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Computador de US$ 35 quer levar tecnologia a todos

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Aparelho criado com o objetivo de estimular uma nova geração de programadores já vendeu mais de um milhão de unidades

NAYARA FRAGA – O Estado de S.Paulo

O Raspberry Pi pesa 45 gramas, cabe na palma da mão e faz muitas das coisas que um computador normal faz. Com ele, é possível criar planilhas, jogar games, editar textos ou até controlar o processo de fermentação da cerveja. Tema de uma das palestras realizadas ontem na Campus Party, o maior evento de tecnologia e ciência do Brasil, o minicomputador já teve 1 milhão de unidades vendidas um ano após seu lançamento.

O preço é um dos principais apelos do produto, que praticamente não passa de um circuito impresso com chips. A versão mais simples, com 256 megabytes (MB) de memória RAM, custa US$ 25. A mais avançada, com 512 MB e ponto de conexão à internet, sai por US$ 35. No Brasil, porém, o equipamento é vendido por R$ 170, mais o frete.

O sucesso nas vendas fez a Raspberry Pi Foundation, organização sem fins lucrativos nascida no laboratório de computação da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, suspender a restrição de compra (apenas um por pessoa). Agora, o usuário pode comprar quantos quiser, o que elevou a produção para 4 mil unidades por dia.

O minicomputador é pensado, sobretudo, para crianças. A razão disso está na percepção dos criadores do equipamento de que os jovens estão, cada vez mais, menos habilidosos no quesito programação. “Ao contrário dos garotos de 1990, que chegavam ao curso de ciência da computação já com a programação como um hobby, os dos anos 2000 têm apenas alguma experiência com webdesign”, diz a página da organização na internet.

É por isso que o maior uso do computador tem sido nas escolas, principalmente na Inglaterra, onde a associação está baseada e parcerias com empresas tendem a ser mais frequentes. Ontem, o Google anunciou que distribuirá 15 mil Raspberry Pis a escolas no Reino Unido, com a esperança de estimular a criação de uma nova geração de cientistas da computação.

Impulso. Jon Hall, diretor executivo da Linux que é um dos entusiastas do Raspberry Pi, diz que o uso do minicomputador ganhou impulso quando a comunidade acadêmica percebeu que não havia programadores suficientes para “suprir as necessidades da sociedade moderna”. “Os softwares que as pessoas precisam não podem ser todos produzidos por uma companhia só, como Apple ou Microsoft. Você tem de ter pessoas que entendam como os computadores funcionam e saibam quanto custa desenvolver um software.”

No Brasil, por enquanto, há poucos usuários do Raspberry Pi. Um deles é Fernando Masanori Ashikaga, professor do curso de análise e desenvolvimento de sistemas da Faculdade de Tecnologia de São José dos Campos, que usa o minicomputador como ferramenta de trabalho. Em vez de notebook, ele leva o Raspberry Pi e o conecta a um projetor. O equipamento tem portas USB, entrada para o cabo da internet e pode ser conectado à TV e a um teclado. Para funcionar, basta ligá-lo na tomada.

Além de uso pessoal, o Raspberry Pi de Ashikaga serve como inspiração para os estudantes que estão aprendendo a escrever códigos. “Eles podem ver por dentro como tudo funciona. E o fato de o computador ser pequeno faz a pessoa perder o medo de entender programação.” Para o professor, a simplicidade do Raspberry, ante a complexidade de um Mac, diminui a resistência dos alunos e colabora para reduzir um problema do mercado: “O pessoal está se afastando da computação. Faltam profissionais”.

O Raspberry Pi também pode ser fonte de lucro. Há casos de aplicações comerciais baseadas no computador que atraem a atenção de governos e empresas. Na Colômbia, um garoto desenvolveu um sistema de casa automatizada controlada pelo celular. No Brasil, o estudante Alejandro Mesias empregou o equipamento na área agrícola. Com a aplicação desenvolvida por ele, um fazendeiro de Amparo, interior paulista, consegue ver se o solo precisa de fertilizantes.

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PRF apreende 600 quilos de maconha sintética tipo skunk em caminhão durante abordagem na BR-364

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Droga foi encontrada em caminhão que saiu de Manaus com destino a Goiânia; motorista foi detido e caso segue com a Polícia Civil

O veículo, um cavalo-trator VW/25.370 acoplado a um semirreboque, foi conduzido até a Unidade Operacional da PRF em Rondonópolis para uma inspeção mais detalhada. Foto: cedida 

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu cerca de 600 quilos de substância análoga à maconha, do tipo skunk, durante uma fiscalização na BR-364, entre Rondonópolis e Pedra Preta (MT). A droga estava escondida em 18 galões plásticos e seis caixas de papelão dentro de um caminhão.

Segundo a PRF, a abordagem ocorreu por volta das 9h30 após a equipe notar problemas na sinalização traseira do veículo. O motorista informou que a carga havia sido embarcada em Manaus (AM) e teria como destino Goiânia (GO), onde seria entregue mediante pagamento.

