Cotidiano
Paciente do Acre deve ser indenizada em mais de R$ 16 mil por infecção bacteriana após implante de silicone
Justiça condenou médico que fez o implante e a clínica. Decisão ainda cabe recurso.

Mulher teve infecção bacteriana na prótese de silicone e precisou retirar implante – Foto: Reuters
Por Aline Nascimento
A Justiça do Acre condenou um médico e uma clínica de estética a pagarem mais de R$ 16 mil de indenização para uma mulher que teve infecção bacteriana na prótese de silicone. O implante foi feito em 2010 e a paciente percebeu a infecção dois anos depois, em 2012.
A 5ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) determinou que seja pago para a paciente R$ 8 mil de danos morais e R$ 9.732,23 de danos estéticos. A sentença ainda cabe recurso.
A reportagem tentou contato com os dois advogados da paciente citados no processo, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Já a defesa do médico e da clínica disse que já foi notificada da decisão, mas que ainda não avaliou para saber se vai ou não recorrer da decisão.
Cirurgia e infecção
Conforme o processo, o médico que fez o implante é do estado de Goiânia (GO) e a clínica onde foi feita a cirurgia fica em Porto Velho, em Rondônia. A paciente contratou o serviço por R$ 6 mil, na época.
Após 60 dias da cirurgia, a paciente alegou que teve inflamação e secreção na mama esquerda e entrou em contato com o médico responsável. Ele, contudo, teria dito que era normal. A paciente alega que o incômodo persistiu.
Em janeiro de 2012, a mulher voltou a sentir fortes dores e uma das mama começou a inchar. A situação foi piorando conforme os meses passavam e, em outubro do mesmo ano, ela teve infecção urinária. Exames médicos comprovaram que tinha uma anormalidade na mama esquerda da mulher e foi receitada medicação.
Os remédios não surtiram efeito e, no início de 2013, foi recomendado que a paciente retirasse o implante.
“Nessa consulta, o médico informou que seria necessário retirar a prótese, pois a autora estaria com bactéria instalada no local e não por rejeição como imaginou anteriormente. Questionado sobre a possibilidade de a bactéria ter se instalado na cirurgia de implante, respondeu que talvez”, diz parte do processo.
Para retirar o implante, a defesa da paciente destaca no processo que ela pagou mais R$ 6 mil para o médico e R$ 3,7 mil de internação em um hospital particular de Rio Branco. Ao todo, até o momento, a paciente já teria gastado mais de R$ 21 mil entre médicos, remédios e internações.
A defesa do médico e da clínica, por sua vez, disse que não houve quadro infeccioso no período pós-cirúrgico e o médico não foi procurado pela paciente até a consulta em novembro de 2012. É destacado ainda em defesa dos réus que não foi deixado nenhum líquido no local da cirurgia.
“O material retirado para cultura, onde se detectou a presença bacteriana, não estava infectado, sendo certo que o resultado do exame foi o que se chama de ‘falso positivo’. A cirurgia posterior realizada por outro médico não foi uma simples drenagem de líquido, mas uma capsulectomia de mama”, alegou.
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Ministério Público investiga crime racismo contra jogador do Galvez

Foto: Reprodução
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Especializada de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, investiga o caso de racismo contra um jogador do Galvez Esporte Clube.
O episódio foi registrado durante a partida contra o Santa Cruz na última terça-feira, 17, pelo Campeonato Acreano Sub-20, no Estádio Florestão em Rio Branco.
Segundo a Diretoria do Galvez, Erick Rodrigues da Silva sofreu ataques racistas praticados por um jogador do time rival, o que foi registrado pelo árbitro na súmula oficial do jogo.
A Promotoria de Justiça Especializada de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania instaurou um procedimento investigatório criminal e expediu ofício à Polícia Civil solicitando informações sobre o caso, entre outras providências.
No decorrer da investigação, o MPAC pretender reunir elementos de provas para que, sendo comprovado o crime de racismo, sejam adotadas as medidas judiciais cabíveis.
Agência de Notícias do MPAC
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Iapen tenta capturar presos que fugiram do Complexo Penitenciário de Rio Branco

