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Cotidiano

Mais de 1/3 das urnas eletrônicas está sem conservação por causa da pandemia

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O ciclo de conservação das urnas eleitorais é quadrimestral e contínuo, com testes de funcionamento e recarga de bateria. Cada estado possui um cronograma próprio. Para a continuidade do ciclo, segundo o TSE, cada regional depende das decisões dos governos estaduais.

Em São Paulo, que tem o maior número de eleitores do país, 41,38% das urnas não passaram pelo processo. O prazo para manutenção corretiva de uma urna é de 30 dias.

Luiz Fernando de Toledo e Isabella Faria Da CNN

Mais de um terço (37,2%) das urnas eleitorais brasileiras está sem conservação e manutenção por causa do fechamento dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) durante a pandemia do coronavírus. É o que aponta um levantamento do Tribunal Superior Eleitoral obtido por meio da Lei de Acesso à Informação.

O problema tem preocupado o TSE, que teme que os equipamentos não tenham a manutenção devida até o período das eleições, adiadas para novembro, segundo relatórios de um grupo de trabalho do órgão a que a reportagem teve acesso.

“Devido a diversas medidas restritivas de isolamento social, vários Tribunais Regionais Eleitorais suspenderam a manutenção preventiva das urnas eletrônicas. A fim de reduzir os riscos decorrentes de tal suspensão, o TSE está em contato com esses tribunais para fins de reforçar a necessidade de retomada das atividades de manutenção das urnas ainda que com capacidade reduzida, bem como de auxiliar nas definições de soluções que permitam tal atividade  com o mínimo de risco possível para os servidores da Justiça Eleitoral e sem descumprir as medidas de isolamento social adotadas”, diz um relatório de um grupo de trabalho do TSE do fim de maio.

Segundo levantamento da Justiça Eleitoral, só Amapá e Pará mantiveram atendimento presencial em caso de emergências. Em todos os outros estados, os trabalhos são em home office.

O ciclo de conservação das urnas eleitorais é quadrimestral e contínuo, com testes de funcionamento e recarga de bateria. Cada estado possui um cronograma próprio. Para a continuidade do ciclo, segundo o TSE, cada regional depende das decisões dos governos estaduais. Uma urna que não passou pelo procedimento de conservação pode ter seus componentes prejudicados.  Há ainda equipamentos pendentes de manutenção corretiva, com defeitos já identificados. Os problemas mais comuns são na placa-mãe das urnas mais antigas, problemas nos leitores biométricos e problemas de travamento do sistema.

Das 473,5 mil urnas existentes, 176,5 mil não passaram pela conservação. Dessas, 22,7 mil delas estão com algum tipo de defeito demonstrado. Há estados em que praticamente nenhuma urna teve conservação no período necessário, como Ceará (96,56%), Paraíba (99,98%) e Rio Grande do Norte (85,69%). Em São Paulo, que tem o maior número de eleitores do país, 41,38% das urnas não passaram pelo processo. O prazo para manutenção corretiva de uma urna é de 30 dias.

A principal consequência desse problema, segundo afirmou o TSE, é o “aumento na probabilidade de ainda restarem urnas pendentes de manutenção próximo ao pleito eleitoral e consequente aumento nas ações logísticas de cada regional para movimentação de algumas urnas a tempo das eleições.”

O levantamento indica ainda que há estados em que até 25% das urnas estão quebradas, como é o caso de Alagoas, seguido por Amapá (18,08%) e Rio de Janeiro (13,22%).

Além disso, o TSE afirma no mesmo relatório que há “impossibilidade” de aquisição de novas urnas eletrônicas para as eleições de 2020. “Foi criado um grupo de estudos de otimização de utilização da urna eletrônica, com formação multidisciplinar, que está realizando estudos para propor soluções que permitam realizar as próximas eleições com o parque de urnas disponível atualmente e o menor impacto possível para o fluxo de votação e para o eleitor.” O TSE prevê até mesmo a possibilidade, em última hipótese, de que as urnas sejam usadas sem passar pelo processo de conservação.

Segundo o TSE, a empresa responsável pelas manutenções não interrompeu suas atividades, mas está limitada a realizá-las nos estados que autorizarem o serviço.

O tribunal informou à reportagem que, caso alguma regional demore mais para retornar as atividades, “existe a possibilidade de reduzir o tempo da carga da bateria ou ampliar a força de trabalho de forma a buscar a normalidade a tempo.”

