mínima”, afirmou.

Os dados revelam uma realidade complexa. Enquanto a maior parte dos lares (25,5%) tem três moradores, seguidos por 24% com duas pessoas e 20,5% com quatro, uma fatia significativa de 17% abriga cinco ou mais indivíduos, o que intensifica a demanda por recursos. Contudo, essa carga muitas vezes não é distribuída de forma proporcional. Em 44,4% das famílias, o sustento recai sobre os ombros de uma única pessoa, e em 39,5%, apenas dois membros arcam com todas as despesas.

É neste cenário que a percepção de insuficiência se cristaliza. Para 36,5% da população, a renda obtida pelo núcleo doméstico é declarada insuficiente para cobrir as necessidades básicas. “Isso evidencia um descompasso estrutural entre o tamanho das responsabilidades e a capacidade financeira disponível para suportá-las”, detalhou o assessor da Fecomércio-AC, Egídio Garó.

A gestão das dívidas e a capacidade de planejamento financeiro revelam um cenário de constante tensão. O estudo aponta que 33,3% gastaram mais com compromissos, enquanto 37,5% mantiveram o nível de desembolso. Para mais da metade (54%) dos entrevistados, as parcelas mensais já representam uma dificuldade clara para o equilíbrio das contas. Ainda que a maioria (57,5%) declare realizar algum tipo de planejamento de gastos, a prática não é suficiente para evitar os apertos.

Quando o orçamento estoura, uma esmagadora maioria de 77,5% depende da negociação de prazos de até 30 dias para se reerguer, e 9,5% necessitam de mais de 45 dias, indicando uma fragilidade significativa na capacidade de absorção de choques.

A pesquisa também detalhou o perfil do mercado de trabalho de Rio Branco. 53% dos trabalhadores são mulheres, e 61,5% estão na faixa etária economicamente mais ativa, entre 16 e 44 anos. Em termos de formação, 37% concluíram o ensino médio, enquanto 16% possuem diploma de nível superior. A estrutura ocupacional é liderada pelo setor de serviços (21,5%), seguido pelo comércio (19%) e pelo setor público (16,5%).

A mobilidade urbana também pesa no bolso e no tempo dos trabalhadores. 29,5% consideram grande a distância entre casa e trabalho, enquanto 27,5% usam transporte coletivo, 18,5% a moto e 15% o carro próprio.

Egídio Garó explicou que os números são um alerta claro para a necessidade de mais oportunidades de emprego formal e de melhor remuneração em Rio Branco.

“A alta proporção de pessoas com a renda comprometida e sentindo a insuficiência de seus ganhos demonstra que a recuperação econômica precisa chegar com mais força ao bolso do trabalhador”, concluiu.

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Nota pública sobre atendimentos da Secretaria de Agricultura, Cageacre e Emater

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A medida é temporária e visa garantir a continuidade dos serviços públicos enquanto são realizados ajustes administrativos e estruturais nas sedes dos órgãos

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre (Cageacre), informa que as instituições listadas abaixo estarão com atendimentos presenciais nos seguintes locais:

  • Emater – pontos de atendimento na Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), localizada no Hotel Pinheiro – Rua Rui Barbosa, 450, Centro – Rio Branco – AC;
  • Cageacre – Rua Estado do Acre, número 16, no Bairro da Base; pontos de atendimento no Mercado dos Colonos, localizado na Rua Estado do Acre, número 16, no bairro da Base, Centro – Rio Branco – AC;
  • Seagri – ponto de atendimento no novo prédio da Secretaria de Educação, situado na Avenida Nações Unidas, 1955, em frente ao 7º Batalhão de Engenharia de Construção (7º BEC), nas salas 501 e 502.

A medida é temporária e visa garantir a continuidade dos serviços públicos enquanto são realizados ajustes administrativos e estruturais nas sedes dos órgãos. O governo do Estado agradece a compreensão de todos e reforça o compromisso com a eficiência e a qualidade no atendimento à população.

