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“Compramos material para produzir jalecos porque não temos EPIs”, denunciam servidores da saúde em Assis Brasil

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Funcionários que atuam na unidade mista de saúde em Assis Brasil denunciaram que estão enfrentando condições precárias de trabalho para o enfrentamento ao coronavírus.
Em um relato enviado via WhatsApp, um funcionário, que pediu para não ter o nome divulgado, contou que na unidade, só há um médico, não possuem jalecos e não há alimentação suficiente para todos.

“Estamos escolhendo se atendemos covid-19 ou emergência, a Sesacre ficou de dá um posição amanhã se vai enviar mais funcionários. Porque se ninguém socorrer eu não o que vai ser”, relatou.

Em outro trecho, o denunciante conta que os funcionários fizeram uma cota para comprar TNT para produzirem jalecos.

“Compramos TNT pra jaleco e estamos fabricando e pedindo ajudas as costureira eu mesma já fiz 110, os que mandaram e tão fino que nem merece comentários, e os bons tem uns 60 que se eu distribuir não dura dois dias estamos deixando pra usar onde realmente precisa em caso graves. Compramos com dinheiro de doação os protetores fácil e temos alguns doados da Ufac e outros que estava guardados da época do ebola. Precisamos de álcool líquido pra fazer borrifação, não temos muito, temo bastante álcool gel mas certos casos não resolve”, diz o texto.

Procurada, a Secretaria de Saúde do Acre negou as denúncias e emitiu uma nota oficial onde coloca a posição do estado.


NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e a Direção Geral da Unidade Mista de Saúde de Assis Brasil (Umab) informam que foi criado, com o Município, um fluxo para a centralização de coletas para testagens de Covid-19, diminuindo o risco de contaminação por outros pacientes, na cidade.

Comunica ainda que dois leitos exclusivos para estabilização de casos suspeitos e confirmados foram abertos na unidade.

A Sesacre contratou também dois médicos, três técnicos de enfermagem, um enfermeiro e um técnico de análise clínica para a referida Umab. Infelizmente, cinco profissionais tiveram que se afastar por estar contaminados com o novo coronavírus, obrigando a direção a remanejar seus profissionais para manter os serviços.

A Umab ressalta que não faltaram equipamentos de proteção individual, os EPIs, em nenhum momento, pois a solicitação desses materiais é feita, a cada 15 dias, para a Divisão de Material Médico Hospitalar, da Sesacre.

Ainda no início das primeiras transmissões dos casos de Covid-19 no estado, a unidade recebeu doações do Projeto EPIs/Covid/Universidade Federal do Acre (Ufac). E quando o estoque dos jalecos acabou, os seus servidores promoveram uma campanha na comunidade, por entenderem que o momento da pandemia é crítico não só para Assis Brasil, mas para o país e o mundo, exigindo a união de todos.

Com relação à estrutura da unidade, a direção da Umab informa que já providenciou a captação de recursos para que sejam realizadas as reformas. A direção da unidade ressalta ainda que tem mantido contato com fornecedores para garantir o abastecimento de alimentos e oxigênio.

A orientação da Sesacre e da Unidade Mista de Assis Brasil é a de que a população siga as orientações do isolamento social e as medidas preventivas. E que em caso de sintomas leves, procure a unidade sentinela da atenção básica, comparecendo à Umab apenas se os sintomas forem de moderados a graves.

Rio Branco, AC, 2 de junho de 2020.

Unidade Mista de Assis Brasil
Secretaria de Estado de Saúde do Acre – Sesacre

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Criminosos invadem residência, atiram na cabeça de trabalhador e roubam família em Assis Brasil

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Josiano foi baleado na cabeça e no braço e escapou por acharem que estava morto.

Uma tentativa de latrocínio deixou um trabalhador gravemente ferido na noite deste sábado (13), no km 6 do Ramal da Preguiça, com acesso pelo km 93 da BR-317, zona rural do município de Assis Brasil, no interior do Acre. A vítima, Josiano Freitas da Rocha, de 41 anos, foi baleada na cabeça durante a invasão de sua residência por criminosos armados.

De acordo com informações da polícia, Josiano estava em casa com a família quando ouviu os cachorros latirem. Ao abrir a porta para verificar o que ocorria, foi surpreendido por criminosos encapuzados, que apontaram uma lanterna em seu rosto e efetuaram um disparo de arma de fogo na cabeça. A vítima caiu desacordada e, mesmo sem reagir, ainda foi atingida por um segundo tiro no braço esquerdo e agredida com chutes, sob a suspeita de já estar morta.

Vítima caiu desacordada após receber p primeiro tiro na cabeça.

Em seguida, cerca de quatro suspeitos invadiram o imóvel, renderam os familiares e os amarraram. Durante a ação, os criminosos fizeram ameaças, ordenando que a família deixasse a residência no prazo de uma semana e alertando para que o crime não fosse denunciado à polícia, sob risco de represálias.

Os assaltantes roubaram diversos pertences e obrigaram a esposa da vítima a acessar a conta bancária de Josiano, onde havia apenas R$ 100. Ao constatarem o valor, os criminosos recusaram a quantia, afirmando que só se interessariam por valores superiores a R$ 1 mil. Ainda durante o crime, recolheram os celulares da família, colocaram os aparelhos no chão e efetuaram disparos, inutilizando-os. Na fuga, levaram uma motocicleta da residência.

Projétil está alojado na cabeça de Josiano.

