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BRB anuncia investimento em startup de comércio de gado
Criado em 2022 em parceria com a gestora KPTL e com a Bossa Invest, o Fundo de Corporate BRB Venture Capital anunciou o aporte em mais uma startup. O marketplace matogrossense Gado Certo receberá R$ 4,25 milhões para incremento e desenvolvimento de sua frente negocial.
O BRB Venture Capital tem a proposta de injetar capital para impulsionar startups em estágio inicial das mais diversas verticais de negócios, como serviços financeiros, seguridade, inteligência artificial, agronegócio, blockchain e administração pública em todo o país.
“O BRB tem como propósito transformar a vida das pessoas e promover desenvolvimento econômico, social e humano por meio de soluções financeiras, de meios de pagamento e de seguridade”, aponta o presidente do banco, Paulo Henrique Costa. “Agora levaremos esse propósito ainda mais adiante, investindo em empresas que agreguem novas possibilidades para a sociedade.”
Startup Gado Certo
Criada em 2019, a Gado Certo conecta vendedores e compradores de gado no Mato Grosso e já possui mais de 3 mil pecuaristas cadastrados. A empresa criou sua oferta de valor ao profissionalizar essas transações, desenvolvendo mecanismos que permitem ao produtor acessar um volume maior de oportunidades no mercado, com praticidade e segurança. Em 2023, foram comercializadas mais de 40 mil cabeças de gado na plataforma, que tem dobrado esse número ano após ano.
“O grande sonho da Gado Certo é ‘plataformizar’ o comércio de gado no Brasil”, afirma o CEO e cofundador da startup, Eduardo Farah. “Por meio da tecnologia, queremos oferecer ao pecuarista uma experiência mais eficiente, simples e segura para fazer um bom negócio. Também investiremos mais em aumentar a equipe comercial, mas a ideia é colocar mais tecnologia para ajudar o pecuarista a fechar negócio.”
A empresa também desenvolveu um CRM (estratégias que têm como foco o público ao qual os serviços da empresa são direcionados) proprietário onde centraliza os dados de cada usuário obtidos pela plataforma, permitindo a personalização dos serviços oferecidos. É possível prever um adiantamento na compra de gado, realizar sugestão de lotes com base no histórico individual de cada usuário, entre outros recursos.
Soluções para o mercado
Em seu funcionamento, a Gado Certo aplica uma taxa sobre cada transação, tanto para compradores quanto para vendedores. Como contrapartida, gerencia todos os aspectos burocráticos, incluindo logística, garantia de qualidade e preenchimento de documentação jurídica necessária. Atualmente, a startup é a única a oferecer esses serviços no Mato Grosso.
Para reforçar sua posição competitiva, a Gado Certo disponibiliza gratuitamente soluções exclusivas no mercado, por meio de parcerias e da inteligência derivada dos dados de seu CRM proprietário. Isso leva os usuários a utilizarem mais frequentemente a plataforma. Entre essas soluções, destaca-se a calculadora digital de viabilidade, uma espécie de tabela Fipe do gado, que oferece uma média dinâmica de preços para cada microrregião.
“A Gado Certo é uma companhia que preenche vários dos pré-requisitos que acreditamos serem necessários para ter uma boa capacidade de escalar o negócio, primeiro de maneira regional e depois nacionalmente”, reforça o CEO da KPTL, Gustavo Junqueira. “É um ativo que realmente destoa no funil analisado.” A empresa traz em seu portfólio um histórico de investimentos bem-sucedidos em tecnologia agrícola, a exemplo da Agrotools, Ecotrace, Cowmed e Ponta, que lidera o mercado de gado confinado e de rastreamento de proteínas no Brasil.
Investimentos na criação
“A Bossa Invest foi a primeira investidora da Gado Certo, em 2020, quando fizemos o investimento anjo na empresa”, lembra o CEO da Bossa Invest, Paulo Tomazela. “Ao ganhar tração, aumentamos o investimento na empresa, um valor 12 vezes superior ao captado no primeiro aporte. Acreditamos que possa ser um unicórnio na pecuária.”
No Brasil, os criadores vendem anualmente aproximadamente 50 milhões de cabeças de gado magro para pecuaristas de engorda com base em um valor médio conservador de R$ 3 mil por cabeça – o que representa um mercado de cerca de R$ 150 bilhões.
