O relatório foi enviado ao Ministério público para que exija mudanças e melhorias na estação que compromete a saúde dos operários e de quem recebe a água que deveria ser completamente tratada

A Tribuna
Relatório da vigilância sanitária estadual aponta que a estação de tratamento de água de Xapuri está sem condições de uso e virou um risco aos trabalhadores.
O documento que foi levado ao Ministério Público através do sindicato dos urbanitários, revela uma lista de problemas que compromete a água que está chegando aos lares dos moradores de Xapuri.
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O relatório começa denunciando que todas as instalações apresentam rachaduras e infiltrações; O pátio é uma área alagadiça tomada por mato e lixo; um corredor áereo que serve de passagem dos operadores ameaça cair; a marquise do laboratório está em ruinas.
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Os servidores manipulam produtos químicos sem material de segurança. As máscaras e luvas são usadas coletivamente por vários trabalhadores, quando deveria ser de uso privativo. As botinhas para proteger os operadores nunca chegaram e muitos trabalham de sandálias.
O relatório aponta que as luvas e as máscaras são usadas por vários meses, por sorte nenhum dos trabalhadores contraiu o vírus da covid 19.
O descaso na estação afeta também a água que chega aos moradores. A caixa elevatória precisa de reparos urgentes, assim como o alojamento onde ficam os servidores, que está em péssimo estado e o teto ameaça desabar.
Até fezes de morcego aparecem nas paredes na sala onde é feito o tratamento da água e a cisterna onde a água fica acumulada tem várias infiltrações.
O relatório só não é maior porque o diretor da ETA Marcus Mansour, impediu que os técnicos fossem nas partes internas. Segundo Marcelo Jucá, presidente do sindicato dos urbanitários, o diretor chegou a expulsar os agentes da vigilância sanitária e membros do sindicato que acompanhavam a inspeção. “Ele trata a estação como se fosse sua, mas a forma rude e desrespeitosa como fomos tratados mostra que a estação apresenta vários problemas, ao ponto de fechá-la”, indagou.
O relatório foi enviado ao Ministério público para que exija mudanças e melhorias na estação que compromete a saúde dos operários e de quem recebe a água que deveria ser completamente tratada, já que o medidor de PH, usado para medir a turbidez e alcalinidade da água não existe mais.
O Depasa enviou uma nota informando que recentemente foi concluído processo licitatório para obra de reforma das ETA do município. As obras começam em 2021.
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