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Impedidos de deixar Brasil, imigrantes vivem angústia na fronteira do Acre com Peru: ‘Deus nunca deixa um filho sozinho’
Imigrantes, na maioria haitianos, estão em Assis Brasil, no interior do Acre, na tentativa de deixar o país, mas, foram impedidos de entrar na cidade de Iñapari, no Peru. Eles ficaram mais de 20 dias na Ponte da Integração, de onde saíram na tarde dessa segunda-feira (8).

Guyto Viellot diz ter fé que uma estrada vai se abrir — Foto: Jefson Dourado/Rede Amazônica Acre
Por Alcinete Gadelha e Janine Brasil, G1 AC
Longe de casa e da família, enfrentando o desemprego por causa da pandemia da Covid-19, os imigrantes que estão impedidos de atravessar a fronteira do Brasil com o Peru, na cidade de Assis Brasil, no interior do Acre, vivem a angústia de tentar sair do país e não saber quando as coisas podem melhorar.
Os imigrantes, na maioria haitianos, estão no interior do Acre na tentativa de deixar o país, mas, foram impedidos de entrar na cidade peruana de Iñapari. No dia 14 de fevereiro eles ocuparam a Ponte da Integração. Na mesma semana, chegaram a forçar a entrada no país vizinho, mas foram mandados de volta.
Foi quase um mês com a ponte fechada. No local, chegaram a ter mais de 300 estrangeiros. Após serem impedidos de entra no país vizinho, um grupo continuou acampado e impedia o transporte de cargas entre os dois países. O fluxo só foi liberado na tarde de segunda (9), de forma pacífica, após uma ordem de reintegração de posse da Justiça Federal que atendia a um pedido de liminar da União.
A ponte foi liberada, e a passagem dos veículos também. Porém, o drama dos imigrantes ainda parece estar longe do fim.
Guyto Viellot conta saiu do Haiti em 2015 e ficou pouco mais de um ano no Brasil. Depois, foi para o Chile porque tinha um filho que estava lá e ficou pelo menos um ano, mas retornou ao Brasil novamente por não ser o que ele esperava. Em Assis Brasil, ele está com um grupo de mais 13 pessoas entre familiares e amigos.
“Deixei meu país, porque é bem perigoso politicamente. Deus abençoa o povo brasileiro. Eles ajudam muito os imigrantes, somos bem vindos aqui. O maior problema é a incerteza. Eles [Peru] falam que vão abrir em setembro, mas eles não querem deixar a gente passar por causa da Covid-19. Se eles quisessem ajudar os imigrantes deixavam o ônibus passar, higienizava todo mundo. A gente só passar, se eles não querem que a gente desça no país deles a gente passa direto”, desabafa.
O haitiano fala que o objetivo é chegar em países como EUA, Canadá, Chile, locais onde a maioria tem familiares. Ele lamenta pelo fato de estarem impedidos de passar pela fronteira e ainda ressalta que os gastos para a viagem são altos e se quiserem voltar ao país de origem precisam gastar em torno de R$ 6 mil a R$ 7 mil.
“É difícil, mas, com fé em Deus, tudo vai dar certo. Deus nunca deixa um filho sozinho, Ele vai abrir um caminho para todo mundo passar, eu acredito nisso”, torce.

Hector Julio Villalba Castro com a esposa e filho — Foto: Jefson Dourado/Rede Amazônica Acre
O colombiano Hector Júlio Villalba Castro, de 56 anos, está acompanhado da esposa e filho, ele conta que estava na Venezuela, onde morou por pelo menos 11 anos, está na fronteira e tenta seguir para o Rio Grande do Sul.
“Na Venezuela nós conhecemos alguns pastores que nos falaram para irmos ao Brasil, aí decidimos vir para o Brasil e, agora, estamos querendo ir para o Rio Grande do Sul, em Caxias do Sul. A gente veio, mas não sabíamos que estava fechado e que não tinha saída. A gente está esperando, não temos documentação. O Brasil tem um pouco mais de trabalho e um pouco mais de oportunidade, tem mais saídas. Eu sou professor”, diz.
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PM de folga impede assalto e prende dois homens após família ser feita refém em Cruzeiro do Sul
Suspeitos foram baleados e detidos após invadir residência no bairro 25 de Agosto; quatro criminosos participaram da ação.