Só o estado do Mato Grosso, totaliza cerca de 100 mil pecuaristas e lidera o ranking nacional em número de cabeças bovinas, com mais de 26 milhões. Mato Grosso do Sul, Goiás e Pará, estados que fazem divisa com o Mato Grosso, também estão entre as cinco regiões com maior quantidade de cabeças de gado no país.
Protagonismo e inovação
O BRB é protagonista no incentivo à inovação. Em maio de 2021, inaugurou o BRB LAB, o seu centro de inovação tecnológica, localizado no Parque Tecnológico Biotic. O objetivo da instituição é seguir estimulando o ecossistema de empreendedorismo e inovação local e buscar novas tecnologias e soluções voltadas para o sistema financeiro, governo e cidadãos.
Em relação às startups localizadas no Distrito Federal, o BRB já apoiou o investimento na Auvo, empresa destaque no portfólio do Fundo Criatec 2, da qual o banco é investidor.
Parcerias
A KPTL é uma gestora de venture capital com 55 empresas investidas. Entre seus setores de atuação, estão agronegócio, saúde, floresta, clima, energia e IoT (Internet das Coisas, que representa a interconexão de dispositivos cotidianos à internet), entre outros. Sediada em São Paulo, a empresa tem um time atuando nos principais centros de inovação do Brasil e segue em busca de startups com consistência e grande potencial de crescimento.
Já Bossa Invest é o venture capital early stage número 1 da América Latina, segundo o CB Insights e outros rankings internacionais. Hoje com mais de 1,5 mil startups investidas e 100 exits, a empresa foi criada com a missão de levar investimento a negócios inovadores que visam transformar a sociedade, com foco nas em captação de recursos, smart money e conexões de valor. A empresa investe principalmente em startups B2B e B2B2C, em estágio pré-seed e seed, que tenham modelos de negócio digitais e escaláveis.
*Com informações do BRB
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Fonte: Nacional
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Suspeito preso por levar 11 fuzis para a Penha foi liberado da prisão pela Justiça 12 dias antes
Leandro Rodrigues da Silva, de 38 anos, tinha sido preso pela Polícia Rodoviária Federal no dia 15 de janeiro com 30 kg de drogas, mas foi solto na audiência de custódia no dia 18.
Leandro Rodrigues da Silva, de 38 anos, foi preso pela Polícia Federal, na madrugada desta quinta-feira (30), dirigindo um carro que levava 11 fuzis, de calibres 5,56 e 7,62, para o Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio.
A prisão de Leandro aconteceu 12 dias depois dele ser liberado em uma audiência de custódia, em Campos dos Goitacazes, no Norte Fluminense. Ele havia sido preso por tráfico de drogas.
Morador da Zona Oeste do Rio, com ensino médio completo e se apresentando como motorista de aplicativo, Leandro foi preso no dia 15 de janeiro por policiais rodoviários federais, quando dirigia um Ford Fiesta, no quilômetro 203, da BR-101, em Casimiro de Abreu, no Norte Fluminense.
No veículo, os policiais rodoviários encontraram:
- 31,5 kg de maconha distribuídos em 41 tabletes em um saco preto;
- 1.439 frascos de líquido de cheirinho de loló;
- Dois galões de líquido semelhante a cheirinho de loló;
- 2 pacotes com pinos transparentes vazios;
- R$ 1.874 em dinheiro.
Levado para a 121ª DP (Casimiro de Abreu), Leandro mudou a versão de que tinha pegado a droga em Casimiro de Abreu. Ele contou que o carro foi abastecido na Linha Vermelha e seguia para Macaé. Em nenhum momento, segundo o Ministério Público, alegou estar fazendo uma corrida de aplicativo ou falou em entregador ou destinatário.
Leandro ficou preso por dois dias e, às 10h09 do dia 18 de janeiro, foi levado para a audiência de custódia. Na ocasião, o juiz Iago Saúde Izoton decidiu pela soltura de Leandro contrariando o MP, que pediu a conversão da prisão em flagrante para preventiva.
Em suas alegações, o magistrado informou que “a prisão preventiva se revela excepcional”:
A partir daí, o magistrado determinou que Leandro se apresentasse diante do juiz todo dia 10 de cada mês. Após a decisão do juiz, a promotora Luíza Klöppel, do Ministério Público estadual recorreu.
