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Com gol de Guerrero, Fla derrota o Flu e leva sexto Carioca invicto
Do Uol
Uma vez Flamengo, 34 vezes Flamengo! Neste domingo (7), o Rubro-negro ganhou por 2 a 1 com o Fluminense e conquistou o sexto título Carioca invicto da história. A festa no Maracanã veio após o gol de Guerrero, responsável pela vitória contra o Tricolor – a primeira partida terminou em 1 a 0 para os flamenguistas. Logo aos 3, Henrique Dourado abriu o marcador e manteve o suspense até o final. Rodinei fez o gol que sacramentou a taça.
O Flamengo se isolou como o maior vencedor do Estadual. São 34 conquistas, sendo que seis de forma invicta: 1915, 1920, 1979, 1996, 2011 e 2017. O clube da Gávea se igualou ao rival Vasco, também hexacampeão invicto.
O título alivia um peso considerável no Flamengo, já que o jejum de três anos sem conquistas foi quebrado e deixou o Rubro-negro mais leve para os complicados desafios que estão por vir na Copa Libertadores, na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro.
ETAPA INICIAL
O técnico Abel Braga avisou e o Fluminense cumpriu a profecia de seu técnico: o time não repetiria o péssimo início do domingo passado.
E não demorou muito para que o Tricolor cumprisse a promessa. Logo aos 3, Henrique Dourado cabeceou e deixou tudo igual na decisão. O que se viu na primeira metade foi um Flu fiel às suas características: saída de bola em velocidade e objetividade.
O Fla, por sua vez, teve dificuldade para sair da armadilha do adversário, embora tenha tido a supremacia no quesito posse de bola. O time rodou o jogo, tentou penetrar, mas esbarrou na postura do adversário. O goleiro Diego Cavalieri não teve nenhum trabalho em 45 minutos de bola rolando. Exceção feita a uma conclusão perigosa de Everton, o Flu teve o jogo sob seu controle.
ETAPA FINAL
Com a igualdade no confronto, a última metade do jogo foi marcada pelo nervosismo e pela cautela de parte a parte
Por um lado, o Flamengo tentou tomar a iniciativa das ações, mas sabendo que um contra-ataque tricolor poderia definir a parada.
Com o 1 a 0 a favor, o Flu apostou no que tem melhor: a velocidade de seus homens de frente. E o Tricolor foi superior no segundo tempo, ainda que não tenha bombardeado o gol rival. Na melhor das chances, Sornoza bateu de longe e Muralha fez boa intervenção.
Apesar de ter mais a bola a seu favor, o Fla não foi contundente e o Flu conseguiu manter a partida sob controle. Até que Cavalieri rebateu uma cabeçada de Réver e Paolo Guerrero colocou para dentro. Aos 50, com Cavalieri expulso, Rodinei deu números finais.
DESTAQUES
Jogadores não muito badalados em seus times, o tricolor Léo e o foram os destaques nos 90 minutos de bola rolando. Com um trabalho defensivo e ofensivo incansável, o jovem formado em Xerém foi peça-chave em todas as ações tricolores.
O volante fez boa partida e se desdobrou na marcação no setor de meio de campo. Ele foi ovacionado pela torcida antes do jogo e recebeu apoio integral no decorrer da final. A resistência das arquibancadas parece definitivamente ter ficado no passado.
MATADOR
Com 10 gols marcados, Guerrero terminou o Campeonato Carioca como o grande artilheiro. Com oito bolas na rede, o tricolor Richarlison ficou na terceira colocação. Essa foi a primeira vez que o peruano terminou uma competição como goleador máximo com a camisa do Flamengo.
FESTA
Assim que os times entraram em campo, a torcida do Flamengo recebeu a equipe com um mosaico. A iniciativa rubro-negra continha a frase “Rei do Rio”, em alusão ao maior número de títulos do clube no Campeonato Carioca. Os tricolores recepcionaram seu time com a famosa chuva de pó de arroz.
NÚMEROS
Se o Rubro-negro leva vantagem no número de vitórias (149 contra 129 – 132 empates), o Tricolor celebra o fato de se dar melhor em finais. O clube das Laranjeiras venceu oito das 12 vezes em que eles se encontraram valendo o título estadual.
Os rivais contestam tamanha superioridade. Para os torcedores do Fla, as conquistas de 1916, 1969 e 1983 não podem ser computadas, já que os duelos não foram as finais da competição. Assim, a desvantagem seria de “apenas” 5 a 4.
GRANA
Além do troféu, o Flamengo saiu do Maracanã festejando uma boa injeção de recursos nos cofres do clube. O título do Carioca rendeu R$ 3, 5 milhões ao clube. Já para o Fluminense, o vice representou uma premiação de R$ 1,5 milhão.
CASA CHEIA
Com 68.165 presentes e 58.399 pagantes, o Fla-Flu da decisão registrou o maior público do futebol brasileiro na temporada de 2017.
Antes, a marca tinha sido registrada na partida entre Flamengo e Universidad Cstólica, também no Maracanã. No jogo pela Libertadores, 54.555 mil pagaram ingressos .
FLAMENGO X FLUMINENSE
Data/hora: 07/05/2017, às 16h (de Brasília)
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães
Auxiliares: Luiz Claudio Regazone e Michael Correia
Público e renda: 68.165 presentes / 58.399 pagantes / Renda: R$ 3.242.130,00
Gols: Henrique Dourado, aos 3 min do primeiro tempo, Guerrero, aos 39, Rodinei, aos 50 minutos do segundo tempo
Cartões amarelo: Wellington, Henrique Dourado, Lucas, Léo (FLU), Pará, Márcio Araújo (FLA)
Cartões vermelho: Diego Cavalieri
FLAMENGO Alex Muralha; Pará, Réver, Rafael Vaz e Renê; Márcio Araújo, Trauco (Rodinei) e Willian Arão; Berrío (Gabriel), Everton (Juan) e Guerrero Técnico: Zé Ricardo
FLUMINENSE Diego Cavalieri; Lucas, Renato Chaves, Henrique e Léo; Orejuela, Wendel (Marcos Jr.) e Sornoza; Wellington Silva (Maranhão), Richarlison (Pedro) e Henrique Dourado Técnico: Abel Braga
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Visita de Lula ao Acre está prevista para o dia 8 de agosto

