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Mortos no Jacarezinho exibiam ‘feirão das drogas’ na internet, aponta relatório

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Imagem das redes sociais de suspeitos de tráfico de drogas na favela do Jacarezinho – Foto: Reprodução

Pedro Duran, da CNN, no Rio de Janeiro

“Se é lindo em silêncio, imagina cantando”. A frase seguida da foto de um fuzil foi postada em uma das contas do Twitter identificada como sendo do traficante escreveu Isaac Pinheiro de Oliveira, conhecido como “Perturbado”.

Ele foi um dos 27 mortos na operação Exceptis, realizada pela Polícia Civil na favela do Jacarezinho, na última quinta-feira (6). Logo após ser morto pela polícia, ele recebeu mensagens de uma série de pessoas, como um amigo que disse “nós sabemos da sua revolta e o porquê entrou, hoje vai restar saudade”.

Um mês antes da operação da polícia civil do Rio de Janeiro no Jacarezinho, Maurício Ferreira da Silva, conhecido como “Magneto”, postou um vídeo em sua conta do Twitter.

A imagem mostrava ele e outro rapaz usando lança-perfume durante uma festa na comunidade. “Tbt com meu irmãozao liberdade já pra ti solta juiz” (sic.) era a legenda. Maurício também foi um dos mortos pela polícia durante a ação.

“Tbt” é uma expressão em inglês que significa “throwback thursday”, algo como “quinta-feira nostálgica” em português, utilizada no compartilhamento de fotos e vídeos antigos.

Assim como ele, a maior parte dos suspeitos citados em um relatório da inteligência policial entregue ao Ministério Público usava a rede social como meio de comunicação, para ostentar armas e drogas.

Eles se gabavam de pertencerem ao tráfico de drogas passaram a recebem pelo próprio Twitter homenagens dos parentes, amigos e namoradas que continuam a compartilhar mensagens. Alguns até mudaram a foto de perfil para a imagem de um jacaré, com palavras de luto e homenagens ao que chamam de “família Jacaré”.

Imagem das redes sociais de suspeitos de tráfico de drogas na favela do Jacarezinho – Foto: Reprodução

No dia 30 de janeiro, Isaac anunciava um “feirão da droga” na localidade invadida pelos policiais. “Maconha de galo, boca do fundão, é ela, pedação do quilo, quadradão”, exibindo tijolos de maconha prensada a R$ 50.

“Começou o feirão da droga”, fala em vídeo que foi printado pela polícia e incluído no relatório. Quinze dias antes, a oferta era de tijolos menores, “tá forte!”, dizia ele.

Parte das postagens que ostentam drogas, armas e apologia ao crime continuam disponíveis para acesso no Twitter. Pelo menos 12 contas que são citadas ou relacionadas às citadas no relatório foram excluídas ou suspensas. Contas de pessoas que homenagearam os mortos e são citadas no relatório também foram fechadas para impedir visualizações de quem não é seguido pelas páginas após a preparação do relatório.

O Twitter tem usado inteligência artificial para ajudar no controle de postagens abusivas. Em nota enviada à CNN, a empresa diz que “tem regras que determinam os conteúdos e comportamentos permitidos na plataforma” e que as violações a essas regras “estão sujeitas às medidas cabíveis”. “Temos sido cada vez mais proativos em detectar possíveis comportamentos abusivos, mas também contamos com as denúncias das pessoas nesse esforço”, completa a nota.

Questionados se as contas foram apagadas por conta do relatório ou se fizeram uma parceria com a Polícia Civil, eles não responderam. A plataforma também não informou quantas contas apontadas como relacionadas com os suspeitos de tráfico no Jacarezinho foram removidas ou suspensas.

As imagens e propagandas divulgadas pelo Twitter ainda revelam que festas eram realizadas no “pistão do Jacarezinho”, mesmo durante o isolamento social e as restrições impostas pelas autoridades municipal e estadual do Rio de Janeiro. Como uma festa que aconteceu no dia 12 de dezembro, com 11 artistas, queima de fogos e “bebidas à venda no local”.

“É o Jacaré! Se nós não pode ir à praia, nós faz a praia, melhor gestão” (sic.), diz um homem em outro vídeo mostrando drogas e notas de R$200. As fotos e vídeos ainda mostram os traficantes uniformizados com chapéus, coletes, roupas camufladas, camisetas personalizadas, abadás com a imagem do jacaré e cifrão de dinheiro e usando comunicadores e armas.

Algumas imagens que trazem armas escondem os rostos com ‘emoticons’ [desenhos utilizados para ilustrar reações nas redes sociais] para não caracterizar crime, mas fica evidente que se trata dos detentores dos perfis mapeados pela polícia.

Os perfis apontados pela polícia e acessados pela CNN ainda mostram que traficantes de diferentes comunidades se comunicavam. As mensagens de apoio vem de lugares como os complexos do Alemão e da Penha.

Também no Twitter, uma homenagem aos que morreram foi feita em forma de composição musical. “Nós do ‘Jaca’ tá boladão, nossa luta não é em vão, que saudade dos amigos que se foi pela facção” (sic.), diz um trecho da música.