Vizinhos que ouviram os tiros foram até o local e encontraram Josiano gravemente ferido, ensanguentado e desacordado, enquanto os demais familiares permaneciam amarrados. Após libertarem as vítimas, os moradores socorreram o homem em um veículo particular até a Unidade Mista de Saúde de Assis Brasil. Devido à gravidade dos ferimentos, ele foi transferido para o Hospital Raimundo Chaar, em Brasiléia, e posteriormente encaminhado ao pronto-socorro de Rio Branco.

Josiano deu entrada na capital em estado de saúde gravíssimo e foi levado imediatamente para o centro cirúrgico.

A Polícia Militar e a Polícia Civil realizaram buscas na região, mas, até o momento, nenhum suspeito foi preso e a motocicleta roubada não foi recuperada. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

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Mulher é assassinada a facadas dentro de casa; namorado, monitorado por tornozeleira, é principal suspeito

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Namorado monitorado por tornozeleira é suspeito de cortar equipamento, fugir e tentar simular suicídio da vítima

Maria da Conceição Ferreira da Silva Lima, de 46 anos, foi encontrada morta a golpes de faca dentro da própria residência no início da tarde deste sábado (13), na Rua Majestade, no loteamento Jardim São Francisco, região do Panorama, parte alta de Rio Branco. O principal suspeito do crime é o namorado da vítima, Antônio José Barbosa Pinto, de 54 anos, que era monitorado pela Justiça por meio de tornozeleira eletrônica.

Segundo informações da Polícia, a filha da vítima, identificada como Carol, foi até a casa da mãe para visitá-la e percebeu que a porta dos fundos estava aberta. Ao entrar no imóvel, encontrou Maria da Conceição caída próxima à cama, coberta de sangue, com uma faca ao lado do corpo. Imediatamente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas a equipe apenas constatou o óbito.

Policiais do 3º Batalhão da Polícia Militar isolaram a área para os trabalhos da perícia criminal. Após os procedimentos, o corpo foi removido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

As investigações iniciais estão a cargo da Equipe de Pronto Emprego (EPE) e, posteriormente, serão conduzidas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

De acordo com a Polícia, Antônio José Barbosa Pinto possui passagem por homicídio e teria rompido a tornozeleira eletrônica por volta das 4h da madrugada, fugindo em seguida. Ele também é suspeito de ter cortado o fio da câmera de segurança de um vizinho para evitar o registro da fuga. Ainda conforme as apurações, após o crime, o homem teria colocado a faca na mão da vítima na tentativa de simular um suicídio.

O suspeito segue foragido, e a Polícia Civil realiza diligências para localizá-lo.

 

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Júri condena mandante e executor pela morte de “Chico Abreu” em Xapuri após 12 horas de julgamento

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Julgamento ocorreu por 12 horas e as duas penas ultrapassaram 50 anos de reclusão – Foto: Cedida

Crime ocorrido em 2022 teve grande repercussão; penas somam 54 anos de prisão em regime fechado

Após mais de 12 horas de julgamento, o Tribunal do Júri da Comarca de Xapuri condenou, na noite desta sexta-feira (12), Benigno Queiroz Sales e Risonete Borges Monteiro pelo assassinato do colono Francisco Campos Barbosa, conhecido como “Chico Abreu”. O crime ocorreu em novembro de 2022, na zona rural do município, e mobilizou a comunidade local pela brutalidade e pelas circunstâncias do homicídio.

Os jurados reconheceram que o crime foi praticado com duas qualificadoras: motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Apontada como mandante, Risonete Borges Monteiro foi condenada a 25 anos de reclusão em regime fechado. Já Benigno Queiroz Sales, identificado como executor, recebeu pena de 29 anos de prisão, também em regime fechado, incluindo condenações por dois crimes de furto cometidos durante a fuga após o assassinato.

Benigno Queiroz Sales foi sentenciado a cumprir 29 anos de reclusão.

A sentença foi proferida pelo juiz Luís Gustavo Alcalde Pinto, que presidiu a sessão no Fórum de Xapuri. O plenário permaneceu lotado durante todo o julgamento, com a presença de familiares da vítima, que acompanharam os debates usando camisetas pedindo justiça.

Conforme a investigação da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Chico Abreu foi morto dentro de sua propriedade, na colocação Vista Alegre, no seringal Cachoeira, área limítrofe entre os municípios de Xapuri e Epitaciolândia. O corpo foi localizado dois dias depois, com sinais de enforcamento e perfuração por disparo de arma de fogo. Laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a causa da morte foi tiro de espingarda, associado à asfixia.

Durante o julgamento, Benigno confessou a autoria do homicídio, mas negou ter agido a mando de Risonete ou que houvesse acordo para dividir R$ 16 mil que a vítima supostamente mantinha em casa. Apesar da versão apresentada pela defesa, os jurados entenderam que houve conluio entre os réus para a execução do crime. Risonete sempre negou participação.

Segundo o MPAC, a mulher teria planejado a morte do companheiro, com quem conviveu por cerca de 12 anos, motivada por interesses financeiros. Benigno, que trabalhava como diarista e caseiro da vítima havia aproximadamente um mês, teria sido contratado para executar o assassinato, mediante promessa de recompensa.

As investigações apontaram a motivação por interesses financeiros envolvendo a companheira que teria contado com apoio de Benigno.

A defesa de Benigno foi feita pelos advogados Luiz Henrique Fernandes Suarez e Paula Victória Pontes Belmino. Já Risonete contou, ao longo do processo, com a atuação das defensoras públicas Aline Cristina Lopes da Silva e Morgana Rosa Leite Gurjão, que também a representou no plenário do júri.

Com a condenação, a Justiça de Xapuri encerra um dos casos criminais de maior repercussão recente no interior do Acre, marcado por violência, ruptura familiar e forte comoção social.

Momento onde a ex-companheira era ouvida pelo júri durante o julgamento.

 

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