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República • Ricardo Stuckert/PR
O presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana, anunciou nesta sexta-feira, 25, que o presidente Lula (PT) poderá visitar o Acre no próximo dia 8 de agosto. A agenda, segundo Viana, está sendo organizada no Palácio do Planalto e deve trazer boas notícias para a população acreana, especialmente na área de infraestrutura.
“Bem, boa sexta-feira para vocês. Nós ‘sextamos’ aqui no Palácio do Planalto, no gabinete do presidente Lula, e eu estou aqui com o Marcola, que é um querido amigo e auxilia o presidente em tudo, e o Osvaldo também. Nós estamos tratando da agenda do presidente no Acre”, afirmou Viana.
A visita presidencial, segundo ele, terá foco em ações concretas para o desenvolvimento do estado. “É uma agenda que certamente vai levar boas notícias para o nosso povo. A gente vive de achar soluções para os problemas e a gente está aqui trabalhando. Então, vamos levantando aqui o nosso estado, e, se Deus quiser, dia 8 está previsto”, disse.
Caso a visita se confirme, o presidente Lula deve anunciar investimentos voltados à produção, ao trabalho e ao apoio às administrações municipais. “Então, dia 8, o presidente deve estar no nosso estado para anunciar investimento na área de infraestrutura, apoiar quem produz, quem trabalha, e ajudar, obviamente, as prefeituras e o nosso estado. Está bom? Acompanhe aí!”, finalizou.
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Durante audiência na Aleac, vice-governadora Mailza diz que é preciso achar saída para o desenvolvimento sem deixar de preservar as florestas
O vice-presidente da Aleac, deputado Pedro Longo, autor do requerimento da audiência, lembrou que o Acre preserva 85% de sua vegetação nativa

