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Exclusivo: Gladson Cameli solta o verbo ao desmentir apoio a Tião Bocalom
“Quiseram me constranger”, disse, sobre informações de que estaria com ex-prefeito de Acrelândia

Em entrevista exclusiva ao ContilNet, o chefe do Executivo foi duro ao colocar um ponto final no “disse me disse” criado após ser publicada, nas redes sociais do ex-prefeito de Acrelândia, uma foto de um café da manhã entre os dois.
LEANDRO CHAVES
Não é verdade que o governador Gladson Cameli (Progressistas) voltou atrás no apoio à reeleição da prefeita de Rio Branco Socorro Neri (PSB) para, assim, caminhar com o pré-candidato do seu partido, Tião Bocalom.
Em entrevista exclusiva o chefe do Executivo foi duro ao colocar um ponto final no “disse me disse” criado após ser publicada, nas redes sociais do ex-prefeito de Acrelândia, uma foto de um café da manhã entre os dois. A imagem foi tirada na casa da presidente estadual do partido, a senadora Mailza Gomes, em Brasília, que também aparece no clique.
Na legenda, Bocalom escreveu: “Obrigado Gladson Cameli e à direção do Progressistas, na pessoa da nossa presidente Mailza Gomes, pela oportunidade de poder disputar a prefeitura de nossa capital com vossas bênçãos!”.
No entanto, o governador desmentiu o próprio colega de legenda ao reforçar à reportagem que está com Socorro Neri e não abre mão da decisão. “Ela continua sendo a minha pré-candidata à prefeitura da capital. E só vai deixar de ser se afirmar que não quer mais o meu apoio”, esclareceu.
Na legenda, Bocalom escreveu: “Obrigado Gladson Cameli e à direção do Progressistas, na pessoa da nossa presidente Mailza Gomes, pela oportunidade de poder disputar a prefeitura de nossa capital com vossas bênçãos!”.
No entanto, o governador desmentiu o próprio colega de legenda ao reforçar à reportagem que está com Socorro Neri e não abre mão da decisão. “Ela continua sendo a minha pré-candidata à prefeitura da capital. E só vai deixar de ser se afirmar que não quer mais o meu apoio”, esclareceu.

Gladson com Bocalom e Mailza/Foto: Reprodução
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A imagem e o texto postados por Bocalom e reforçados por outros membros do partido repercutiu na imprensa local, mesmo sem a manifestação oficial do governador. A atitude desagradou o chefe do Executivo. “Se eu fosse tomar uma decisão dessa [desistir do apoio à Socorro Neri] e publicar dessa forma [por terceiros], seria molecagem”, afirmou.
“Como é que eu vou sentar com uma pessoa e depois sai nos jornais que eu já estou fechando apoio? Aí fica essa situação. Reuni com a direção do partido um dia antes [da foto] para depois dar satisfação à Socorro e ao Ney Amorim sobre o que o partido decidiria. Satisfação partidária, não pessoal. Não posso aceitar candidatura empurrada goela abaixo”.
Embora também estivesse em Brasília, Tião Bocalom não participou da reunião com a diretoria e o governador na terça-feira (14). Ele só se encontrou com o gestor para o café da manhã.
Gladson continua: “Insistiram que no dia seguinte eu tomasse café com Bocalom. Insistiram também que eu tirasse aquela foto. Aí publicaram. Estão querendo empurrar uma situação pra criar um movimento pra depois dizerem que eu não tenho palavra. Pra criar constrangimento”, desabafou.
Pra valer
A prova de que o apoio do governador à pré-candidatura da Socorro Neri é pra valer está na articulação política que Cameli deu início com os partidos da base aliada para levá-los a seguir sua posição na disputa.
O Republicanos, Democratas e Solidariedade, dos deputados federais Manuel Marcos, Alan Rick e Vanda Milani, respectivamente, já sentaram com o chefe do Executivo e teriam sinalizado que irão acompanhá-lo. Nesta semana, o Solidariedade retirou a pré-candidatura de Luziel Carvalho, alegando, no entanto, outro motivo.
“Estou procurando os partidos que me ajudaram a ser eleito governador e fazendo aquele trabalho político que ainda não tinha feito: chamando e ouvindo. Manuel Marcos está comigo. Alan Rick, da mesma forma”.
Gladson ainda não desistiu de levar o Progressistas ao palanque de Neri. “Estou tentando puxar o partido e sua executiva. Torcendo e lutando para que a legenda saia em união, decidida entre todos, para que a gente possa caminha junto nessas eleições”.
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Governador Gladson Camelí participa da 1ª Reunião do Consórcio da Amazônia Legal sobre a COP30
O governador Gladson Camelí participou na tarde desta terça-feira, 12, no Palácio dos Despachos, em Belém, no Pará, da 1ª Reunião Ordinária da Assembleia Geral dos Governadores da Amazônia Legal, cujo objetivo foi debater e repassar aos estados informes sobre as articulações para COP30.

