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Gladson e nenê Junqueira apresentam projeto de fomento à agroindústria para ministra da agricultura

Deputado Roberto Duarte, senador Márcio Bittar, ministra Tereza Cristina, governador Gladson Cameli, secretário Nenê Junqueira e o procurador João Paulo Setti durante audiência em Brasília. Foto: Divulgação
Assessoria
O governador Gladson Cameli apresentou, junto com o secretário de Estado de Produção e Agronegócio, Nenê Junqueira as ações a serem desenvolvidas no portfólio de projetos da Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa). A reunião aconteceu nesta quarta-feira, 12, em Brasília.
Dentre os projetos apresentados estão a aquisição de máquinas; recuperação de áreas degradadas; apoio e fomento à agricultura familiar; fortalecimento das pequenas e médias agroindústrias e aparelhamento da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). O encontro com a ministra representa a busca para angariar recursos do governo federal para alavancar o agronegócio no Acre.
“Vamos cadastrar esses projetos para fomentar as atividades agroindustriais no estado, o governo federal poderá viabilizar esses recursos para podermos trabalhar durante este ano e também em 2022”, ressaltou Cameli.
O gestor da Sepa destacou os diversos segmentos de produção que serão beneficiados para garantir a melhora na produção de cada setor. “Dentro desta proposta de fortalecimento podemos citar esforços voltados para a agroindústria de macaxeira; banana; polpas de frutas e bacia leiteira. Desta forma é um amplo projeto que estamos fazendo para atender vários segmentos do agronegócio no estado”, pontuou Junqueira.
O senador Márcio Bittar, o procurador-geral do Estado, João Paulo Setti, e o deputado estadual Roberto Duarte participaram da audiência.
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Asaf acerta saída do Santa Cruz e fará teste no Corinthians

Foto Jhon Silva: Asaf disputou a Copa São Paulo neste temporada
O meia Asaf acertou a saída do Santa Cruz e ainda este mês fará uma avaliação no Corinthians, de São Paulo. Contudo, a rescisão com a Capivara não ocorreu de uma maneira amistosa e o atleta não deve mais vestir a camisa da Capivara.
Relação desgastada
A relação ficou desgastada entre os representantes do atleta e a direção do Santa Cruz chegou ao ápice com a avaliação programada no Corinthians. Os dirigentes do Santa Cruz souberam do teste somente quando o clube paulista pediu a liberação da equipe acreana.
“Os clubes têm um acordo para esse tipo de trabalho. Os pais do Asaf conseguiram programar o teste e o Santa Cruz não vai atrapalhar a vida do atleta. Fizemos a liberação e o Asaf poderá fazer o teste sem nenhum problema”, explicou o diretor do Santa Cruz, Léo Raches.
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Diretoria do Independência fecha as contratações de Passarinho e Cabeludo

Foto Jhon Silva: O volante Cabeludo foi campeão Estadual em 2024 pelo Tricolor
A diretoria do Independência fechou nesta terça, 8, as contratações do lateral direito Passarinho e do volante Cabeludo, ambos ex-Vasco, para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série D. Os dois atletas devem desembarcar na capital acreana ainda nesta semana.
Segue no mercado
Um dos gestores do futebol do Tricolor, João Paulo Junqueira, segue no mercado em busca de mais reforços. A prioridade, no momento, são atacantes para atuar em velocidade pelos lados do campo.
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Polícia Militar cria programa de apoio a estudantes vítimas de violência e transforma realidades
O Instituto de Educação Lourenço Filho é uma das escolas que abraçaram essa parceria com a Polícia Militar. Segundo a coordenadora da instituição, Poliany Pereira, a presença do Gaev trouxe mudanças significativas para os alunos

Desde sua implantação, em 2024, o Gaev já acompanhou mais de 20 estudantes. Foto: Joabes Guedes/PMAC
“Estou feliz, estou voltando a ser quem eu era. Há um tempo, achei que nem completaria 18 anos, me sentia perdida. Mas recebi apoio da Polícia Militar e da minha escola. Sei que, sem isso, não estaria aqui hoje”. O relato, comovido, pertence a Vitória (nome fictício), estudante do Instituto de Educação Lourenço Filho, localizado na capital acreana, Rio Branco, que carrega cicatrizes de uma infância marcada por abusos, rejeições e tentativas de suicídio.
Foi na escola, durante uma palestra realizada pela Polícia Militar do Acre (PMAC) sobre violência doméstica e abuso sexual, que a jovem encontrou o esclarecimento e a esperança de superar a realidade vivida. Ao buscar apoio com os policiais presentes, deu o primeiro passo para transformar sua história. E não estava sozinha nessa jornada.
Vitória é uma das dezenas de estudantes acompanhadas pelo Grupo de Apoio ao Estudante Vítima (Gaev), programa-piloto desenvolvido pela Coordenadoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos (CPCDH) da PMAC. Criado para suprir uma lacuna no cuidado com crianças e adolescentes vítimas de violência, o Gaev atua como elo entre esses jovens e a rede de proteção, garantindo que recebam assistência integral.
Desde sua implantação, em outubro de 2024, o programa já acompanhou mais de 20 estudantes, com sete casos resolvidos com sucesso. São histórias de superação, como a de um adolescente que, ao atingir a maioridade, ingressou na universidade e hoje constrói um novo caminho. Mas os desafios continuam, e novas demandas surgem diariamente.
Muito além do acolhimento
O trabalho do Gaev vai além do atendimento inicial. Cada caso é acompanhado de perto, com encaminhamentos para órgãos como Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) eCentro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Ministério Público e Conselho Tutelar, além de serviços de assistência social e saúde. Quando necessário, a equipe realiza visitas domiciliares, ajuda no transporte para exames e tratamentos e assegura que crianças neurodivergentes (cujo funcionamento cerebral difere significativamente do que é considerado típico) tenham acesso ao suporte adequado.
A sargento da Polícia Militar Alda Radine, responsável pela entidade, ressalta a importância de olhar para esses jovens além dos rótulos. “O programa acompanha crianças e adolescentes independentemente de terem cometido atos infracionais, pois entendemos que, na maioria das vezes, também são vítimas. Seja por influência do ambiente, negligência ou abusos sofridos em casa, na vizinhança ou na escola, esses jovens muitas vezes reproduzem o que vivenciam. Acreditamos que, antes de qualquer julgamento, toda criança e adolescente precisa de acolhimento e suporte para transformar sua realidade”, explica.

