Cotidiano
Palmeiras perde para o Boca nos pênaltis e está eliminado da Libertadores

O jogador Joaquín Piquerez, da SE Palmeiras, disputa bola com o jogador do CA Boca Juniors, durante partida válida pelas semifinais, volta, da Copa Libertadores, na arena Allianz Parque. (Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon)
Após empatar em 1×1 no tempo regulamentar, o Palmeiras foi derrotado pelo Boca Juniors nos pênaltis e deu adeus à Libertadores na noite desta quinta-feira (5), no Allianz Parque.
Diante de mais de 40 mil torcedores, que lotaram o estádio palmeirense e empurraram o time até o apito final, o Palmeiras não conseguiu a virada, após o Boca sair na frente com gol de Cavani, ainda no primeiro tempo. Piquerez empatou para o Verdão, já na segunda metade do jogo, levando a decisão para os pênaltis.
Primeiro tempo
O Palmeiras começou a partida impondo o ritmo de jogo e pressionando o adversário, mas com dificuldade de quebrar as linhas defensivas.
Com o passar do jogo, apesar de manter uma alta posse de bola, o Palmeiras não foi efetivo nas finalizações e não levou perigo ao gol argentino durante boa parte do primeiro tempo. Do outro lado, o Boca se fechou muito bem e defendia as investidas palmeirenses, aproveitando de sobras de bola para sair em contra-ataque.
E foi assim que os visitantes abriram o placar, com Cavani, aos 22 minutos. No lance, Merentiel aproveitou de um erro da defesa palmeirense e saiu em velocidade, ganhando de Gómez e conseguindo tocar para Cavani abrir o placar de carrinho.
O Palmeiras sentiu o gol e não conseguiu se reorganizar ainda no primeiro tempo, criando algumas oportunidades, mas sem sucesso.
Segundo tempo
Abel mexeu no time já na volta do vestiário, tirando Artur e Marcos Rocha para as entradas de Endrick e Kevin. As mudanças deram resultado e o Palmeiras melhorou seu rendimento, com mais intensidade no ataque.
Dessa forma, o Alviverde passou a pressionar o Boca e criar melhores oportunidades que no primeiro tempo, com um ataque mais veloz e surpreendendo os argentinos. Logo aos 12 minutos, o Verdão teve uma ótima oportunidade, após Endrick vencer dois marcadores na velocidade e tocar para Mayke, que finalizou bem e Romero fez uma ótima defesa. No rebote, Zé Rafael chutou com força, mas o goleiro mandou para escanteio.
Aos 21 minutos, Rojo foi expulso após cometer falta em Endrick e levar o segundo amarelo. Com um homem a mais em campo, Abel lançou o Palmeiras ao ataque e colocou Luis Guilherme e López em campo.
Aos 27 minutos, a pressão palmeirense deu resultado e Piquerez marcou o gol palmeirense. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para o lateral chutar de fora da área e empatar o jogo.
Os minutos seguintes foram de muita pressão do Palmeiras e catimba dos argentinos. O Verdão ainda teve uma oportunidade de matar o jogo com Rony, que finalizou de bicicleta, mas Romero conseguiu fazer a defesa, garantindo o empate e levando a decisão para os pênaltis.
Pênaltis
Nas cobranças, Weverton pegou o pênalti de Cavani e os chutes de Raphael Veiga e Gustavo Gómez foram defendidos pelo goleiro argentino. Na sequência, Kevin e Piquerez marcaram para o Palmeiras, enquanto Valdez, Valentini, Figal e Pol Fernández fizeram pelo Boca, finalizando as cobranças em 4×2 para os visitantes.
Ficha técnica Palmeiras x Boca Juniors
Local: Allianz Parque, em São Paulo (Brasil)
Data: 5 de outubro de 2023, quinta-feira
Horário: 21h30 (de Brasília)
Árbitro: Andrés Matonte (Uruguai)
Assistentes: Nicolas Taran (Uruguai) e Martin Soppi (Uruguai)
VAR: Leodán Gonzalez (Uruguai)
Cartões amarelos: Gustavo Gómez, Raphael Veiga e Endrick (Palmeiras); Marcos Rojo, Pol Fernández, Figal, Ezequiel Fernández e Romero (Boca Juniors)
Cartão vermelho: Marcos Rojo (Boca Juniors)
Gols: Piquerez, aos 27 minutos do 2º tempo para o Palmeiras; Cavani, aos 22 minutos do 1º tempo para o Boca Juniors
Público: 40.398 torcedores
Renda: R$ 4.974.909,22
Por palmeirasonline.com
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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026
Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.
O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.
— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.
De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.
O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada
Nota da Prefeitura de Rio Branco
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.
O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.
Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.
Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.
A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada
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Caso Ruan: Pai acorrenta moto em outdoor em protesto pela morte de jovem em acidente de trânsito
Fabio Santos levou veículo que filho usava no momento do acidente a um outdoor com pedido de justiça. Família criou ainda um instituto com o nome do jovem para dar assistência gratuita a vítimas de acidentes de trânsito