Governador participou da reunião ordinária na tarde desta terça-feira, 12, em Belém. Foto: Pedro Devani/Secom
Organizada pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL), a reunião discutiu estratégias do consórcio para o evento, ratificando o trabalho das Câmaras Setoriais dos estados membros, sendo que o Acre tem assento em todos os grupos de trabalho, além de estratégias de comunicação nacional e internacional, entre outros informes gerais.
O governador do Pará e presidente do Consórcio de Governadores, Helder Barbalho, deu as boas-vindas aos seus pares, destacando as pautas a serem apresentadas na reunião, ressaltando a importância das discussões acerca da estrutura do consórcio para que a COP30 resulte em avanços para todos os setores da sociedade, sobretudo ao meio ambiente.

Helder Barbalho destacou a importância das discussões para que a COP30 resulte em avanços, principalmente ao meio ambiente. Foto: Pedro Devani/Secom
Marcelo Brito, secretário executivo do CAL, apresentou as estratégias para espaços na COP30, compartilhando propostas organizacionais sobre os espaços a serem ocupados pelos estados da Amazônia e eventos nacionais que serão realizados em zonas específicas do evento.
De acordo com Marcelo Brito, os nove estados da Amazônia Legal, por meio dos seus governadores, e as respectivas Câmaras Técnicas do CAL, estão participando ativamente do planejamento da COP30, com destaque para a Câmara Setorial de Comunicação, que está com estrutura montada para atender todos os estados.

Marcelo Brito, secretário executivo do CAL, durante apresentação. Foto: Pedro Devani/Secom
Ainda no setor de mídias, o CAL pretende dispor de um painel intitulado “Amazônia 2050”, projetado em vários idiomas com escala e tecnologia de ponta para divulgar as potencialidades e belezas da Amazônia brasileira.
Camelí reafirma apoio do Acre na organização do CAL para a COP30
Com participação ativa nas atividades do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, Gladson Camelí agradeceu a 1ª Reunião da Assembleia Geral e apresentou propostas no setor da agricultura, destacando o excelente desempenho do estado do Acre no tocante à produção agroflorestal, e colocando-se à disposição para ampliar a contribuição do estado na organização da COP30.
Durante a reunião, foram apresentados, ainda, informes gerais sobre o evento e outras pautas a serem analisadas pelos governadores juntamente com suas equipes técnicas, a serem concluídas nesta quarta-feira, 13, durante a 17ª Reunião do Fórum Nacional de Governadores, que será realizada também em Belém, a partir das 10h, no Parque da Cidade, incluindo a apresentação de uma agenda federativa de todos os estados da Amazônia Legal para a COP30.

