Acre
“É perseguição”: Moradores da Resex Chico Mendes denunciam abusos do ICMBio em encontro com políticos; veja vídeos
Vereadores, prefeito e parlamentares federais se comprometem a revisar legislação após relatos de extrativistas sobre fiscalização “desumana”

O encontro reforçou a busca por alternativas que conciliem preservação ambiental e garantia de direitos das comunidades tradicionais. Foto: cedida
Produtores rurais relatam situações de “indignação e desumanização” e pedem revisão da legislação ambiental; prefeito, senador e deputado federal se comprometem a apoiar as demandas
Em um encontro tenso realizado nesta quarta-feira (25), moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes relataram a vereadores e autoridades federais uma série de supostos abusos cometidos por agentes do ICMBio durante operações de fiscalização. Os produtores afirmam que as ações do órgão ambiental têm inviabilizado seu sustento e caracterizam a situação como “perseguição institucional”.
A comitiva política – composta pelos vereadores Miro Bispo (PDT), Jezo Batista (PL) e Ari Mendes (Solidariedade), além do prefeito Sérgio Lopes (PL), vice prefeito de Brasiléia Amaral do Gelo (PL) do senador Márcio Bittar (PL) e do deputado federal Eduardo Velloso (União Brasil), entre outras autoridades – todos ouviram relatos emocionados de moradores que se dizem vítimas de “práticas desumanizantes”. Entre as queixas estão apreensões de equipamentos, restrições ao extrativismo tradicional e multas consideradas abusivas.
Os parlamentares presentes assumiram o compromisso de articular mudanças na legislação ambiental
“Vamos levar esse grito de socorro a Brasília”, prometeu o senador Bittar. O prefeito Lopes anunciou a criação de uma força-tarefa municipal para mediar os conflitos entre os comunitários e o órgão federal.

Os vereadores Miro Bispo (PDT), Jezo Batista (PL) e Ari Mendes (Solidariedade) se comprometeram a levar as demandas ao Legislativo municipal. Foto: cedida
Vídeos exclusivos obtidos pela redação do jornal oaltoacre revelam o clima de indignação entre moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes durante encontro com autoridades. Os registros mostram moradores emocionados denunciando supostos excessos da Operação Sussuarana, conduzida pelo ICMBio/IBAMA, que estaria inviabilizando suas atividades.
“Eles não nos deixam plantar, criar nem produzir. Estão acabando com nosso sustento”, relatou um produtor rural nos vídeos, que mostram famílias alegando prejuízos desde o início da operação fiscalizatória. Os moradores exigem “respeito ao modo de vida e trabalho de muitas famílias dentro da Resex” e “segurança jurídica para trabalhar”.
Criada em 1990, a Resex Chico Mendes vive mais um capítulo do histórico conflito entre preservação ambiental e direitos das populações plantar e criar. Os vídeos completos estão disponíveis abaixo.
Veja vídeos:
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O coordenador da Defesa Civil, major Sandro Cordeiro, informou neste domingo, 28, que o nível do Rio Acre em Brasiléia, monitorado pelo órgão, já apresenta processo de vazante, após atingir o pico nas últimas horas. De acordo com Cordeiro, a medição mais recente, realizada na régua linimétrica, aponta que o nível das águas está em 8,50 metros. “Ontem, por volta das 23h, o rio chegou ao ápice, atingindo 8,80 metros. Durante a madrugada, já foi registrada uma vazante de 30 centímetros”, explicou. Publicidade Segundo o coordenador, além da redução observada na área urbana, outras regiões também começam a apresentar recuo das águas. “Tanto a Aldeia dos Patos quanto Assis Brasil já se encontram nesse processo de vazante”, destacou. Apesar do cenário mais favorável, a Defesa Civil segue em estado de atenção. Cordeiro reforçou que o órgão continuará com o monitoramento permanente por meio da sala de situação. “Seguiremos atentos e, caso haja qualquer alteração no nível do rio, voltaremos a divulgar novos boletins oficiais”, concluiu. VEJA O VÍDEO:

O nível do Rio Acre chegou a 14,86 metros na medição realizada às 5h21 deste domingo, 28, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco nas primeiras horas do dia. O patamar permanece acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros, mantendo o risco de alagamentos em diversos pontos da capital.
Diante do avanço das águas, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) divulgou o boletim atualizado sobre a situação dos abrigos. Até o momento, 34 famílias foram acolhidas pelo município, totalizando 115 pessoas em situação de abrigo
Ainda segundo a Defesa Civil, nas últimas 24 horas foram registrados 7 milímetros de chuva em Rio Branco, fator que contribui para a continuidade da elevação do nível do manancial.

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Rio Acre segue em alta e atinge 14,94 metros em Rio Branco neste domingo
Nível do rio sobe 8 centímetros em menos de quatro horas e mantém risco de alagamentos na capital
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De seringal à capital do Acre: Rio Branco completa 143 anos neste domingo

Foto: Pedro Devani
Rio Branco celebra neste 28 de dezembro 143 anos de fundação. A data remete ao surgimento do antigo Seringal Volta da “Empreza”, criado em 28 de dezembro de 1882 pelo cearense Neutel Maia, às margens do rio Acre.
O local, inicialmente um seringal, rapidamente se transformou em um povoado estratégico, impulsionado pelo intenso movimento de vapores durante o período das cheias e pela instalação da casa comercial Nemaia e Cia., que atendia comerciantes, pequenos seringais e o abastecimento da região.
O crescimento espontâneo fez com que a Volta da “Empreza” deixasse de ser apenas um espaço privado e passasse a exercer papel central na economia e na vida social do médio rio Acre. Esse processo foi decisivo para que o povoado se tornasse palco de episódios importantes da história acreana, incluindo conflitos do fim do século XIX e início do XX e, posteriormente, a ocupação militar de 1903.
O nome Rio Branco surgiu nesse contexto de reorganização administrativa. Após a anexação do Acre ao Brasil, pelo Tratado de Petrópolis, o povoado passou a ser chamado de “Villa” Rio Branco, em homenagem ao Barão do Rio Branco, figura central na diplomacia que garantiu a incorporação do território ao país.
Entre 1903 e 1912, a denominação ainda oscilou entre Rio Branco e Penápolis, mas, em 23 de outubro de 1912, o Decreto Federal nº 9.831 elevou oficialmente o local à categoria de cidade com o nome definitivo de Rio Branco.
Ao longo das primeiras décadas, a área urbana permaneceu concentrada na margem direita do rio Acre, atual Segundo Distrito, onde surgiram os primeiros arruamentos, casas comerciais e bairros operários. A partir de 1909, a expansão avançou para a margem esquerda, com a abertura de novas ruas e a formação de colônias agrícolas, dando início ao processo de integração dos dois lados da cidade.
Por ser o mais importante núcleo urbano do estado e o principal centro político e econômico do Acre, Rio Branco foi escolhida como capital do antigo Território Federal e, posteriormente, do Estado do Acre.
Rio Branco é a quarta capital mais antiga da Região Norte, atrás apenas de Belém, Manaus e Macapá, consolidando-se como referência histórica, administrativa e populacional da Amazônia ocidental.
Fonte: Prefeitura de Rio Branco













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