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Cotidiano

Com envelhecimento de mães, filhos retribuem cuidados e dedicação

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Reportagem mostra histórias de famílias em que os papéis se inverteram

Zelo, carinho e dedicação costumam estar associados à imagem materna. Elas criam, educam e estão ao lado dos filhos quando eles adoecem. Chega um momento, entretanto, que os papéis se invertem. As mães envelhecem e passam a precisar cada vez mais do cuidado dos rebentos.

Neste Dia das Mães, a Agência Brasil ouviu histórias de filhos que “assumiram o lugar das mães” e que, atualmente, vivem esse momento de atenção. É o caso do produtor musical Rodrigo de Freitas que há cinco anos mudou de cidade e deixou a atividade profissional para se dedicar exclusivamente a cuidar da mãe, Anunciata de Freitas, de 83 anos.

O avanço da idade trouxe o Alzheimer e, quando ela ficou viúva, Rodrigo sentiu que era o momento de retribuir o carinho que recebeu ao longo de toda a vida.

“A qualidade de vida que eu trouxe para ela, com a presença familiar, não tem preço. Se você puder cuidar dos seus pais, cuide, eles fizeram isso por você”, ensina Rodrigo.

Ele conta que sempre teve uma relação muito próxima com a mãe e, quando ela precisou, não hesitou em começar a viver uma nova realidade. Ele fez dois cursos de cuidador de idosos e estuda para entender melhor a doença da mãe.

Mesmo com a ajuda de cuidadoras, é Rodrigo quem assume as preocupações típicas de uma mãe com os filhos como alimentação, cuidados de higiene e horários de medicação.

Rodrigo diz que o respeito pela mãe continua o mesmo, apesar da “troca de papéis”.

Ele afirma que ainda a trata por “senhora”, mas conta bem-humorado que às vezes precisa dar umas “broncas”. “Ela não queria comer. Aí eu falei: se não comer, não vai ter sobremesa”, relembra o produtor musical.

“Minha relação com ela continua da mesma forma, tenho o mesmo respeito, só que, agora, quem gerencia a casa sou eu”, completa.

Envelhecimento

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o envelhecimento da população vem em uma curva crescente. Em 2010, o percentual de pessoas idosas era de 7,32%. Nas projeções do instituto, este índice deve chegar a 9,52% este ano e, em 2060, a 25,5%.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), cresceu o número de pessoas que cuidavam de parentes em 2018.

No ano passado, 54 milhões de pessoas de 14 anos ou mais cuidaram de parentes, moradores ou não do domicílio, o que corresponde a uma taxa de 31,8%. As mulheres são as quem mais se ocupam desses cuidados. De 2017 para 2018, a taxa das mulheres permaneceu em 37% e a dos homens passou de 25,6% para 26,1%.

A professora universitária e escritora Cinthya Amaral, de 45 anos, ao lado da mãe, Miriam Amaral, 69 anos – Arquivo pessoal

Inversão de papéis

Um quadro de demência também mudou a rotina de mãe e filha da professora universitária e escritora Cinthya Amaral, de 45 anos. A mãe, Miriam Amaral, de 69 anos, começou ter falhas de memória, sair de casa e não saber voltar, além de deixar de lado os cuidados pessoais. Aos poucos, as necessidades foram aumentando até que Miriam ficasse totalmente dependente de ajuda.

Cinthya já não morava com a mãe e conheceu um novo tipo de inquietação. “Aquela preocupação que mãe tem com filho de sair de casa, de perigo, tudo isso começou a inverter. Eu passei a ter esse medo, essa angústia”, conta.

“Também passei por aquela situação de quando filho está doente e a mãe larga serviço correndo para cuidar. Tive que fazer isso um dia quando estava dando aula num sábado à tarde e ninguém sabia onde ela estava. Dispensei os alunos todos para acudir.”

