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Estrada da Variante de Xapuri é de responsabilidade estadual, diz Bira

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Naquela ocasião, foram anunciados R$ 140 milhões em obras de infraestrutura para a regional do Alto Acre, dos quais R$ 25 milhões foram para a Variante.

O prefeito de Xapuri, Ubiracy Vasconcelos, reagiu à afirmação de Petrônio Antunes e sustentou a posição de que a estrada é de responsabilidade do estado

Por Raimari Cardoso

Em Xapuri, existe uma discussão antiga sobre se a responsabilidade pela manutenção da Estrada da Variante, também conhecida como Estrada do Café, uma das duas ligações da cidade com a BR-317 (a outra é a Estrada da Borracha) pertence ao governo do estado ou ao município.

Há décadas, os investimentos realizados na estrada têm ocorrido por meio de parcerias entre as duas esferas administrativas, mas ela é considerada pelo município como uma rodovia estadual, a exemplo da Estrada da Borracha. No último fim de semana, o diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (Deracre), Petrônio Antunes, negou que seja assim.

Em fevereiro deste ano, quando fez o anúncio de investimentos para a regional do Alto Acre, Petrônio Antunes se referiu à estrada como rodovia AC-308. Naquela ocasião, foram anunciados R$ 140 milhões em obras de infraestrutura para a regional do Alto Acre, dos quais R$ 25 milhões foram para a Variante.

Com a presença do governador Gladson Cameli, os investimentos foram anunciados em um ato pomposo, em Brasiléia, com a presença de todos os prefeitos da regional. Os recursos destinados à Estrada da Variante são para as obras de asfaltamento do que o estado considera como apenas um ramal e o município rodovia estadual.

No entanto, em reportagem do portal G1 Acre, do último domingo, o diretor-presidente do Deracre disse que o que existe a respeito da rodovia AC-308 é que ela está apenas projetada para ser feita e que o projeto está na Caixa Econômica Federal para ser aprovado e a obra licitada até o meio do ano.

“Os ramais são de responsabilidade da prefeitura, porém, há uma parceria para a ação de reparo e o órgão disponibiliza duas equipes para atender os municípios. A gente apoia, mas todo ramal é de responsabilidade da prefeitura”, reforçou Antunes.

A manifestação do diretor-presidente do Deracre se deu quando foi questionado sobre um incêndio ocorrido no último sábado (27) em uma das pontes localizadas na estrada. O ato pode ter sido feito por moradores da região, em protesto pelas péssimas condições em que se encontra a via de acesso a muitas comunidades rurais de Xapuri. Das oito pontes que existem ao longo da estrada, seis estão em ruínas. As outras duas são de concreto armado.

O prefeito de Xapuri, Ubiracy Vasconcelos, reagiu à afirmação de Petrônio Antunes e sustentou a posição de que a estrada é de responsabilidade do estado. Ele prometeu procurar documentos que comprovam isso, mas disse que a discussão não é mais importante que a necessidade de se recuperar a estrada que é uma das mais importantes do município.

“Nós estamos trabalhando nela nesses últimos quatro anos na tentativa de manter o tráfego, pois existe uma parceria sim, mas a responsabilidade é mesmo da esfera estadual. A propósito, quando o senador Marcio Bittar destinou os recursos que foram anunciados para o asfaltamento da estrada, não nos consultaram sobre o assunto, demonstrando que ali é uma AC”, disse o prefeito.

Bira Vasconcelos disse ainda que o município e o governo do estado mantêm parcerias também para a manutenção e limpeza da Estrada da Borracha, o principal acesso a Xapuri, que também é estadual. Segundo ele, os dois casos representam responsabilidades do governo que o município apoia, e não o contrário.

A Estrada da Variante

Em dezembro de 2019, o senador Marcio Bittar anunciou a aprovação dos recursos para o asfaltamento da Estrada da Borracha no Orçamento Geral da União (OGU) para o ano de 2020, junto como o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), então presidente do Senado e do Congresso Nacional, que acabara de visitar o Acre.

O asfaltamento da estrada é um sonho antigo da população de Xapuri, especialmente dos que vivem e produzem ao longo de seu curso. Tendo passado por diversas obras de recuperação ao longo dos anos, em nenhuma ocasião os serviços tiveram qualidade suficiente para que a rodovia voltasse a ter tráfego normal como ocorria há cerca de 20 anos.

Com cerca de 18 quilômetros, a estrada corta um dos mais antigos projetos de assentamento do INCRA, o loteamento Aquidaban, um pedaço de terra de mais de 7.500 hectares, que pertencia ao Estado do Acre. A região foi repassada ao Instituto de Colonização e Reforma Agrária, em 23 de outubro de 1974, pelo então governador Francisco Wanderley Dantas, através do decreto nº 554 de 23/10/74.

A estrada dá acesso a diversas comunidades rurais do município, entre elas o Polo Agroflorestal da Variante, um projeto que destinou um pedaço de terra para famílias que viviam na periferia da cidade, numa tentativa de inverter o êxodo rural. É por ela que os produtores de duas comunidades importantes escoam seus produtos até a cidade: Morro Branco e Ribeiracre.

Além disso, a Variante também é usada como corredor para os moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes que saem dos seringais Albrácia e Palmari. A única alternativa existente para essas populações chegarem até Xapuri é a navegação pelo rio Acre, solução hoje adotada apenas em casos de extrema necessidade, em razão da distância e dificuldade oferecidas pela viagem de barco.

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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre

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O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada 

Suene Almeida

Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.

Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário.  “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.

Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”

Oscilações do nível do Rio Acre preocupam

O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.

O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.

“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.

Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.

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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro

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Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.

Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.

— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.

O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.

— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.

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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026

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Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.

O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.

— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.

De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.

O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada 

Nota da Prefeitura de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.

O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.

Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.

Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.

A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada 

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