Governador Gladson Camelí apresentou propostas no setor da agricultura e destacou o desempenho do estado do Acre na produção agroflorestal. Foto: Pedro Devani/Secom
“Para o Acre é sempre uma grande satisfação participar desses encontros em que a pauta é a construção coletiva em torno do bem comum, pois é assim que o Consórcio de Governadores da Amazônia e o Fórum Nacional de Governadores atua. Estamos trabalhando unidos para que a Amazônia e sua preservação, a cultura e a beleza dos nossos povos sejam conhecidas e reconhecidas por seu valor, sua dignidade e hospitalidade, entre tantas outras virtudes que o mundo verá durante a COP30”, disse Camelí.
A COP30 será realizada pela primeira vez no Brasil entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém, sendo o maior evento global em torno dos debates e negociações sobre a preservação da Amazônia e os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
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Prefeito Jerry Correia participa de reunião na SEAGRI com comunidades tradicionais e indígenas de Assis Brasil
Nesta terça-feira (12), o prefeito Jerry Correia deu continuidade às agendas em Rio Branco, acompanhado por representantes das comunidades tradicionais de Assis Brasil, incluindo a Reserva Extrativista Chico Mendes, e das Terras Indígenas Riozinho, Mamoadate e Cabeceira do Rio Acre.
O grupo esteve reunido na Secretaria de Agricultura (SEAGRI), onde discutiu o incentivo à produção agrícola dentro da Reserva Chico Mendes e nas Terras Indígenas. As comunidades expressaram o desejo de ampliar suas atividades produtivas, reforçando a necessidade de apoio não só da Prefeitura de Assis Brasil, mas também do Governo do Estado, da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e de outras instituições.
O encontro contou com o apoio do vereador Jurandir Araújo, representante da Câmara Municipal e um dos grandes idealizadores desta missão em Rio Branco. Também estiveram presentes Wendel Araújo, presidente da AMOPREAB, José de Araújo, representante da Cooperacre e Coopaeb, além dos líderes indígenas da região.
O prefeito Jerry Correia segue firme nessa caravana, buscando melhorias concretas para as reservas extrativistas e para as comunidades indígenas, reforçando o compromisso da gestão municipal com o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento das populações tradicionais de Assis Brasil.
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Pesquisador diz que pavimentação da BR-317 sem um plano de educação ambiental foi catastrófico para o Rio Acre
Por Dell Pinheiro
O pesquisador Claudemir Mesquita, que há anos estuda o comportamento das águas do Rio Acre, disse que a pavimentação da BR-317, ligando Rio Branco a Assis Brasil, foi um projeto “brutalmente criminoso” para o rio que abastece a capital acreana. A fala dele foi proferida nesta segunda-feira (11/8), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), em audiência realizada a pedido do deputado Eduardo Ribeiro (PSD).
“O governo anunciou a pavimentação asfáltica da rodovia transoceânica, já aberta sob o interflúvio do rio acre, com um discurso inovador. Dizia o governo que a região iria avançar 20 anos de atraso crônico, com a construção da BR, mas esqueceu de colocar na alça do projeto um plano de educação ambiental. Foi um projeto politicamente audacioso para os governos federal, estadual e municipal. No entanto, brutalmente criminoso para o Rio Acre. O projeto cuidou apenas do asfalto e das pontes milionárias. O projeto foi executado totalmente descalço e despido dos elementos essenciais para a cultura do povo e dos rios”, disse o geógrafo.
Além disse, Mesquita menciona que a pavimentação da rodovia provocou uma corrida pela terra na região. Pecuaristas de outros estados brasileiros começam a comprar fazendas ao longo da BR-317, com isso “o desmatamento avançou por quilômetros rumo ao Rio Acre”.
“E, é exatamente nas laterais da estrada que as fontes de água corriam para o Rio Acre. Aterraram centenas de nascentes e assoreamento, terra suja para o curso dos rios no colo da enxurrada”, mencionou.
Nesta segunda-feira, em Rio Branco, o Rio Acre alcançou uma das menores marcas para o período: 1,31 metro.
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