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De 5 ladrões condenados pelo maior roubo a banco no Brasil só um está preso
Dos cinco ladrões condenados a 18 anos e oito meses pelo maior roubo da história do País, estimado em até R$ 500 milhões entre joias, pedras preciosas e moedas estrangeiras levados do Banco Itaú da avenida Paulista, em agosto de 2011, só um está preso e em regime semiaberto.
Segundo investigações da Polícia Civil, com as ajudas de um vigilante e de um funcionário da empresa responsável pelo alarme da agência, os assaltantes ficaram 10 horas no banco e arrombaram 161 cofres de clientes. As vítimas são de classe alta.
João Paulo dos Santos, 43, cumpre pena no CPP (Centro de Progressão Penitenciária de Valparaíso). O advogado dele, Alex Galanti Nilsen, disse que o cliente tem bom comportamento, trabalha e estuda na prisão e vai ser beneficiado com o regime aberto em março do ano que vem.
A pena de Santos vence em 29 de junho de 2035. Documento do Ministério Público Estadual de 24 de novembro de 2020 diz que o preso já atingiu o lapso temporal para a progressão do regime aberto, mas adverte que o pedido deve ser analisado de forma mais criteriosa.
Santos foi condenado pelo roubo ao Itaú em outubro de 2013. Ele recorreu, e em 29 de setembro de 2016 a Justiça o autorizou a aguardar em liberdade a apelação. Mas em 16 de outubro de 2018 foi preso usando documento falso e recebeu uma pena de mais dois anos e meio.
Vigia teve morte natural
O vigilante Nivaldo Francisco de Souza, acusado de facilitar a entrada dos ladrões no banco, não ficou sete anos preso. Ele foi detido em novembro de 2011 e, segundo a SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária) morreu aos 54 anos, de causa natural, fora da prisão, em 26 de abril de 2018.
O operador de segurança Cléber da Silva Pereira, 35, concorreu, segundo as investigações, para que os alarmes fossem desligados na área de acesso aos cofres. A SAP informou que ele saiu em liberdade condicional do CPP de São José do Rio Preto em 11 de novembro de 2019.
Dono de uma loja de autopeças à época do roubo, Alessandro Fernandes, 48, especialista no uso de maçaricos, providenciou as ferramentas para arrombar os cofres e, junto com o comparsa João Paulo, aliciou o vigilante Nivaldo Souza a participar do crime.
Alessandro Fernandes deixou o CPP de Mongaguá em 7 de outubro de 2016 graças a um habeas corpus.
O quinto condenado, Francisco Rodrigues dos Santos, 55, o Chico, filmado por câmeras de segurança dentro do banco no dia do roubo, não foi preso até hoje.
A SAP informou que Chico é egresso do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Vila Independência desde 17 de abril de 2008. No BNMP (Banco Nacional de Mandados de Prisão) consta que ele é procurado desde 25 de outubro de 2013, quando foi condenado pelo roubo ao Itaú.
Mais de cem vítimas
O Poder Judiciário classificou o roubo ao Itaú como o “mais ousado assalto a banco da história do Brasil.
Na sentença de condenação dos réus, o juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, da 4ª Vara Criminal, escreveu que “foi o maior crime patrimonial contra instituições financeiras do país”.
Dos 161 cofres arrombados, em 142 havia joias, metais preciosos, canetas e relógios de ouro, dólares, euros e documentos. Pelas estimativas do magistrado, os ladrões levaram de R$ 250 milhões a R$ 500 milhões em bens dos clientes.
Muitas vítimas não prestaram queixa porque não haviam declarado os bens. A Polícia Civil informou na ocasião que famílias tradicionais de São Paulo, como a do ex-governador Paulo Maluf, tiveram os pertences roubados.
Uma empresária procurou a polícia para registrar o boletim de ocorrência e revelou que do cofre dela foram roubados 1.255 joias, moedas de ouro, pedras preciosas e relógios. De outra correntista, os ladrões levaram 1.360 peças de joias e de pedras preciosas.
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Dono do Banco Master e ex-presidente do BRB depõem à PF nesta terça
A investigação sobre fraude bilionária envolvendo o Banco Master colhe, nesta terça-feira (30), os depoimentos do dono do Master, o banqueiro Daniel Vorcaro, do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino.

