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Inverno começa hoje e El Niño vem aí: Brasil deve sofrer com mais frio?
Por: UOL-Notícias
O inverno começa nesta quarta-feira (21), às 11h58, e a estação neste ano será afetada pelo fenômeno El Niño, que aumenta a temperatura das águas no Oceano Pacífico e, com isso, altera o padrão de circulação da atmosfera. Segundo meteorologistas, deve haver alteração no regime de chuvas, com menos precipitação do que a média para o período na maior parte do país.
Já as temperaturas devem ficar acima da média prevista para o inverno —mas massas de ar polar podem provocar frio intenso em alguns dias, principalmente na região Sul.
Veja abaixo qual é a previsão para o inverno em cada região do país: Sudeste Deve haver chuvas abaixo da média no Sudeste, segundo nota técnica elaborada pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Meteorologistas, no entanto, não descartam a ocorrência de chuvas intensas no litoral sul da região devido à passagem de frentes frias. As temperaturas devem permanecer acima da média para o período em grande parte da região, segundo os dois institutos. Massas de ar, porém, podem provocar dias mais frios e até geada em pontos isolados de regiões mais elevadas. No interior do Sudeste, deve haver maior aumento de temperatura, segundo o Climatempo. Entre agosto e setembro, pode haver risco mais elevado de temporais entre o oeste e o sul de São Paulo e no sul do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.
Sul Santa Catarina e Rio Grande do Sul devem ter volume de chuvas próximo ou acima da média durante o inverno, segundo o Inmet e o Inpe. Já no Paraná, as condições são para chuva abaixo da média. Os gaúchos podem enfrentar temporais com vento forte e granizo, principalmente em agosto e setembro, segundo o Metsul.
A alternância entre episódios de calor e frio deve intensificar o risco de tempestades severas e ventos intensos no Sul. Na maior parte do inverno, as temperaturas devem ficar mais altas na região, na comparação com o mesmo período em anos anteriores.
A chegada de massas de ar polar, no entanto, pode provocar mais frio em alguns dias. Segundo o Metsul, eventos de frio em agosto e no começo de setembro podem trazer chance de neve, enquanto geadas estão previstas para junho e julho. Nordeste Para o interior nordestino a previsão é de volume de chuva perto da média – o inverno geralmente é um período seco nessa região. No restante do Nordeste, segundo o Inmet e o Inpe, haverá chuvas abaixo da média, principalmente por causa do El Niño. Em grande parte da região, as temperaturas devem ficar mais altas do que o normal.
Centro-Oeste
As chuvas devem ficar abaixo da média histórica no Centro-Oeste, afirmam o Inmet e o Inpe. A umidade relativa do ar deve cair nos próximos meses, atingindo valores diários inferiores a 30%. Segundo os dois institutos, há chance de que os picos mínimos de umidade fiquem abaixo de 20%. As temperaturas, por sua vez, devem ficar acima da média para o período, principalmente por causa de massas de ar seco e quente.
A condição favorece queimadas e incêndios florestais.
Norte
O El Niño também deve diminuir o volume de chuvas na região Norte. Somente na área mais ao norte dessa região há possibilidade de mais chuva do que o normal em locais específicos, dizem o Inmet e o Inpe. A temperatura deve subir mais do que o normal. Com a baixa umidade, há maior chance de incidência de queimadas e incêndios florestais, principalmente no sul da Amazônia.
O Norte pode não se livrar do frio: segundo os institutos, podem ocorrer episódios de friagem pela incursão de massas de ar frio.
O que é o El Niño?
O El Niño voltou a ocorrer depois de três anos de La Niña. O fenômeno é caracterizado pelo aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico, acompanhado por uma desaceleração ou reversão de ventos alísios do leste.
Essas mudanças provocam efeitos no clima de todo o planeta, afetando a pesca, a agricultura e outros setores da economia. Os cientistas apontam que há chance de o El Niño em 2023 ser o mais intenso em 70 anos. Em maio, a temperatura do Pacífico foi a quarta maior desde 1973. Na última vez em que o El Niño ocorreu, em 2016, o mundo teve o ano mais quente já registrado.
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Governador Gladson Camelí participa da 1ª Reunião do Consórcio da Amazônia Legal sobre a COP30
O governador Gladson Camelí participou na tarde desta terça-feira, 12, no Palácio dos Despachos, em Belém, no Pará, da 1ª Reunião Ordinária da Assembleia Geral dos Governadores da Amazônia Legal, cujo objetivo foi debater e repassar aos estados informes sobre as articulações para COP30.

Governador participou da reunião ordinária na tarde desta terça-feira, 12, em Belém. Foto: Pedro Devani/Secom
Organizada pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL), a reunião discutiu estratégias do consórcio para o evento, ratificando o trabalho das Câmaras Setoriais dos estados membros, sendo que o Acre tem assento em todos os grupos de trabalho, além de estratégias de comunicação nacional e internacional, entre outros informes gerais.
O governador do Pará e presidente do Consórcio de Governadores, Helder Barbalho, deu as boas-vindas aos seus pares, destacando as pautas a serem apresentadas na reunião, ressaltando a importância das discussões acerca da estrutura do consórcio para que a COP30 resulte em avanços para todos os setores da sociedade, sobretudo ao meio ambiente.

