Acre
ICMBio, Funai e Polícia Federal combatem garimpo ilegal e caça no Amazonas
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em conjunto com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Polícia Federal (PF), realizou a operação Nha-Tó-ió-ió (Terra Viva) nos rios Solimões e Japurá, no Amazonas, com o objetivo de combater o garimpo ilegal no Estado, na região da tríplice fronteira Brasil-Peru-Colômbia. A operação, realizada entre os dias 8 e 12 de dezembro de 2024, resultou na destruição de 12 dragas de garimpo, três rebocadores, uma balsa de combustível e quatro embarcações.
Além de combater o garimpo ilegal, a operação também focou na caça de animais silvestres, resultando na apreensão de 200 kg de carne de caça, 200 kg de pirarucu e 283 tracajás. As multas aplicadas somaram R$ 614.600,00, além de mais de R$ 15 milhões em prejuízos causados pelo crime ambiental, decorrentes de apreensões e destruições de equipamentos.
A região onde a operação foi realizada é remota e abrange cinco terras indígenas, a Reserva Extrativista do Rio Jutaí, a Estação Ecológica Juami-Japurá e a Estação Ecológica de Jutaí-Solimões, estas últimas Unidades de Conservação Federais sob gestão do Núcleo de Gestão Integrada – ICMBio Tefé. O combate ao garimpo ilegal nesta área visa mitigar os impactos sociais e ambientais negativos causados por essas atividades ilícitas às populações tradicionais.
O mercúrio utilizado na extração do ouro causa danos ambientais, contaminando as águas, o solo, peixes e outras espécies que formam a base alimentar das comunidades tradicionais. A contaminação por mercúrio pode gerar sérios problemas de saúde, como malformações fetais e distúrbios neurológicos. Isso reforça a importância da operação para desarticular as atividades ilegais, com o foco na proteção das comunidades indígenas e ribeirinhas locais, que são protagonistas na conservação da biodiversidade e dos recursos naturais.
Durante a operação, também foram apreendidos volumes significativos de carne de caça, pirarucu e animais silvestres. Os 283 tracajás, espécie considerada vulnerável à extinção pela IUCN, foram encontrados ainda vivos e soltos na natureza, minimizando o impacto da retirada desses indivíduos de seu habitat. As carnes de caça apreendidas eram de queixada, um mamífero localmente conhecido, também classificado como vulnerável e sensível à caça, podendo sofrer graves diminuições populacionais devido a essa atividade comercial ilegal. A pesca do pirarucu no Amazonas só é permitida por meio de regimes de manejo sustentável autorizados, sendo a pesca comercial ilegal um dos principais fatores que levaram ao declínio histórico da população desse peixe na região antes da regulamentação.
As espécies de animais silvestres apreendidas, além de desempenharem papel fundamental nos ecossistemas amazônicos, são uma importante fonte de alimento para as comunidades indígenas e ribeirinhas da região. A comercialização ilegal dessas espécies compromete a segurança alimentar dos povos tradicionais que habitam os territórios.
O coordenador da operação, Afonso Pereira, explicou que “a integração e cooperação entre as três agências teve o intuito de coibir o garimpo em diversas frentes. O Instituto Chico Mendes atuou principalmente no monitoramento das áreas que abrangem as unidades de conservação, além da aplicação de multas, apreensão e destruição de estruturas usadas nas atividades ilegais. O sucesso dessa ação interinstitucional contribui para uma estratégia mais ampla de combate ao garimpo ilegal em todo o território nacional, promovendo o bem-estar das populações tradicionais e a proteção ao meio ambiente”.
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Com vasão do Rio Acre Prefeitura de Rio Branco inicia mutirão de limpeza nos bairros afetados pela enchente
Com a vazão do Rio Acre após o transbordamento que atingiu pelo menos 40 bairros na capital acreana, a Prefeitura de Rio Branco, deu início na manhã desta segunda-feira (24), um mutirão de limpeza em 9 bairros afetados pela cheia. Na medição de hoje o nível da água atingiu 13 metros e 71 centímetros.
Tony Roque, secretário municipal de Cuidados com a Cidade, disse que esse trabalho é uma determinação do prefeito da capital Tião Bocalom. O gestor municipal delimitou que ao sinal de vazão e sem risco do fenômeno repiquete, todas as áreas deveriam passar por um processo de sanitização, principalmente as ruas e casas.