O MP apontou a gravidade do caso envolvendo o transporte da droga e o risco de que Leandro voltasse a delinquir.
12 dias depois da liberdade, os fuzis
Na noite de quarta-feira (29), os policiais federais da Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE) iniciaram uma vigilância na serra, na altura do município de Paulo de Frontin em busca de uma moto que transportava material ilícito.
Ao encontrarem a BMW, presenciaram o momento em que o ocupante repassou duas malas ao motorista de um Nissan preto. O veículo foi seguido pelos policiais até um posto de gasolina onde foi feita a abordagem.
O motorista do carro era Leandro Rodrigues da Silva. O da moto, Gutenberg Samuel de Oliveira. Ambos foram presos e os veículos apreendidos.
O carregamento tinha 8 fuzis, de calibre 5.56 e 3 fuzis calibre 7.62, além dos veículos utilizados no transporte das armas. Todas as armas com a marca de uma caveira semelhante ao personagem Justiceiro, da Marvel.
De acordo com as investigações preliminares, o arsenal teria como destino os complexos da Penha e do Alemão, onde está baseada a chefia da facção Comando Vermelho.
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Argentina corta taxas e Brasil volta a ter maior juro real do mundo
País comandado por Javier Milei caiu da primeira para a terceira posição, após seu Banco Central reduzir suas taxas de juros em 3 pontos percentuais. Topo agora está com Brasil e Rússia.
O Brasil passou a ter o maior juro real do mundo. Na noite de quinta-feira (30), o Banco Central da Argentina, antiga líder do ranking, promoveu um novo corte em sua taxa básica de juros e tirou o país da primeira posição.
A autoridade monetária reduziu suas taxas de 32% para 29% ao ano. Segundo a instituição, essa redução é consequência da “consolidação observada nas expectativas de menor inflação.”
A Argentina encerrou 2024 com uma inflação anual de 117,8%. Apesar de ainda estar bastante alta, houve uma forte desaceleração em relação aos 211,4% registrados em 2023.
Com a taxa de juro real é calculada, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses, o juro real argentino caiu para 6,14%. O país passou, então, para a terceira colocação no ranking.
Quem assume a ponta é antigo vice-líder, o Brasil. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar mais uma vez a Selic em 1 ponto percentual, levando o juro nominal a 13,25% ao ano, e o juro real a 9,18%.
Na segunda posição vem a Rússia, com uma taxa de juros real de 8,91%.
Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.
Ranking de juros reais
Taxas de juros atuais descontadas a inflação projetada para os próximos 12 meses
Alta da Selic
Na última quarta-feira (29), o Copom anunciou sua decisão de elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, para a casa de 13,25% ao ano.
Na decisão anterior, em dezembro, a autoridade monetária já havia elevado a taxa básica em 1 ponto percentual, para a casa de 12,25% ao ano. A decisão marca a quarta alta seguida da Selic.
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira permaneceu na 4ª posição.
Veja abaixo:
- Turquia: 45,00%
- Argentina: 29,00%
- Rússia: 21,00%
- Brasil: 13,25%
- México: 10,00%
- Colômbia: 9,50%
- África do Sul: 7,75%
- Hungria: 6,50%
- Índia: 6,50%
- Filipinas: 5,75%
- Indonésia: 5,75%
- Polônia: 5,75%
- Chile: 5,00%
- Hong Kong: 4,75%
- Reino Unido: 4,75%
- Estados Unidos: 4,50%
- Israel: 4,50%
- Austrália: 4,35%
- Nova Zelândia: 4,25%
- República Checa: 4,00%
- Canadá: 3,25%
- Alemanha: 3,15%
- Áustria: 3,15%
- Espanha: 3,15%
- Grécia: 3,15%
- Holanda: 3,15%
- Portugal: 3,15%
- Bélgica: 3,15%
- França: 3,15%
- Itália: 3,15%
- China: 3,10%
- Coreia do Sul: 3,00%
- Malásia: 3,00%
- Cingapura: 2,98%
- Dinamarca: 2,60%
- Suécia: 2,50%
- Tailândia: 2,25%
- Taiwan: 2,00%
- Suíça: 0,50%
- Japão: 0,50%
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De volta à planície: ex-presidentes da Câmara contam como é deixar o poder e analisam desafios do novo comando
Deputados que já comandaram a Casa analisam desafios do próximo presidente. Próxima eleição da cúpula da Câmara está marcada para 1º de fevereiro.
