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Filho de pais analfabetos, jovem economiza dinheiro de bolsa por um ano para publicar livro no AC

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Livro foi lançado na antiga escola do jovem, em um bairro periférico de Cruzeiro do Sul. Sem apoio, ele juntou valor de R$ 400 de bolsa e pagou pela impressão em uma editora.

Filho de pais analfabetos, jovem economiza dinheiro de bolsa por um ano para lançar livro no Acre — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Por Gledisson Albano - Rio Branco

Filho de pais analfabetos e desempregados e com o sonho de lançar seu próprio livro, o jovem Matheus Gomes resolveu economizar o dinheiro da bolsa acadêmica por um ano e pagou pela publicação. O livro foi lançado na escola em que o rapaz estudou por 11 anos para os colegas e ex-professores.

O sonho de escrever um livro surgiu quando o jovem tinha apenas 14 anos e participou de uma olimpíada de português. Matheus Gomes criou o gosto pela escrita e decidiu que ia ser escritor.

Ele é natural de Cruzeiro do Sul, filho de ribeirinhos e sempre morou no bairro Miritizal, periferia da cidade. Aos 20 anos, conseguiu expor, com orgulho, seu primeiro livro. Ele é acadêmico de biologia na Universidade Federal do Acre (Ufac) no campus Cruzeiro do Sul.

“Para você ver que não é apenas as escolas dos grandes centros e urbanas, mas também a periferia. Todas essas escolas necessitam de um olhar a mais da sociedade. É um orgulho para a comunidade inteira, para o bairro do Miritizal é uma conquista imensurável. Nossa e não apenas minha. Estou aqui nesse momento representando meu bairro e, principalmente, essa escola que foi minha segunda casa por 11 anos”, disse o jovem.

O caminho para chegar até o lançamento do livro não foi fácil. Sem dinheiro e sem apoio, o estudante, que tem como renda apenas uma bolsa universitária de R$ 400, economizou por mais de um ano e, por conta própria, contatou uma editora e pagou pela publicação.

“Eu investi o valor dessa bolsa que gastei nesse livro e, finalmente, consegui concluir e realizar meu grande sonho. Todos os recursos que eu usei foram meus, das bolsas que adquiri da universidade”, contou o escritor.

Ele fez questão de compartilhar a alegria com amigos e professores da antiga escola. Na Escola Estadual Madre Adelgundes Becker, Matheus fez todo o ensino fundamental e médio. Para a professora Érika Feitosa, o momento é de orgulho e demonstração de que com persistência, os sonhos podem se tornar realidade. “Aqui nós temos talentos, alunos maravilhosos, como em qualquer outro bairro”, diz.

Livro reúne poemas e contos em Cruzeiro do Sul — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Poemas e contos

Com o título ‘No infinito Pôr do Sol’, o livro é dividido em duas partes, uma com poemas e a outra com ensaios de contos. A estudante Kauana Magalhães não perdeu a chance de folhear a obra do ex-colega de escola e gostou do que leu.

“Desperta na gente a vontade de ler mais, buscar e correr atrás dos nossos sonhos. Além de nunca desistir, apesar das dificuldades”, falou Kauana.

A estudante do ensino médio, Kelly Lima, que é amiga do escritor, disse que a realização do sonho do colega mostra que, mesmo sendo de uma área periférica e discriminada por muitos, todos têm capacidade.

“Assim como ele falou, basta a gente persistir. Se a gente acredita no sonho e quer aquele sonho, basta a gente buscar e não depender dos outros”.

Para a professora e escritora, Maria José Morais, que hoje ajuda o estudante na divulgação do livro são atitudes e sonhos como esses que precisam ser valorizados e apoiados.

“Nós vivemos em um local onde a juventude tem feito muitas escolhas equivocadas, temos muitos jovens tomando rumos que a gente não gostaria nunca que tomassem. Uma iniciativa de um jovem de se transformar em escritor por conta própria é uma iniciativa que a gente não pode, de modo algum, como sociedade, ignorar”, concluiu a professora.

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Voos entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul por R$ 797 (ida e volta) no feirão de passagens

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A Gol incluiu os voos que serão operados durante o dia entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul a partir de 27 de outubro no feirão de passagens aéreas. Quem for viajar em novembro deste ano encontra voos diretos entre as duas cidades por R$ 797, ida e volta com taxas de embarques.  Acesse AQUI essa promoção. De Cruzeiro do Sul para a capital acreana o valor das passagens é o mesmo.

Os voos da Gol diurnos entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, e também no sentido inverso, serão operados as segundas, quartas, sextas-feiras e domingos. A Gol também oferece voos sem escalas de Rio Branco para Manaus. Quem for viajar ainda neste ano encontra passagens aéreas por R$ 776. Da capital acreana para Brasília a Gol tem opções de compra dos bilhetes aéreos por R$ 1355.

Azul terá voos no Acre em 4 de outubro

A partir de 4 de outubro deste ano a Azul iniciará voos no Acre. As passagens de Rio Branco para Belo Horizonte (Aeroporto de Confins) por R$ 1377 (ida e volta).  As passagens da capital acreana para Porto Velho estão sendo vendidas por por R$ 1372 em voo sem escala da Azul.

A Azul tem ainda passagens de Rio Branco para o Rio de Janeiro por R$ 1384. As passagens aéreas estão com as taxas de embarques inclusas. Os menores valores são para viagens de agosto a novembro deste ano. Os preços das passagens podem sofrer alterações, conforme disponibilidade de assentos promocionais.

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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale

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Pesquisador Davi Friale – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.

Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.

Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.

“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.

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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual

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A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.

Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.

“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.

Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.

Violência psicológica

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.

O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).

“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.

Violência física

A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.

Violência sexual

Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.

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