Flash
Frente única de sindicatos dá prazo até segunda-feira para resposta do governo e ameaça greve geral

Representantes de sindicatos de diversas categorias do serviço público estadual do Acre anunciam uma greve geral caso o governo estadual não apresente respostas concretas às reivindicações. – Foto/arquivo
Entidades cobram posicionamento sobre impacto na folha e criticam demora no estudo das reivindicações; prazo coincide com votação da LDO na Aleac
A frente única dos sindicatos do Acre divulgou, na última quinta-feira (3), uma nota oficial cobrando do governo do estado uma resposta até a próxima segunda-feira (7) sobre as reivindicações protocoladas por servidores públicos estaduais. O comunicado veio após reunião realizada com representantes do governo, incluindo membros das secretarias de Governo, Administração e da Diretoria da Folha de Pagamento.
De acordo com a nota, o encontro teve como pauta o conjunto de reivindicações debatidas durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) em 12 de junho. Durante a reunião, o governo solicitou um prazo de 45 dias para analisar o impacto financeiro das demandas na folha de pagamento.
Contudo, os sindicatos alegam que outras pastas envolvidas no processo, como a Seplan, PGE, Sefaz e a Casa Civil, também demandariam prazos semelhantes para análise técnica, o que poderia estender o processo por até 225 dias — um período superior a seis meses — coincidindo com o período eleitoral e inviabilizando a concessão de qualquer benefício aos servidores até o fim das eleições.
A frente sindical considera o prazo excessivo e alertou que, se até o dia 7 de julho não houver uma resposta concreta por parte do governo, os servidores estaduais podem iniciar a discussão sobre um indicativo de greve geral. A data coincide com a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na Assembleia Legislativa, momento considerado decisivo para o futuro das negociações.
“A morosidade do governo pode comprometer o diálogo e os direitos dos trabalhadores. Nossa paciência tem limite”, diz trecho da nota assinada pela frente única.
A mobilização envolve servidores da educação, saúde, segurança pública e outros setores da administração estadual. Caso o impasse permaneça, a greve geral pode paralisar serviços essenciais em todo o estado.
VEJA NOTA:
NOTA PÚBLICA DA FRENTE ÚNICA DE SINDICATOS DO ESTADO DO ACRE APÓS REUNIÃO NA SEGOV.
Nesta quinta-feira, 03 de julho de 2025, os representantes da Frente de Sindicatos estiveram em reunião na Secretaria de Estado de Governo – SEGOV, para tratar sobre um posicionamento aos pleitos protocolados logo após a audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Acre – ALEAC, realizado dia 12 de junho de 2025, defendidos como pauta única à todos os Servidores Públicos do Estado do Acre.
Representando o Estado estiveram o Secretário da SEGOV, Luiz Calixto, Secretário Adjunto da SEGOV, Márcio Paiva e o Diretor da Folha de Pagamento SEAD, Fábio Lima, recebendo os sindicalistas.
SEGOV pontuou que o Estado só vai se manifestar com uma resposta dos pleitos, após saber o impacto na folha de pagamento, já SEAD mencionou que o prazo para os estudos de impacto ficam prontos em torno de 45 dias. Posteriormente a isso ainda teria que haver posicionamento dos demais entes governamentais: SEPLAN, PGE, SEFAZ e Casa Civil, ou seja, se estimamos 45 dias a cada secretaria, isso daria 225 dias corridos, mais de 6 meses, com isto o governo entraria em período eleitoral e a vedação constitucional de qualquer concessão de benefícios e reajuste geral anual RGA. Esse posicionamento pelos representantes do Estado mostra que visam protelar a causa e deixar os Servidores Públicos Estaduais no limbo.
Por outro lado, os sindicalistas colocaram um prazo de resposta, até o dia 07 de julho de 2025, para que o governo se posicione sobre os impactos, visto que, nesta data haverá audiência pública para discutir a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO na ALEAC, e precisamos levar para discussão os impactos, bem como alocação de recursos para atendimento dos pleitos na Lei Orçamento Anual – LOA.
Deliberado enquanto frente sindical, que o movimento continua, vamos lotar a galeria da ALEAC na segunda-feira, 07/07, buscando sermos ouvidos, respeitados e atendidos nos pleitos pelo Executivo (Governo) e Legislativo (Deputados Estaduais), caso não haja resposta de avanços ao atendimento às propostas apresentadas, levaremos o indicativo de greve geral no Estado, para decisão dos Servidores Públicos Estaduais.
Frente Única De Sindicatos do Estado do Acre
Comentários
Flash
Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
Comentários
Flash
VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.
Comentários
Flash
PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos
Por Wanglézio Braga
O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.
Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.
O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.
O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.









Você precisa fazer login para comentar.