Brasil
No Acre, fazendeiros mantinham 38 trabalhadores em condição de trabalho escravo
A atualização do cadastro de empregadores que submetem pessoas a condições análogas à de escravos, divulgada pelo Ministério da Economia ontem, dia 3, aponta que no Acre, ao menos 38 trabalhadores foram submetidos à situação semelhante ou igual à escravidão. Na lista, constam três fazendeiros acreanos que foram incluídos na relação em 2015, 2017 e 2018, respectivamente.
Os três passaram por fiscalização nos anos de 2013, 2014 e 2016. A lista atualizada, conhecida como “lista suja” do trabalho escravo, indica que todos os casos constatados no Acre estão relacionados a trabalhos praticados em fazendas.
Conforme a publicação da Inspeção do Trabalho, Felipe Joel Veras Pinheiro, da Fazenda Estância Guanabara, situada na zona rural de Rio Branco, mantinha 15 trabalhadores envolvidos nestas condições.
José Armando de Souza, da Fazenda Antimary, localizada na zona rural, Sena Madureira, aparece na tabela divulgada pelo ministério da Economia com 10 trabalhadores em situação análoga a de escravos.
E Mozar Marcondes Filho, da Fazenda Agropecuária Sorriso, zona rural de Rio Branco, também conta na lista com 13 trabalhadores envolvidos.
No Brasil inteiro, foram verificados 2.375 trabalhadores resgatados nestas condições. Ao todo, foram denunciados pela prática do crime, 187 empregadores, entre empresas e pessoas físicas.
O Ministério Público do Trabalho disponibiliza, em seu site, um canal para registro de denúncias de crimes que atentem contra os direitos dos trabalhadores. A notificação pode ser feita de forma anônima.
A reportagem do sitio tentou, mas não conseguiu localizar os empregadores citados nesta matéria, mas registra que o espaço está aberto para que possam se manifestar e/ou encaminhar seu posicionamento sobre o caso.
Trabalho escravo
Conforme a atual legislação brasileira, trabalho análogo à escravidão é toda atividade forçada (quando a pessoa é impedida de deixar seu local de trabalho)- desenvolvida sob condições degradantes ou em jornadas exaustivas. Qualquer caso em que o funcionário seja vigiado constantemente, de forma ostensiva, por seu patrão, também é passível de denúncia.
A servidão por dívida, que ocorre quando o funcionário tem seu deslocamento restrito pelo empregador sob alegação de que deve liquidar determinada quantia de dinheiro, também é considerada uma forma de escravidão.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.


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