Dois homens foram presos na noite desta quinta-feira (4) após invadirem uma residência e fazerem uma família refém durante um assalto no bairro 25 de Agosto, em Cruzeiro do Sul. A ação foi interrompida por um policial militar que estava de folga, que reagiu ao ser abordado por um dos suspeitos armados. Um dos detidos, identificado como Cauã, foi baleado na perna, e o outro, Jarlisson, sofreu um ferimento no supercílio. Ambos receberam atendimento médico e foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil.
Segundo relatos das vítimas, quatro assaltantes armados com pistolas entraram na casa e fizeram a família — incluindo uma criança — refém. Eles procuravam ouro e joias, por saberem que a moradora comercializava esses itens. Durante a ação, as vítimas foram algemadas, e a mulher chegou a ser enforcada para revelar onde supostamente guardava o ouro. Sem encontrar os objetos desejados, o grupo fugiu levando relógios, pulseiras, celulares e cerca de R$ 2 mil em dinheiro.
Durante as buscas, a Polícia Militar foi informada de que um colega havia contido dois suspeitos nas proximidades. O PM relatou que estava em frente à própria residência quando viu três indivíduos correndo. Ao perceber que um deles portava uma pistola e apontava em sua direção, reagiu e efetuou um disparo que atingiu Cauã.
Com a dupla, os policiais apreenderam sete relógios, uma pulseira, um perfume, dinheiro, dois celulares e uma pistola Taurus modelo .838, com 13 munições intactas. As vítimas reconheceram os dois como participantes do roubo.
Os outros envolvidos na ação criminosa ainda não foram localizados.
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Justiça do Acre funciona em regime de plantão nesta segunda (8)

Foto: TJAC/assessoria
O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) informa que não haverá expediente nas unidades jurisdicionais e administrativas na próxima segunda-feira, 8 de dezembro, em virtude do feriado do Dia da Justiça.
A data é comemorada desde 1940, mas sua primeira celebração oficial ocorreu somente dez anos mais tarde, por iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros. A Lei 1.408, de 1951, criou o Dia da Justiça como feriado forense em todo o território nacional.
O atendimento das demandas emergenciais, no âmbito do primeiro e segundo graus de jurisdição, ocorrerá em regime de plantão, conforme escala definida. A relação de magistradas, magistrados, servidoras e servidores plantonistas pode ser consultada na aba Plantão Judiciário do portal do TJAC ou diretamente pelo link: https://www.tjac.jus.br/spj/.
Os prazos processuais que tenham início ou término durante o feriado serão automaticamente prorrogados para o primeiro dia útil subsequente, garantindo segurança e continuidade à tramitação processual.
Fonte: Ascom/TJAC
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Acusado de homicídio em disputa entre facções volta a júri popular nesta quinta em Rio Branco
Raimundo Fernandes Silva, que havia sido condenado a mais de 21 anos de prisão em 2022, passa por novo julgamento após anulação da sentença pelo TJAC.
Raimundo Fernandes Silva, acusado de homicídio qualificado, voltou a sentar no banco dos réus na manhã desta quinta-feira (5), na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco. Ele é apontado como o autor do assassinato de Alessandro da Silva Santos, ocorrido em 2018. A sessão teve início às 8h30, no Fórum Criminal, e o resultado do julgamento deve ser conhecido no início da tarde.
O réu chegou a ser condenado em fevereiro de 2022 a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime fechado. No entanto, a defesa recorreu ao Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), alegando que testemunhas consideradas essenciais não haviam sido ouvidas, o que poderia alterar o entendimento dos jurados.
A Câmara Criminal acolheu o recurso e anulou a sentença, determinando um novo julgamento.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na noite de 8 de agosto de 2018, em meio a uma disputa entre facções criminosas. Alessandro da Silva Santos foi surpreendido quando chegava em casa, no bairro Tancredo Neves, por um homem armado com uma espingarda de grosso calibre e executado com vários disparos.
Raimundo Fernandes Silva foi indiciado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e não compareceu à sessão do júri realizada em 2022, quando acabou condenado pela primeira vez.
Fonte: PCAC

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