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Gehlen: “Não temos como consertar 20 anos de estragos do dia para a noite”
O parlamentar diz, em entrevista, que Gladson mais acertou do que errou em 2019
De férias da Assembleia Legislativa, por conta do recesso parlamentar, ainda assim o deputado estadual Gerlen Diniz (Progressistas), líder do Governo na Casa, não para de fazer política. Nesta sexta-feira (3), ele foi encontrado visitando correligionários arregimentando nomes para compor a chapa que deve disputar a Câmara de Vereadores na Capital.
Entre uma visita e outra, ele parou para conceder entrevista ao ContilNet, quando falou dos erros e acertos do governador Gladson Cameli neste primeiro ano de Governo e anunciou que vai, sim, disputar a Prefeitura de Sena Madureira pelos Progressistas contra o atual prefeito Mazinho Serafim, do MDB, que deverá ser candidato à reeleição. A seguir, os principais trechos da entrevista com o deputado:
Deputado, na sua avaliação, qual foi, em 2019, o principal acerto político e administrativo do governo Gladson Cameli, do qual o senhor é líder na Assembleia Legislativa?
Gerlen Diniz – O nosso governo teve muitos acertos. Ninguém acerta 100%, é evidente, mas, numa avaliação isenta e como um todo, o Governo acertou muito mais do que errou. Veja que o Governo anterior, em campanha, dizia que nós, caso o Gladson Cameli vencesse a eleição, em três meses iríamos atrasar os salários dos servidores. E deu-se justamente o contrário: além de pagar em dia [o governo] antecipou o 13º e ainda pagou dívidas de salários herdados do governo anterior.
Qual o outro acerto na sua avaliação?
O outro tem a ver com este primeiro acerto, dos pagamentos. É decorrente de um trabalho de austeridade, de gastar somente o que tem e de muita organização. O Governo [de Gladson Cameli] acertou em muitas secretarias. Veja uma secretaria de Administração e Planejamento fundidas, sob a administração da secretária Maria Alice Melo, que é uma secretária de excelência, uma técnica excepcional. Caso também d Secretaria de Turismo, executada pela ex-deputada Eliane Sinhasique, que é outra secretária de excelência. É de se destacar também a direção do Detran, cujos três diretores, o Luis Fernando Maia, o Manuel Jerônimo e o Isaias, até recentemente, transformaram aquela autarquia num órgão confiável e que serve de exemplo para as demais no Estado do Acre. O fato é que nosso Governo acertou muito. Outro exemplo é o secretário de Estado da Casa Civil, Ribamar Trindade, que garantiu a legalidade das ações de Governo ao longo do ano.

Por falar no secretário, o senhor sabe se ele continua no Governo?
Eu não sei. Eu torço para que continue. Se não continuar, torço para que o governador coloque lá alguém à altura e que possa garantir que o governo continue neste caminho certo. Na verdade, nós estamos no caminho certo, mas não temos como consertar estragos de 20 anos, de puro desgoverno, do dia para a noite.
Aonde foi que o governo Gladson Cameli errou, também na sua avaliação de líder?
Errou onde os secretários não corresponderam e tiveram que ser substituídos. Veja que desde o início da gestão muitos secretários foram exonerados. Foram secretários que não corresponderam ao esperado e não conseguiram fazer gestão e solucionar os problemas que precisavam ser enfrentados. Tiveram então que ser substituídos. Onde houve substituição foi porque o governo entendeu que não estavam trabalhando a contento e trocou os secretários. Foram várias pastas, mas tais trocas foram feitas sempre buscando a eficiência administrativa.
O senhor acha que houve acerto na relação do Governo com a Assembleia Legislativa, que é tão criticada tanto pela oposição e até por deputados da base e na qual o Governo teve que recuar, em alguns momentos, como em votações importantes como esta da reforma da previdência estadual?
