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Durante fiscalização, Coren encontra remédios vencidos em UTI de maternidade e PS de Rio Branco; unidades negam

Entre os medicamentos vencidos estaria o usado no kit intubação. Fiscalização do Coren-AC foi feita nessa segunda (5) e terça (6).

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Remédios foram achados vencidos em duas unidades de saúde de Rio Branco – Foto: Arquivo/Coren-AC

Por Aline Nascimento

Equipes do Conselho Regional de Enfermagem do Acre (Coren-AC) encontraram medicamentos vencidos durante fiscalizações na Matenidade Bárbara Heliodora e o Pronto Socorro de Rio Branco. Entre esses medicamentos estão remédios usados na intubação de pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) das unidades, inclusive na UTI Neonatal da maternidade

À Rede Amazônica Acre, a coordenação do Coren-AC explicou que a fiscalização na maternidade ocorreu nessa segunda-feira (5) e no PS nesta terça (6). Na UTI Neonatal da maternidade foram achadas as seguintes medicações fora do prazo:

  • Cloreto de potássio;
  • Flumazenil;
  • Aminofilina;
  • Soro fisiológico;
  • Fenobarbital

“Durante a fiscalização inspecionamos carrinhos de emergência, que é o que dá o suporte ao profissional em caso de uma parada cardíaca, por exemplo. Esse carrinho precisa ser checado diariamente e verificamos que não está sendo checado, não porque a enfermagem não quer checar, mas, sim, em decorrência da sobrecarga de serviço que a enfermagem tem sofrido”, defendeu a coordenadora de fiscalização Coren-AC, Ravena Ferreira.

Fiscalização na maternidade achou paredes descascadas e faltando manutenção – Foto: Arquivo/Coren-AC

Após a fiscalização, um termo de fiscalização com o relatório de inspeção será elaborado para ser enviado para as unidades de saúde. Na maternidade, o Coren-AC teria encontrado também a estrutura de algumas salas comprometidas e um ambiente insalubre.

O relatório, segundo a coordenadora, vai servir para reforçar o pedido de tutela de urgência para contratação de profissionais de saúde para a maternidade.

“Mas, isso é importante frisar, que é em decorrência ao déficit de profissionais que estamos enfrentando. Então, a enfermagem não consegue, mesmo que essa atribuição seja só do profissional enfermeiro, a gente tem se sentido sobrecarregado em relação ao subdirecionamento que entramos dentro das instituições”, diz.

o Coren-AC teria encontrado também a estrutura de algumas salas comprometidas e um ambiente insalubre

Saúde nega uso de medicação vencida

Em nota, a Gerência do Sistema Assistencial à Saúde da Mulher e da Criança (SASMC) informou que a medicação vencida ‘não estava disponibilizada para o uso dos pacientes na Maternidade Bárbara Heliodora. A referida medicação estava acondicionada em embalagens lacradas e já estavam sendo recolhidas para o descarte adequado’. Veja nota na íntegra abaixo.

“Não procede o informado pela fiscalização de que as condições de trabalho sejam insalubres.Fica claro que o repouso dos profissionais que trabalham na Maternidade Bárbara Heliodora é adequado, sendo tal ambiente com climatização e ventilação adequada, número de camas suficientes e higienizado de forma rigorosa, duas vezes ao dia”, destaca a nota.

O diretor do PS, Areski Peniche, negou que tenham sido achados remédios do kit intubação vencidos na unidade durante a fiscalização. Ele disse que na unidade foram encontradas, na verdade, duas ampolas vencidas, sendo uma do remédio furosemida e a outra de adenosina, que estavam ‘perdidas’ dentro do carrinho de emergência.

Remédios são usados em caso de emergência pelos enfermeiros – Foto: Arquivo/Coren-AC

Peniche alegou também que a clínica médica foi o único setor onde foram achadas irregularidades. Assim que receber o termo do conselho, o diretor afirmou que vai verificar o motivo dessas duas ampolas, que não são usadas em caso de emergência, estarem no carrinho de emergência.

