Conecte-se conosco

Geral

Do PCC ao CV: como facções elegem políticos e contaminam o governo

Publicado

em

Mirelle Pinheiro

Nos últimos anos, diversas operações policiais têm revelado a perigosa ligação entre políticos e facções

A infiltração do crime organizado na política brasileira é uma realidade cada vez mais presente e preocupante. Facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), têm buscado eleger prefeitos, vereadores e deputados para garantir seus interesses, lavar dinheiro do tráfico e obter informações privilegiadas.

Nos últimos anos, diversas operações policiais têm revelado a perigosa ligação entre políticos e facções, levando à prisão de agentes públicos em vários estados do país.

A estratégia das facções criminosas é controlar o poder local para facilitar suas atividades ilícitas. Ao eleger prefeitos e vereadores, as facções conseguem acesso a contratos públicos, que são utilizados para lavar dinheiro do tráfico de drogas e de outros crimes.

Além disso, os políticos cooptados pelo crime organizado fornecem informações privilegiadas sobre operações policiais e atuam como braço político das facções, defendendo seus interesses nas câmaras municipais e assembleias legislativas.

Um levantamento do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) revelou que, nas eleições de 2024, 12 pessoas com ligações com o crime organizado foram eleitas no estado, sendo 10 vereadores e dois prefeitos. No Ceará, a situação é ainda mais alarmante. Segundo o Ministério Público, o PCC e o CV controlam cerca de 80 prefeituras no estado.

Conexão criminosa

Nos últimos anos, diversas operações da Polícia Federal e dos Ministérios Públicos estaduais têm desarticulado esquemas de corrupção envolvendo políticos e facções criminosas. Na última semana, a Operação Zargun, da PF, prendeu o deputado estadual do Rio de Janeiro TH Jóias, suspeito de intermediar a compra e venda de armas para o Comando Vermelho.

Em abril de 2024, uma operação do Ministério Público de São Paulo prendeu quatro vereadores de cidades da Grande São Paulo e da Baixada Santista, suspeitos de envolvimento em um esquema de fraudes em licitações com o PCC. A investigação revelou que os vereadores direcionavam contratos de prestação de serviços para empresas ligadas à facção.

Cubatão

Um dos casos mais emblemáticos da infiltração do crime organizado na política é o do vice-prefeito de Cubatão, Márcio José de Oliveira, preso em 2021 na Operação Soldi Sporchi (dinheiro sujo, em italiano).

A investigação revelou que o vice-prefeito era o principal elo do PCC na cidade e que ele utilizava seu cargo para beneficiar a facção em contratos públicos.

Segundo o Ministério Público, a quadrilha movimentou cerca de R$ 200 milhões em contratos com a prefeitura de Cubatão e com outras prefeituras da Baixada Santista. O dinheiro, proveniente do tráfico de drogas, era lavado por meio de empresas de fachada que prestavam serviços para as prefeituras.

Comentários

Continue lendo
Publicidade

Geral

Vídeo mostra Antônia Lúcia invadindo Câmara e causando confusão com seguranças

Publicado

em

Deputada aparece em registro tentando entrar em salas da Câmara de Rio Preto da Eva e discutindo com funcionárias durante busca por uma vereadora.

Comentários

Continue lendo

Geral

Sena Madureira registra 47 casos de estupro infantil em 2025; MPAC alerta para omissão de familiares

Publicado

em

Ministério Público do Acre destaca que omissão de familiares, especialmente de mães que protegem companheiros agressores, é crime e agrava a situação das vítimas; campanha educativa será lançada para estimular denúncias

O município de Sena Madureira registrou 47 casos de estupro infantil entre janeiro e novembro de 2025, segundo dados do Ministério Público do Acre (MPAC). Foto: captada 

O município de Sena Madureira registrou 47 casos de estupro infantil entre janeiro e novembro de 2025, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Acre (MPAC). Os números acenderam um alerta entre as autoridades, que intensificam ações de enfrentamento e convocam a população para colaborar.

De acordo com o MPAC, a participação da comunidade é fundamental para identificar abusadores e proteger crianças e adolescentes. O órgão destacou um ponto sensível nas investigações: a omissão de pais ou responsáveis, principalmente quando tentam proteger o cônjuge agressor.

“Em muitos casos, as mães escolhem apoiar o companheiro em vez de oferecer o suporte necessário à criança. Essa omissão também é crime e agrava ainda mais a situação da vítima”, alerta o Ministério Público.

Para fortalecer o combate aos abusos, a rede de proteção infantil do município — que reúne Conselho Tutelar, MPAC, Poder Judiciário e órgãos da administração pública — está desenvolvendo uma campanha educativa. A iniciativa visa conscientizar a população sobre a importância do cuidado, da vigilância e, principalmente, da denúncia.

Crítica do MPAC
  • Omissão familiar: Mães que apoiam companheiros agressores em vez de proteger crianças
  • Responsabilização: Omissão também configura crime
  • Participação social: Comunidade é fundamental para identificação de abusadores
Ações em curso
  • Campanha educativa: Rede de proteção (Conselho Tutelar, MP, Judiciário e administração pública)
  • Objetivos: Conscientização sobre cuidado, vigilância e denúncia
  • Foco: Proteção de crianças e adolescentes, principais vítimas

Os números expõem uma crise silenciosa no interior acreano, onde fatores culturais e a fragilidade das redes de proteção permitem a perpetuação de abusos sexuais contra crianças. A iniciativa busca romper o ciclo de violência e omissão que caracteriza muitos desses casos.

Os números acenderam alerta máximo entre as autoridades, que destacam um fator agravante: a omissão de pais ou responsáveis, especialmente quando tentam proteger o cônjuge agressor em detrimento da proteção da criança vítima. Foto: art

Comentários

Continue lendo

Geral

PM de Sena Madureira apreende 12 armas, 7,4 kg de drogas e cumpre 12 mandados de prisão em novembro

Publicado

em

Balanço do 8º Batalhão registra 4.838 abordagens, 254 operações e 251 ações comunitárias no mês; veículo roubado foi recuperado

De acordo com o relatório, o batalhão realizou 4.838 abordagens, ampliando a presença policial nas ruas e reforçando ações preventivas. Foto: art

O 8º Batalhão da Polícia Militar divulgou nesta quinta-feira (4) o balanço operacional referente a novembro de 2025, com números que evidenciam a atuação no policiamento, combate ao crime e aproximação com a comunidade na região.

De acordo com o relatório, foram realizadas 4.838 abordagens, além de 254 operações voltadas ao enfrentamento da criminalidade e 251 ações comunitárias, que buscam fortalecer o vínculo entre a PM e a população.

As ações resultaram em:

  • 72 conduções à delegacia;

  • 12 mandados de prisão cumpridos;

  • 7,4 kg de drogas apreendidos;

  • 12 armas de fogo e 3 armas brancas recolhidas;

  • 1 veículo com registro de roubo ou furto recuperado.

A PM destacou que os números refletem o impacto direto no combate ao tráfico e a outros crimes, e reforçou o compromisso de ampliar a presença nas ruas e as ações de segurança no município e região. O balanço consolida uma atuação que integra repressão qualificada e iniciativas de prevenção e proximidade com a comunidade.

A PM também recuperou um veículo com registro de roubo ou furto. Foto: art

Comentários

Continue lendo