Cotidiano
Em sete meses, número de casos de leishmaniose tegumentar chega a 648 no Acre
Em 2020, número confirmado no mesmo período era de 552 no estado. Normalmente, doença é registrada apenas na zona rural. Esse ano, um rapaz que mora perto da mata foi diagnosticado com a doença no Conjunto Universitário.
Por Aline Nascimento
Entre julho e janeiro desse ano, o Acre registrou um total de 648 casos de leishmaniose tegumentar. Caracterizada por atingir a pele humana, o principal indício é uma ferida que custa a cicatrizar. A doença é mais comum na zona rural após a pessoa ou o animal ser picado por um mosquito, que no Acre é popularmente conhecido como catuqui.
Na mesma época de 2020, o total de registros da doença era de 552 em todo o estado. Todos os casos, segundo a técnica responsável pela doença de Chagas e leishmaniose do Acre, Carmelinda Gonçalves, foram confirmados na zona rural do estado.
“A leishmaniose é uma doença ocupacional rural. Em 2020, as pessoas ficaram muito reclusas dentro de casa, poucas saíram para caçar, pescar. Esse ano o cenário está um pouco diferente. Têm muitas pessoas do Acre dentro dos territórios bolivianos tirando castanha desde o mês de abril. Estão saindo mais para a zona rural, seja para passeio ou trabalho e tudo isso impacta. Esse ano, as pessoas começaram a voltar à normalidade, o que leva a um aumento de caso porque vão para o habitat do mosquito. Não é nada impactante, seria se subisse consideravelmente”, explicou.
Confirmação de caso na periurbana
Na quarta-feira (18), um estudante de 21 anos, que mora no Conjunto Universitário, em Rio Branco, recebeu o diagnóstico de leishmaniose. Ele vive perto de uma área de mata e já iniciou o tratamento contra a doença.
A mãe do rapaz, que pediu para não ter o nome divulgado, falou que o filho não sabe quando e nem em que local foi picado pelo mosquito. Ele começou a tomar a medicação nessa sexta (20).
A mulher falou que o filho mostrou, no dia 27 de julho, uma picada do mosquito e ela passou uma pomada para alergia. Porém, essa ferida ficou mais dolorida e inflamada e o filho começou a se sentir ruim, com dor pelo corpo. Ela contou que achou que era algum pelo que tinha inflamado.
“Moramos no final da rua que fica próxima de uma mata. Acho que foi picado aqui dentro de casa mesmo, pode ter vindo da mata. Ele não está saindo de casa nessa pandemia. Ele estuda e não sai, eu vou em colônia, mas ele não. Apareceu um abscesso, ele tomou medicamento e não melhorou”, relembrou.
A moradora levou o filho em um infectologista, que fez um novo exame e novamente o resultado foi positivo. Segundo a mãe, o rapaz sente fraqueza, sonolência e falta de apetite. “A perna ainda está inchada por causa da íngua que apareceu”, acrescentou.
A técnica responsável pela doença de Chagas e Leishmaniose do Acre, Carmelinda Gonçalves, destacou que o caso do estudante foi registrado na região periurbana, que fica entre a área urbana e rural.
“É uma urbana perto da mata. Não temos casos na zona urbana, foi na periurbana. Foi isso que aconteceu”, frisou.
Leishmaniose
Além da leishmaniose tegumentar, há a leishmaniose visceral, que afeta principalmente o fígado e baço. O mosquito tem a característica de um pernilongo, mas é 3 a 4 vezes menor. O vetor se alimenta do sangue do animal silvestre que têm a leishmanhia natural nele. Segundo Carmelinda, muitas vezes, o vetor sadio vai se alimentar e nisso acaba adquirindo a doença.
“Ele pica e se tiver contaminado vai transmitir a leishmaniose. Depois de duas semanas, que é o período de incubação, vai aparecer algo parecendo uma espinha. Ela arrebenta e vai virando a ferida. Não tem dor de cabeça, só vira a ferida que não cicatriza se não tiver o tratamento certo. Vira a ferida braba. Uma característica da leishmaniose é uma ferida que não cicatriza e você tem que investigar se foi para a zona rural, se teve contato com mosquitos”, complementou.
