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Estado define regras para funcionamento das atividades econômicas, religiosas e espaços públicos
As cores Vermelha, Laranja, Amarela e Verde fazem parte dos indicadores matemáticos que definem desde o estágio mais grave ao menos perigoso, levando em consideração o grau de contaminação, responsabilidade social e capacidade do sistema público de Saúde. As avaliações são realizadas a cada sete dias e valem para os 22 municípios acreanos.

Estado definiu regras para retomada gradual e responsável de 43 setores econômicos, religiosos e espaços públicos Foto: internet
O Governo do Estado do Acre, por meio do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, estabeleceu novas regras para o funcionamento das atividades comerciais, religiosas e espaços públicos baseando-se cientificamente nos Níveis de Risco definidos pelo Pacto Acre sem Covid.
As medidas foram publicadas em edição especial do Diário Oficial do Estado, na sexta-feira, 3.
A retomada gradual e responsável está condicionada aos níveis de classificação de risco. As cores Vermelha, Laranja, Amarela e Verde fazem parte dos indicadores matemáticos que definem desde o estágio mais grave ao menos perigoso, levando em consideração o grau de contaminação, responsabilidade social e capacidade do sistema público de Saúde. As avaliações são realizadas a cada sete dias e valem para os 22 municípios acreanos.

Estado definiu regras para retomada gradual e responsável de 43 setores econômicos, religiosos e espaços públicos Foto: internet
A autorização de funcionamento foi elencada para 43 diferentes setores.
Citando restaurantes, lanchonetes, pizzarias, sorveterias e similares como exemplo, na prática, funcionará da seguinte maneira: quando o nível de risco for de emergência (vermelho), os estabelecimentos funcionarão conforme o Decreto nº 5.496 e suas alterações; em situação de alerta (laranja), apenas os serviços de delivery e drive-thru serão permitidos; no cenário de atenção (amarelo), as atividades devem obedecer os seguintes protocolos sanitários: capacidade limitada a 50% do número de mesas nos ambientes interno e externo, distância linear mínima de 2,5 metros entre mesas, além de delivery e drive-thru. Música ao vivo e som ambiente em volume elevado estão proibidos.
Por último, quando for alcançado o nível de cuidado (verde), será permitida a capacidade limitada a 80% do total, distância linear mínima de 2,5 metros entre mesas e serviços de entrega (em domicílio ou retirada no local). Som ambiente em volume elevado e música ao vivo permanecem desautorizados. Restaurantes self-service deverão ter protocolo e autorização específicos para funcionarem.
As medidas não são válidas para creches e estabelecimentos de ensino educacional regular, tais como: escolas de ensino fundamental e médio, universidades e centros universitários. Neste caso, uma resolução exclusiva será elaborada pelo Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19.
“Entendemos a necessidade da retomada destes setores, mas a principal prioridade do governo tem sido salvar vidas e estamos demonstrando isso, mais uma vez. Vale ressaltar que temos uma equipe técnica capacitada no acompanhamento dos Níveis de Risco que se baseia em dados científicos para emitir a classificação de cada município. Esperamos muito superar este momento e a colaboração da sociedade é muito importante para que isso aconteça”, declarou o secretário estadual de Saúde e coordenador do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, Alysson Bestene.
Para ter acesso a resolução na íntegra, clique aqui.
‘Não era momento de abrir bares e restaurantes no país ‘, alerta microbiologista
Os cuidados individuais com a reabertura de bares, restaurantes e salões de belezas em várias cidades do país devem ser redobrados para evitar a contaminação por Covid-19.
Quem alerta é a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência, em entrevista à CNN neste domingo (5).
“Já não era o momento de abrir bares e restaurantes, é uma discussão que talvez coubesse daqui a um mês, quando a gente conseguisse baixar a taxa de transmissão e voltar a ter uma vida social.
Os bares e restaurantes convidam à aglomeração, que é o que a gente está tentando impedir. É muito triste ter que discutir o que fazer com copos e talheres quando na verdade a gente não deveria nem estar abrindo”, aponta.
“Copos, talheres, utensílios, tudo o que for de uso comum, como trincos de portas, escadas, banheiro, corrimão, terão de ter um cuidado extra de higiene que cabe não aos clientes, mas aos proprietários. Quem chega no restaurante vai confiar que foram bem higienizados? O que mudaria agora é ter mais distanciamento, os cuidados do garçom para servir à mesa, se ele vem ou deixará em uma mesa intermediária e o cliente vai lá e pega… São esses pequenos cuidados que devem mudar”, ensina Natalia.