Foto: Zayra Amorim/Iapen
O governo do Acre, por meio do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), divulgou nesta quinta-feira, 19, uma nota pública sobre as medidas adotadas para recapturar os nove presos que escaparam do Complexo Penitenciário de Rio Branco nas primeiras horas da manhã. Os presos pertenciam à ala do pavilhão P.
De acordo com o presidente do Iapen, Marcos Frank Costa, todas as forças de segurança do Estado estão mobilizadas nas buscas. A Polícia Penal lidera a operação, com apoio das demais instituições da Segurança Pública. Além das ações em solo, uma aeronave também está sendo empregada para auxiliar na localização dos foragidos.
A lista com os nomes dos presos foragidos foi oficialmente divulgada pelo Iapen. São eles: Arthur Carvalho Gomes, Carlos Vitor de Castro Cardoso, Davi Castro de Souza, Francisco Guimarães Santana, Geovane Costa Almeida, Isaquiel Martins de Souza, Johnatan Silva Magalhães, Natanael do Nascimento Salgueiro e Ozeias Paulo Germana Ferreira.
NOTA PÚBLICA:
O governo do Estado, por meio do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), informa que foi identificada a fuga de nove presos do pavilhão P da Divisão de Estabelecimento Penal de Recolhimento Provisório, no Complexo Penitenciário de Rio Branco, por volta de 6h da manhã, nesta quinta-feira, 19.
Estão foragidos:
Arthur Carvalho Gomes
Carlos Vitor de Castro Cardoso
Davi Castro de Souza
Francisco Guimarães Santana
Geovane Costa Almeida
Isaquiel Martins de Souza
Johnatan Silva Magalhães
Natanael do Nascimento Salgueiro
Ozeias Paulo Germana Ferreira
A Polícia Penal, bem como as demais forças de segurança, vem empregando todos os esforços na tentativa de realizar a captura dos foragidos, inclusive com emprego de aeronave.
Marcos Frank Costa
Presidente do Iapen
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Mortes de trabalhadores em caixa d’água durante manutenção em condomínio são investigadas pelo MPT
Superintendente do MPT, Leonardo Lani, disse que já foi solicitada à chefia dos auditores fiscais uma ordem de serviço de investigação de acidente de trabalho para apurar se houve negligência por parte da empresa

Ruan Roger e Diony Magalhães morreram ao fazerem manutenção em caixa d’água em Rio Branco. Foto: Arquivo pessoal
O Ministério Público do Trabalho (MPT) instaurou um procedimento investigatório para apurar se houve negligência nas mortes de dois trabalhadores na caixa d’água do Condomínio Via Parque, em Rio Branco, na última quinta-feira (12).
O órgão informou que a apuração ‘está em fase inicial com foco na análise das circunstâncias do fato e na determinação da responsabilidade jurídica dos envolvidos’. A reportagem tentou contato com a Empresa Pimentel Engenharia, a qual os trabalhadores prestavam serviço, mas até a última atualização desta matéria, não obteve resposta.
Ruan Roger da Silva Barbosa, de 32 anos, e Diony Magalhães Oliveira, de 22, morreram de asfixia seguida de afogamento no reservatório. José Coutinho sobreviveu ao acidente e contou à Rede Amazônica Acre como conseguiu sair do tanque.
O superintendente destacou ainda que, de acordo com a lei, toda empresa deve fazer uma avaliação preliminar de riscos e, em caso de identificação de alguma irregularidade, deve providenciar um Programa de Gerenciamento de Riscos, elaborado por um profissional da área de saúde e segurança do trabalho.
“No caso do acidente no condomínio, deveriam ter sido observados especialmente duas normas regulamentadoras: a NR-33, que trata de trabalho em espaços confinados, e a NR-35, sobre trabalho em altura”, explicou.
Trabalhadores não usavam EPI
O pintor que sobreviveu ao acidente, José Coutinho, confirmou que eles estavam sem Equipamento de Proteção Individual (EPI) no momento do acidente. De acordo com ele, a suspensão do uso se deu por conta das más condições do material entregue.
O major do Corpo de Bombeiros, Dyego Vieira, que ajudou no resgate aos corpos, relatou que as vítimas não usavam EPI dentro do reservatório.
“Não tinham os equipamentos necessários, inclusive, de proteção individual. Vale ressaltar aqui que é de extrema importância. Não identificamos no local o uso desses equipamentos, as vítimas não estavam usando o equipamento de proteção respiratória”, disse.

José contou como acidente aconteceu. Foto: Reprodução
Empresa contestou versão
A Empresa Pimentel Engenharia, que prestava o serviço para o condomínio,havia afirmado que foram fornecidos aos trabalhadores todos os equipamentos de segurança. A empresa disse também que havia um engenheiro fiscal presente na obra e que os trabalhadores foram devidamente orientados.
Sobre a informação dada pelo trabalhador sobrevivente de que os equipamentos estavam em más condições, a empresa nega e disse que os equipamentos passavam por manutenção regular.
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