Em última hipótese, diz o TSE, as urnas iriam para a eleição sem a conservação. “Mas ainda nesse cenário, é importante pontuar que há prazo para que elas sejam testadas – existem várias etapas de testes antes da urna ser levada ao local de votação –  pela equipe mobilizada para as eleições e apenas as que apresentarem defeito necessitam de reparos.”

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Erick Rodrigues vai fazer avaliações no Rio e na Fazendinha

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Foto Sueli Rodrigues: Erick Rodrigues quer colocar o Vasco na Copa São Paulo em 2026

É oficial. Erick Rodrigues vai comandar a equipe do Vasco na disputa do Campeonato Estadual Sub-20. O treinador vai realizar avaliações nesta quarta, 5, no Rio de Janeiro, e na sexta, 7, na Fazendinha, para começar a montar o elenco para a disputa da competição.

“Esse é um projeto importante para o Vasco. A ideia é selecionar dez atletas no Rio de Janeiro e fechar o grupo com os garotos acreanos. Teremos uma equipe competitiva no Estadual Sub-20”, declarou Erick Rodrigues.

4 atletas

Os laterais Rafael e Andrey, o volante Bernardo e o meia Pedrinho estão no elenco profissional do Vasco e seguirão no Sub-20.

“O Rafael, o Andrey e o Pedrinho estão treinando e jogando. O Bernardo sofreu uma lesão no joelho na fase de preparação ainda no Rio e vem realizando tratamento. Vamos ter um time forte”, afirmou o treinador.

Vaga na Copa SP

Segundo Erick Rodrigues, o principal objetivo é colocar o Vasco na Copa São Paulo 2026.

“Vai ser um torneio duríssimo, mas temos a nossa meta muito clara”, declarou o técnico.

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102 atletas estão confirmados na disputa do 1º Aquathlon

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Foto Jhon Silva: Patrícia Maciel vem realizando treinamentos para a primeira prova da temporada

102 atletas irão disputar o 1º Aquathlon, competição programada para abrir a temporada de 2025 da Federação Acreana de Triathlon (FATRI). A prova terá 1.000 metros de natação, no açude do BOPE, e 5 quilômetros de corrida no Parque do Tucumã.

“Fechamos as inscrições com um número excelente. Os atletas irão se desafiar e teremos uma grande prova na abertura da temporada”, comentou a presidente da FATRI, Cláudia Pinho.

Mais de 150

Segundo Cláudia Pinho, mais de 150 pessoas estarão envolvidas na competição.

“Teremos os treinadores e as equipes de apoio. Vamos começar o ano com um evento bastante movimentado e números expressivos”, avaliou a presidente.

Premiação em dinheiro

A FATRI vai distribuir premiação em dinheiro para os cinco primeiros colocados, no feminino e no masculino.

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Programa do governo do Acre beneficia mais de duas mil pessoas por ano com aparelhos auditivos

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Para o otorrinolaringologista e médico responsável pelo Saúde Auditiva no CER III, Santiago de Melo Júnior, esses instrumentos tecnológicos desempenham um papel fundamental na vida de todas as pessoas

Programa Saúde Auditiva é uma iniciativa do governo do Acre. Foto: Felipe Freire/Secom

A capacidade de ouvir é essencial para a comunicação, o aprendizado e a convivência em sociedade. Dificuldades nesse sentido podem comprometer a qualidade da vida humana, tornando a troca de informações desafiadora, prejudicando o desempenho social e afetando o bem-estar emocional. Por isso, em 3 de março comemora-se o Dia Mundial da Audição, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do cuidado e da prevenção à perda auditiva. A escolha da data faz referência à forma dos algarismos “3.3”, que lembram a anatomia de duas orelhas.

Comprometido com essa necessidade, o governo do Acre instituiu o programa Saúde Auditiva, responsável por realizar atendimentos a cidadãos que sofrem com a perda da capacidade de ouvir ou que nasceram com essa deficiência, promovendo a inclusão nas atividades diárias, na interação familiar e social.

Durante um período, o projeto deixou de receber investimentos e só voltou a atuar de maneira promissora a partir de 2019, primeiro ano de mandato do governador Gladson Camelí, que solicitou o retorno das atividades.

Sobre o programa

O Saúde Auditiva é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e o governo federal. Atualmente, os atendimentos são realizados no Centro Especializado em Reabilitação (CER III), em Rio Branco. Por meio do programa, em 2024 quase dez mil pessoas foram acompanhadas.