Helder Barbalho destacou a importância das discussões para que a COP30 resulte em avanços, principalmente ao meio ambiente. Foto: Pedro Devani/Secom
Marcelo Brito, secretário executivo do CAL, apresentou as estratégias para espaços na COP30, compartilhando propostas organizacionais sobre os espaços a serem ocupados pelos estados da Amazônia e eventos nacionais que serão realizados em zonas específicas do evento.
De acordo com Marcelo Brito, os nove estados da Amazônia Legal, por meio dos seus governadores, e as respectivas Câmaras Técnicas do CAL, estão participando ativamente do planejamento da COP30, com destaque para a Câmara Setorial de Comunicação, que está com estrutura montada para atender todos os estados.

Marcelo Brito, secretário executivo do CAL, durante apresentação. Foto: Pedro Devani/Secom
Ainda no setor de mídias, o CAL pretende dispor de um painel intitulado “Amazônia 2050”, projetado em vários idiomas com escala e tecnologia de ponta para divulgar as potencialidades e belezas da Amazônia brasileira.
Camelí reafirma apoio do Acre na organização do CAL para a COP30
Com participação ativa nas atividades do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, Gladson Camelí agradeceu a 1ª Reunião da Assembleia Geral e apresentou propostas no setor da agricultura, destacando o excelente desempenho do estado do Acre no tocante à produção agroflorestal, e colocando-se à disposição para ampliar a contribuição do estado na organização da COP30.
Durante a reunião, foram apresentados, ainda, informes gerais sobre o evento e outras pautas a serem analisadas pelos governadores juntamente com suas equipes técnicas, a serem concluídas nesta quarta-feira, 13, durante a 17ª Reunião do Fórum Nacional de Governadores, que será realizada também em Belém, a partir das 10h, no Parque da Cidade, incluindo a apresentação de uma agenda federativa de todos os estados da Amazônia Legal para a COP30.

Governador Gladson Camelí apresentou propostas no setor da agricultura e destacou o desempenho do estado do Acre na produção agroflorestal. Foto: Pedro Devani/Secom
“Para o Acre é sempre uma grande satisfação participar desses encontros em que a pauta é a construção coletiva em torno do bem comum, pois é assim que o Consórcio de Governadores da Amazônia e o Fórum Nacional de Governadores atua. Estamos trabalhando unidos para que a Amazônia e sua preservação, a cultura e a beleza dos nossos povos sejam conhecidas e reconhecidas por seu valor, sua dignidade e hospitalidade, entre tantas outras virtudes que o mundo verá durante a COP30”, disse Camelí.
A COP30 será realizada pela primeira vez no Brasil entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém, sendo o maior evento global em torno dos debates e negociações sobre a preservação da Amazônia e os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
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Prefeito Jerry Correia participa de reunião na SEAGRI com comunidades tradicionais e indígenas de Assis Brasil
Nesta terça-feira (12), o prefeito Jerry Correia deu continuidade às agendas em Rio Branco, acompanhado por representantes das comunidades tradicionais de Assis Brasil, incluindo a Reserva Extrativista Chico Mendes, e das Terras Indígenas Riozinho, Mamoadate e Cabeceira do Rio Acre.
O grupo esteve reunido na Secretaria de Agricultura (SEAGRI), onde discutiu o incentivo à produção agrícola dentro da Reserva Chico Mendes e nas Terras Indígenas. As comunidades expressaram o desejo de ampliar suas atividades produtivas, reforçando a necessidade de apoio não só da Prefeitura de Assis Brasil, mas também do Governo do Estado, da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e de outras instituições.
O encontro contou com o apoio do vereador Jurandir Araújo, representante da Câmara Municipal e um dos grandes idealizadores desta missão em Rio Branco. Também estiveram presentes Wendel Araújo, presidente da AMOPREAB, José de Araújo, representante da Cooperacre e Coopaeb, além dos líderes indígenas da região.
O prefeito Jerry Correia segue firme nessa caravana, buscando melhorias concretas para as reservas extrativistas e para as comunidades indígenas, reforçando o compromisso da gestão municipal com o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento das populações tradicionais de Assis Brasil.
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Pesquisador diz que pavimentação da BR-317 sem um plano de educação ambiental foi catastrófico para o Rio Acre
Por Dell Pinheiro
O pesquisador Claudemir Mesquita, que há anos estuda o comportamento das águas do Rio Acre, disse que a pavimentação da BR-317, ligando Rio Branco a Assis Brasil, foi um projeto “brutalmente criminoso” para o rio que abastece a capital acreana. A fala dele foi proferida nesta segunda-feira (11/8), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), em audiência realizada a pedido do deputado Eduardo Ribeiro (PSD).
“O governo anunciou a pavimentação asfáltica da rodovia transoceânica, já aberta sob o interflúvio do rio acre, com um discurso inovador. Dizia o governo que a região iria avançar 20 anos de atraso crônico, com a construção da BR, mas esqueceu de colocar na alça do projeto um plano de educação ambiental. Foi um projeto politicamente audacioso para os governos federal, estadual e municipal. No entanto, brutalmente criminoso para o Rio Acre. O projeto cuidou apenas do asfalto e das pontes milionárias. O projeto foi executado totalmente descalço e despido dos elementos essenciais para a cultura do povo e dos rios”, disse o geógrafo.
Além disse, Mesquita menciona que a pavimentação da rodovia provocou uma corrida pela terra na região. Pecuaristas de outros estados brasileiros começam a comprar fazendas ao longo da BR-317, com isso “o desmatamento avançou por quilômetros rumo ao Rio Acre”.
“E, é exatamente nas laterais da estrada que as fontes de água corriam para o Rio Acre. Aterraram centenas de nascentes e assoreamento, terra suja para o curso dos rios no colo da enxurrada”, mencionou.
Nesta segunda-feira, em Rio Branco, o Rio Acre alcançou uma das menores marcas para o período: 1,31 metro.
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