Com a rotina de trabalho apertada, a alternativa de Cinthya foi colocar a mãe em uma clínica onde Miriam tem atenção de profissionais em tempo integral. A preocupação com a mãe, no entanto, continua constante, afirma.

 

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Governo do Estado promove treinamento para produtores de café do Alto Acre

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O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), realizará, nos dias 10, 11 e 12 de junho, um treinamento sobre colheita e pós-colheita do café robusta amazônico para os produtores da regional do Alto Acre. A capacitação será ministrada pelo pesquisador da Embrapa Rondônia, Enrique Alves, e pelo analista João Maria Diocleciano.

Esta é a terceira vez que o governo promove uma capacitação voltada às pessoas que trabalham com o cultivo do café. Em 2024, os municípios de Mâncio Lima, Cruzeiro do Sul e Acrelândia foram beneficiados com o treinamento.

Secretário Luis Tchê reunido com a equipe técnica da Seagri e palestrantes, alinhando métodos de trabalho. Foto: Isabelle Bregense/Seagri

“É uma grande satisfação receber os especialistas da Embrapa Rondônia, nossos parceiros na missão dada pelo governador Gladson Camelí, de fortalecer a cafeicultura do Acre. Essa colaboração é a prova do nosso compromisso em trazer tecnologia de ponta para o campo, investindo no imenso potencial do nosso café robusta amazônico, para que ele ganhe o reconhecimento que merece no Brasil e no mundo. Com esse treinamento em Xapuri, Brasiléia e Assis Brasil, estamos focando no essencial: a qualidade. Capacitar nossos produtores nas técnicas de colheita e pós-colheita é o caminho para produzir cafés especiais, agregar valor ao produto e, o mais importante, garantir mais renda para as famílias agricultoras. É a união de esforços do governo com nossos parceiros que transforma o potencial do nosso agro em realidade”, destacou o secretário de Agricultura, Luis Tchê.

Foco da Seagri é na qualidade do café. Foto: Arquivo Secom

A prática que será realizada é a continuação de um exercício feito no mês de março, de forma on-line. Desta vez, os instrutores acompanharão in loco a forma como os produtores estão conduzindo a colheita e o manejo para o ensacamento do produto.

O palestrante João Maria Diocleciano comentou sobre os conteúdos que serão abordados durante o treinamento prático. “Estaremos ensinando sobre o ponto ideal de colheita e as práticas de pós-colheita, que, se aplicadas corretamente, proporcionarão um café de boa qualidade, aumentando a renda dos produtores. Abordaremos também as práticas de fermentação na ausência de oxigênio, que elevam a pontuação do café e, consequentemente, seu valor de mercado”, explicou.

Secretário Tchê reunido com a equipe técnica e palestrantes de Rondônia. Foto: Isabelle Bregense/Seagri

No dia 10 de junho, o treinamento será realizado em Xapuri; no dia 11, em Brasiléia; e, no dia 12, em Assis Brasil. O evento é uma realização do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), em parceria com a Embrapa, e conta com o apoio do Sebrae, Emater e das prefeituras de Assis Brasil, Brasiléia e Xapuri.

Café Robusta Amazônico

O café robusta amazônico é uma cultivar híbrida desenvolvida pela Embrapa, resultado do cruzamento entre os cafés Conilon e Robusta. Além de possuir características sensoriais únicas, representa um importante produto regional, cada vez mais reconhecido e valorizado nacional e internacionalmente.

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Revalida 2025: inscrições para a 2ª fase começam nesta segunda-feira (9)

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As provas acontecerão nos dias 19 e 20 de julho
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Taxa de inscrição, de R$ 4.106,09, deverá ser paga até a próxima sexta-feira (13)

Começa nesta segunda-feira (9) o prazo para se inscrever na segunda fase do Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira).

Os interessados têm até sexta-feira (13) para efetuar a inscrição, que deve ser feita pela Página do Participante, no Sistema Revalida.

Para se inscrever é necessário ter tido a aprovação na primeira etapa do exame, realizada em março, que contou com provas objetivas e discursivas.