“É a determinação do nosso prefeito, já começar pelos bairros alagados. O bairro da Base foi um dos bairros, mas estamos trabalhando hoje também na 6 de Agosto, Cidade Nova, Cadeia Velha e também a curva do Rabo da Besta. Hoje em torno de 150 colaboradores ao todo, operadores, coordenadores e maquinários. Em torno de 55 máquinas, trabalhando”.
Maria Magalhães, aposentada e moradora do bairro 6 de Agosto há mais de 30 anos já vivenciou vários alagamentos do Rio Acre. Ela elogiou o trabalho de limpeza pela prefeitura.
“Estou achando bom. Porque tinha muito lixo aqui. Deu mais de uma caçamba cheia. Tinha muita lama, mas graças a Deus, o sol também, foi muito quente ontem. Aí já enxugou, mas é muito bom quando eles fazem a limpeza logo, porque quando não faz, é ruim, porque aí a gente fica aqui atribulado com tanto lixo, com tanto bagaço, mas graças a Deus que passaram a limpar. Fiquei feliz. Foi muito rápido”.
Outra boa notícia, segundo o coordenador Municipal de Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, é que o volume de água do Rio Acre não volte mais a atingir este ano, cota de transbordamento que é de 15 metros. No entanto, pontuou o oficial, que as famílias que ainda estão abrigadas no Parque de Exposições, só poderão retornar as suas casas quando o manancial alcançar a marca dos 10 metros.
“Nós descartamos nesse momento a possibilidade de um novo transbordamento. Apesar de que nós estamos entre a cota de alerta e a cota de transbordamento nesse momento, mas todos os estudos feitos pela Defesa Civil ao longo da bacia nos mostram que ainda podemos até ter oscilações positivas, porém não numa cota preocupante de ultrapassar 14 metros. Esse retorno para casa será feito mediante protocolos. Primeiramente o rio tem que estar medindo de 10 metros a menos e também antes disso restabelecer o cenário que é o que a Prefeitura de Rio Branco está fazendo agora, com a limpeza dos bairros. Nós vamos fazer também limpeza das casas, levar equipe de saúde para vistorias e fazer vistoria de segurança. Só após todo esse cenário pronto a gente leva as famílias de volta, mas isso também não deve demorar muito, algo em torno de três dias a contar de hoje”, destacou Falcão.
A princípio, os bairros que receberão os serviços de limpeza pós alagação são:
- Base
- 6 de Agosto
- Baixa da Habitasa
- Baixa da Cadeira Velha
- Triângulo Novo
- Taquari
- Cidade Nova
- Alzira Cruz
- Ayrton Senna
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Médicos terão assembleia nesta terça para debater retomada de greve

Foto: Pronto Socorro de Rio Branco I Whidy Melo/ac24horas
O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) reunirá a classe médica no início da noite desta terça-feira, 25, em uma assembleia-geral extraordinária (AGE) para debater a retomada da greve devido à falta de atendimento dos acordos e à recorrência de uma série de denúncias de assédio moral de servidores nas unidades de saúde. A reunião será realizada por meio de teleconferência para poder ouvir os filiados de todo o estado.
Durante a AGE, a Diretoria falará sobre o andamento das negociações para a reforma do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), além dos recorrentes cortes, considerados irregulares, na remuneração dos médicos.
“Vamos debater os temas mais sensíveis com a classe e que geram dezenas de reclamações todos os meses. Os médicos podem optar pela retomada da paralisação”, explicou o vice-presidente do Sindmed-AC, Rodrigo Prado.
O pedido de assembleia é uma demanda da categoria, que vem enfrentando dificuldades para receber a remuneração integral, mesmo após uma série de movimentos e até uma greve deflagrada no ano passado para obrigar o estado a pagar plantões extras, adicionais como insalubridade, entre outros.
“A classe também se queixa de uma série de problemas, incluindo assédio moral e a falta de estrutura para trabalhar em dezenas de unidades. Entre elas, estão Sena Madureira e Feijó, com obras que se arrastam por anos. Os problemas se acumulam, o que vem gerando revolta”, explicou Rodrigo Prado.
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Abastecimento de água volta a ser suspenso em Xapuri
O fornecimento de água nos bairros atendidos pela Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio Acre, em Xapuri, foi interrompido na tarde desta segunda-feira, 24, devido a uma pane no sistema elétrico da unidade.
Segundo o Serviço de Água e Esgoto do Estado do Acre (Saneacre), o problema foi causado por uma queda de energia.
Equipes de manutenção já trabalham para restabelecer o sistema, e a previsão é que o abastecimento volte de forma gradual a partir das 11h desta terça-feira, 25, assim que os reparos forem concluídos.
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