Com cautela, setor de turismo reabre com ofertas para atrair clientes
Um dos mais impactados pela pandemia do novo coronavírus, o setor de turismo precisará se reinventar para atrair a confiança e a vontade dos consumidores em viajar novamente.
“A abertura será progressiva e, num primeiro momento, o turismo doméstico será retomado, pois as pessoas se sentem seguras em viajar de carro, próximas de casa e já temos clientes fazendo isso desde o mês de junho”, disse.
As viagens de curta distância serão a tendência do segundo semestre, assim como o deslocamento aéreo nacional. A partir de 2021, acredita-se que as pessoas estarão mais seguras para as viagens internacionais. “Claro que isso depende da reabertura de fronteiras e a retomada dos voos, mas estamos esperançosos”, pontuou.
Presidente do Instituto de Desenvolvimento, Turismo, Cultura, Esporte e Meio Ambiente, Bruno Omori afirmou que o momento é de se reiventar para atrair novos clientes.
“No ano passado, 1,5 bilhão de pessoas viajaram pelo mundo e, neste ano, tivemos uma queda entre 60% a 80%. Precisamos criar novas demandas, fazer com que o pessoal volte a viajar e volte a ter interesse. É possível fazer isso pensando diferente, com estratégias, criatividade, agregando alternativas”, detalha.
Jacque Dallal aposta em ofertas diferenciais para atrair os consumidores neste momento. “O turismo é muito ágil e da mesma forma que caiu muito rápido, está se reerguendo. Hotéis fazendo promoções, vouchers com datas em aberto para o cliente escolher a data de viagem [são algumas opções].”
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Instituições lançam Prêmio Rodrigo Pires de Empreendedorismo em Rio Branco
A Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa), em parceria com o Conselho do Jovem Empreendedor (Conjove), a Federacre, o Cmec e a Agência PWS, realiza na quarta-feira, 27, às 10h, o lançamento oficial do Prêmio Rodrigo Pires de Empreendedorismo, em coletiva de imprensa na Rua São Sebastião, 232, bairro Vila Ivonete, em Rio Branco (AC).
A premiação nasce com o objetivo de valorizar, incentivar e reconhecer os empreendedores acreanos que transformam o cenário empresarial, destacando iniciativas de criatividade, inovação, resiliência e impacto positivo para a sociedade.
Inspirado na trajetória do empresário Rodrigo Pires, o prêmio busca fortalecer o ecossistema empreendedor local, estimulando a competitividade saudável, o associativismo e a responsabilidade social.
A edição de 2025 contará com seis categorias: Inovação em Gestão Empresarial, Responsabilidade Socioambiental, Empreendedorismo Feminino, Transformação Digital, Associativismo e Revelação Empresarial do Ano.
O cronograma prevê inscrições gratuitas entre 27 de agosto e 10 de setembro, votação popular de 16 de setembro a 5 de outubro, e a grande cerimônia de premiação marcada para o dia 10 de outubro, com transmissão ao vivo em TV aberta, internet e ampla divulgação nas mídias digitais e offline.
O empresário Rodrigo Pires morreu após colisão de carro contra carreta na noite do dia 19 dezembro de 2024, na BR-317, em Senador Guiomard (AC). Rodrigo Pires era publicitário, empresário, sócio da agência de publicidade PWC e produtor rural.
Conforme a autobiografia, a paixão pelo empreendedorismo começou cedo, aos 12 anos, quando ajudava na empresa dos pais. Aos 14, se tornou jovem aprendiz no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e facilitador do Empretec, programa de formação de empreendedores do Sebrae.
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Para otimizar cessão de espaços no Horto Florestal, Semeia realiza “sorteio” de datas
Sorteio define calendário de eventos no Horto Florestal e amplia participação da sociedade civil
Buscando otimizar a utilização de espaços públicos nas dependências do Horto Florestal, alcançando o maior número de pessoas, grupos da sociedade civil organizada e entidades, a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) realizou no final da manhã desta segunda-feira, 25, o sorteio de datas disponíveis dos locais onde são realizados, exposições, bazares e eventos.

