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Força-tarefa apreende produtos agropecuários irregulares na fronteira do Acre e de Rondônia

A Operação Ronda Agro V faz parte do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira)

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Patrícia Tavora

Força-tarefa, integrada por servidores do Mapa, apreendeu diversos produtos agropecuários irregulares na região de fronteira dos estados do Acre e em Rondônia. Entre as apreensões estão mais de 40 mil quilos de alimentos para animais e sementes irregulares. A Operação Ronda Agro V, realizada no período de 14 a 18 de junho, teve o objetivo de coibir as importações, comércio e o trânsito irregular de animais, vegetais, produtos e insumos agropecuários na região.

Auditores fiscais federais agropecuários, engenheiros agrônomos, agentes de inspeção e de atividade agropecuária do Mapa, assim como fiscais e agentes estaduais do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) e da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) atuaram em 12 equipes. A Operação Ronda Agro V faz parte do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira).

No total, foram apreendidos nove litros de produtos de uso veterinário proibidos, 763 frascos de produtos veterinários irregulares, 21.065 quilos de produtos para alimentação animal irregulares, 85 litros de defensivos agrícolas contrabandeados, 3.165 litros de defensivos agrícolas irregulares, 20 mil quilos de sementes irregulares, além de 1.360 quilos de produtos de origem animal de risco sanitário (cárneos, lácteos e pescado) e 4.934 quilos de produtos vegetais de risco fitossanitário (grãos, frutas e hortaliças importados ilegalmente).

Ao todo, foram fiscalizadas 38 propriedades rurais, 1.112 veículos em trânsito, 16 embarcações e 17 estabelecimentos de produtos e insumos agropecuários. Foram lavrados 42 autos de infração, com multas que somam mais de R$ 140 mil.

No Acre, a fiscalização ocorreu nos municípios de Rio Branco, Plácido de Castro, Capixaba, Acrelândia, Senador Guiomardes, Epitaciolândia, Xapuri e Brasiléia, e em Rondônia, nas seguintes localidades: Costa Marques, Guajará Mirim, Nova Califórnia, Vista Alegre do Abunã e no Distrito de Extrema em Porto Velho.

“A operação no estado de Rondônia foi importante para mostrarmos que estamos alertas na região de fronteira com a Bolívia. Durante a ação, foram identificados delitos como o uso de produtos veterinários clandestinos e proibidos no Brasil, além de comércio de produtos veterinários em estabelecimentos sem registro no Mapa”, destacou o chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos Pecuários e Saúde Animal (SISA​/RO), João Aranha. De acordo com Aranha, o recente reconhecimento internacional de Rondônia como área livre de febre aftosa sem vacinação torna a intensificação da vigilância cada vez mais necessária.

Já o chefe da Divisão de Defesa Agropecuária do Acre (SFA/AC), Gustavo da Silva, ressaltou que as operações de fiscalização garantem o crescimento do setor agropecuário em conformidade com a legislação.

“O Acre notadamente vive um momento de crescente desenvolvimento do setor agropecuário. Nesse contexto, ações de defesa agropecuária como a Operação Ronda Agro V promovem uma efetiva regulação das atividades, garantindo que esse crescimento do setor seja calcado em bons princípios, com respeito à legislação agropecuária, e longe dos ilícitos”, relata o Chefe da Divisão de Defesa Agropecuária – SFA/AC, Gustavo da Silva. Para ele, quem quer produzir e almeja chegar aos grandes mercados consumidores, necessita adaptar-se à rotina de ser fiscalizado, e por isso, a ação serviu, também, como instrumento educativo.

Essa foi a quinta operação do Vigifronteira seguindo as diretrizes do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF). Por ser na região da faixa de fronteira, que integra a área de segurança nacional (Lei nº 6.634/1979), a operação contou com apoio do Exército Brasileiro, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Grupo Especial de Fronteira do Estado do Acre (GEFRON-AC) e do Batalhão de Policiamento de Fronteira do Estado de Rondônia (BPFRON).