Também podem se inscrever os candidatos que passaram pela primeira etapa nas duas edições de 2024, mas que reprovaram na segunda fase.

Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o valor da taxa de inscrição para esta fase é de R$ 4.106,09. O pagamento deve ser efetuado até 15 de junho.

Durante a inscrição, o candidato deverá selecionar a cidade onde deseja realizar a prova. As opções de locais e o número de vagas serão informados diretamente no sistema.

Também é possível solicitar atendimento especializado ou o uso do nome social.

Etapa prática

As provas práticas da segunda fase, conhecidas como avaliação de habilidades clínicas, estão marcadas para os dias 19 e 20 de julho.

Nessa etapa, os participantes enfrentarão uma série de situações simuladas e estudos de caso relacionados às cinco principais áreas da medicina: clínica médica, cirurgia geral, pediatria, ginecologia e obstetrícia, e medicina da família e comunidade (saúde coletiva).

A avaliação será realizada em dez estações de simulação clínica, sendo cinco por dia. Em cada uma, o participante terá até dez minutos para executar as tarefas propostas, a partir do momento em que for autorizado a entrar na sala.

Cada estação será avaliada com uma nota entre zero e dez, totalizando até 100 pontos.

Reconhecimento do diploma estrangeiro

O Revalida é exigido para médicos, brasileiros ou estrangeiros, que tenham se formado fora do país e desejam atuar profissionalmente no Brasil.

O exame assegura que esses profissionais possuam os conhecimentos e competências compatíveis com a prática médica nacional.

A avaliação considera situações comuns aos atendimentos de atenção básica, ambulatórios, hospitais, serviços de urgência e emergência, e contextos comunitários.

A referência principal são as Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de medicina e a legislação vigente sobre a atuação médica.

Aprovado nas duas etapas, o candidato deverá, por fim, apresentar os documentos necessários à universidade pública parceira responsável por revalidar oficialmente o diploma.

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MPAC acompanha medidas de reparação a vítimas de isolamento por hanseníase no Acre

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A promotoria oficiou a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), que tem cinco dias para prestar informações sobre as deliberações da Comissão Interministerial Avaliadora em relação ao reconhecimento do isolamento compulsório

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Especializada de Defesa dos Direitos Humanos e da Cidadania, instaurou um procedimento administrativo para fiscalizar e impulsionar a atuação do Estado na reparação de pessoas submetidas ao isolamento compulsório por hanseníase, assim como de seus descendentes.

A medida considera o histórico de violações entre as décadas de 1920 e 1980, período em que pacientes diagnosticados com a doença eram forçadamente removidos de seus lares e internados em hospitais-colônia, perdendo direitos civis e o convívio com suas famílias por meio de políticas públicas excludentes.

“Apesar do fim oficial da política de isolamento compulsório e dos avanços no tratamento da doença, os impactos desse período ainda se fazem presentes. Muitos ex-internos e seus familiares enfrentam dificuldades no acesso a direitos básicos e continuam lutando por reconhecimento e reparação”, destacou o promotor Thalles Ferreira.

Durante o processo, o MPAC vai acompanhar o cumprimento da Lei Federal nº 11.520/2007, que assegura pensão vitalícia a pessoas afetadas por essas violações, e da Lei Estadual nº 3.407/2018, que reconhece o isolamento compulsório em domicílios e seringais.

O MPAC também reforça que a falta de documentação formal não pode ser usada como justificativa para negar o acesso a esses direitos, cabendo ao Estado encontrar meios para garantir esse reconhecimento.

A promotoria oficiou a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), que tem cinco dias para prestar informações sobre as deliberações da Comissão Interministerial Avaliadora em relação ao reconhecimento do isolamento compulsório. Já a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) deve informar, no mesmo prazo, se já emitiu — ou se pretende emitir — a documentação exigida para garantir o acesso aos benefícios previstos em lei.

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