Pai do jovem disse que deveriam ter mudanças na legislação de transito, acerca das penalizações nos casos de acidentes. Foto: Arquivo pessoal
O advogado e árbitro Fábio Santos, pai deRuan Rhiler Rodrigues Santos, que morreu em novembro em um acidente de trânsito, acorrentou a motocicleta que o filho usava no momento da batida em um outdoor com um pedido de justiça. A fachada destaca também a criação de um instituto com o nome do jovem.
“Sua voz não será silenciada!”, destaca.
Ruan, de 23 anos, foi atropelado por uma caminhonete conduzida pelo pastor Roberto Coutinho. Conforme o Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), o automóvel, que seguia sentido Porto Acre/Rio Branco, invadiu a contramão e atingiu a vítima frontalmente. O rapaz, que também era árbitro, morreu no local.
Fábio contou que ideia de acorrentar a motocicleta ao outdoor é uma forma de conscientizar sobre os impactos das mortes no trânsito. Segundo ele, a moto do filho teve perda total.
“Essa moto simboliza a imprudência no trânsito e é um pedido de justiça. Esse menino com esse sorriso bonito, cheio de vida, que teve a vida ceifada por imprudência no trânsito, não pode s
O árbitro mandou instalar a foto do filho e o pedido de justiça em três pontos: nas proximidades do Tribunal de Justiça (TJ-AC), na Cidade da Justiça, na estrada de Porto Acre, na região do bairro Alto Alegre, onde a moto está acorrentada, e o terceiro na entrada da Vila do Incra, em Porto Acre.
Após o acidente, Fábio foi surpreendido ao descobrir que a moto foi multada na data do acidente devido a atraso no documento do veículo.
“Tirei do Detran, paguei pátio e guincho para poder simbolizar que as pessoas tenham mais consciência. Quando uma vida é tirada no trânsito, famílias se destroem”, complementou.
O advogado sugeriu ainda que deveriam ter mudanças na legislação de trânsito sobre as penalizações nos casos de acidentes. O pastor Carlos Roberto Carneiro Coutinho permaneceu no local, prestou assistência e foi levado para delegacia. Ele foi liberado após o depoimento.
“A legislação precisa mudar, sobretudo nesses casos em que a pessoa mente ao ser ouvida, assim, a penalidade seria uma outra. Tentou burlar o processo, seria ainda maior sua pena”, disse emocionado.

