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Eclipse total da Lua na madrugada de 14 de março

A total lunar eclipse dubbed the ‘blood’ moon is pictured in Santiago, Chile, May 15, 2022. Picture taken May 15, 2022. REUTERS/Pablo Sanhueza
Tema Cenira Couto da Silva (doutora em Astronomia pelo IAG – USP e professora aposentada da UFMT)
Na madrugada de 14 de março um eclipse total da Lua poderá ser observado em todo o Brasil desde que as condições meteorológicas permitam. Um eclipse da Lua é visível a olho nu e não causa qualquer dano à saúde.
Um eclipse lunar total ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua ficam alinhados – ou quase alinhados – e a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua. Num eclipse lunar total a sombra que a Terra projeta no espaço encobre totalmente a Lua. Quando esse eclipse lunar ocorrer, a Lua, na fase cheia, estará à frente da constelação da Virgem.
Um eclipse total da Lua ocorre em diversas etapas. Inicialmente ocorre um eclipse penumbral, quando a Lua entra na penumbra, parte mais clara da sombra que o nosso planeta produz no espaço. Posteriormente, ocorre o primeiro eclipse parcial quando a Lua entra na umbra, parte mais escura da sombra da Terra. Nessa etapa do eclipse a Lua parece estar “mordida”.
Logo após, ocorre o eclipse lunar total propriamente dito, a totalidade, quando a Lua fica totalmente encoberta pela umbra. Num eclipse lunar total a Lua não fica, necessariamente, vermelha, da cor de sangue. No máximo, a Lua fica avermelhada, que é a sua coloração mais comum. Mas, dependendo da composição da atmosfera no dia do eclipse total, a Lua pode ficar alaranjada, ou amarronzada, por exemplo. A cor da Lua durante um eclipse lunar total depende do espalhamento e da refração das partículas presentes na atmosfera da Terra no transcurso do fenômeno.
Após a totalidade, ocorre o segundo eclipse parcial – quando a Lua parece estar “mordida” do lado oposto ao do primeiro eclipse parcial, e, finalmente, um outro eclipse penumbral. Porém, o eclipse penumbral não é observável já que, nessa etapa, a Lua apenas diminui o seu brilho.
Só por curiosidade: o primeiro eclipse penumbral começará à 0h57 e terminará as 2h09 do dia 14, no horário de Brasília (UTC – 3). Em Mato Grosso os moradores do Vale do Araguaia, como Água Boa e Barra do Garças, entre outras cidades, adotam o horário de Brasília.
Para os que seguem o fuso horário UTC – 4, como Mato Grosso, Amazonas e Rondônia, o primeiro eclipse penumbral começará no dia 13, às 23h57. Para o Acre e algumas cidades do oeste do Amazonas, que seguem o fuso UTC – 5, essa etapa do eclipse da Lua ocorrerá às 22h57. Porém, a parte visível do eclipse, o primeiro eclipse parcial da Lua, só começará no dia 14 para todas as regiões do Brasil.
No horário de Brasília o primeiro eclipse parcial começará às 2h09 e terminará às 03h26 do dia 14. Nesse horário começará a totalidade – ou, o eclipse total da Lua propriamente dito. O máximo da totalidade acontecerá quando a Lua estiver mais próxima ao centro da umbra, às 03h58. A totalidade terminará às 4h31. Logo após iniciará o segundo eclipse parcial, que se encerrará às 5h47, quando terminará a parte visível do eclipse lunar.
Eventos da astronomia dependem da localização do observador na Terra, ou seja, da latitude e da longitude geográfica do local de observação. Por isso, moradores que seguem o mesmo fuso horário veem o evento de maneira um pouco diferente. Nesse eclipse lunar os locais mais a oeste estarão favorecidos.
Para todos os observadores que seguem o horário de Brasília o segundo eclipse parcial da Lua terminará às 5h47. Porém, em cidades mais a leste como Aracaju e João Pessoa, entre outras, a Lua irá se por durante o segundo eclipse parcial.
Nesse horário, em Brasília a Lua estará quase se pondo no lado oeste, e o Sol quase se levantando no lado leste, o que tornará difícil para os seus moradores observarem o segundo eclipse lunar parcial até o seu término.
Em Água Boa e outras cidades do Vale do Araguaia será possível observar o segundo eclipse parcial até o seu término. Nessas cidades a Lua irá se por durante o segundo eclipse penumbral, que não é observável.
Para os que seguem o fuso UTC – 4 como Mato Grosso, Rondônia e Amazonas, entre outros estados, à 1h09 iniciará o primeiro eclipse parcial, que terminará às 02h26. Nesse horário começará o eclipse lunar total, a totalidade, que terá o seu máximo às 02h58 e terminará às 3h31. Em seguida ocorrerá o segundo eclipse parcial da Lua, que se encerrará às 4h47. Nesse horário terminará a parte visível do eclipse da Lua. Para os que seguem esse fuso horário será possível observar todo o segundo eclipse parcial da Lua. Em seguida começará o segundo eclipse penumbral, que não é observável. A Lua irá se por antes que ele termine.
Os residentes no Acre, e algumas cidades do oeste do Amazonas que seguem o fuso horário UTC – 5, estarão favorecidos nesse evento astronômico. Para eles, o primeiro eclipse parcial começará à 0h09 do dia 14 e se encerrará à 1h26, horário em que começará a totalidade. O eclipse total da Lua terá o seu máximo à 1h58 com término às 2h31. Em sequencia ocorrerá o segundo eclipse parcial da Lua, que se encerrará às 3h47. Aqui terminará a parte observável do eclipse lunar, mas, logo após, ocorrerá o segundo eclipse penumbral que terminará às 5h. O ciclo completo do eclipse da Lua poderá ser observado para os que seguem esse fuso horário.
As variações nos horários citados são de, mais ou menos, um minuto. O próximo eclipse da Lua visível no Brasil será parcial e ocorrerá em 28 de agosto de 2026. Haverá outro eclipse parcial da Lua em 12 de janeiro de 2028.
Mas, o próximo eclipse total da Lua, tal qual esse em 14 de março, só acontecerá em 26 de junho de 2029. O interessante é que em 2029 haverá outro eclipse lunar total em 20 de dezembro de 2029.
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Sesacre aponta números e ações que marcaram a saúde pública do Acre em 2025

