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Ex-prefeito do Bujari é condenado a devolver R$ 400 mil aos cofres públicos

Ex-prefeito do Bujari Raimundo Gomes o “Tonheiro” foi condenado a devolver R$ 400 mil — Foto: Caio Fulgêncio / G1
Por Alcinete Gadelha
O ex-prefeito da cidade de Bujari, no interior do Acre, Antônio Raimundo de Brito Ramos, conhecido como Tonheiro, foi condenado a devolver R$ 400 mil aos cofres públicos do município, após decisão da justiça divulgada nesta semana.
O ex-gestor ainda teve os direitos políticos suspensos por cinco anos, ficou proibido de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos. Além disso ele deve pagar multa civil de 100 vezes o valor da remuneração recebida durante o ano de 2014.
A reportagem não conseguiu contato com Ramos, nem com os advogados listados no processo.
A decisão foi publicada no Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), no dia 8 de outubro, mas, foi divulgada apenas nesta semana. O órgão informou que a denúncia do Ministério Público apontava que durante os anos de 2013 e 2014, quando exerceu o cargo de prefeito, Ramos teria deixado de prestar contas de R$ 400 mil recebidos por meio de um convênio com Ministério da Integração Nacional (MI). O que levou a condenação por improbidade administrativa.
O TJ informou que Brito teria dito em juízo que a verba recebida por meio do convênio federal, que previa o calçamento de ruas com tijolos maciços, foi utilizada para outras finalidades, como honorários pela prestação de serviços e na folha de pagamento de salários. A ação deixou o município impedido de receber repasses federais.
Devido à conduta do ex-prefeito, o município ficou impedido de acessar recursos e receber repasses federais, e causou prejuízos em diversas áreas, além de ficar impedido de celebrar novos convênios e receber repasses federais, em razão de inscrição em cadastro de inadimplentes, segundo a sentença.
Indisponibilidade
Em junho de 2017, a Justiça determinou a indisponibilidade de bens do ex-prefeito. O valor bloqueado à época foi de mais de R$ 125 mil. Na sentença foi mantida a decisão de indisponibilidade devido a irregularidades na prestação de contas de repasses federais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Com relação às irregularidades na oferta de merenda escolar, a publicação do MP, quando divulgou a instauração do inquérito, afirmava que houve aplicação indevida dos recursos. Segundo o MP, o relatório apontava que os alimentos estavam acondicionados de forma inadequada, além de movimentação dos recursos em conta não específica e compra de produtos a preços acima da média de mercado.
Preso em operação da PF
O ex-prefeito Antônio Raimundo de Brito Ramos foi preso durante a ‘Operação Labor’ da Polícia Federal em em setembro de 2016. Após a prisão, o Ministério Público do Acre (MP-AC) abriu mais três inquéritos contra ele.
Ramos e os prefeitos de Santa Rosa do Purus, Rivelino Mota, e Plácido de Castro, Roney Firmino, que também chegaram a ser presos, foram apontados pela PF como responsáveis por um esquema de fraude em licitações públicas.
Em reportagem, outubro de 2016, a Promotoria de Justiça do Bujari, por meio da assessoria de imprensa, informou que as investigações iniciaram após a Controladoria Geral da União (CGU) enviar relatórios sobre possíveis irregularidades no uso dos recursos federais.
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Nova geração do trap nacional: Leozi, Saraiva MC e VLM se unem em projeto independente que rompe barreiras musicais
Um projeto que nasceu da conexão espontânea entre talentos de diferentes quebradas já começa a ganhar forma e ritmo no cenário do trap nacional. Leozi, Saraiva MC e VLM formam o trio por trás da produtora independente Black Pilla, um movimento musical que está sacudindo o underground com beats explosivos, lirismo autêntico e um propósito que vai além da música: transformar realidades.
A iniciativa surgiu de maneira orgânica. Leozi já acompanhava o trabalho de Saraiva MC nas redes sociais e ficou impressionado com sua “explosão no beat”. VLM, por sua vez, chegou até a produtora por meio de um anúncio no Instagram e rapidamente encontrou ali um espaço de criação e sintonia. “Agora estamos sempre trabalhando juntos”, explica Leozi, fundador da Black Pilla ao lado de seu parceiro de longa data, Santos.
Mais do que um coletivo, a Black Pilla funciona como um laboratório de expressão artística. Com uma proposta “artesanal”, o grupo acredita na força da independência e da autenticidade para abrir caminhos na música. “Estamos sempre à procura de talentos, mas não é tão simples. O artista precisa entender de gravação, produção, composição e, acima de tudo, ter personalidade para não se dobrar ao convencional”, destaca Leozi.
Com oito faixas já produzidas — algumas em fase final de mixagem —, o trio se prepara para lançamentos estratégicos. A ideia é manter o entrosamento e deixar a música fluir. “É incrível o que acontece no backstage. Meus manos completam o raciocínio um do outro, trocando ideias de dobras, adlibs, construindo a arte de forma fluida só porque amam rimar no beat”, afirma o produtor. Se tudo caminhar como o esperado, uma mixtape pode chegar já no próximo ano.
O estilo predominante é o trap, mas a Black Pilla não se limita a um único gênero. O grupo já experimenta fusões com funk, pop, reggae, rock e eletrônica. “Meus manos não aceitam limitação. Eu entrego o beat e os áudios simplesmente chegam no e-mail”, diz Leozi, celebrando a liberdade criativa do coletivo.
