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Defesa apresenta ao TSE militares que vão acompanhar as eleições
Coronel Marcelo de Souza será o chefe da equipe de dez membros, quatro deles do Exército, três da Aeronáutica e três da Marinha

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio
ALAN SANTOS / PR / 01.04.2022
Em meio ao atrito criado com o Judiciário, o Ministério da Defesa enviou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a lista com os nomes dos militares técnicos que acompanharão as eleições deste ano.
De acordo com o documento, obtido pela reportagem, o chefe da equipe será o coronel Marcelo Nogueira de Souza, do Exército. Ao todo, são dez membros – quatro do Exército, três da Aeronáutica e três da Marinha.
Confira os nomes indicados pelo Ministério da Defesa:
• Coronel Marcelo Nogueira de Souza (Exército), chefe da equipe;
• Coronel Wagner Oliveira da Silva (Força Aérea);
• Coronel Ricardo Sant’ana (Exército);
• Capitão de fragata Marcus Rogers Cavalcante Andrade (Marinha);
• Capitão de fragata Helio Mendes Salmon (Marinha);
• Capitão de fragata Vilc Queupe Rufino (Marinha);
• Tenente-coronel Rafael Salema Marques (Força Aérea);
• Major Renato Vargas Monteiro (Exército);
• Major Marcio Antônio Amite (Exército); e
• Capitão Heitor Albuquerque Vieira (Força Aérea).
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, saudou o TSE. “Aproveito a oportunidade para agradecer a Vossa Excelência pelas manifestações de apreço e de consideração, bem como renovo a permanente interlocução deste Ministério com a Corte Eleitoral, tendo como maior propósito contribuir para fortalecer o processo eleitoral brasileiro”, disse.
O tom do comunicado enviado ao TSE é diferente do observado em documento encaminhado pelo ministro no último dia 10. Na ocasião, o militar reclamou ao presidente Edson Fachin de que as Forças Armadas não se sentem prestigiadas pela Corte, já que sugestões de melhorias para o sistema eleitoral dadas por militares não foram acatadas.
Em 2021, as Forças Armadas foram convidadas pelo TSE para integrar a CTE (Comissão de Transparência das Eleições), feita pelo tribunal com o objetivo de coletar recomendações de órgãos públicos e da sociedade civil para aprimorar o processo eleitoral. Os militares encaminharam sete propostas à Corte, mas Nogueira ponderou que até hoje o TSE não analisou esses pontos “por ter sinalizado que não pretende aprofundar a discussão”.
“Destaca-se que as Forças Armadas foram elencadas como entidades fiscalizadoras, ao lado de outras instituições, legitimadas a participar das etapas do processo de fiscalização do sistema eletrônico de votação. Até o momento, reitero, as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao honroso convite do TSE para integrar a CTE”, disse o ministro.
Nogueira ainda cobrou, à época, do TSE que seja mais aberto à realização de auditorias independentes pelos partidos políticos. No documento enviado a Fachin, o ministro disse que, “no que tange à fiscalização e à auditoria, a proposta das Forças Armadas para incentivar-se a realização de auditoria por outras entidades, principalmente, por partidos políticos, é essencial para se conferir maior transparência e segurança ao processo eleitoral”.
A auditoria das eleições é um dos pleitos do presidente Jair Bolsonaro. No início deste mês, seu partido, o PL, apresentou ao TSE a empresa contratada pela sigla para auditar as eleições presidenciais deste ano. A companhia, Instituto Voto Legal, tem sede em São Paulo e é dirigida pelo engenheiro Carlos Rocha.
Rocha afirmou, ao R7, que as urnas podem ser fraudadas tecnicamente, defendeu a participação das Forças Armadas no pleito eleitoral e sugeriu a criação de um documento eletrônico para cada voto, além de buscar tranquilizar a sociedade sobre o assunto, sem tumultuar o pleito.
