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Copa 2023: Espanha supera crise com técnico, bate a Inglaterra e é campeã

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A Espanha é campeã da Copa do Mundo feminina 2023. Com gol da capitã Carmona ainda no primeiro tempo, as espanholas venceram a Inglaterra por 1 a 0, no lotado Accor Stadium, em Sydney, e conquistaram o Mundial pela primeira vez na sua história.

As espanholas controlaram a maior parte do jogo e não conseguiram um placar maior por causa de Mary Earps. A goleira defendeu um pênalti de Hermoso e fez intervenções importantes no decorrer da partida.

A final contou com quase 76 mil pessoas. Os ingleses foram maioria nas arquibancadas, mas a festa foi dos espanhóis.A Espanha superou a crise e boicote de jogadoras para levantar a taça. Ao todo, 12 atletas se recusaram a servir à seleção neste Mundial devido à permanência do técnico Jorge Vilda.

Jorge Vilda foi vaiado no anúncio das escalações. O comandante espanhol é criticado por parte do elenco desde o ano passado, mas foi bancado pela Federação Espanhola.

Do outro lado, Sarina Wiegman é vice pela segunda vez. A técnica da Inglaterra foi a comandante da Holanda no Mundial de 2019.

A Espanha é a terceira seleção europeia a ser campeã do mundo. Ela se junta à Noruega (1995) e Alemanha (2003 e 2007).

Como foi o jogo

Final começou aberta, com bola na trave e milagre de Earps. Espanha valorizou a posse de bola, sempre buscando espaços para aproveitar a velocidade de Paralluelo e Redondo pelos lados e viu a melhor chance parar na melhor goleira do mundo. Do outro lado, a Inglaterra mostrou jogadas mais elaboradas e com recursos para se livrar na forte marcação espanhola, mas a melhor oportunidade explodiu no travessão.Invasão de campo paralisou o jogo. Aos 24 minutos do primeiro tempo, enquanto a Inglaterra se preparava para a cobrança de falta, um torcedor – de máscara e com camiseta contra o Vladimir Putin, presidente da Rússia — invadiu o gramado, chegando próximo à entrada da grande área, mas foi rapidamente contido pelos seguranças.

Espanha saiu na frente com gol da capitã e segurou a Inglaterra até o intervalo. Carmona fez a festa espanhola ao finalizar cruzado e abrir o placar em Sydney. Com a vantagem, a Espanha trocou passes e buscou desacelerar o jogo. Quando não tinha a bola, apostou na marcação para segurar uma desorganizada Inglaterra.

Inglaterra voltou com James e Kelly e foi para cima da Espanha, mas faltou pontaria. As britânicas ficaram mais com a bola e encontraram espaços, principalmente pelos lados do campo. Mas faltou calma na hora de finalizar e empatar o confronto. Do outro lado, a Espanha não abriu mão de atacar e viu Mary Earps manter a vantagem mínima.

Mary Earps encaixou pênalti e deixou a Inglaterra viva no jogo. Após longa demora, o VAR recomendou revisão de toque de mão de Walsh. A árbitra marcou a penalidade, Hermoso foi para a cobrança, e a inglesa mostrou por que é a melhor goleira do mundo e manteve a Inglaterra viva.Espanha segurou a pressão inglesa em 13 minutos de acréscimo e soltou o grito de campeã. As espanholas valorizaram a posse de bola e aproveitaram substituições para matar o tempo. Já a quantidade de acréscimos deveu-se à demora na marcação do pênalti e pelo atendimento à Greenwood após corte na cabeça em dividida com Paralluelo.

Vaias a Vilda e ingleses em peso

O técnico Jorge Vilda foi vaiado no anúncio das escalações no telão do estádio. Enquanto nas capas dos jornais espanhóis ele acabou sendo a estrela, na Austrália a torcida ficou ao lado das jogadoras na polêmica.

Os ingleses estavam em maior número em Sydney e cantaram alto o hino do país, mas ao longo do jogo os espanhóis de fizeram ouvir. Muitas vezes, cantavam muito mais alto.

Gols e lances importantes

Na trave! Aos 16 minutos do primeiro tempo, Daly amorteceu a bola na esquerda da área, ajeitou para Hemp e a atacante, em finalização de canhota, acertou o travessão de Cata Coll.

Defendeu Mary Earps! Aos 17 minutos do primeiro tempo, após jogada pela esquerda, Carmona cruzou, a bola passou por Paralluelo e Redondo finalizou. No reflexo, Earps defendeu e Walsh completou.

Gol da capitã! Aos 29 minutos do primeiro tempo, Carmona foi acionada nas costas de Lucy Bronze, invadiu a área e finalizou cruzado, sem chance para Earps.

Na trave! Aos 46 minutos do segundo tempo, Paralluelo recebeu de Batlle na marca do pênalti, finalizou de primeira e acertou a a trave esquerda.

Pegou, Earps! Aos 6 minutos do segundo tempo, Caldentey arrumou espaço na entrada da área, bateu de chapa no canto esquerdo e Mary Earps voou para espalmar de mão trocada.