No dia 1º de fevereiro, a Câmara dos Deputados elegerá um novo presidente para comandar o colegiado pelos próximos dois anos.
Com isso, Arthur Lira (PP-AL) retornará à planície, termo comumente utilizado no Congresso para se referir aos deputados sem acesso aos cargos da mesa diretora, instalada no centro do plenário. Quem se senta à mesa, tem visão completa dos deputados que estão no plenário, abaixo, por isso o termo “planície”.
A reportagem ouviu cinco ex-presidentes da Câmara que responderam às mesmas perguntas sobre o que a saída desse cargo representou em suas trajetórias. João Paulo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo Maia não deram entrevistas.
Estranhamento
A experiência da maioria mostra que o dia seguinte após deixar o cargo pode ser seguido de estranhamento pelo poder perdido.
“Claro que a mudança é brusca e que você tem que passar por um período de adaptação, porque você não pode criar ilusão que o poder é seu”, diz Aldo Rebelo, que ocupou o posto entre 2005 e 2007 pelo PCdoB.
Uma saída é recorrer às antigas amizades, conta Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara pelo PT entre 2007 e 2009.
Entre os políticos, há desconforto em retornar para os trabalhos da Casa sem ocupar um cargo decisório.
“Eu reconheço que, toda vez que um presidente sai e precisa voltar para o plenário, fica uma situação talvez um pouco desconfortável”, afirma Michel Temer, presidente da Casa em três ocasiões.
Segundo ele, seu processo foi mais simples por ter deixado o comando da Câmara pela primeira vez, em 2001, para assumir a presidência do MDB, e na segunda vez, em 2010, ser vice-presidente da República, na chapa de Dilma Rousseff.
Uma saída, segundo Marco Maia, presidente da Câmara pelo PT entre 2011 e 2013, é não entrar no cargo com expectativa de prolongação de poder.
A dificuldade de reposicionamento depois da saída do comando da Casa também aflige Arthur Lira. Ele é cotado para assumir um cargo na Esplanada dos Ministérios do presidente Lula, mas há impasse sobre sua adesão completa ao governo.
Papel como ex-presidente
O grupo é uníssono sobre a relevância de um ex-presidente da Câmara. Para Aécio Neves, presidente da Casa de 2001 a 2002 pelo PSDB, a experiência é útil para os sucessores.
Para ele, não estar à frente das decisões demanda, muitas vezes, maturidade. “[É importante] encontrar o seu espaço e não ficar disputando permanente holofotes. É um exercício de maturidade que todos os homens públicos devem buscar em determinado momento da sua trajetória.”
Chinaglia afirma que a forma como o presidente atua impacta no tamanho da influência após a saída do cargo. “Depende de como você chegou, de como você se elegeu e de como você saiu. Se o cara for respeitado pelo que ele pensa, se cumpre com a palavra, ele se mantém influente”, afirma.
Desafios
Os ex-presidentes da Casa destacam o novo protagonismo da Câmara em relação ao Orçamento, com influência cada vez maior do Poder Legislativo em detrimento do Executivo.
Para alguns, há excessos na nova atuação. “Eu acho que há um certo, digamos, exagero na volúpia do Congresso sobre nacos do Orçamento”, afirma Aécio.
Marco Maia afirma que a discussão sobre o orçamento tem tamanho maior que as outras pautas da Casa, e que por isso os deputados buscam atuar mais como “executores do que legisladores”.
O desgaste pelas quedas de braço do Legislativo com o Executivo e com o Judiciário é apontado pelos ex-presidentes como um desafio importante para o próximo ciclo da Câmara.
“Restabelecer os limites das atribuições de cada um dos poderes é o maior desafio do próximo presidente da Câmara. Sobretudo, garantir uma relação harmoniosa entre os poderes, definindo limites”, diz Aécio.
Para Chinaglia, o desafio do momento é defender a democracia, impondo respeito à Casa, mas viabilizando a construção de acordos. Já Temer destaca a importância da regulamentação total da reforma tributária, iniciada no ano passado.
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