O condutor foi detido e o caso foi encaminhado à Polícia Civil de Rondonópolis, que assumiu as investigações. A apreensão é considerada uma das maiores de skunk registradas recentemente na região.

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PF deflagra Operação Dark Bet de combate ao tráfico de brasileiros

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A operação visa à coleta de provas, à interrupção das atividades criminosas e à responsabilização dos envolvidos, incluindo a apuração de crimes como tráfico internacional de pessoas
    Agentes federais buscam provas sobre tráfico de brasileiros para a Nigéria. Foto: PF-AM/Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (16), a Operação Dark Bet [aposta escura, na tradução livre] com o objetivo de apurar e reprimir a atuação de organização criminosa responsável pelo aliciamento e envio de brasileiros ao exterior para fins de exploração com trabalho e coação à prática de crimes cibernéticos.

A investigação começou a partir da prisão de 109 pessoas na Nigéria, entre elas 5 brasileiros, acusados da prática de crimes cibernéticos, e revelaram um esquema estruturado de recrutamento de vítimas por meio de redes sociais e plataformas digitais, com promessas de altos salários e oportunidades de trabalho em empresas do setor de jogos on-line.

No exterior, os trabalhadores eram submetidos a jornadas exaustivas, retenção de documentos, restrição de liberdade, vigilância armada e imposição de dívidas.

A apuração revelou que os brasileiros foram contratados por uma empresa de jogos esportivos (BET), que opera duas plataformas no território nacional.

A operação visa à coleta de provas, à interrupção das atividades criminosas e à responsabilização dos envolvidos, incluindo a apuração de crimes como tráfico internacional de pessoas para fins de exploração laboral, redução à condição análoga à de escravo, organização criminosa e outros delitos correlatos.

Estão sendo cumpridos 11 mandados judiciais de busca e apreensão nos estados do Ceará, Maranhão, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, além de medidas cautelares pessoais e patrimoniais, como bloqueio e sequestro de bens e valores que superam R$ 446 milhões, bem como 4 prisões temporárias, expedidos pela Justiça Federal.

A Justiça Federal determinou a suspensão das atividades empresariais das pessoas jurídicas envolvidas, bem com a retirada do ar de duas plataformas de jogos esportivos (Bets).

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Governo oficializa prazo para a inspeção médica e entrega documental de convocados da Educação

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O governo reforça que os candidatos devem ficar atentos aos prazos e às orientações previstas no edital, bem como providenciar toda a documentação exigida no prazo estabelecido

A avaliação segue critérios técnicos e regras do edital, iguais para todos. Foto: captada 

O governo do Acre, por meio das secretarias de Estado de Administração (Sead) e de Educação e Cultura (SEE), publicou, nesta terça-feira, 16, o Edital nº 57 Sead/SEE, que oficializa a prorrogação do prazo para a realização da inspeção médica e para a entrega de documentos dos candidatos convocados no concurso público da Educação, permanecendo inalterados os demais itens do certame.

De acordo com a retificação, os candidatos poderão comparecer à Junta Médica Oficial do Estado até o dia 26 de dezembro de 2025. Em Rio Branco, o atendimento é efetuado no Instituto de Previdência do Estado do Acre (Acreprevidência), de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h, e aos sábados, das 7h às 13h. Em Cruzeiro do Sul, a inspeção médica será realizada nos dias 11 e 18 de dezembro, das 8h às 12h, na Rua Félix Gaspar, n° 3806, bairro Centro.

O prazo para entrega da documentação também foi estendido até o dia 26 de dezembro. Em Rio Branco, os candidatos devem comparecer à sede da SEE, das 7h30 às 12h e das 14h às 17h30. Nos demais municípios, a entrega deve ser realizada nos respectivos núcleos de Educação.

Os candidatos devem apresentar documentação completa, incluindo foto 3×4 recente, documentos de identificação, comprovante de endereço, certificados de formação, certidões negativas e declarações exigidas. A lista completa dos documentos necessários está disponível no edital nº 55.

O governo reforça que os candidatos devem ficar atentos aos prazos e às orientações previstas no edital, bem como providenciar toda a documentação exigida no prazo estabelecido, a fim de garantir a continuidade no certame. Ressalta-se ainda que não existe garantia de aprovação na etapa de Junta Médica em concurso público. Nenhuma clínica, laboratório ou intermediário pode prometer resultado. A avaliação segue critérios técnicos e regras do edital, iguais para todos.

Diante de relatos sobre possível “facilitação” ou promessa de aprovação, a orientação é seguir o edital e não usar intermediários. O candidato deve conferir datas, assinaturas, procedência dos laudos e a avaliação por especialista, quando exigida.

Os candidatos podem obter mais informações por meio dos contatos telefônicos dos núcleos da SEE ou com a Sead, das 8h às 14h, por meio do endereço eletrônico [email protected].

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