Ainda segundo a técnica, o vetor é muito sensível à fumaça, calor e ao vento. Ele gosta de ficar em ambiente úmido, com folhas, árvores, mais encontrados em florestas e matas. “Se a gente for para dentro do Parque Chico Mendes, por exemplo, se adentrar muito na parte da mata, lá vai ter vetor natural. Ele está na casa dele, se você for para dentro da mata é como estivesse invadindo a casa do vetor”, disse.
Carmelinda destacou também que o Acre é a região mais endêmica desses casos no Norte. Por isso, costuma registrar até 900 casos anualmente. “O Acre tem uma das matas mais preservadas, e se a gente for olhar pelo cenário, o Acre é uma das regiões mais preservadas. Já teve caso no Irineu Serra, na parte da mata, casos há muito tempo no bairro Tancredo Neves, Apolônio Sales. Isso há muito tempo”, concluiu.
Comentários
Cotidiano
Mulher condenada por associação criminosa é presa pela Polícia Civil em Tarauacá
A ordem judicial foi emitida pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas de Rio Branco/AC. A condenação dela já foi transitada e julgado, cuja pena é de seis anos de prisão em regime fechado.
Uma mulher, natural do município de Cabo de Santo Agostinho (PE) foi presa na manhã desta sexta-feira, 31, por agentes da Polícia Civil do Acre (PCAC) na cidade de Tarauacá, por força de um mandado de prisão, emitido pela Justiça do Acre.
A criminosa, das iniciais M.T.D.S. de 34 anos, estava se escondendo na cidade de Feijó/AC. A ordem judicial foi emitida pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas de Rio Branco/AC. A condenação dela já foi transitada e julgado, cuja pena é de seis anos de prisão em regime fechado.
Após as formalidades legais em sede policial, a mulher foi colocada à disposição da Justiça, e em seguida será encaminhada ao sistema prisional.
Comentários
Cotidiano
Polícia Civil prende mais duas pessoas ligadas ao tráfico de drogas, em Cruzeiro do Sul
Após empreenderem diligências pelo bairro da Cohab para capturar um homem, das iniciais C.A.N., 34 anos, que estava com mandado de prisão em aberto, os agentes prenderam em flagrante uma mulher
Na manhã desta sexta-feira, 31, a Polícia Civil do Acre (PCAC) prendeu duas pessoas na cidade de Cruzeiro do Sul por envolvimento com o tráfico de drogas. Além das prisões, os investigadores também apreenderam significativa quantidade de entorpecentes e utensílios utilizados para o embalo de drogas ilícitas.
Após empreenderem diligências pelo bairro da Cohab para capturar um homem, das iniciais C.A.N., 34 anos, que estava com mandado de prisão em aberto, os agentes prenderam em flagrante uma mulher, das iniciais M.M.S.O., 23 anos, que estava portando drogas na residência dela e dando abrigo ao criminoso, que tinha em seu desfavor dois mandados de prisão, emitidos pela Justiça.
Assim que os agentes deram voz de prisão ao condenado, perceberam uma razoável quantidade de drogas no interior de um móvel na casa da mulher, fato que motivou a prisão dela em flagrante.
Desta forma, mais dois criminosos foram tirados de circulação das ruas de Cruzeiro do Sul. Após os procedimentos de praxe na delegacia, o casal foi encaminhado ao Poder Judiciário, para as devidas providências.
Comentários
Cotidiano
Polícia Civil do Acre cumpre mandados judiciais por violência doméstica em Plácido de Castro
Durante o cumprimento do mandado, as agentes da Polícia Civil prestaram apoio ao Oficial de Justiça da Comarca local, garantindo a segurança da operação.
Na última quinta-feira, 30, a Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio de sua equipe de policiais femininas, deu cumprimento a mandados judiciais relacionados a crimes de violência doméstica, na cidade de Plácido de Castro.
Os mandados foram expedidos pelo Poder Judiciário após representação criminal do delegado Dr. Leandro Lucas, titular da delegacia do município.
Uma das ações teve como objetivo afastar um agressor do convívio familiar, um trabalho iniciado a partir de medidas adotadas pela Secretaria de Estado da Mulher (SEMULHER). Durante o cumprimento do mandado, as agentes da Polícia Civil prestaram apoio ao Oficial de Justiça da Comarca local, garantindo a segurança da operação.
“A Polícia Civil reforça seu compromisso no combate à violência doméstica, atuando de forma eficaz para proteger as vítimas e garantir o cumprimento da lei”, disse o delegado, Dr. Leandro Lucas.
Você precisa fazer login para comentar.