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Cidade de Xapuri ainda não revacinou pessoas que tomaram doses vencidas contra a Covid

Saúde do município informou que houve a aplicação de 51 doses vencidas em Xapuri. E aguarda avaliação dos casos para poder aplicar ou não outra dose do imunizante.

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Doses da AstraZeneca/Fiocruz foram aplicadas fora do prazo em Xapuri – Foto: PRISCILA NOLASCO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Por Alcinete Gadelha

Os 51 moradores da cidade de Xapuri, no interior do Acre, que devem receber uma dose extra do imunizante Oxford/AstraZeneca ainda não começaram a ser revacinados, segundo informou a prefeitura, nesta segunda-feira (12). Eles tomaram doses da vacina contra a Covid-19 vencida em três lotes referentes aos meses de abril e junho.

Um levantamento baseado no cruzamento de dados oficiais do governo federal, divulgado no último dia 2, apontou que pessoas teriam recebido doses vencidas contra a Covid-19. A saúde municipal havia negado aplicação de vacina fora do prazo. Mas, voltou atrás no dia 5 e divulgou que 51 pessoas tinham tomado o imunizante vencido.

Na mesma época, o diretor de ações básicas de Xapuri, enfermeiro Francisco Andrade da Silva Souza, falou que todos os 51 moradores que aparecem na lista já foram identificados e são monitorados.

Nesta segunda, ele disse que a revacinação ainda não começou e que aguarda avalição do Centro Estadual de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) para saber se os pacientes vão ser revacinados ou não. A reportagem aguarda resposta da Secretaria Estadual de Saúde sobre a avaliação.

“Vai ser avaliado pelo Centro Imunobiológicos de Rio Branco e eles vão avaliar caso a caso se precisa revacinar ou não. Então, estamos esperando esse aval deles e, após o corpo técnico avaliar, vamos entrar em contato com os pacientes para fazer a imunização ou não. Nós notificamos no sistema e preenchemos se houve reação adversa, se houve, quais são? E acreditamos que a vacina não perdeu a potência porque a maioria dos pacientes desenvolveu reação em até 24 horas”, disse.

Os pacientes estão sendo monitorados e avaliados caso a caso. O diretor disse que não há uma data estipulada para que haja a conclusão. Além disso, ele informou que após todo o processo, estas pessoas devem fazer o exame sorológico para saber se adquiriram anticorpos.

“Nós estamos ligando para todas as pessoas, algumas estão recusando, obviamente. A gente sabe que não existe exame que diga a eficácia da vacina, mas o município garantiu sorológico para todos, para ser feito depois de todo esse processo para saber se desenvolveram IGG, pode não ser da vacina, mas queremos saber se eles produziram anticorpo”, acrescentou.

Na última semana, a coordenação do Programa Nacional de Imunização no Acre (PNI) esteve no município, quando discutiram sobre o caso. O G1 não conseguiu contato com a coordenação.

Vacina vencida

No Acre, sete cidades apareceram no levantamento dos pesquisadores Sabine Righetti, da Unicamp, e Estêvão Gamba, da Unifesp: Rio Branco, Xapuri, Senador Guiomard, Acrelândia, Epitaciolândia, Porto Walter e Cruzeiro do Sul. O município com mais aplicações de doses fora do prazo, segundo a lista divulgada, seria Xapuri.

Procuradas pela reportagem, as sete prefeituras negaram que tinham aplicado doses vencidas.

Contudo, depois de negar, a Secretaria de Saúde de Xapuri informou que fez uma auditoria e verificou que algumas doses de três lotes do imunizante podem ter sido aplicadas fora do prazo. São os seguintes lotes:

  • CTMAV501: válido até 30 de abril;
  • 4120Z025 – válido até 4 de junho;
  • 410Z004 – válido até 13 de abril.

Moradores identificados

O enfermeiro destacou também que as pessoas que tomaram as doses têm acima dos 60 anos, público que era atendido na época, e pessoas sem comorbidades que participavam do reaproveitamento de doses.

“Os lotes chegaram em março, dia 25, e eram para ter sido aplicados até 30 de abril. Alguns tomaram a primeira dose e outros a segunda. Ainda estamos fazendo um levantamento para saber quantos tomaram a primeira e quantos a segunda. Conversamos com eles, não tiveram nenhuma reação, estão bem, alguns entraram em contado com o infectologista e devem receber a segunda dose depois de 45 dias. Não houve complicações”, justificou.

O profissional explicou que, na época do recebimento dos lotes, havia pouca procura pela vacinação contra a Covid-19. “Foi baixa procura mesmo, as doses ficaram armazenadas e não se percebeu o prazo de validade. Muitas doses o público não procurou. Foi comunicado à coordenação do PNI. Estamos fazendo um levantamento para saber o total de vacinados, não posso dizer se pode ser mais, estamos levantando”, concluiu.

‘Erro de imunização’

A orientação repassada pelo Programa Nacional de Imunização no Acre (PNI) para a saúde municipal de Xapuri é que todos os moradores que tomaram o imunizante vencido sejam revacinados. A coordenação do PNI informou também à reportagem que apenas o município avisou sobre a aplicação vencidas de doses.

“A secretaria municipal deve notificar o caso, vacinar novamente a pessoa e acompanhar essa pessoa por seis meses”, orientou a coordenadora do PNI, Renata Quiles.

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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões

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Por Dell Pinheiro

As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.

O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.

Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.

Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.

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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco

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Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.

A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.

Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.

Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.

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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos

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Por Wanglézio Braga

O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.

Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.

O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.

O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.

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