A Operação Ronda Agro V contou ainda com a participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Receita Federal do Brasil (RFB), além de fiscais estaduais da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi) e da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado do Rio Grande do Sul (Seapdr).

Vigifronteira

O Brasil possui uma fronteira terrestre de 15.719 quilômetros de extensão, pelo qual se comunica com dez países com situações sanitárias e fitossanitárias diversas. O Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira) do Mapa visa combater o trânsito e o comércio irregular de mercadorias, bens e insumos agropecuários nas áreas de fronteiras internacionais.

Entre os benefícios do programa estão a redução dos riscos sanitários e fitossanitários, da ocorrência de ilícitos fronteiriços associados a mercadorias agropecuárias, que põem em risco o agronegócio brasileiro.

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Bocalom evita compromisso automático com Mailza e defende união “ideal” da direita, mas lembra: “Quem tem medo, não entra”

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Prefeito de Rio Branco relembra apoio decisivo a James, marido da vice-governadora, em 2008, mas ressalta que “política é dinâmica”; em entrevista, aponta obras e educação como prioridades

Ao tratar do ambiente eleitoral, Bocalom deixou claro que a união é desejável, mas não pode ser imposta. As declarações foram dadas durante entrevista ao programa Bar do Vaz. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), afirmou nesta terça-feira (16) que não se sente obrigado a apoiar a vice-governadora Mailza Assis na disputa pelo governo do Acre em 2026. Em entrevista ao programa Bar do Vaz, do ac24horas.com, ele defendeu a união da direita como “cenário ideal”, mas ressaltou que eleições são competitivas por natureza.

— O ideal é que o grupo não se desfaça. Mas eleição é eleição. Quem tem medo, não entra — disse Bocalom, ao ser questionado sobre um possível apoio a Mailza. — Eu tenho [obrigação de apoiá-la] ao mesmo tempo que ela também tem.

O prefeito relembrou ter ajudado James, então marido de Mailza, a ser eleito prefeito de Senador Guiomard em 2008 — mesmo ano em que ele perdeu a disputa por Rio Branco. Contou que recusou mudar seu título eleitoral para ser vice de James, mas articulou a migração do PSDB, mobilizou recursos e fez campanha pessoalmente no município.

— Tirei o partido da mão de um vereador, botei na mão do James e ajudei ele a montar o partido lá. Deixei aqui três ou quatro vezes a minha eleição na capital e passava o dia inteiro com ele lá — relatou. — Brasília me arrumou um dinheirinho para fazer minha campanha. Dividi metade para mim e metade mandei para o interior, para ele.

Sobre a relação atual com Mailza, Bocalom afirmou ter “carinho muito grande”, mas ponderou que “política é dinâmica”. Ele também destacou o orgulho de comandar a capital e citou ações na educação e obras urbanas como marcas de sua gestão.

Declarações estratégicas

“O ideal é que o grupo não se desfaça”

“Eleição é eleição. Quem tem medo, não entra”

“Eu tenho [obrigação de apoiar] ao mesmo tempo que ela também tem”

“Ela hoje é vice-governadora, e política é dinâmica”

Relembrando 2008
  • Articulação: Bocalom ajudou James a montar PSDB em Senador Guiomard
  • Recursos: Dividiu verba de campanha entre capital e interior
  • Resultado: James eleito prefeito, Bocalom perdeu em Rio Branco
Gestão atual
  • Obras: Revitalização de praças, fontes interativas, “cara de capital”
  • Educação: Entrega de uniformes e tablets a alunos municipais
  • Aprovação: Vitória no 1º turno com quase 55% dos votos em 2024

As declarações ocorrem em momento crucial de articulação pré-eleitoral, com Mailza Assis e Alan Rick como principais nomes da sucessão estadual.