“Furosemida é uma medicação para baixar a pressão, para fazer o paciente urinar mais. Isso é uma medicação amplamente utilizada aqui no hospital. A adenosina é utilizada na presença do cardiologista porque é um antiarrítmico potente e que, raramente, é utilizado no hospital em emergência. Não era para essa medicação e essa ampola estarem no carro de emergência da clínica médica”, argumentou.

Nota na íntegra da maternidade:

A Gerência do Sistema Assistencial à Saúde da Mulher e da Criança (SASMC), vem à público, prestar os seguintes esclarecimentos a respeito da matéria veiculada na mídia sobre medicamentos vencidos.

A medicação vencida a que se refere à matéria, não estava disponibilizada para o uso dos pacientes na Maternidade Bárbara Heliodora. A referida medicação estava acondicionada em embalagens lacradas e já estavam sendo recolhidas para o descarte adequado.

É informando ainda, que as citadas medicações vencidas, já se encontravam separadas das de uso diário, ou seja, em local separado das medicações com data de validade adequada.

Não procede o informado pela fiscalização de que as condições de trabalho sejam insalubres.

Fica claro que o repouso dos profissionais que trabalham na Maternidade Bárbara Heliodora, é adequado, sendo tal ambiente, com climatização e ventilação adequada, número de camas suficientes e higienizado de forma rigorosa, duas vezes ao dia.

Em relação ao número de profissionais, a denúncia é parcialmente procedente, pois, devido a pandemia de COVID-19, houve afastamento de vários profissionais, ocasionando o déficit que encontramos em nossas escalas. Porém, tal situação, vem se normalizando gradativamente com o retorno desses servidores e com a contratação em caráter emergencial de enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Não procede a informação da inexistência de profissional enfermeiro nas escalas da Central de Material de Esterilização e Banco de Leite Humano.

Wagner Camelo Bacelar

Gerente Geral do SASMC

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19ª Copa AAJJ de Jiu-Jitsu reúne mais de 400 atletas e destaca nova equipe da Baixada da Sobral

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No último dia 14 de dezembro, foi realizada, na quadra de esportes da ABB, a 19ª edição da Copa AAJJ de Jiu-Jitsu, evento já tradicional no calendário do jiu-jitsu acreano. A competição reuniu mais de 400 atletas, com disputas em diversas categorias, abrangendo desde crianças até adultos, e contou com a participação de inúmeras equipes consagradas do estado.

Entre os destaques do evento esteve a equipe Magno de França Atitude, representante do núcleo da Visual Academia, localizado na Baixada da Sobral. Apesar de ser uma equipe recente no cenário competitivo, com apenas um ano de existência, o grupo demonstrou alto nível técnico e surpreendeu pelos resultados expressivos.

Mesmo levando um número reduzido de atletas, a equipe alcançou um desempenho notável: a cada três competidores inscritos, dois subiram ao pódio, índice que a colocou à frente de equipes maiores, algumas com o dobro ou até o triplo de atletas inscritos. O resultado evidenciou a qualidade técnica do trabalho desenvolvido.

O excelente desempenho é atribuído à atuação dos instrutores e à coordenação do supervisor do projeto, o major da Polícia Militar Magno de França. O núcleo conta com dois instrutores faixas-pretas: o perito criminal Charles França e o professor de jiu-jitsu Antônio José, conhecido como professor Tony, ambos com longa trajetória no ensino da modalidade no Acre.

Além de atletas e disseminadores do jiu-jitsu, o major Magno de França e o perito criminal Charles França atuam há mais de 20 anos no ensino de modalidades de lutas policiais, o que contribui significativamente para o aprimoramento técnico aplicado ao jiu-jitsu.

Os bons resultados se estenderam por todas as categorias, das infantis às adultas. Um dos grandes destaques individuais foi o atleta Raísson, que se consagrou campeão na categoria pesadíssimo adulto. O atleta já vinha de uma conquista anterior no Campeonato Acreano, promovido pela Federação de Jiu-Jitsu do Estado do Acre, realizado nos meses anteriores.