O Governo, apesar desse mito que criaram de que a relação do governador com os deputados não é boa, tem uma relação excelente com a Assembleia Legislativa. Prova disso são os resultados das votações que ocorreram ali. O Governo aprovou praticamente 100 por cento do que enviou para a Assembleia Legislativa. Se uma ou outra matéria teve mais um pouco de dificuldade, quando houve a exposição, a demonstração da necessidade daquele projeto para a sociedade, mas, ao final, conseguimos aprovar. O Acre foi o primeiro Estado, a primeira unidade da federação, a aprovar a sua reforma da previdência estadual, ganhando inclusive do Espirito Santo e também com a transformação dos agentes penitenciários em Polícia Penal, através de emenda constitucional. Mas não existe esta história de que o governo não se dar bem com sua base. É claro que isso não é verdade. Se não se desse bem, o governo não aprovaria na Casa o que conseguiu aprovar.
E por que as críticas tão contundentes da oposição sobre o assunto, dizendo que o governo não se relaciona bem inclusive com os deputados de sua própria base?
A oposição tem que criticar. Esse pessoal que estava no poder a 20 anos, tem que encontrar razões para criticar e sai criticando a torto e a direito.
O senhor que é policial rodoviária federal, portanto da área de segurança pública, acha que o Governo está no caminho certo nesta área, com tanta violência, com tantas matanças, no Acre inteiro e, principalmente, em Sena Madureira, o seu município?
Olha, se você recebe um Estado onde aconteceu, num ano, 500 homicídios e aí você administra, investe em segurança pública e no ano seguinte, acontecem 400 homicídios, houve redução, é claro – mas ainda é um número alarmante. É inadmissível que um Estado como o Acre tenha aí tantos homicídios – e não estou citando esses números como dados. Estou citando números hipotéticos. Houve diminuição? Houve. Mas os números ainda são alarmantes. Infelizmente, a gente tem que admitir. Tem que ser investido mais: contratar mais policiais, investir em tecnologias porque a sociedade não aguenta. Uma hora a população vai se revoltar porque a bandidagem em Rio Branco – não só em Rio Branco, no Acre todo – não respeita mais a polícia, não respeita ninguém e o Estado tem que dar uma resposta.
O senhor admite que Sena Madureira, seu município, hoje é um dos, senão o mais violento do Acre?
Não, não é. Em Sena Madureira aconteceu este caso do assassinato de duas crianças, uma covardia enorme, um absurdo, o assassinato de uma menina de 14 e outro menino de 16 anos, que não tinham envolvimento com facções. Mas isso não transforma Sena Madureira no que já foi. Eu sou de lá, e muitas vezes fui à tribuna da Assembleia para dizer que Sena Madureira era a cidade mais violenta do Estado do Acre. Hoje, não é mais. Isso aconteceu, infelizmente, mas, para se ter uma ideia, em 2019, foram oito homicídios lá ao longo do ano. É um município em que há crimes? É! Temos eu combater? Temos – e isso vai ser combatido. Nós temos que avaliar a segurança pública pelo conjunto. Houve avanços no primeiro ano? Sim, mas ainda está ruim: temos que avançar no segundo, terceiro e quarto ano e entregar o Governo ou ir para uma reeleição com números aceitáveis. Infelizmente, no nosso município acontece aquela violência que até nos países desenvolvidos acontece…
Como é que está sua relação com Sena Madureira e com o prefeito Mazinho Serafim? Os senhores vão para o embate eleitoral deste ano? O senhor é candidato a prefeito na sucessão do senhor Mazinho?
Minha relação com o prefeito é profissional. Eu o respeito como prefeito, mas não sou aliado dele e nem devo ser e devo concorrer às eleições em Sena Madureira para prefeito sim, com o apoio de toda a oposição local, oposição ao prefeito. Temos conversas com Toinha Vieira, com Charlene Lima, com Zenil Caves e com as principais lideranças de oposição e devo ser, sim, candidato pelo Partido Progressista, com o apoio do Governo do Estado do Acre. A população vai ter a oportunidade de avaliar. Avaliar o atual prefeito e se entender que ele fez um bom trabalho e desejar continuar, a gente respeita. Mas haverá uma opção com o meu nome, um nome novo e que se propõe a abdicar de um mandato na Assembleia Legislativa para ir administrar sua terra natal e eu tenho certeza de que poderemos fazer muito mais.