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Marcus Alexandre assume presidência do MDB em Rio Branco e projeta fortalecimento partidário para 2026
Ex-prefeito é homologado no cargo com presença de aliados, incluindo Petecão (PSD) e representantes do PP; foco será no programa “MDB Presente” para engajamento local

Marcus Alexandre começa seu projeto de trabalho a partir do MDB Presente, programa lançado pelo diretório nacional do partido cujo objetivo é aproximar a agremiação das bases. Foto: captada
O ex-prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre foi oficializado como presidente do diretório municipal do MDB nesta sexta-feira (18), em cerimônia que reuniu filiados, lideranças estaduais do partido e o senador Sérgio Petecão (PSD). A homologação marca o início de sua estratégia para fortalecer a sigla no Acre, com o programa “MDB Presente”, iniciativa nacional de capilarização partidária.
O evento contou com a presença de Gemil Júnior, suplente do senador Alan Rick (sem partido), e do vice-presidente do PP-AC, Lívio Veras, representando o governador Gladson Cameli. A articulação entre partidos sugere alinhamentos preliminares para o pleito de 2026.
Foco nas bases
Em discurso, Marcus Alexandre destacou o “MDB Presente” como eixo de sua gestão, com visitas a bairros e interior para consolidar a legenda. “Queremos um partido enraizado, pronto para disputar em 2026”, afirmou. A meta é ampliar a influência do grupo na capital, como no estado
O movimento ocorre em meio a reconfigurações políticas locais, com o MDB buscando espaço após derrotas em 2022. A adesão de Marcus, que já foi do PT, reforça a sigla como alternativa de centro.
Marcus Alexandre destaca experiência e planeja engajamento do MDB em Rio Branco
Em seu discurso após assumir a presidência do MDB municipal, o ex-prefeito Marcus Alexandre afirmou que o diretório estará atento às principais pautas da cidade e colocará sua trajetória política a serviço do partido. “Já fui prefeito duas vezes, participei de eleição majoritária recentemente, elaborei um plano de governo e percorri todos os bairros de Rio Branco. Queremos contribuir com esses debates, ouvindo a população por meio do programa MDB Presente”, declarou.
Apoio aos vereadores e alinhamento com o MDB estadual
Marcus Alexandre reconheceu o protagonismo do diretório estadual nas discussões para as eleições de 2026, mas ressaltou que a executiva municipal terá um papel ativo. “Vamos acompanhar e dar suporte aos nossos três vereadores – Neném Almeida, Fábio Araújo e Eber Machado –, que fazem um excelente trabalho na Câmara”, completou. A fala reforça a estratégia do partido de fortalecer sua base local enquanto se prepara para a disputa estadual.
A declaração reforça a intenção do MDB de se manter relevante no cenário político acreano, após um período de rearticulação. Com Marcus na liderança municipal, a sigla busca reposicionar-se como uma força de centro, capaz de agregar aliados e influenciar decisões-chave nos próximos anos.

O movimento ocorre em meio a reconfigurações políticas locais, com o MDB buscando espaço após derrotas em 2022. Foto: arquivo
Marcus Alexandre Médici Aguiar Viana da Silva, conhecido como Marcus Alexandre (Ribeirão Preto, 13 de junho de 1977) é um engenheiro e político brasileiro, filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Foi prefeito de Rio Branco, capital do estado do Acre.
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BR-364 terá R$ 10,23 bilhões em investimentos com nova concessão entre Vilhena e Porto Velho
Contrato assinado pela ANTT garante modernização de 686 km da rodovia em Rondônia, com duplicações, faixas adicionais e estrutura para usuários; via é estratégica para o escoamento da produção no Norte.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) assinou na sexta-feira (18) o contrato de concessão do trecho rondoniense da BR-364, entre os municípios de Vilhena e Porto Velho. O trecho, com 686,7 quilômetros, será administrado pela Concessionária de Rodovia Nova 364 S.A., formada pelo consórcio 4UM/Opportunity, vencedor do leilão realizado em fevereiro.
O contrato prevê R$ 10,23 bilhões em investimentos ao longo de 30 anos, destinados à operação, manutenção, ampliação da capacidade e modernização da rodovia, considerada uma das mais importantes do Norte do país.