Ruan Santos era árbitro, assim como o pai Fábio Santos. Foto: Arquivo pessoal
Instituto Ruan Santos
Buscando amenizar a dor de quem perde um familiar no trânsito, Fábio Santos criou o instituto que leva o nome do filho para dar assistência gratuita às vítimas. As ações começam a partir de janeiro, tendo como base o trabalho voluntário.
“Vamos dar assistência gratuita para as famílias e vítimas através de amigos voluntários. Teremos psicólogos, fisioterapeutas e até apoio jurídico, além do auxílio de insumos como muletas, cadeiras de rodas e o que for preciso. Em casos de morte, como a do meu filho, vamos ajudar com o caixão, velório e até no sepultamento”, declarou.
O Instituto Ruan Santos tem o lema “Mão que Guia, Voz que Luta, Vida que Importa”. Segundo Fábio, a ideia do projeto surgiu logo após a morte do árbitro, que tinha 23 anos e deixou uma filha de seis anos que está sob cuidados da família e recebe atendimento psicológico para lidar com a perda precoce do pai.
“É um símbolo de que a morte do Ruan não fique impune e as pessoas não saiam matando”, concluiu.

Fábio contou que ideia de acorrentar a motocicleta ao outdoor é uma forma de conscientizar sobre os impactos das mortes no trânsito. Foto: captada
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Aos 23 anos, bacharela em direito é a juíza de paz mais nova eleita no Acre: ‘Construir harmonia’
Shayra Oliveira, de Senador Guiomard, está entre os 24 escolhidos em eleição inédita que ocorreu no último domingo (30) em todo o Acre. Com mais de 1,2 mil votos, ela foi a segunda mais votada do estado

Aos 23 anos, Shayra Oliveira se tornou a juíza de paz mais nova e a segunda mais votada no AC. Foto: Cedida
“Minha idade foi vista com admiração, como uma força jovem disposta a assumir uma missão tão importante”.
Aos 23 anos, a acreana Shayra Oliveira, de Senador Guiomard, interior do Acre, foi eleita a juíza de paz mais jovem do estado e a segunda mais votada, com 1.271 votos. A escolha ocorreu no último domingo (30), quando o Acre elegeu 24 juízes e juízas de paz por meio de votação direta.
Além disso, o Acre foi o primeiro estado do país a colocar em prática a eleição direta para juízes e juízas de paz. A votação teve apuração em tempo real.
Graduada em Direito pela Universidade Federal do Acre (Ufac), a jovem também já atuou na Defensoria Pública (DPE-AC) e trabalhou na Serventia de Registro Civil da cidade onde ela mora, onde teve contato com habilitações de casamento e atendimento ao público.
Shayra decidiu disputar o cargo por acreditar no papel conciliador da função. Ela destacou que sempre teve afinidade com atividades de diálogo e acolhimento. Características que, segundo ela, se conectam com a rotina do juiz de paz.
Ainda segundo ela, a sua formação acadêmica e experiências anteriores ajudaram a sustentar o passo dado tão cedo.
“Enxergo esse trabalho como uma oportunidade de construir harmonia”, disse.
Ela contou que foi a família quem primeiro enxergou firmeza no perfil da jovem e a encorajou a disputar a eleição.
Um vídeo gravado por um amigo ganhou alcance nas primeiras horas e ajudou a colocar seu nome em circulação no município. De acordo com ela, antes mesmo de pedir votos, muitas pessoas já comentavam que votariam nela.
Durante o período eleitoral, Shayra percorreu a cidade. A rotina apertada, entre compromissos domésticos e conversas com moradores, ajudou a aproximá-la ainda mais da comunidade, algo que ela pretende levar para a atuação no cargo.
Planos
Entre as prioridades para os primeiros meses, a nova juíza de paz destaca a presença constante na comunidade. Ela disse que a ideia é oferecer atendimento acessível, transparente e ouvir de perto as necessidades das famílias.
“O desafio é lidar com conflitos e expectativas diferentes, mas quero sempre buscar soluções pacíficas”, afirma.
A jovem avalia que a eleição representa não apenas um reconhecimento pessoal, mas também uma demonstração de confiança da população. A eleita também destacou que o título de juíza de paz mais jovem do Acre carrega esforço, renúncias e a convicção de que o diálogo é o caminho.
“Minha campanha foi construída com simplicidade e respeito. Cada voto recebido reforça a responsabilidade de honrar essa missão”, completou.

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