Vice-governadora Mailza disse que é preciso buscar um caminho para desenvolver e preservar a Amazônia. Foto: Neto Lucena/Secom
A vice-governadora Mailza Assis participou nesta sexta-feira, 25, de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) que debateu questões relacionadas à legislação ambiental e seus impactos sobre a produção e o desenvolvimento na região amazônica. O debate contou com a presença do ex-ministro da Defesa e ex-deputado, Aldo Rebelo, e reuniu parlamentares, produtores e representantes de entidades rurais.
Durante discurso, Mailza defendeu a necessidade de uma revisão da legislação ambiental que, segundo ela, tem impedido o pleno desenvolvimento da Amazônia e penalizado trabalhadores rurais e pequenos produtores que lutam para sobreviver.
“A nossa legislação impõe obrigações que impedem o desenvolvimento. E aqui no Acre temos vivido repressões a famílias inteiras que há décadas trabalham na própria terra com suor e sacrifício. Precisamos mudar isso. Ninguém alcança dignidade sem desenvolvimento”, disse Mailza.
Representando o poder Executivo e se dirigindo ao plenário como mulher, mãe e filha de agricultores, Mailza fez um apelo à união de forças políticas e institucionais para garantir infraestrutura, regularização fundiária, acesso à tecnologia e liberdade para produzir de forma sustentável.
“Quem produz quer permanecer no campo, mas precisa de estrada, saúde, educação e comunicação. O alimento vem da terra. O que temos é potencial, mas o que nos falta é condição. E o desenvolvimento passa pela construção de estradas, de ferrovias, pela condição das pessoas. Precisamos procurar caminhos para vencermos isso”, ressaltou.

Audiência na Aleac contou com a presença do ex-ministro da Defesa e ex-deputado, Aldo Rebelo. Foto: Neto Lucena/Secom
Mailza também reforçou o compromisso de aliar o desenvolvimento da Amazônia com a preservação ambiental. “É preciso achar uma saída para que a proteção ao meio ambiente não seja confrontada com o desenvolvimento. Estamos abertos para essa discussão e vamos fazer um trabalho em conjunto para achar uma saída para o desenvolvimento ao mesmo tempo em que preservamos as nossas florestas. Precisamos, sim, preservar o meio ambiente, é importante. Mas ele não pode condenar as pessoas que dele precisam para sobreviver. Então, eu faço o compromisso com o agro, com os nossos produtores, com os investidores que acreditam no nosso estado. Me uno a vocês, como vice-governadora para garantir que esse Estado que tanto tem a oferecer tenha caminhos para crescer. O nosso povo precisa e merece dignidade”, afirmou.
O ex-ministro Aldo Rebelo defendeu quatro pilares para garantir o desenvolvimento da Amazônia.
“Primeiro a soberania, a Amazônia é do Brasil e cada um que tome conta do seu território. Segundo princípio, direito ao desenvolvimento, ninguém vai impedir a Amazônia de se desenvolver, nenhuma resolução vai impedir. A Amazônia vai ter que ter infraestrutura, rodovia, ferrovia, agricultura, pecuária, indústria, hidrovia, vai ter que ter tudo. Tudo isso é possível sem destruir nada. Terceiro, a Amazônia tem que proteger as suas populações indígenas, é dar às populações o direito de se desenvolver e de protegê-las. E o quarto princípio é fazer um inventário dos recursos da Amazônia, do que tem de florestas, para desmistificar. Eu falei com o pessoal do governo: faz uma mesa para discutir o código florestal do mundo, aí na COP 30. Vamos colocar na mesa”, disse Rebelo, que foi relator do novo Código Florestal e autor de obras voltadas à questão amazônica.