Formado por artistas de regiões distintas — Leozi e Saraiva MC representam a periferia de Sobral, no Acre (RB68), enquanto VLM traz a estética melódica da Vila Maria, zona norte de São Paulo —, o grupo compartilha um mesmo sonho: levar sua música o mais longe possível. “Queremos chegar a todos os lugares que a música puder nos levar. Essa luta é minha, é do Saraiva, é do VLM. Porque no fim, o que a gente quer é dar uma vida digna pra nossa mãe e colocar o nome da nossa quebrada no mapa”, conclui Leozi.
Com autenticidade, talento e propósito, a Black Pilla surge como uma força criativa no cenário independente brasileiro — um movimento que não apenas faz música, mas também constrói novas possibilidades para a juventude das periferias.
Baixe aqui: https://play.google.com/store/apps/details?id=daily.notes.notepad.todolist
Leozi – Fundador e Produtor da Black Pilla
Sou Leozi, fundador e produtor da Black Pilla. Sou aficionado por música desde a infância e, atualmente, coloco toda a minha paixão nos meus beats. Gosto de experimentar, explorar novas sonoridades e sentir que sou livre dentro do universo artístico.
Meu propósito na música é dar vida às ideias que costumam surgir antes de eu dormir — e ver no que elas vão dar.
Witalo Saraiva (SaraiFire, Menor das Sobral, Saraiva na Voz)
Meu nome é Witalo Saraiva, tenho 22 anos e sou conhecido por vários nomes artísticos que representam fases e estilos da minha trajetória: SaraiFire, Menor das Sobral e, o mais conhecido, Saraiva na Voz.
Minha missão com a música vai muito além dos palcos. Quero ir longe — com talento e recursos suficientes para realizar um grande sonho: criar uma ONG e promover ações beneficentes voltadas para quem mais precisa.
Quero transformar vidas, assim como a música está transformando a minha. E, claro, viver do meu trabalho com dignidade e propósito.
Sou focado, esforçado e bastante crítico — especialmente quando o assunto é música. Acredito no poder da arte como ferramenta de mudança e, por isso, quero ensinar, inspirar e abrir portas para a nova geração que vem aí.
Pode anotar: vocês ainda vão ouvir falar muito de mim. Não vou parar de criar, de compartilhar e de fazer barulho — com verdade e alma. Isso aqui é só o começo.
VLM – Artista Independente
Meu nome artístico é VLM. Tenho 17 anos e sou um artista independente do cenário do trap nacional.
A música entrou na minha vida como forma de expressão e superação — encontrei nela um meio de transformar vivências pessoais em arte, sempre com a intenção de inspirar quem escuta.
Meu trabalho aborda temas como superação, fé, a realidade das periferias e o desejo de ajudar minha família, crescendo com dignidade.
Busco trazer autenticidade em cada faixa, com letras que carregam sentimento, verdade e um toque de esperança.
Estou trabalhando em novos projetos e sigo determinado a conquistar meu espaço no cenário musical brasileiro.
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PRF no Acre: Três apreensões em um dia na BR-364

Foto: divulgação
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) intensificou suas ações de combate à criminalidade no Acre, realizando três apreensões distintas na BR-364 em apenas um dia. Na segunda-feira (4), operações em Cruzeiro do Sul, Bujari e Rio Branco resultaram na recuperação de veículos roubados e na apreensão de mercadorias contrabandeadas.
Em Cruzeiro do Sul, uma motocicleta com registro de furto foi localizada em uma oficina mecânica às margens da BR-364. A PRF apreendeu o veículo, que foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil para investigação.
Uma abordagem em Bujari resultou na apreensão de outra motocicleta com registro de roubo/furto. A condutora, que estava acompanhada de uma criança, foi detida e encaminhada à Delegacia de Flagrantes (Defla) em Rio Branco.
Na capital, um veículo que desobedeceu à ordem de parada da PRF foi abandonado próximo à rodovia. A inspeção do veículo revelou um contrabando de mil maços de cigarros de origem estrangeira, sem nota fiscal. A mercadoria foi apreendida e entregue à Receita Federal.
As ações demonstram o trabalho contínuo da PRF no combate à criminalidade nas rodovias federais do Acre. A eficiência das operações resultou na recuperação de veículos e na apreensão de mercadorias contrabandeadas, contribuindo para a segurança e a ordem pública no estado.
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Justiça marca audiência de acusada de assassinar irmão com 30 facadas
A Justiça do Acre marcou para o dia 9 de setembro a audiência de instrução e julgamento de Camila Arruda Braz, acusada de matar o próprio irmão, Ramon Arruda Braz, de 41 anos, com pelo menos 30 golpes de faca. O interrogatório da ré ocorrerá no plenário da 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Criminal de Rio Branco.
Antes do depoimento da acusada, o juízo ouvirá seis testemunhas, entre elas os dois policiais militares que efetuaram a prisão em flagrante da mulher. Camila responde à ação penal por homicídio qualificado, sob a acusação de ter utilizado recurso que dificultou a defesa da vítima.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na tarde do dia 6 de julho deste ano, na residência da família, localizada no Conjunto Tucumã, na capital acreana. De acordo com a investigação, Camila teria atraído o irmão até um dos quartos da casa sob o pretexto de consertar um ventilador. Quando Ramon entrou no cômodo, foi atacado com dezenas de facadas. Laudo pericial aponta que foram pelo menos 30 golpes.
Após o crime, a acusada fugiu com a filha, mas foi presa em flagrante pela Polícia Militar poucas horas depois. Na audiência de custódia realizada no dia seguinte, a Justiça converteu a prisão em preventiva. Em 30 de junho, Camila passou oficialmente à condição de ré no processo.
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