Acre
Comerciantes de Brasiléia se reúnem com prefeito e inspetor da Receita Federal
WILIANDRO DERZE, assessoria da PMB
O prefeito de Brasiléia, Everaldo Gomes (PMDB), recebeu no final da manhã dessa terça-feira, 22, os representantes da Associação Comercial, do Sindicato dos Comerciantes, além do inspetor da Receita Federal, Hamilton Rocha e o representante da Secretaria Estadual da Fazenda – SEFAZ. A reunião tratou da venda de produtos bolivianos no município, pelos ambulantes, sem o devido recolhimento dos impostos exigidos pela legislação brasileira no caso de produtos estrangeiros. Problema que afeta diretamente os empresários do ramo comercial do município.
Durante a reunião os comerciantes expuseram os problemas que vem ocorrendo. E alegaram que os vendedores ambulantes de produtos vindos da Bolívia estão se beneficiando, já que não pagam impostos ao venderem os produtos pelas ruas de Brasiléia. “Temos aqui uma concorrência desleal. Os ambulantes estão indo até as portas da população e vendendo seus produtos sem a aprovação do Inmetro e muito menos sem o pagamento dos impostos. E nós temos que pagar impostos em cada produto e renovar nossa licença a cada período para exercermos nossas atividades”, reclamou o presidente da Associação Comercial do município, Aparecido Carlos.
Questionando o inspetor da Receita Federal, o prefeito Everaldo Gomes pediu para que se encontrassem meios para conter essa venda de produtos de forma ilegal dentro do município. “Não podemos aceitar uma concorrência dessa forma, afinal o comércio de Brasiléia precisa crescer e ocupar o seu espaço. As pessoais podem comprar os produtos da Bolívia, passando com suas notas identificando na Receita Federal, mas a venda dos produtos estrangeiros pelos ambulantes não pode ocorrer da forma como se encontra hoje. Pedimos que a Receita tenha pulso e fiscalize essa pratica ilegal, para que nossos comerciantes não sejam prejudicados”, disse o prefeito.
O inspetor Hamilton Rocha disse que o quadro de servidores da Receita Federal na fronteira está reduzido e que fiscais que poderiam está fazendo esse trabalho de conter a pratica de mercadorias estrangeiras circulando em território brasileiro de forma irregular, estão sendo deslocados para exercer outras funções internas no órgão.
“Quando chegar mais servidores, vamos atuar dessa forma, verificando e fiscalizando a entrada de produtos da Bolívia, mas o que nos impedi é a falta de fiscais para realizar os serviços dessa natureza”, relatou o inspetor.
O presidente do Sindicato dos Comerciantes, Junior Revollo disse que os órgãos de fiscalização dos produtos que entram no Brasil seja por Brasiléia ou pelo município vizinho de Epitaciolandia, deve intensificar a fiscalização e conter essa pratica que gera prejuízos para o comércio local. “Se a Receita tem dificuldades por conta de servidores para fiscalizar a entrada dos produtos, precisamos nos unir para pressionar o Governo Federal a resolver essa situação”. Destacou.
O comerciante Joaquim Lira lembrou que os comerciantes de Brasiléia sofreram com a enchente de 2012, e que ainda, estão se reerguendo financeiramente. “Algo tem que ser feito de imediato para conter esse mercado ilegal e que prejudica diretamente nossos negócios”, disse.
Outros assuntos levantados no decorrer da reunião ficaram em torno da Regularização Fundiária, que beneficia os comerciantes e moradores com a aquisição de investimentos, através dos bancos. O outro assunto debatido na reunião foi à criação da alfândega no município para garantir a área de livre comércio da região.
Finalizando a reunião o prefeito Everaldo Gomes, disse que dia primeiro de fevereiro haverá outra reunião com a participação de representantes de vários órgãos, como a Policia Federal, Receita Federal, Secretaria da Fazenda do Estado, Associações e Sindicato do Comércio, além de entidades convidadas. O objetivo é ampliar os debates e encontra uma forma de ajustar as atividades de todos os setores do município.
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Motociclista de aplicativo e passageiro são presos com simulacro de arma de fogo em Rio Branco
Na tarde desta quinta-feira (30), o motociclista de aplicativo Eduardo Luiz de Paula Lima, de 28 anos, e o passageiro Isaque Mota de Carvalho, de 37 anos, foram presos pela Polícia Militar do Acre (PMAC) nas proximidades do Horto Florestal, em Rio Branco.
Durante patrulhamento no bairro Santa Quitéria, agentes do Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), do Bope, avistaram a dupla em uma motocicleta Yamaha Fazer 250 em atitude suspeita. Ao perceberem a aproximação da polícia, os dois tentaram fugir, mas foram interceptados na rua José Magalhães, no bairro Conquista.
Na revista pessoal, os policiais encontraram um simulacro de pistola Glock na cintura de Isaque, que resistiu à prisão e precisou ser contido. Ele já possui passagem por roubo.
Eduardo, que conduzia a motocicleta, afirmou que estava realizando transporte por aplicativo e desconhecia que o passageiro carregava um simulacro de arma de fogo.
Diante dos fatos, ambos foram detidos e encaminhados à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde a ocorrência foi registrada e as providências legais serão tomadas.