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Prefeitura de Brasileia anuncia revogação de edital da Educação e reafirma compromisso com a responsabilidade fiscal e a educação inclusiva
A Prefeitura Municipal de Brasileia, em respeito aos seus cidadãos e aos princípios da administração pública, comunica a revogação do edital de contratação temporária de professores e pessoal de apoio pedagógico para a rede de educação do município.
A medida, embora difícil, é necessária e visa adequar os processos municipais a novas legislações e garantir a sustentabilidade fiscal e administrativa da cidade.
A decisão atende, primordialmente, à necessidade de conformidade com o Decreto Federal nº 12.686, de 20 de outubro de 2025, que institui a Política Nacional de Educação Especial Inclusiva. Publicado próximo ao final do ano letivo, o decreto estabelece diretrizes que não estavam contempladas no edital em vigor, gerando um impasse jurídico para a municipalidade.
Agravando a situação, o Decreto Federal nº 12.773, de 8 de dezembro de 2025, publicado no Diário Oficial da União em 9 de dezembro, introduziu alterações significativas ao Decreto anterior, elevando consideravelmente as exigências de formação para os profissionais de educação especial.
Especificamente, o novo decreto estabelece que os professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE) devem possuir formação continuada em educação especial inclusiva com carga horária mínima de 360 horas (antes eram 80 horas), e que os profissionais de apoio escolar devem ter formação inicial de nível médio e formação continuada com carga horária mínima de 180 horas.
Estas exigências reforçam a impossibilidade jurídica de manutenção do edital anterior.
Em obediência ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório — que exige o cumprimento integral de um edital ou sua anulação — e com amparo na Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite à administração pública rever seus próprios atos, a revogação tornou-se a única via legalmente segura.
A Prefeitura de Brasileia compreende e lamenta profundamente o impacto que esta decisão causa nos profissionais afetados. A gestão se solidariza com todos os atingidos e suas famílias, reconhecendo a importância de cada profissional para a nossa comunidade. É fundamental destacar, contudo, que as vagas em questão referem-se a cargos provisórios, não efetivos.
Um novo edital, totalmente alinhado às novas diretrizes federais e à realidade orçamentária do município, será elaborado e publicado em breve, oferecendo uma nova oportunidade de contratação para muitos desses profissionais.
O novo processo seletivo contemplará as exigências de formação continuada agora obrigatórias, garantindo que os profissionais contratados possuam as qualificações necessárias para oferecer educação de qualidade às crianças com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades.
Esta medida também se insere em um contexto de grande responsabilidade fiscal. Atualmente, o município de Brasileia enfrenta sérias dificuldades financeiras, com o índice de despesa com pessoal ultrapassando o teto estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Esta situação exige ações firmes para a redução de custos, conforme orientação dos órgãos de controle.
Agrava o quadro o fato de que a educação especial, especialmente no que tange aos mediadores, não possui custeio do Governo Federal, sendo uma despesa integralmente absorvida pelos cofres municipais. A crescente demanda por estes profissionais, muitas vezes impulsionada por uma distribuição de laudos que carecem de estudos aprofundados, tem elevado significativamente o índice de gastos.
Neste aspecto, o novo Decreto Federal nº 12.773 oferece um avanço importante: estabelece que a oferta do profissional de apoio escolar será avaliada pelo estudo de caso e independerá de resultado de diagnóstico, laudo ou qualquer documento emitido por profissional de saúde, criando um critério mais objetivo e pedagógico para a identificação de necessidades.