A postura cautelosa de Bocalom reflete complexidade das alianças na direita acreana, onde históricos pessoais e projetos políticos nem sempre se alinham automaticamente.

Bocalom citou o resultado das urnas como indicativo de aprovação popular. “Ganhar no primeiro turno, com quase 55% dos votos, mostra que as pessoas estão satisfeitas”, afirmou Bocalom. Foto: captada 

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Prefeitura de Rio Branco intensifica vacinação antirrábica até 19 de dezembro em pontos estratégicos da cidade

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A população também pode vacinar seus animais no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que funciona das 7h30 às 16h30, e na Urap Roney Meireles, das 8h às 12h

Rio Branco tem índice de vacinação de 80%, que é a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. Foto: cedida

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, segue intensificando a vacinação antirrábica para cães e gatos em diferentes pontos da cidade até o dia 19 de dezembro, com o objetivo de ampliar o acesso da população ao serviço e manter os índices de cobertura vacinal acima do recomendado pelo Ministério da Saúde.

Atualmente, a vacinação está sendo ofertada no Arasuper do bairro Aviário, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30. Além disso, a população também pode vacinar seus animais no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que funciona das 7h30 às 16h30, e na Urap Roney Meireles, das 8h às 12h.

Após o dia 19 de dezembro, todos os pontos de vacinação antirrábica serão temporariamente suspensos. O serviço será retomado a partir do dia 5 de janeiro de 2026, exclusivamente em dois pontos fixos: o Centro de Controle de Zoonoses e a Urap Roney Meireles.

De acordo com o agente de Vigilância em Zoonoses, Joel Pereira, a estratégia adotada pelo município tem sido fundamental para alcançar resultados positivos.

“Este ano conseguimos alcançar cerca de 80% de cobertura vacinal, que é a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, graças às estratégias de busca ativa e à ampliação dos pontos de atendimento. Em 2026, esse trabalho continua, com a manutenção dos pontos fixos e a retomada das ações itinerantes, inclusive nas áreas ribeirinhas. A vacinação é fundamental para proteger os animais e prevenir a raiva na nossa cidade”, destacou o agente.

A importância da vacinação também é reconhecida pela população. A Vitória Santos, aproveitou a ida ao mercado para vacinar suas cachorras e aproveitou para destacar os benefícios da ação.

“Essa vacinação antirrábica é muito importante porque a raiva é uma doença grave, tanto para o ser humano quanto para o animal. Quando aparecem os sintomas, infelizmente não tem cura. Então, vacinar é uma forma de proteger o nosso animal e também a nossa família”, afirmou Santos.

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PF deflagra operação contra tráfico de drogas em voos comerciais partindo do Acre

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Esquema usava funcionário terceirizado do aeroporto e CNHs falsas para enviar cocaína a outros estados; uma prisão foi realizada e nove quilos da droga foram apreendidos

O esquema criminoso utilizava voos comerciais regulares, partindo do Aeroporto de Rio Branco com destino a diversos estados da Federação. Foto: captada 

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (16) a Operação Queda Livre para combater um esquema de tráfico interestadual de drogas realizado por meio de voos comerciais regulares que partiam do Aeroporto de Rio Branco. Foram cumpridos seis mandados judiciais — cinco de busca e apreensão e um de prisão preventiva — nas cidades de Rio Branco (AC) e João Pessoa (PB).

Investigação apontou que uma organização criminosa vinculada a uma facção do Acre, com comando a partir do sistema prisional, contava com a ajuda de um funcionário de empresa terceirizada do aeroporto para enviar entorpecentes a outros estados. Os traficantes usavam Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) digitais falsas para comprar passagens e embarcar com identidades adulteradas, burlando os controles aeroportuários.

Ao longo das apurações, a PF apreendeu cerca de nove quilos de cocaína em duas remessas. Os investigados podem responder por tráfico interestadual, associação criminosa, falsificação de documento e organização criminosa. As investigações seguem para identificar outros envolvidos.

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