Para fora. Aos 9 minutos do segundo tempo, Kelly recebeu de Stanway na direita, cruzou para o segundo pau e, de frente para o gol, Hemp finalizou à esquerda de Cata Coll.Mary Earps! Aos 24 minutos do segundo tempo, Hermoso foi para a cobrança de pênalti — marcado com auxílio do VAR por toque de mão de Walsh dentro da área — e a goleira Mary Earps foi buscar no canto esquerdo.

Mais uma para conta dela! Aos 48 minutos do segundo tempo, Batlle entrou na área pela direita, chutou cruzado e, após desvio de Carter, Earps esticou o pé esquerdo para defender.

FICHA TÉCNICA

Espanha 1 x 0 Inglaterra

Competição: final da Copa do Mundo feminina
Data e horário: 20 de agosto de 2023, às 7h (de Brasília)
Local: Accor Stadium, em Sydney, na Austrália
Árbitra: Tori Penso
Assistentes: Brooke Mayo e Katie Nesbitt
Cartões amarelos: Hemp (Inglaterra); Paralluelo (Espanha)
Gol: Carmona (Espanha), aos 29 minutos do primeiro tempo
Público: 75.784 torcedores

ESPANHA: Cata Coll; Ona Batlle, I. Paredes, L. Codina (Ivana Andrés) e Olga Carmona; Teresa Abelleira, Aitana Bonmati e Jenni Hermoso; Alba Redondo (Hernández), Mariona Caldentey (Putellas) e Paralluelo. Técnico: Jorge Vilda.

INGLATERRA: Earps; Carter, Bright e Greenwood; Bronze, Walsh, Stanway e Daly (Kelly); Toone (England); Russo (Lauren James) e Hemp. Técnica: Sarina Wiegman.

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Ex-deputado Daniel Silveira pede ‘saidinha’ de Páscoa a Alexandre de Moraes

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Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar

Ex-deputado Daniel Silveira pediu para deixar a prisão na Páscoa. Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

O ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pediu autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para deixar temporariamente o regime semiaberto e passar a Páscoa com a família. Cabe ao ministro Alexandre de Moraes decidir se autoriza ou não a “saidinha”.

A defesa argumenta que ele já cumpriu mais de um sexto da pena – um dos requisitos previstos na Lei de Execuções Penais para a concessão do benefício. O outro é o bom comportamento, que segundo seus advogados ele também já comprovou ao se dedicar ao trabalho e a atividades acadêmicas.

“Durante o período de reclusão, o reeducando dedicou-se de maneira constante ao trabalho e aos estudos conforme se atesta no (e-doc 603/604), desenvolvendo atividades produtivas que contribuíram significativamente para a sua ressocialização”, diz o pedido.

Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar.

O ex-deputado chegou a ser colocado em liberdade condicional, mas voltou a ser preso na véspera do Natal por descumprir o horário de recolhimento domiciliar noturno (de 22h às 6h) estabelecido como contrapartida para a flexibilização do regime de prisão.

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Projeto de lei torna crime a perturbação da paz com pena de até 2 anos de prisão

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O autor da proposta, deputado Kim Kataguiri (União-SP), afirma que a atualização da norma é necessária para as autoridades agirem de forma eficaz contra eventos que causam transtornos à população

Deputado Kim Kataguiri alega que projeto torna mais claro identificar perturbação da paz. Foto: Pablo Valadare/Agência Câmara

Da Agência Câmara

O Projeto de Lei 4315/24 transforma em crime a perturbação da paz, que hoje é uma contravenção penal. A proposta define o crime da seguinte forma: organizar, promover ou executar evento não autorizado pelo poder público, em via pública ou em prédio particular, que cause transtorno à vizinhança pelo uso de som elevado ou aglomeração que impeça ou dificulte o trânsito de pessoas ou veículos.

A pena prevista é detenção de 6 meses a 2 anos, podendo aumentar em 1/3 até a metade se:

– o evento for realizado à noite;

– o evento for realizado em sábado, domingo ou feriado;
– houver a presença de crianças ou adolescentes no evento;

– o evento for organizado por associação criminosa ou milícia privada;

– o evento atrapalhar as atividades de escola ou hospital e outras consideradas essenciais.

Conforme a proposta, incorre nas mesmas penas:

– o artista de qualquer espécie que se apresenta no evento;

– a pessoa que cede, a título gratuito ou oneroso, equipamento sonoro para a realização do evento;

– a pessoa que participa, de qualquer modo, desse tipo de evento.

Contravenção penal

Atualmente, a Lei das Contravenções Penais pune com 15 dias a três meses de prisão e multa quem perturbar o trabalho ou o sossego alheios:
– com gritaria ou algazarra;
– exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com a lei;
– abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
– provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda.

Atualização necessária

O autor da proposta, deputado Kim Kataguiri (União-SP), afirma que a atualização da norma é necessária para as autoridades agirem de forma eficaz contra eventos que causam transtornos à população.