Por fim, Brasileia expõe que trabalha para seus aproximadamente 27 mil habitantes, e seguirá tomando medidas de responsabilidade fiscal para com a municipalidade. A administração municipal seguirá trabalhando para superar os desafios atuais, certa de que as medidas adotadas, embora austeras, são indispensáveis para assegurar um futuro sustentável e justo para todos os cidadãos de Brasileia.
O novo edital será uma oportunidade para estruturar adequadamente a educação especial no município, em conformidade com as legislações federais e com a capacidade orçamentária municipal.
Atenciosamente,
Prefeitura Municipal de Brasileia
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Avião de pequeno porte cai no distrito de Extrema com vereador e deputado a bordo, em Porto Velho
Deputado Maurício Carvalho e vereador Márcio Parcele estavam a bordo; ambos foram socorridos e passam bem
Um avião de pequeno porte caiu no início da tarde deste sábado (20) no distrito de Extrema, localizado na zona rural de Porto Velho, em Rondônia. O acidente mobilizou equipes de resgate e chamou a atenção de moradores da região.
De acordo com informações preliminares, entre os ocupantes da aeronave estavam o deputado Maurício Carvalho e o vereador Márcio Parcele. Apesar do impacto e do susto, os dois foram socorridos e não sofreram ferimentos graves. Ambos receberam atendimento médico e tiveram o estado de saúde considerado estável.
Até o momento, as causas da queda da aeronave não foram oficialmente divulgadas. As autoridades competentes deverão realizar perícia no local para apurar as circunstâncias do acidente e esclarecer o que provocou a ocorrência.
Novas informações sobre o caso devem ser divulgadas nas próximas horas pelas equipes responsáveis pela investigação.
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Homem é agredido e baleado durante ataque criminoso no bairro Leonardo Barbosa, em Brasiléia
Vítima foi atingida por três disparos, sofreu perfuração no pulmão e foi transferida para o Pronto-Socorro de Rio Branco
Osvaldo Soleto Dilovani, de 34 anos, foi vítima de agressão física e de disparos de arma de fogo na noite desta quinta-feira (19), durante um ataque ocorrido em via pública no bairro Leonardo Barbosa, no município de Brasiléia, interior do Acre. A ação é atribuída a integrantes de uma organização criminosa.
De acordo com informações da polícia, Osvaldo caminhava pela rua carregando uma centrífuga quando foi surpreendido por três homens que teriam invadido o bairro. A vítima foi inicialmente agredida com socos e chutes e, em seguida, atacada com uma ripa. Logo após as agressões físicas, os criminosos efetuaram três disparos de arma de fogo contra o homem.
Osvaldo foi atingido no quadril, nas nádegas e por um projétil que entrou pelas costas e perfurou o pulmão, provocando um pneumotórax. Após o ataque, os suspeitos fugiram do local e tomaram rumo desconhecido.
Moradores da região, ao ouvirem os tiros, encontraram a vítima caída e ensanguentada na via pública e acionaram a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma ambulância de suporte avançado foi enviada ao local, prestou os primeiros atendimentos e encaminhou Osvaldo ao Hospital Raimundo Chaar, em Brasiléia. Na unidade, ele foi estabilizado, passou por drenagem no pulmão e, posteriormente, regulado para transferência à capital.
Na tarde desta sexta-feira (20), a vítima deu entrada no setor de trauma do Pronto-Socorro de Rio Branco, transportada por uma Unidade de Transporte Avançado (UTA). O estado de saúde é considerado estável, porém Osvaldo deverá passar por exames complementares, avaliações médicas e possivelmente por procedimentos cirúrgicos para a retirada dos projéteis alojados no corpo.
Policiais militares do 5º Batalhão realizaram diligências na região, colheram informações e características dos suspeitos, mas ninguém foi preso até o momento. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Brasiléia como tentativa de homicídio e seguirá sob investigação.



























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