Rynaldo Lúcio dos Santos

Presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural

Pádua Cunha

Presidente da Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre

José Luís Tchê

Secretário de Estado de Agricultura

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Governo do Acre celebra conquista de servidor público em premiação nacional de fotojornalismo

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Para o governo do Acre, o prêmio reafirma a importância do investimento público na qualificação das equipes de comunicação

Imagem vencedora é de reportagem que retrata coleta de coquinhos caídos das palmeiras, sementes de um ouro vegetal que alimenta sonhos e sustenta famílias: o murumuru. Foto: Pedro Devani/Secom

A Secretaria de Estado de Comunicação, por meio da Agência de Notícias do Acre, conquistou o segundo lugar no Prêmio Ampla de Jornalismo, na categoria Fotojornalismo, com um trabalho assinado pelo fotojornalista Pedro Devani. A imagem premiada ilustra a reportagem “Do murumuru ao mundo: mulheres do Acre moldam a bioeconomia com saber ancestral e cuidado com a floresta”, escrita pela repórter Tácita Muniz.

O reconhecimento reforça a excelência do trabalho desenvolvido por profissionais da comunicação do Estado e evidencia o resultado direto dos investimentos que o governo do Acre vem realizando na capacitação contínua de seus servidores.

Promovido pela Ampla Amazônia, o prêmio reconhece as melhores produções jornalísticas sobre Amazônia, inovação, impacto social e ambiental. A cerimônia oficial foi realizada nesta quarta-feira, 3, em Belém (PA), reunindo grandes nomes da comunicação e do jornalismo da região.

A Ampla Amazônia é uma organização apartidária, representativa de lideranças da Amazônia. Um laboratório de ideias e gerador de debates. Buscando fomentar o empreendedorismo no Pará e na Amazônia, dialogando com o setor público e fortalecendo o setor privado.

Ampla Amazônia é uma organização apartidária, representativa de lideranças da Amazônia. Foto: Marcos Nascimento

Pedro Devani também foi convidado a participar da cerimônia, simbolizando a importância da presença de profissionais que atuam diariamente na produção de conteúdo sobre a Amazônia. “Estou muito feliz”, afirmou Devani. “É um prêmio que destaca a bioeconomia na Amazônia, valorizando uma família de mulheres, que tira seu sustento da coleta diária de murumuru, coquinho. Há um detalhe curioso: a mulher retratada na foto que fiz é paraense e reside em Cruzeiro do Sul há mais de dez anos.”

“Sinto-me honrado por representar a Agência e, mais ainda, por este reconhecimento à fotografia e aos fotógrafos. Neste momento, represento o Acre, sendo o único a ganhar este prêmio de fotografia até agora. Lembro que no ano passado a [jornalista] Tácita [Muniz] se inscreveu e conquistou o terceiro lugar na categoria texto”, concluiu.

Pedro Devani tem mais de três décadas atuando na comunicação pública do estado do Acre. Foto: Marcos Nascimento

Para o governo do Acre, o prêmio reafirma a importância do investimento público na qualificação das equipes de comunicação. “Essa conquista demonstra que investir na formação e no aprimoramento dos nossos servidores gera resultados concretos. Pedro Devani é um exemplo do comprometimento e do talento que temos dentro do Estado”, destacou a secretária de Comunicação, Nayara Lessa.

Para o governo do Acre, o prêmio reafirma a importância do investimento público na qualificação das equipes de comunicação. Foto: José Caminha/Secom

Pedro atua como fotojornalista em diversas coberturas institucionais, registrando o cotidiano acreano com sensibilidade e rigor técnico. Sua vitória, além de celebrar o talento individual, reforça o compromisso do governo em fortalecer o jornalismo público, valorizando profissionais que ajudam a contar a história do Acre e da Amazônia com responsabilidade e profundidade.

A premiação representa mais um marco para o reconhecimento nacional da comunicação pública do Acre, que segue se destacando pela qualidade do conteúdo produzido e pela valorização dos servidores que constroem diariamente essa narrativa.

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