Foto: Reprodução
A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou um balanço destacando números e ações que marcaram a saúde pública acreana ao longo de 2025. De acordo com os dados apresentados, o ano foi caracterizado pela ampliação do acesso aos serviços e pela interiorização dos atendimentos especializados.
Entre os principais resultados, a Sesacre informou a realização de mais de 27 mil atendimentos por meio do programa Saúde Itinerante, que levou serviços de saúde a municípios do interior do estado. Outro dado destacado foi a execução de mais de 12 mil cirurgias pelo programa Opera Acre.
O balanço também aponta a retomada de centros cirúrgicos, ampliação da oferta de exames, fortalecimento da rede hospitalar e avanços considerados históricos na área da oncologia. Segundo a secretaria, houve ainda recorde de atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ao longo do ano.
A Sesacre mencionou, ainda, a implantação de programas voltados ao atendimento de urgência e à redução da mortalidade, como o Conecta Coração e o AVC – Segundos Importam, voltados para situações críticas em que o tempo de resposta é determinante.
Os dados foram divulgados em um vídeo publicado nas redes sociais da secretaria, que apresenta um resumo das ações realizadas em 2025 e projeta a continuidade das iniciativas para o próximo ano.
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Acre
Nível do Rio Acre se aproxima dos 11 metros após fortes chuvas na capita