Sargento Alda Radine é responsável pelo Grupo de Apoio ao Estudante Vítima (Gaev). Foto: Davi Barbosa/PMAC
Impacto dentro e fora da escola
O Instituto de Educação Lourenço Filho é uma das escolas que abraçaram essa parceria com a Polícia Militar. Segundo a coordenadora da instituição, Poliany Pereira, a presença do Gaev trouxe mudanças significativas para os alunos.
“Desde o início da parceria, observamos uma transformação no ambiente escolar. O desempenho das alunas atendidas melhorou e, mais do que isso, passaram a se sentir parte da escola, tornando-se protagonistas na comunidade”, relata.
Poliany destaca ainda que o impacto do programa vai além dos muros da escola, chegando às famílias. “Muitos pais ou responsáveis não sabem nem por onde começar para pedir ajuda. O Gaev tem feito esse elo, orientando e apoiando com sensibilidade e firmeza, garantindo esse suporte”.

Poliany é coordenadora do Instituto de Educação Lourenço Filho, uma das escolas atendidas. Foto: Davi Barbosa/PMAC
Reescrevendo histórias
Hoje, aquela jovem enxerga o futuro sob uma nova perspectiva. O acompanhamento psicológico, a terapia e, principalmente, o acolhimento genuíno que recebeu a ajudaram a reencontrar sua força.
“Aprendi a me expressar, a dizer o que sinto e a pedir ajuda quando é preciso. Sou profundamente grata a todos que me estenderam a mão. E, se Deus quiser, um dia também poderei ajudar outras pessoas como fui ajudada”, diz Vitória, emocionada.
Casos como o dela têm se tornado cada vez mais frequentes para os policiais envolvidos no policiamento comunitário da PMAC. E, em cada história de superação, renova-se a certeza de que cuidado e presença fazem toda a diferença. Para muitas crianças e adolescentes do Acre, essa rede de apoio é o primeiro passo para um novo começo.

Gaev é uma iniciativa de acolhimento que vai além do policiamento ostensivo. Foto: Davi Barbosa/PMAC
Atuação em várias frentes
O Gaev é apenas uma das frentes de atuação da PMAC na proteção da comunidade. A Coordenadoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos também lidera iniciativas como o Grupo de Proteção e Apoio ao Cidadão (GPAC), responsável por patrulhamento comunitário, e as Patrulhas de Prevenção à Violência Doméstica, coordenadas pela Patrulha Maria da Penha, voltadas ao atendimento de mulheres vítimas de violência.
A tenente-coronel Ana Cássia Monteiro, coordenadora da CPCDH, destaca que essas ações são fundamentais no fortalecimento da rede de proteção às vítimas. “Nosso trabalho nas comunidades é feito em múltiplas camadas: escolas, famílias, bairros. As ações de policiamento comunitário vão muito além da presença ostensiva nas ruas. Envolvem palestras e ações educativas voltadas a crianças, adolescentes, mulheres e idosos. Foi ao perceber a reincidência de certos casos e lacunas na rede de proteção que surgiram as patrulhas especializadas e programas voltados exclusivamente a vítimas de violência”, explica.
Ana Cássia ressalta ainda que cada público atendido possui particularidades e que o acompanhamento contínuo é essencial. “Nosso objetivo é garantir que essas pessoas tenham seus casos resolvidos de forma completa. O atendimento policial inicial muitas vezes não basta, pois há danos emocionais e psicológicos profundos. A Polícia Militar, além de sua função ostensiva, também encaminha e acompanha cada caso dentro da rede de proteção, oferecendo suporte [à vítima] sem prejuízo à responsabilização dos agressores”.
Para a oficial, a corporação tem ampliado seu papel na sociedade. Ao investir em iniciativas de escuta e acolhimento, aproxima-se das comunidades, cria vínculos e reafirma o compromisso com a transformação social. “É a oportunidade de mostrar à população que a PM está presente, não só para agir, mas para ouvir, proteger e construir. Estamos inseridos na realidade das famílias acreanas e queremos ser parte ativa da construção de um futuro mais justo, seguro e humano”, afirma.

Tenente-coronel Ana Cássia acredita que a PMAC tem ampliado seu papel com novo posicionamento. Foto: Júnior Barros/PMAC
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