“Ao estabelecer penalidades claras e proporcionais, o projeto visa a reprimir a realização de eventos irregulares, promovendo um ambiente urbano mais seguro e harmonioso”, argumenta. A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votada pelo Plenário da Câmara. Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.

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Governo lança ações para enfrentar temperaturas extremas no Brasil

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Para enfrentar as altas temperaturas, uma das ações é o Programa Cidades Verdes Resilientes, que tem o objetivo de aumentar a qualidade ambiental e preparar os municípios para lidar com a mudança do clima

Ministério do Meio Ambiente adota medidas para reduzir impacto das altas temperaturas. Imagem: YouTube

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima articula com os ministérios da Educação e da Saúde o enfrentamento das ondas de calor que atingem o país. O objetivo é alertar a população sobre os cuidados necessários para lidar com a elevação das temperaturas e viabilizar ações para minimizar seus impactos, principalmente nas escolas.

Em janeiro, a média de temperatura global esteve 1,75ºC acima dos níveis pré-industriais (1850-1900), de acordo com o Copernicus, observatório climático da União Europeia.

O Brasil sofre os efeitos do aquecimento global, entre eles, o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como ondas de calor severas. Há previsão de temperaturas intensas para as próximas semanas, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em especial para o Sul do país. Em alguns municípios, os termômetros devem registrar mais de 40°C.

Para enfrentar as altas temperaturas, uma das ações é o Programa Cidades Verdes Resilientes, que tem o objetivo de aumentar a qualidade ambiental e preparar os municípios para lidar com a mudança do clima.

O programa é implementado a partir de ações baseadas em seis eixos temáticos: áreas verdes e arborização urbana; uso e ocupação sustentável do solo; infraestrutura verde e azul e soluções baseadas na natureza; tecnologias de baixo carbono; mobilidade urbana sustentável e gestão de resíduos urbanos.

No guarda-chuva do programa, está a iniciativa AdaptaCidades, que fornecerá apoio técnico para que estados e municípios desenvolvam planos locais e regionais de adaptação. Ao aderir ao projeto, os governos estaduais devem indicar dez municípios com alto índice de risco climático para receber a capacitação. Também podem ser beneficiados consórcios intermunicipais e associações de municípios em caráter excepcional. A aprovação das indicações será feita pelo MMA com base em critérios técnicos, considerando o risco climático e o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Até o momento, 21 estados já participam da iniciativa.

Cidades Verdes Resilientes e AdaptaCidades estão alinhados ao Plano Clima, que será o guia das ações de enfrentamento à mudança do clima no Brasil até 2035. Em elaboração por 23 ministérios, sob a presidência da Casa Civil e a coordenação do MMA, o plano tem um dos eixos voltados à adaptação dos sistemas naturais e humanos aos impactos da mudança do clima. O segundo pilar é dedicado às reduções de emissões de gases de efeito estufa (mitigação), cujas altas concentrações na atmosfera causam o aquecimento do planeta.

Além das Estratégias Nacionais de Mitigação e Adaptação, o Plano Clima será composto por planos setoriais: são sete para mitigação e 16 para adaptação. Traz ainda Estratégias Transversais para a Ação Climática, que definirão meios de implementação (como financiamento, governança e capacitação) e medidas para a transição justa, entre outros pontos.

O MEC tem retomado as atas de registro de preços do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) que oferecem ganhos de escala, produtos padronizados e de qualidade aos entes federados, que ficam desobrigados a realizar processos licitatórios próprios (podendo aderir a ata da Autarquia). Já está disponível ata de registro de preços para compra de ventiladores escolares e está prevista ata para aparelhos de ar-condicionado ainda no primeiro semestre de 2025.

Além das ações coordenadas pelo governo federal, planos de contingência para período de extremo calor devem ser desenvolvidos por cada rede de ensino, considerando o princípio constitucional da autonomia federativa e as realidades locais.

Cuidados e dicas

As ondas de calor são caracterizados por temperaturas extremamente altas, que superam os níveis esperados para uma determinada região e época do ano. Esses períodos de calor intenso podem durar dias ou semanas e são exacerbados pelo aquecimento global, que tem aumentado tanto a frequência quanto a intensidade do calor em várias partes do mundo.

Esses episódios são potencializados em áreas urbanas devido ao efeito das ilhas de calor, fenômeno em que a concentração de edifícios, concreto e asfalto retém mais calor e aumenta ainda mais as temperaturas.

A saúde de toda a população pode ser afetada nessas situações, em especial os mais vulneráveis — como idosos; crianças; pessoas com problemas renais, cardíacos, respiratórios ou de circulação; diabéticos; gestantes; e população em situação de rua. O calor excessivo pode causar tontura; fraqueza; dor de cabeça; náuseas; suor excessivo; e alterações na pele. Ao notar esses sintomas, é essencial buscar ajuda médica.

Entre os cuidados para se proteger, é recomendável beber água regularmente, ainda que sem estar com sede; evitar exposição ao sol das 10h às 16h; usar roupas leves, chapéu e óculos escuros; refrescar-se com banhos frios e utilizar toalhas úmidas; e nunca deixar pessoas ou animais em veículos fechados.

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