“É preciso achar uma saída para que a proteção ao meio ambiente não seja confrontada com o desenvolvimento. Estamos abertos para essa discussão”, disse Mailza. Foto: Neto Lucena/Secom
Rebelo também defendeu que demarcações de terras indígenas sejam aprovadas pelas Assembleias Legislativas dos estados, para garantir mais equilíbrio entre conservação e soberania nacional.
O vice-presidente da Aleac, deputado Pedro Longo, autor do requerimento da audiência, lembrou que o Acre preserva 85% de sua vegetação nativa.
“Precisamos compatibilizar a preservação com o bem-estar das pessoas, e a participação da população é importante nesse processo”, pontuou Longo.

Produtores rurais também acompanharam a audiência. Foto: Neto Lucena/Secom
A audiência reuniu ainda representantes de diversos segmentos do setor produtivo: o presidente da Federação da Agricultura do Acre, Assuero Veronez; o presidente da Emater, Rynaldo Lúcio; o ex-deputado estadual e presidente da Cooperativa de Produtores Rurais do Acre, Geraldo Pereira; coronel Luciano Fonseca, representando a Ouvidoria Fundiária e de Meio Ambiente da Procuradoria-Geral do Estado do Acre; além de produtores rurais, deputados estaduais Eduardo Ribeiro, Manoel Moraes e Arlenilson Cunha, e o deputado federal Eduardo Velloso.
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Estiagem extrema força reorganização do calendário escolar em comunidades ribeirinhas do Acre
Com rios em níveis críticos, governo estadual adapta cronograma letivo para garantir acesso à educação em áreas onde transporte depende exclusivamente de vias fluviais

Barco escolar encalhado no leito seco do Rio Envira, durante entrega de mantimentos na região do Seringal Porto Rubim, em Feijó. Foto: Cedida
Com Agência Acre
A seca severa que atinge os rios do Acre levou o governo estadual a readequar o calendário escolar em comunidades de difícil acesso, onde estudantes dependem exclusivamente do transporte fluvial para chegar às salas de aula. A medida emergencial, coordenada pela Secretaria de Educação e Cultura (SEE), busca minimizar os impactos da estiagem prolongada, que já impede o deslocamento de alunos em diversas regiões.
Sem vias terrestres alternativas, o baixo nível dos rios — especialmente nas cabeceiras — tem deixado crianças e adolescentes impossibilitados de frequentar as aulas. Diante do cenário, a SEE está analisando cada caso individualmente para ajustar o cronograma escolar sem prejudicar o ano letivo.

De acordo com o secretário de Educação e Cultura, Aberson Carvalho, a equipe da SEE está atuando caso a caso, com base na realidade local de cada escola. Foto: captada
Adaptação à realidade local
O secretário Aberson Carvalho destacou a necessidade de soluções customizadas: “Nessas localidades, o rio é a única estrada. Quando ele seca, a vida para. Não podemos permitir que a educação seja interrompida por isso”, afirmou. A pasta não descarta a possibilidade de reposição de aulas ou extensão do ano letivo, dependendo da evolução das condições hidrológicas.
A estiagem, uma das mais intensas dos últimos anos, já afeta outras atividades essenciais no estado, como abastecimento de água e transporte de mercadorias. Enquanto aguardam a normalização do regime de chuvas, as comunidades ribeirinhas enfrentam desafios logísticos que exigem intervenções criativas do poder público.
A SEE informou que monitora diariamente a situação e manterá diálogo com lideranças locais para implementar as medidas necessárias. A prioridade, segundo a pasta, é garantir que nenhum estudante fique sem atendimento educacional em razão das adversidades climáticas.

O secretário Aberson Carvalho destacou a necessidade de soluções customizadas. Foto: captada
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