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Ponte sobre o Rio Caeté não será demolida e será transformada em estaiada, afirma superintendente do Dnit
O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas
Em uma reunião com empresários e políticos na noite dessa quarta-feira, 29, na sede da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul, o superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, informou que a ponte sobre o Rio Caeté, na BR-364, não será mais demolida, como havia anunciado antes. Ele informou que os pilares, que estão em movimento, serão removidos e a estrutura será aproveitada, ampliada e terá o mesmo modelo de outras pontes da BR-364, chamada estaiada.
“Não vai ser demolida. Como tem um problema geológico entre o P2 e P5, então nós vamos remover esses pilares e vamos estaiar, como a ponte aqui de Cruzeiro do Sul, com um vão livre, ampliar essa ponte de 210 para 360 metros, levantar duas torres em cima da própria ponte. Nós vamos ter que fazer um tipo de licitação através da contratação integrada e quem ganhar vai ter que fazer o projeto básico, projeto executivo e a execução dessa obra e com isso, em julho, a gente provavelmente já esteja cavando os primeiros tubulões. Essa licitação vai acontecer ao nível de Brasil”, explicou Ricardo, que descartou o risco de haver desabastecimento em Cruzeiro do Sul e demais cidades que dependem da BR-364, onde está a ponte.
“Com nosso monitoramento, os ônibus e carros pequenos vão passar pela ponte e por baixo os caminhões, até o mês de abril, maio, quando o rio baixa. Já tendo a licitação da obra, a gente vai pedir também que a empresa que ganhar faça como foi feito na ponte de Tarauacá, onde nós estamos fazendo a ampliação com um desvio, passando normalmente sem nenhum problema. Então aqui nós estamos querendo reforçar o pilar até a construção definitiva dos estais. Não vai haver nenhum desabastecimento, o que vai ter é que no normal, os caminhões fariam o percurso em cima da ponte em 15, 20 segundos e ele agora vai gastar meia hora para passar“, relatou.
Apesar da preocupação, o presidente da Associação Comercial, Jairo Bandeira, acredita que a operação terá sucesso e as mercadorias continuarão chegando ao Vale do Juruá.
“A nossa preocupação é com a logística de translado das nossas mercadorias, porque já sofremos demais com o isolamento ao longo dos anos, e hoje tememos que isso venha trazer alguns ônus a mais para a nossa sociedade. Mas eu creio que não, porque os órgãos, tanto o Dnit quanto o governo, estão agindo para que não venha a ocasionar a falta e aumento do preço dos produtos”, declarou.
Para o prefeito Zequinha Lima, que articulou a reunião, os esclarecimentos foram importantes para os gestores das cidades do Vale do Juruá.
“Eu fiz o convite para que o Ricardo viesse aqui para esclarecer de fato que decisão foi tomada pelo Dnit porque qualquer bloqueio muda a vida das pessoas aqui, seja do cidadão comum, seja do empresariado. Colocamos nossos questionamentos e o superintendente esclareceu todas as medidas que estão sendo tomadas para que possa evitar o desabastecimento aqui da nossa região. A gente quer diminuir os problemas da região junto com o Ricardo, a população e os empresários e buscar solução para médio, curto e longo prazo”, destacou o gestor.
O deputado federal Zezinho Barbary, cita a necessidade de garantir recursos para viabilizar solução para o problema da ponte do Caeté.
“O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas. Além da ligação, por onde chega a alimentação e tudo aqui para o Juruá, nós também temos que ter a preocupação de não colocar a vida das pessoas em risco”, concluiu o parlamentar.
Ponte estaiada
As estaiadas, como as de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, têm uma ou mais torres (ou postes), a partir das quais os cabos sustentam a ponte. Uma característica dessas pontes são os cabos ou estais, que correm diretamente da torre para o convés, formando um padrão semelhante a um leque ou uma série de linhas paralelas.
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Após assassinado de comerciante a tiros durante assalto em Cruzeiro do Sul, dois suspeitos são presos
Esposa da vítima relatou à polícia que criminosos chegaram armados no local e acusaram Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, de comprar mercadoria roubada. Suspeito foi preso pela Polícia Civil
Na tarde desta quinta-feira (30), um assalto terminou em tragédia no bairro Cruzeirão, em Cruzeiro do Sul. O comerciante Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, conhecido como “Scoob”, foi morto a tiros dentro de seu estabelecimento na Rua Amazonas.
De acordo com testemunhas, a vítima foi surpreendida por criminosos armados que invadiram o comércio e efetuaram disparos contra ele. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar ao local, Manoel já estava sem vida. O Instituto Médico Legal (IML) realizou a remoção do corpo e os procedimentos periciais.
A Polícia Militar iniciou buscas logo após o crime e, em menos de uma hora, dois suspeitos foram presos pela Polícia Civil.
Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). No entanto, informações extraoficiais indicam que o crime pode estar relacionado à recusa do comerciante em pagar taxas ilegais a uma facção criminosa ou a um possível acerto de contas.
A investigação segue em andamento para esclarecer as circunstâncias do homicídio e identificar possíveis outros envolvidos no crime.
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