Entre as principais obras previstas estão:
107,5 km de duplicações
190,5 km de faixas adicionais
17,8 km de vias marginais
24 passarelas de pedestres
90 pontos de ônibus
24 passagens de fauna
Implantação de acessos a portos e áreas de apoio ao usuário
Conhecida como Rota Agro Norte, a BR-364 é estratégica para o escoamento da produção de grãos, como soja e milho, e conecta Rondônia a importantes estados da Região Norte, como Acre, Amazonas, Pará, Maranhão e Amapá. Também é a principal ligação terrestre com o Acre, servindo como eixo logístico para a integração econômica da região com o restante do país.
Com a concessão, a expectativa é de que os investimentos proporcionem maior segurança viária, fluidez no tráfego de cargas e melhorias no atendimento aos usuários, além de impulsionar o desenvolvimento regional.
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Prazo de licença de mandato de Eduardo Bolsonaro termina neste domingo (20)
A licença parlamentar de 120 dias do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) termina neste domingo (20). Após esse período, ele começará a tomar faltas não justificadas caso não retorne ao Brasil.
Para não perder o mandato, o parlamentar não pode faltar mais de um terço das sessões do plenário da Câmara.
Nesta semana, o Congresso Nacional está em recesso e as atividades legislativas serão retomadas no dia 4 de agosto.
Em março deste ano, Eduardo solicitou afastamento do cargo por 120 dias por “interesses pessoais” e outros dois dias para “tratamento de saúde”.
Na ocasião, ele publicou um vídeo dizendo que permaneceria nos Estados Unidos para articulação política. Ele alegou ainda que, no país norte-americano, iria “buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”.
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo Bolsonaro foi o terceiro deputado mais votado em São Paulo nas eleições de 2022, com 741.701 votos, atrás de Guilherme Boulos (PSOL) e Carla Zambelli (PL), segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Quem é o suplente de Eduardo?
Após o pedido de licença do filho do ex-presidente, a Câmara convocou o suplente Missionário José Olímpio (PL-SP) para assumir o cargo no dia 21 de março.
Formado pela Faculdade de Direito de Itapetininga, no interior de São Paulo, José Olímpio Silveira Moraes é um político vinculado à Igreja Mundial do Poder de Deus.
Em suas redes sociais, o parlamentar diz lutar “pelos valores cristãos e familiares”.
À CNN, após Eduardo sinalizar que não retornaria ao Brasil, José Olímpio diz que, caso assuma o mandato de forma definitiva, vai dar continuidade aos trabalhos do filho de Jair Bolsonaro, visto que “as pautas” entre eles “são as mesmas”.
“Temos amizade próxima com a família de Bolsonaro e temos que manter esse trabalho”, afirmou.
Disposto a “sacrificar o mandato”
Na última semana, Eduardo Bolsonaro afirmou à CNN que estava disposto a “sacrificar” o seu mandato para trabalhar para o povo brasileiro dos Estados Unidos. “Não vejo clima para retornar ao Brasil e ser preso”, declarou.
Antes do pronunciamento do parlamentar, a CNN ouviu aliados do filho do ex-presidente, que já afirmavam que o entendimento era de que o momento realmente não era adequado para que o deputado retornasse ao Brasil.
Na última sexta-feira (18), após Jair Bolsonaro colocar tornozeleira eletrônica e ser impedido de falar com Eduardo Bolsonaro por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-presidente declarou que acredita que o filho não deve voltar ao Brasil.
“Se ele voltar, vai ser preso”, disse o ex-presidente.
O ex-chefe do Executivo declarou ainda que Eduardo vai, provavelmente, “se tornar um cidadão americano”.
“É um garoto inteligente, fala inglês muito bem, fala espanhol, domina o árabe, tem um bom relacionamento com o governo americano e acredito que ele vai buscar alternativas de se tornar um cidadão americano. E não volta mais para cá enquanto Alexandre de Moraes tiver poder de prender quem ele bem entender”, disse Bolsonaro.
Fonte: CNN
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