Foto: David Medeiros
As fortes chuvas que atingem Rio Branco nas últimas horas provocaram alagamentos em diversos pontos da cidade e elevaram rapidamente o nível do Rio Acre. Entre as áreas mais afetadas estão a Estrada do Calafate, a região da Igreja da Pista do Poço e a Baixada da Sobral, especialmente nos bairros Boa União e Plácido de Castro, onde a água invadiu várias residências.
Durante acompanhamento ao vivo feito pela equipe, foi constatado que, apesar de uma breve trégua na chuva, o volume de água nos rios segue aumentando. Imagens mostram que o nível do Rio Acre se aproxima dos 11 metros e continua em elevação, embora, até o momento, a Defesa Civil Municipal ainda não tenha divulgado boletim oficial atualizado.
Na região da Ponte Metálica, a força da correnteza chamou atenção pelo grande volume de balseiros descendo pelo rio, indicando que a chuva atingiu toda a bacia hidrográfica.
Mesmo diante da situação de risco, moradores dos dois lados do rio aproveitaram a cheia para pescar. Durante a transmissão, duas pescadoras foram flagradas capturando peixes da espécie pintado. Segundo elas, apesar de alguns peixes serem pequenos, a pescaria rendeu o suficiente “para garantir o caldo”.
Outro episódio inusitado chamou a atenção durante a cobertura. Um homem foi visto dormindo sobre um dos pilares da Ponte Metálica, próximo à marca de medição do Rio Acre, onde há registro histórico de até 16 metros. Mesmo com o fluxo intenso de veículos sobre a ponte, o homem permaneceu dormindo tranquilamente, despertando surpresa entre os que acompanhavam a transmissão.
A equipe segue monitorando, em tempo real, os pontos de alagamento pela capital acreana. Novas informações sobre o nível do Rio Acre e ações da Defesa Civil devem ser divulgadas a qualquer momento.
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Governo do Acre entra em alerta total com monitoramento de rios e auxílio a famílias

Foto: José Caminha/Secom
O governo do Estado do Acre, por meio da Defesa Civil Estadual e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), emitiu um alerta sobre a intensificação do período chuvoso na região. Nas últimas 24 horas, o volume de precipitação causou uma elevação rápida no nível dos principais mananciais.
Em Rio Branco, o Rio Acre registrou uma elevação rápida, de quase três metros nas últimas 24 horas mobilizando equipes de socorro para prestar assistência imediata às famílias atingidas.
De acordo com o coordenador estadual da Defesa Civil, Cel. Carlos Batista, a bacia do Rio Acre vem sendo monitorada, pois o nível das águas está subindo.
“Esta é uma subida muito rápida, provocada pela grande quantidade de chuvas em toda a calha do Rio Acre, desde Assis Brasil até a capital, passando por Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e a área rural de Capixaba”, explicou o Coronel.
Além do Rio Acre, a bacia do Rio Tarauacá também registrou índices pluviométricos acima da média, mantendo as equipes locais em estado de atenção.

Foto: José Caminha/Secom
A preocupação das autoridades não se restringe apenas aos grandes rios. O monitoramento foi estendido aos igarapés que cortam a capital, que costumam transbordar rapidamente e atingir áreas povoadas.
Enquanto as equipes técnicas monitoram os níveis, as equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Acre vem ajudando moradores como o senhor José Garcia Rodrigues, de 65 anos, que reside em uma área de risco há oito anos.
“A alagação já chegou. Agora vou tirar minhas coisas para levar para a casa da minha filha. Quando a água baixar, eu volto”, conta o aposentado.
Mesmo enfrentando problemas de saúde, ele destaca a importância do apoio que recebe: “Falei com os bombeiros e eles vieram ajudar. Todo ano a gente vai para o Parque de Exposições. Eles carregam as coisas para nós e a gente ajuda como pode”.
O Cel. Batista reforçou que a integração entre o Estado, as prefeituras e o Corpo de Bombeiros é total. O objetivo é garantir que os planos de contingência sejam executados com rapidez caso o nível dos rios atinja a cota de transbordo.
“O Estado está em alerta total e em contato direto com as coordenadorias municipais. Estamos preparados para atender as populações que moram em áreas de risco e nas regiões mais impactadas”, garantiu o coordenador.

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