Cotidiano
Corpos acumulados em necrotério de pronto-socorro de Rio Branco: ‘Nossa triste realidade’, diz diretor
Isso porque, segundo elas informações, tiveram vários óbitos durante a noite de domingo (28) e a madrugada de segunda e não há serviço de sepultamento à noite.
Por Iryá Rodrigues
Corpos acumulados no necrotério do pronto-socorro de Rio Branco, uma das unidades de saúde da capital que atende pacientes com Covid-19.
As imagens que mostram ao menos oito corpos em uma sala do hospital circularam nas redes sociais e viralizaram.
O diretor da unidade, Areski Peniche, confirmou nesta terça (2) que se trata do necrotério do hospital e que o vídeo deve ter sido feito nas primeiras horas dessa segunda. Isso porque, segundo ele, tiveram vários óbitos durante a noite de domingo (28) e a madrugada de segunda e não há serviço de sepultamento à noite.
“Com relação a essas imagens que estão circulando, provavelmente foram feitas na manhã de ontem, porque tivemos diversos óbitos na madrugada de domingo para segunda e, como não temos serviço de sepultamento à noite, nem na madrugada, esses cadáveres acabaram se acumulando dentro do necrotério, mas, durante a manhã, os familiares foram retirando os corpos e providenciando os procedimentos funerários”, afirmou Peniche.
Ainda sobre a situação, ele disse que é “muito grave” e que somente nesta terça o necrotério da unidade está com dois cadáveres e as famílias já foram avisadas e providenciam os sepultamentos.
“A situação está muito séria, infelizmente uma boa parcela da população continua aglomerando em locais públicos e nos hospitais vão se aglomerando cadáveres. Essa é nossa triste realidade, os trabalhadores estão se dedicando demais, a Secretaria de Saúde tem feito uma ação incansável, incessante no intuito de garantir os insumos, medicamentos, garantir que a população tenha atendimento. Mas chegou um limite, onde não se tem mais como ampliar serviços, não se tem mais como criar novas estruturas.”
Covid-19 no Acre
O boletim da Secretaria de Saúde do Acre trouxe a confirmação de mais 14 mortes pela Covid-19 nessa segunda (1). Com isso, o total de mortes no estado é de 1.012. Mais 280 novos casos de infecção pelo novo coronavírus também foram registrados, fazendo como que o número de casos saltasse de 57.534 para 57.894 nas últimas 24 horas. Há 325 pessoas internadas.
O estado está em contaminação comunitária desde o dia 9 de abril, com uma taxa de incidência de e e 6.472,4 casos para cada 100 mil habitantes. O Acre apresenta um coeficiente de mortalidade (óbitos por 100 mil habitantes) de 113,1% e de letalidade de 1,7%.
Maiores taxas de contaminação a cada 10 mil habitantes:
- Assis Brasil – 1.531
- Xapuri – 1.269
- Tarauacá – 986
- Mâncio Lima – 914
- Sena Madureira – 780
Situação dos leitos no Acre
Dos 106 leitos de UTI nos hospitais da rede SUS disponibilizados, 97 estão ocupados. Dessa forma, a taxa de ocupação apresentou uma leve queda e chegou a 91,5%. O Into, onde fica o maior hospital de campanha do estado, continua com lotação máxima. Os leitos de UTI estão concentrados em Rio Branco, com 85 vagas, e Cruzeiro do Sul, com 26.
No total, Rio Branco tem 200 leitos de enfermaria para pacientes da Covid-19, dos quais 167 estão ocupados.
Veja a situação do Sistema Único de Saúde (SUS) em hospitais Rio Branco, de acordo com dados divulgados às 17h dessa segunda-feira (1) pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).
Leitos de enfermaria (Covid-19)
Nome do Hospital | Taxa de ocupação |
Pronto-Socorro de Rio Branco | 30% |
Into-AC Hospital de campanha | 96% |
Leitos de UTI (Covid-19)
Nome do Hospital | Taxa de ocupação |
Pronto-Socorro de Rio Branco | 88,7% |
Into-AC Hospital de Campanha | 93% |
Confira a ocupação total do município em cada categoria:
- Leitos de enfermaria Covid: 83,5%
- Leitos de UTI Covid: 91,5%
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Casos de Covid-19 aumentam nas regiões Norte e Nordeste
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe
Pelo menos 287 pessoas morreram por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada por Covid-19 apenas neste mês de janeiro, no Brasil. O total de casos graves com diagnóstico confirmado da doença se aproxima de 900. Os dados são do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e se referem às notificações feitas ao Ministério da Saúde até o dia 25 de janeiro.
O termo síndrome respiratória aguda grave se refere ao agravamento de sintomas gripais com o comprometimento da função pulmonar. A maioria dos casos acontece após uma infecção viral. Por enquanto, quase 52% dos casos registrado este ano, com resultado positivo para algum vírus, foram provocados por Covid-19. Mas o coronavírus causou 78,7% das infecções que levaram a óbito.
Os dados dessa última atualização reforçam um alerta que já têm sido feito há algumas semanas sobre o aumento das infecções pelo coronavírus. O boletim, inclusive, considera a possibilidade de que uma nova variante mais transmissível possa estar se espalhando.
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. A incidência de casos graves é maior entre as crianças pequenas e os idosos, e a mortalidade ocorre majoritariamente em idosos. Mas o levantamento alerta que no Amazonas e em Rondônia tem sido observado um aumento de SRAG também entre jovens e adultos.
De acordo com a pesquisadora Tatiana Portela, as recomendações de praxe permanecem: “Em caso de sintomas gripais, o ideal é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas, mas, se não for possível fazer esse isolamento, o recomendado é sair de casa utilizando uma boa máscara. E claro, é muito importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação contra a covid-19.”
O esquema atual de vacinação no Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza duas ou três doses (a depender do imunizante) para todas as crianças de 6 meses a menos de 5 anos. Além disso, idosos e pessoas imunocomprometidas devem receber uma nova dose a cada seis meses. Já as grávidas devem receber uma dose durante a gestação, e as pessoas que fazem parte de algum grupo vulnerável, como indígenas e quilombolas e pessoas com deficiência ou comorbidade, devem tomar um reforço anual.
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Polícia faz duas apreensões de drogas e prende cinco pessoas em Tarauacá
Os três homens foram presos na ação, eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais
Duas apreensões de drogas foram realizadas pela Polícia Militar nesta quinta-feira, 30, em Tarauacá e cinco pessoas foram presos, sendo quatro por tráfico. Uma indígena foi detida ao ser flagrado comprando droga.
A primeira apreensão aconteceu na rua Lauriete Borges, bairro Triângulo, quando a PM percebeu uma movimentação estranha em um estabelecimento comercial. Um homem que estava no local demonstrou nervosismo ao notar a presença policial e tentou se esconder nos fundos, onde foi flagrado escondendo entorpecentes.
No total, três homens foram presos na ação e admitiram estar envolvidos na venda de drogas há cerca de um ano na região. Eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais.
Já na rua Benjamin Constant, a Polícia Militar, por meio do Serviço de Inteligência, prendeu em flagrante Rafael Vasconcelos de Melo, por tráfico de pedra de crack e oxidado. Segundo a PM, ele já tem diversas passagens por furtos, roubos e tráfico. Uma indígena que estaria comprando drogas do traficante também foi presa.
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