Os depoimentos à Polícia Federal (PF) serão tomados no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), a partir das 14h.
As oitivas são parte de inquérito, no STF, que apura as negociações sobre a venda do Banco Master ao BRB, banco público do Distrito Federal (DF).
O BRB tentou comprar o Master pouco antes do Banco Central (BC) decretar a falência extrajudicial da instituição, e apesar de suspeitas sobre a sustentabilidade do negócio.
Paulo Henrique Costa foi afastado da presidência da instituição por decisão judicial.
Em novembro, o ex-presidente do BRB e Daniel Vorcaro foram alvos da Operação Compliance Zero, que investiga a concessão de créditos falsos. As fraudes podem chegar a R$ 17 bilhões em títulos forjados.
As oitivas dos investigados foram determinadas pelo ministro Dias Toffoli e serão realizadas individualmente. Inicialmente, o ministro do STF queria uma acareação entre os envolvidos. Porém, Toffoli definiu, dias depois, que a acareação só deve ocorrer caso a PF ache necessária. Acareação é quando os envolvidos ficam frente a frente para confrontar versões contraditórias.
Apesar do diretor do Banco Central não ser investigado, seu depoimento foi considerado pelo ministro Toffoli de “especial relevância” para esclarecer os fatos, uma vez que o BC é a instituição que fiscaliza a integridade das operações do mercado financeiro.
A defesa do banqueiro Vorcaro informou à Agência Brasil que não vai se manifestar sobre o depoimento porque o processo corre em sigilo.
A defesa do ex-chefe do BRB, Paulo Henrique Costa, por sua vez, informou que não se manifesta antes do depoimento.
O Banco Central também não se manifestou em relação ao depoimento do diretor de fiscalização da instituição.
BRB quis comprar Master
Em março deste ano, o BRB anunciou a intenção de comprar o Master por R$ 2 bilhões – valor que, segundo o banco, equivaleria a 75% do patrimônio consolidado do Master.
A negociação chamou a atenção de todo o mercado, da imprensa e do meio político, pois, já na época a atuação do banco de Daniel Vorcaro causava desconfiança entre analistas do setor financeiro.
No início de setembro, o Banco Central (BC) rejeitou a compra do Master pelo BRB. Em novembro, foi decretada falência da instituição financeira.
Compliance Zero
A Operação Compliance Zero é fruto das investigações que a PF iniciou em 2024, para apurar e combater a emissão de títulos de créditos falsos.
As instituições investigadas são suspeitas de criar falsas operações de créditos, simulando empréstimos e outros valores a receber. Estas mesmas instituições negociavam estas carteiras de crédito com outros bancos.
Após o Banco Central aprovar a contabilidade, as instituições substituíam estes créditos fraudulentos e títulos de dívida por outros ativos, sem a avaliação técnica adequada.
O Banco Master é o principal alvo da investigação instaurada a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Na nota, o BRB afirmou que “sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando, regularmente, informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central sobre todas as operações relacionadas [às negociações de compra do] Banco Master”.
Fonte: Conteúdo republicado de AGENCIA BRASIL - NOTÍCIAS
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Acre terá R$ 5,7 bilhões em obras e 3 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida até 2027
Investimentos do Novo PAC vão da nova Maternidade de Rio Branco ao linhão elétrico entre Feijó e Cruzeiro do Sul; transferências federais ao estado cresceram 29% em relação a 2022

Serão investidos R$5,7 bilhões para acelerar a saúde, a educação, a cultura, a sustentabilidade, o transporte e a infraestrutura do Acre, segundo publicação. Foto: captada
O Acre terá R$ 5,7 bilhões em investimentos até 2030 por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), abrangendo setores como saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. Além disso, até 2027, a expectativa é de que 3 mil acreanos recebam a chave da casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.
Entre as principais obras previstas estão a construção da nova Maternidade de Rio Branco, no Segundo Distrito; o linhão de transmissão de energia entre Feijó e Cruzeiro do Sul, com 277 quilômetros de extensão; e a restauração da BR-364. Até 2030, serão 250 empreendimentos em todo o estado.
Em 2024, o governo federal transferiu R$ 9,9 bilhões para complementar o orçamento do estado e das prefeituras acreanas, valor 29% maior que o repassado em 2022, último ano do governo Bolsonaro.
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Acre cria sistema e centro integrado para monitoramento ambiental e combate ao desmatamento
Lei sancionada pela governadora em exercício Mailza Assis formaliza estruturas já existentes na Secretaria de Meio Ambiente; governo garante que não gerará aumento de despesas

A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Foto: captada
Foi sancionada nesta terça-feira (30) a lei que cria o Sistema Integrado de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SIMAMC) e o Centro Integrado de Inteligência, Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA) no Acre. A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP), também institui o Grupo Operacional de Comando, Controle e Gestão Territorial, com foco no fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas.
Segundo o governo, a medida não implica aumento de despesas, uma vez que o CIGMA já está em funcionamento dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), carecendo apenas de institucionalização legal. A lei visa integrar e otimizar ações de monitoramento, inteligência e gestão territorial no estado, ampliando a capacidade de resposta a crimes ambientais.
A publicação ocorreu no Diário Oficial do Estado (DOE) e representa mais um passo na estruturação da política ambiental acreana, em meio a discussões nacionais sobre clima e preservação.




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