Além dos apelidos, ainda há referências a localidades, como a ‘boca do Fundão’ e a ‘boca da Vasco’ nos perfis mantidos na rede. Alguns suspeitos fazem postagens pornográficas com cenas de sexo explícito e compartilham imagens do cotidiano da comunidade.

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Brasil

CPB divulga premiação a medalhistas brasileiros em Paris-2024

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(Alessandra Cabral/CPB)

Nas provas individuais, cada medalhista de ouro nos Jogos Paralímpicos receberá a quantia de 250 mil reais

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou, nesta quinta-feira (28), a premiação que será destinada aos atletas brasileiros medalhistas nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. O megaevento começará daqui a cinco meses, com a cerimônia de abertura marcada para acontecer no dia 28 de agosto. A distribuição de valores será feita de acordo com a cor da medalha e prevê faixas diferentes de recompensa para modalidades individuais e coletivas. Além disso, os atletas-guia, calheiros, pilotos e timoneiros que forem ao pódio também receberão uma bonificação.

Os medalhistas de ouro em provas individuais receberão 250 mil reais por medalha, enquanto a prata renderá 100 mil cada e o bronze, 50 mil. Os valores que serão repassados aos campeões, vice-campeões e terceiros colocados na capital francesa representam um aumento de 56,25% nas gratificações recebidas pelos atletas que atingiram os mesmos feitos nos Jogos de Tóquio-2020. Dessa forma, no Japão, cada medalha de ouro rendeu 160 mil reais, a de prata, 64 mil, e a de bronze, 32 mil.

Premiação nos esportes coletivos

Na edição da França, o título paralímpico em modalidades coletivas (por equipes, revezamentos e em pares, na bocha) valerá um prêmio de R$ 125 mil por atleta. Já a prata, neste caso, será bonificada com R$ 50 mil e o bronze, com R$ 25 mil. Assim, os esportes coletivos tiveram o mesmo reajuste percentual dos atletas individuais na comparação com os Jogos de Tóquio. Demais integrantes das disputas, atletas-guia, calheiros, pilotos e timoneiros, vão receber 20% da maior medalha conquistada por seu atleta e 10% do valor correspondente a cada pódio seguinte.

“O aumento das premiações está de acordo com a evolução do esporte paralímpico no Brasil. É o reconhecimento do trabalho feito por nossos atletas e equipes multidisciplinares. Conseguimos chegar a tais números graças aos nossos patrocinadores, em especial, as Loterias Caixa.  Se fizemos uma campanha histórica em Tóquio, com 72 pódios e a distribuição de R$ 7 milhões em gratificações aos nossos medalhistas, esperamos superar todas essas marcas na França. E a julgar pelos resultados no atual ciclo, temos totais condições de atingirmos tais objetivos”, avaliou Mizael Conrado, presidente do CPB.

*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro

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Terrorista da Jihad Islâmica confessa que abusou de uma mulher durante a invasão de 7 de outubro

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Vídeo faz parte da coleta de provas de Israel sobre crimes sexuais cometidos no 7 de outubro

Um terrorista da Jihad Islâmica, capturado pelo exército de Israel, confessou que abusou de uma mulher israelense durante a invasão do Hamas em outubro do ano passado. No interrogatório, o integrante do grupo terrorista conta como estuprou uma israelense.

O vídeo, divulgado pelo Serviço de Inteligência do Exército de Israel, faz parte das provas coletadas na investigação sobre crimes sexuais cometidos pelo Hamas e outros grupos terroristas durante o ataque de 7 de outubro nas comunidades próximas à Faixa de Gaza.

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Bandeira tarifária completa dois anos sem adicional na conta de luz 

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Aneel anunciou a manutenção da bandeira verde para abril, com as condições de geração de energia favoráveis no país

A bandeira tarifária da conta de luz vai permanecer verde no mês de abril, sem cobrança adicional nas faturas de energia elétrica. Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), as condições de geração de energia se mantêm favoráveis, como ocorre desde abril de 2022.

Coim isso, já são dois anos consecutivos sem taxa extra na tarifa para os consumidores.

“A bandeira verde em abril confirma nossas previsões favoráveis de geração, sem elevação de custos para o consumidor e com crescimento contínuo do uso de renováveis”, afirma o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa.

“Essa é uma excelente notícia para o consumidor, pois a manutenção da bandeira verde possibilita menos custos no pagamento de energia e um maior equilíbrio nas contas das famílias de todo o país”, acrescenta.

A bandeira verde é válida para todos os consumidores do SIN (Sistema Interligado Nacional), malha de linhas de transmissão que leva energia elétrica das usinas aos consumidores.

Criado em 2015, o mecanismo das bandeiras tarifárias tem o objetivo de propiciar transparência ao custo real da energia.

Existem os seguintes tipos de bandeiras tarifárias: verde, amarela ou vermelha com dois patamares.

Quando a bandeira está verde, as condições hidrológicas para geração de energia são favoráveis e não há qualquer acréscimo nas contas. Se as condições forem desfavoráveis, a bandeira passará a ser amarela ou vermelha (patamar 1 ou patamar 2) e há uma cobrança adicional, proporcional ao consumo.

“A Aneel reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica, mesmo em períodos favoráveis. A economia de energia contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, afirma a agência em nota.

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