“O sorteio foi decidido pelos gestores da Semeia para ser uma forma mais democrática e organizada para que todos os segmentos possam utilizar os espaços do Horto Florestal”, explicou Tailene. (Foto: Val Fernandes/Secom)
De acordo com Tailene Souza, do Departamento de Espaços Públicos da Semeia, explicou o porquê da necessidade do sorteio de datas para eventos nos espaços do Horto Florestal.
“O sorteio foi decidido pelos gestores da Semeia para ser uma forma mais democrática e organizada para que todos os segmentos possam utilizar os espaços do Horto Florestal. Esse sorteio vai ser ampliado também para o Parque Ambiental Chico Mendes. Nesse período temos alta demanda tanto de igrejas, como desbravadores que frequentam todos os domingos os espaços. Temos também os brechós, temos outros segmentos que fazem a procura, para chá de bebê, que tem um grande público, eventos da saúde, eventos da SASDH. Precisamos organizar, e a forma melhor que nós achamos foi sorteio e aí é esse sorteio já vai ter uma data pré-agendada e a pessoa que for sorteada naquela data, ela vai ter o direito de utilizar o espaço”, explicou Tailene Souza.
Além do sorteio, os pleiteantes precisam cumprir algumas regras que constam na portaria que versa sobre a cessão dos espaços, como enfatizou o assessor jurídico da Semeia, Gabriel Nunes.

“É uma forma de organização que foi consolidada para organizar e dar a possibilidade de todas as pessoas que tenham interesse de participar e usar o espaço público de uma forma organizada e mais consistente”, disse Gabriel. (Foto: Val Fernandes/Secom)
“É basicamente uma forma de organização que foi consolidada junto da Secretaria adjunta para organizar e dar a possibilidade de todas as pessoas que tenham interesse de participar e usar o espaço público de uma forma organizada e mais consistente. E aí nessa portaria a gente prescreve sobre a questão dos sorteios que são feitos regularmente em reuniões aqui na Semeia, estabelece as regras do que pode e não pode trazer, assim como fogareiros, produtos inflamáveis e outras coisas, exigências, e assim como manter o bem-estar do parque, a questão da organização, da questão da limpeza. A gente está com um servidor que está capacitado para essa parte. Ele vai estar fazendo a fiscalização antes da entrega do ambiente para quem for ser seguido, que quer usar. E aí, no final, a pessoa que está usando o ambiente. Ela tem que comprovar para o nosso fiscal que ele está devidamente do jeito que foi encontrado”, disse o assessor jurídico.
A portaria prevê ainda que, em caso de necessidade de utilização do espaço pela Prefeitura de Rio Branco, suas secretarias e autarquias, coincidir com uma data sorteada por outra entidade, a gestão municipal terá prioridade, ficando a data sorteada transferida para outra data próxima.
“Conforme a necessidade da Prefeitura a data pré-agendada poder ser desmarcada e marcada em outra data próxima. Isso também está previsto na portaria assinada pela Semeia”, finalizou Tailene Souza.
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Audiência pública discute hanseníase e atendimento humanizado na Câmara Municipal
Por Marcela Jansen
Atendendo a requerimento do vereador João Paulo Silva (Podemos), a Câmara Municipal de Rio Branco realizou uma audiência pública, na segunda-feira, 25, com o tema “Hanseníase: Sem preconceito, com informação e cura”. O objetivo do debate é promover a conscientização sobre a doença, combater o estigma histórico que ainda afeta os pacientes, divulgar informações sobre diagnóstico, tratamento e cura, além de reforçar a importância do acesso universal à saúde e da inclusão social das pessoas acometidas.
Com a presença de autoridades municipais e estaduais, lideranças religiosas, representantes do Ministério Público, do MoHan (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase), do Conselho Estadual de Saúde, profissionais da área técnica e parlamentares, a audiência foi marcada por relatos emocionantes, dados alarmantes e compromissos concretos.
O vereador João Paulo, ao abrir os trabalhos, destacou que a luta contra a hanseníase não é apenas uma pauta de saúde, mas também de justiça social e dignidade humana. “A graça das graças é não desistir nunca”, disse, citando Dom Hélder Câmara, ao reafirmar seu compromisso com a causa e anunciar a destinação de parte de suas emendas parlamentares para fortalecer o plano de descentralização do atendimento em Rio Branco.