Com isso, o núcleo de jiu-jitsu da Visual Academia / Magno de França Atitude passa a deter atualmente dois títulos importantes na categoria pesadíssimo adulto: o da Copa AAJJ e o da Federação de Jiu-Jitsu do Estado do Acre, consolidando-se como uma equipe promissora e de alto nível técnico no cenário do jiu-jitsu acreano.

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Consumidor pagará menos na conta de luz em janeiro

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De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a adoção da bandeira verde reflete um cenário de segurança energética, no qual não há necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira (23) que o ano de 2026 começará sem custo extra na conta de energia para a população. Em janeiro, será aplicada a bandeira tarifária verde.

A agência reguladora destacou que apesar de o período chuvoso ter iniciado com chuvas abaixo da média histórica, em novembro e dezembro houve no país, de um modo geral, a manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das usinas.

“Em janeiro de 2026 não será necessário despachar as usinas termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor”, explicou a Aneel.

Neste mês de dezembro já houve a redução na bandeira tarifária vermelha no patamar 1 para amarela.A medida reduziu em R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (KW/h) consumidos e passou a R$ 1,885.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a adoção da bandeira verde reflete um cenário de segurança energética, no qual não há necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas. Essas unidades, além de apresentarem custo de geração mais elevado, utilizam combustíveis fósseis e contribuem para a emissão de gases de efeito estufa.

“Apesar da crescente participação de fontes renováveis como solar e eólica na matriz energética brasileira, a geração hidrelétrica segue como base do sistema elétrico nacional. A capacidade de produção das usinas depende diretamente do volume de chuvas que incide sobre as principais bacias hidrográficas, fator que tem se mostrado”, lembra a pasta.

Custos extras

Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em cores, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimo a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.

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Prefeitura de Rio Branco assina contratos de R$ 850 mil para auxílio emergencial durante seca

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Acordos para cestas básicas e combustível foram firmados em dezembro e publicados no DOE; recursos, autorizados por portaria federal, poderão ser usados até março de 2026

Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco assinou dois contratos emergenciais, no valor total de R$ 850.875, para atender famílias em situação de vulnerabilidade durante a seca que atinge o Acre. Os acordos foram firmados em dezembro de 2025 e publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) na última terça-feira (23/12), após correções de informações.

Destinação dos recursos:
  • R$ 825 mil para aquisição de cestas básicas, contratadas com a empresa A. A. Souza Ltda;

  • R$ 25.875 para fornecimento de combustível à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), firmado com o Jaguar Auto Posto Acre Ltda.

As contratações foram feitas por meio da Dispensa de Licitação nº 06/2025, com fundamento na Lei nº 14.133/2021, que permite procedimento direto em situações de calamidade pública. A justificativa aponta a estiagem prolongada e o risco de desabastecimento de água, reconhecidos por atos municipais, estaduais e federais ao longo de 2025.

Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. A seca foi classificada como desastre natural, levando a prefeitura a decretar situação excepcional em agosto, posteriormente reconhecida pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).

Os contratos foram firmados pelo secretário municipal da Casa Civil, Valtim José da Silva, pelo coordenador da Comdec, tenente-coronel Cláudio Falcão de Sousa, e pelos representantes das empresas fornecedoras.

Embora as medidas atendam a uma resposta imediata, especialistas apontam a dependência de ações paliativas diante da falta de políticas estruturais para enfrentar os efeitos da estiagem. A cada nova ação emergencial, fica evidente a vulnerabilidade da cidade e a necessidade de planejamento que vá além da lógica da urgência.

A Comdec deverá prestar contas sobre a aplicação dos recursos. Enquanto isso, a população aguarda a implementação de soluções de longo prazo para conviver com os períodos de seca, que têm se intensificado nos últimos anos.

Os contratos emergenciais reforçam a gravidade da crise hídrica no Acre e a necessidade de ações coordenadas entre município, estado e União para mitigar os impactos sobre as famílias mais pobres.

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