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Brasil

Desemprego cai para 8,3% em outubro, menor nível desde 2015, aponta IBGE

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Carteira de Trabalho e Previdência Social — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

População ocupada no mercado de trabalho bateu recorde histórico, enquanto o número de desempregados recuou, também, ao menor patamar desde 2015.

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,3% em outubro, atingindo o menor nível desde 2015, apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Considerando apenas os trimestres terminados em outubro, trata-se da menor taxa desde 2014. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).

De acordo com o IBGE, o país chegou ao final de outubro com cerca de 9 milhões de desempregados, o que corresponde ao menor contingente já registrado desde julho de 2015.

Já a população ocupada no mercado de trabalho foi estimada em 99,7 milhões de pessoas, novo recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

“Este momento de crescimento de ocupação já vem em curso desde o segundo semestre de 2021. Com a aproximação dos últimos meses do ano, período em que historicamente há aumento de geração de emprego, a tendência se mantém”, avaliou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.

Na comparação com igual trimestre do ano passado, a taxa de desemprego recuou 3,8 pontos percentuais (p.p.), enquanto o número de desempregados foi reduzido em 3,9 milhões de pessoas, o que corresponde a uma queda de 30,1%.

O nível da ocupação – ou seja, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – chegou a 57,4%, 2,8 p.p. acima do registrado em outubro do ano passado.

Já a taxa composta de subutilização caiu para 19,5%, 6,7 p.p. abaixo da registrada no mesmo trimestre do ano passado. A população subutilizada somou 22,7 milhões de pessoas, 7,2 milhões a menos que em outubro de 2021, o que corresponde a uma queda de 24,2% no período.

Principais destaques da pesquisa

  • Desemprego caiu para 8,3%, o nível mais baixo desde 2015;
  • Número de desempregados recuou para 9 milhões, o menor contingente desde 2015;
  • População subocupada (por insuficiência de horas trabalhadas) caiu para 6,2 milhões de pessoas;
  • População subutilizada (desempregados, subocupados, desalentados e pessoas que podem trabalhar, mas que não têm disponibilidade por algum motivo) caiu para 22,7 milhões de pessoas;
  • População fora da força de trabalho ficou em 64,9 milhões de pessoas;
  • Número de desalentados (que desistiu de procurar trabalho) caiu para em 4,2 milhões de pessoas;
  • Taxa de informalidade caiu para 39,1% da população ocupada
  • Número de trabalhadores informais chegou a 39 milhões;
  • Número de empregados sem carteira assinada bateu recorde histórico, atingindo 13,4 milhões de pessoas, com aumento de 1,4 milhão em um ano;
  • Número de empregados com carteira de trabalho assinada aumentou em 2,7 milhões em um ano, chegando a 36,6 milhões;
  • Trabalhadores por conta própria atingiram 25,4 milhões de pessoas
  • Número de trabalhadores domésticos ficou em 5,9 milhões de pessoas
  • Número de empregadores foi de 4,4 milhões de pessoas
  • Nível da ocupação (indicador que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) subiu para 57,4%, nível mais alto desde abriu de 2015
  • Rendimento real habitual ficou em R$ 2.737, com aumento de 4,7% na comparação com outubro do ano passado.

Carteira assinada segue em alta, mas sem carteira bate recorde

De acordo com o IBGE, o número de empregados com carteira de trabalho assinada manteve trajetória de crescimento. Todavia, o maior aumento da ocupação se deu entre trabalhadores sem carteira assinada, cujo contingente atingiu recorde histórico.

Na comparação com o trimestre terminado em outubro do ano passado, o total de trabalhadores com carteira assinada (nos setores privado e público, incluindo os trabalhadores domésticos) passou de 36,4 milhões para 39,4 milhões, um aumento de 8,3%, o que corresponde a 3 milhões de pessoas a mais empregadas formalmente.

“Esse índice segue em alta há mais de um ano, o que mostra não apenas que o mercado de trabalho está em expansão numérica de ocupados, mas também apresentando algum crescimento na formalização da população ocupada”, destacou Adriana Beringuy.

Já o contingente de trabalhadores sem carteira assinada (nos setores privado e público, incluindo os trabalhadores domésticos) passou de 18,5 milhões para 21 milhões no mesmo período, 2,4 milhões a mais nessa condição, o que corresponde a uma alta de 13,2%.

Também bateu recorde histórico o número de trabalhadores ocupados no setor público, somando 12,3 milhões de pessoas, 1,2 milhão a mais no confronto anual, o que corresponde a um aumento de 10,4%.

O número de empregadores somou 4,4 milhões de pessoas, 13,3% a mais que em outubro do ano passado, o que equivale a um incremento de 514 mil pessoas ocupadas nesta condição.

Já o contingente de trabalhadores por conta própria foi estimado em 25,4 milhões de pessoas, estável na comparação com igual período do ano passado.

Informalidade segue em alta

Diante do recorde de trabalhadores sem carteira assinada, a informalidade se manteve em patamar alto. A taxa de formalidade ficou em 39,1%, o que representa cerca de 39 milhões de trabalhadores informais dentro do contingente de 99,7 milhões de ocupados no país.

O IBGE considera como trabalhador informal aquele empregado no setor privado sem carteira assinada, o doméstico sem carteira assinada e o que atua por conta própria ou como empregador sem CNPJ, além daquele que ajuda parentes em determinada atividade profissional.

Aumento do rendimento real

O IBGE destacou que o rendimento real habitual dos trabalhadores cresceu, em média, 4,7% na comparação com outubro do ano passado, chegando a R$ 2.754.

Por tipo de ocupação, os trabalhadores com maior aumento do rendimento real foram os empregados no setor público, seguido pelos trabalhadores por contra própria e pelos empregados com carteira de trabalho assinada.

Já entre as atividades econômicas, as que registraram maior crescimento do rendimento médio habitual foram as de transporte, armazenagem e correio, seguidas pela agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura e pela construção.

A PNAD aponta para o recorde da série histórica na massa de rendimento real habitual, que chegou a R$ 269,5 bilhões, um crescimento de 4% no trimestre e 11,5% na comparação anual.

Evolução do número de desempregados no país

Em milhares de pessoas

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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