Elson Dias, coordenador do MoHan no Acre, chamou atenção para o aumento de casos em crianças e adolescentes, citando uma paciente de apenas onze anos diagnosticada com a doença. Defendeu a capacitação urgente de profissionais da atenção básica para garantir diagnóstico precoce e evitar sequelas graves. Já o diretor executivo nacional do MoHan, Helenilson Souza, conhecido como Bill, reforçou que a hanseníase continua sendo negligenciada, principalmente nos discursos públicos. “Ainda é comum ouvir pessoas perguntando se essa doença existe. A invisibilidade e o preconceito são tão nocivos quanto o bacilo”, alertou.
O promotor de Justiça Thalles Ferreira da Costa, do Ministério Público do Acre, destacou que a convivência é um direito humano e que a segregação, mesmo quando involuntária, deve ser combatida com políticas públicas eficazes. “Estaremos sempre presentes não apenas para falar, mas para agir. Essa é a missão do Ministério Público”, afirmou.
A diretora de Vigilância em Saúde do município, Socorro Martins, apresentou números preocupantes: de 35 casos registrados em 2020, o município saltou para 94 em 2024, com incidência inclusive em menores de 15 anos. Explicou que o plano de descentralização já foi iniciado, com mutirões nas URAPs e capacitação prática de profissionais nas unidades. O secretário municipal de Saúde, Renan Biths, reafirmou o compromisso da gestão com a meta da Organização Mundial da Saúde de eliminar a hanseníase como problema de saúde pública até 2030. “A hanseníase tem cura. O que falta é diagnóstico precoce, informação e combate ao preconceito”, declarou.
Representando a Secretaria Estadual de Saúde (SESACRE), Antônia Gerinês Arruda reforçou a importância da comunicação acessível, especialmente voltada ao público jovem. Disse ainda que todos os municípios do Acre estão recebendo capacitação técnica e apoio institucional do Estado, em parceria com o Ministério da Saúde e a OPAS.
A vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde, Nara Oliveira, defendeu a criação de um comitê estadual com a participação de usuários, MoHan e controle social. “Representamos o povo, e é com o povo que devemos construir as soluções. A hanseníase precisa estar na agenda dos conselhos e da gestão pública”, afirmou.
A irmã Selene, da Casa de Acolhida Souza Araújo, fez uma fala breve e simbólica, destacando que o isolamento só existe porque a rede pública ainda falha em garantir acolhimento e dignidade. Já o técnico de dermatologia Ademar, representante do MoHan no Amazonas, compartilhou experiências do município de Boca do Acre e defendeu o acompanhamento completo dos contatos dos pacientes.
Por fim, foram firmados encaminhamentos importantes, como a visita técnica conjunta à URAP Bacurau e à Casa de Acolhida Souza Araújo, prevista para o mês de setembro, com participação de vereadores, Ministério Público, gestores e entidades sociais. Também foi reforçado o compromisso de ampliação dos mutirões de diagnóstico, campanhas de conscientização em linguagem acessível e apoio legislativo à estruturação do atendimento.
O papel dos parlamentares no enfrentamento à hanseníase
A audiência pública também foi marcada pela manifestação de parlamentares comprometidos com a promoção da saúde, da escuta ativa e da dignidade humana. Os vereadores André Kamai (PT) e Felipe Tchê (PP) usaram a tribuna para destacar o papel do Legislativo municipal na formulação de políticas públicas inclusivas e no enfrentamento do estigma que ainda cerca a hanseníase.
Kamai ressaltou que, embora a hanseníase tenha cura, o preconceito ainda persiste como uma das maiores barreiras enfrentadas pelas pessoas acometidas pela doença. Ele alertou ainda para os impactos da desinformação, das fake news e da negligência histórica do poder público, reforçando a necessidade de políticas de conscientização permanentes.
“Quando a gente fala em hanseníase, estamos falando de exclusão, de dor e de direitos negados. Não é só sobre saúde, é sobre humanidade.”
O vereador Felipe Tchê (PP) defendeu que a Câmara seja cada vez mais um espaço de escuta qualificada e de articulação com os órgãos responsáveis.“O Legislativo tem a obrigação de escutar quem vive a realidade e propor mudanças que realmente melhorem a vida das pessoas. Essa audiência foi um exemplo de como devemos agir: ouvindo, respeitando e buscando soluções concretas.”
Tchê também destacou que a coragem institucional é fundamental para enfrentar temas historicamente invisibilizados. “É preciso coragem para enfrentar temas difíceis. Mas é com esse tipo de iniciativa que fazemos política de verdade.”
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