De acordo com a gerente-geral do CER III, Cinthia Brasil, os serviços oferecidos visam à avaliação, ao diagnóstico, à protetização e à reabilitação dos pacientes que têm a perda de audição comprovada.

“A pessoa passa pela consulta com o especialista, que geralmente a encaminha para alguns exames complementares para dar o diagnóstico. Tendo a perda comprovada, a gente faz a solicitação do aparelho. Dependendo do tipo de prótese, a gente também realiza o molde e encaminha à empresa, que fica em São Paulo, para poder adaptar corretamente, Após isso, realizamos as terapias fonoaudiológicas”, explica a gestora.

Cinthia Brasil é gerente-geral do CER III. Foto: Felipe Freire/Secom

Além disso, os recém-nascidos que falharam na Triagem Auditiva Neonatal (TAN), popularmente conhecida como “teste da orelhinha”, já possuem vaga garantida para realizar o reteste pelo Estado. “O paciente não fica desassistido”, destaca Cinthia.

Por serem realizados por intermédio da Sesacre, todos os serviços oferecidos são gratuitos. Para garantir o atendimento especializado em otorrinolaringologia no CER III, o paciente deve, inicialmente, procurar uma unidade básica de saúde (UBS) em seu município. Dessa forma, o médico fará o encaminhamento ao especialista. Após isso, todo o tratamento subsequente é realizado no Centro Especializado em Recuperação.

Pacientes de todo o estado realizam consultas no Centro Especializado em Reabilitação. Foto: Felipe Freire/Secom

Aparelho auditivo

Apesar da grande variedade de atendimentos oferecidos, o principal serviço presente no programa se dá por meio dos aparelhos de amplificação sonora individual (Aasi). Dados levantados pela administração da unidade mostram que mais de sete mil pares foram entregues entre 2021 e 2024.

Mais de sete mil pares de aparelhos de amplificação sonora individual foram entregues entre 2021 e 2024. Foto: Felipe Freire/Secom

Para o otorrinolaringologista e médico responsável pelo Saúde Auditiva no CER III, Santiago de Melo Júnior, esses instrumentos tecnológicos desempenham um papel fundamental na vida de todas as pessoas que sofrem com alguma complicação na escuta.

“O impacto é sensacional, porque os pacientes, principalmente os idosos, quando começam a ter uma perda de audição, se isolam. Esse isolamento não traz só o problema social, mas também o cardíaco e o psicológico. Com o advento do aparelho, o cidadão volta para a sociedade e para o convívio com a família, que é o principal”, observa o médico.

O profissional destaca, ainda, a importância de um projeto como esse na rede pública de saúde, tendo em vista o valor elevado do equipamento: “O Estado vem dando continuidade ao programa e isso é importante, porque são pacientes que não possuem condições financeiras de comprar. O aparelho vem evoluindo com o tempo e possui um preço inacessível para muitos”.

A população também tem garantida, por parte do Estado, a manutenção dos dispositivosem caso de dano. Dessa forma, os beneficiados se mantêm assistidos durante todo o processo de adaptação ou melhora do quadro clínico.

O programa também oferece manutenção aos Aasi. Foto: Felipe Freire/Secom

O profissional destaca, ainda, a importância de um projeto como esse na rede pública de saúde, tendo em vista o valor elevado do equipamento: “O Estado vem dando continuidade ao programa e isso é importante, porque são pacientes que não possuem condições financeiras de comprar. O aparelho vem evoluindo com o tempo e possui um preço inacessível para muitos”.

A população também tem garantida, por parte do Estado, a manutenção dos dispositivosem caso de dano. Dessa forma, os beneficiados se mantêm assistidos durante todo o processo de adaptação ou melhora do quadro clínico.

Raimundo Nonato ressaltou a importância do Saúde Auditiva em sua vida. Foto: Felipe Freire/Secom

Promoção de dignidade

O aposentado Raimundo Nonato nasceu com o canal auricular estreito e, desde a infância, tinha dificuldades para ouvir. Ao saber do programa Saúde Auditiva, identificou a oportunidade de escutar com mais clareza e, pela primeira vez, passar a conviver em sociedade com mais conforto e dignidade.

“Eu fui orientado a comprar um aparelho, só que não tenho condições financeiras suficientes. O programa facilitou muito, porque logo fiz o molde e já vim retirar. O tempo de espera foi bastante rápido”, contou.

Ao garantir o equipamento sonoro, o aposentado afirmou que sua vida será transformada, pois a comunicação com as pessoas, algo fundamental para todo ser humano, vai melhorar: “Tenho certeza que sim”.

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