Cotidiano
Família faz campanha em busca de irmão desaparecido há 40 anos
O professor Marcos Batista, 48 anos, usou as redes sociais, pelo oitavo ano seguido, em busca de realizar o sonho da família: reencontrar Antônio José Batista, um dos irmãos que eles procuram há 40 anos – desde 1981. A história, inclusive, foi exibida recentemente em rede nacional, no programa Balanço Geral da Rede Record.
Batista disse que ele tinha 8 anos de idade quando José, já com 21 anos, resolveu deixar a cidade de Sena Madureira, no interior do Acre, para, como ele mesmo dizia, conhecer e desbravar o mundo, no entanto, nos primeiros anos eles mantiveram contato através de cartas enviadas mensalmente. “Ele vivia dizendo que iria conhecer todas as cidades do Brasil e do mundo inteiro, saiu numa moto dele, só com uma mochila, veio para Rio Branco, depois foi para Porto Velho (garimpo), depois passou 5 anos mandando carta, sempre em cidades diferentes”, declarou.
Contudo, mesmo em contato constante com a família, Batista relatou que José nunca forneceu seu endereço físico aos familiares, que alegam que a estratégia era para despistar. “Ele nunca disse o endereço. Sempre na carta tinha escrito, em trânsito, entre as cidades ele passou por Itaituba, Belém e, por último, Juazeiro do Norte”, ressaltou.
O professor revelou que na última carta escrita pelo irmão, José afirmou que aquele manuscrito seria a última, pois dali por diante, não mais mandaria notícias. No entanto, ele deixou uma mensagem final, nela, ele garantiu à família que um dia retornaria no dia de natal, fato que os familiares aguardam há 40 natais. “Na última carta, ele mandou foto, estava com estilo hippie e disse que não nos mandaria mais notícias a partir daquela data, que não nos preocupássemos, que um dia, no Natal, ele voltaria. E assim, estamos esperamos há 40 Natais. E nunca perderemos a fé e esperança. Meus pais morreram esperando. E continuaremos esperando”, comentou Marcos, o irmão caçula.
Contudo, após alguns anos, a única pista da família sobre o paradeiro de José foi relatos de uma prima, que disse ter visto Antônio na cidade de Rondônia vendendo bijuterias em uma praça pública, porém, ao questionar o vendedor, ele negou que seria o familiar procurado.
Pais morreram à espera do filho
Com a notícia de que Antônio poderia estar em Rondônia, a matriarca da família, Diná Alves Batista, decidiu se deslocar para a cidade vizinha, mas, para isso, ela teve que se desfazer de um imóvel da família, um terreno. Todavia, após um determinado período de buscas, Antonio José mais uma vez, não foi encontrado.
Uma das irmãs, Angela Batista, contou que José ao perceber que estava perto de ser encontrado pela mãe, fugiu da cidade. “Ele soube que a moça [prima] havia avisado pra minha mãe e foi embora”, disse.
Em um gesto de amor e saudades do irmão, Angela contou que sua filha homenageou seu neto com o nome de José Antônio. “Eu pedi e ela colocou o nome dele”.
A mãe de José Antônio faleceu há alguns anos, assim como o pai, Antonio Batista dos Santos. Marcos disse que antes da mãe ir a óbito em decorrência de um câncer, ela passou cerca de 31 dias em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e nesse período, ela só tinha um pensamento: encontrar o filho pela última vez. “Ela dizia, encontre o José Antônio”, argumentou.
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Casos de Covid-19 aumentam nas regiões Norte e Nordeste
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe
Pelo menos 287 pessoas morreram por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada por Covid-19 apenas neste mês de janeiro, no Brasil. O total de casos graves com diagnóstico confirmado da doença se aproxima de 900. Os dados são do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e se referem às notificações feitas ao Ministério da Saúde até o dia 25 de janeiro.
O termo síndrome respiratória aguda grave se refere ao agravamento de sintomas gripais com o comprometimento da função pulmonar. A maioria dos casos acontece após uma infecção viral. Por enquanto, quase 52% dos casos registrado este ano, com resultado positivo para algum vírus, foram provocados por Covid-19. Mas o coronavírus causou 78,7% das infecções que levaram a óbito.
Os dados dessa última atualização reforçam um alerta que já têm sido feito há algumas semanas sobre o aumento das infecções pelo coronavírus. O boletim, inclusive, considera a possibilidade de que uma nova variante mais transmissível possa estar se espalhando.
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. A incidência de casos graves é maior entre as crianças pequenas e os idosos, e a mortalidade ocorre majoritariamente em idosos. Mas o levantamento alerta que no Amazonas e em Rondônia tem sido observado um aumento de SRAG também entre jovens e adultos.
De acordo com a pesquisadora Tatiana Portela, as recomendações de praxe permanecem: “Em caso de sintomas gripais, o ideal é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas, mas, se não for possível fazer esse isolamento, o recomendado é sair de casa utilizando uma boa máscara. E claro, é muito importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação contra a covid-19.”
O esquema atual de vacinação no Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza duas ou três doses (a depender do imunizante) para todas as crianças de 6 meses a menos de 5 anos. Além disso, idosos e pessoas imunocomprometidas devem receber uma nova dose a cada seis meses. Já as grávidas devem receber uma dose durante a gestação, e as pessoas que fazem parte de algum grupo vulnerável, como indígenas e quilombolas e pessoas com deficiência ou comorbidade, devem tomar um reforço anual.
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Polícia faz duas apreensões de drogas e prende cinco pessoas em Tarauacá
Os três homens foram presos na ação, eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais
Duas apreensões de drogas foram realizadas pela Polícia Militar nesta quinta-feira, 30, em Tarauacá e cinco pessoas foram presos, sendo quatro por tráfico. Uma indígena foi detida ao ser flagrado comprando droga.
A primeira apreensão aconteceu na rua Lauriete Borges, bairro Triângulo, quando a PM percebeu uma movimentação estranha em um estabelecimento comercial. Um homem que estava no local demonstrou nervosismo ao notar a presença policial e tentou se esconder nos fundos, onde foi flagrado escondendo entorpecentes.
No total, três homens foram presos na ação e admitiram estar envolvidos na venda de drogas há cerca de um ano na região. Eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais.
Já na rua Benjamin Constant, a Polícia Militar, por meio do Serviço de Inteligência, prendeu em flagrante Rafael Vasconcelos de Melo, por tráfico de pedra de crack e oxidado. Segundo a PM, ele já tem diversas passagens por furtos, roubos e tráfico. Uma indígena que estaria comprando drogas do traficante também foi presa.
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