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Brasileiro que fugiu duas vezes da penitenciária Villa Busch e transferido para La Paz

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Antes de fugir pela segunda vez da penitenciária Villa Busch, Antônio ainda tinha dois anos de pena à cumprir, por ser reincidente Antonio terá novo julgamento

A primeira vez que Antônio conseguiu escapou foi em 2022, sendo recapturado no dia seguinte. Foto: captada

Após uma operação policial bem-sucedida no final de agosto, o detento Antônio Da Silva e Silva, de 33 anos, foi recapturado as margens do rio acre, ainda em solo boliviano. O indivíduo, que havia fugido da penitenciária Villa Busch pela segunda vez no começo de agosto, foi novamente detido e encaminhado ao interior do presídio para cumprir o restante de sua pena.

A captura do brasileiro aconteceu por volta das 16h30 (horário de Pando), no dia 27 de agosto, o detento Antonio Silva, passou 20 dias entre Brasiléia, Epitaciolândia e Cobija, onde equipes do DACI e da FELLC localizaram nas imediações do Rio Acre, lado boliviano, entre os bairros Porto Alto e Paraíso, em Cobija, local que existe um porto Catraia (Embarcação) que se emprega no transporte de passageiros entre Brasiléia e Cobija.

O indivíduo Antonio Da Silva e Silva, que havia fugido da penitenciária Villa Busch pela segunda vez no começo de agosto, foi novamente detido e encaminhado para uma penitenciaria no centro da Bolívia. Foto: cedida

Antonio da Silva e Silva não esperava uma ação rápida dos agentes da FELLC quando o mesmo foi capturado, o apenado foi apresentado as autoridades, na sequência levado à penitenciária Villa Busch para cumprir o restante de sua pena, nos últimos dias seu caso chegou a Promotoria de Justiça de Pando, onde resolveram por transferir o mesmo para uma penitenciária no centro do país, com a decisão Antonio foi levando nesta quinta-feira 10, para a capital La Paz, onde já está integrado para cumprir o restante de sua pena na penitenciária San Pedro.

O detento Antônio Da Silva e Silva, de 33 anos, já no aeroporto internacional de Cobija Capitan Anilbal Arab momentos antes do embarque para La Paz. Foto: captada 

Antes de fugir pela segunda vez da penitenciária Villa Busch, Antônio ainda tinha dois anos de pena à cumprir, por ser reincidente Antonio terá novo julgamento. Ele foi condenado por roubo à mão armada e por causar ferimentos leves e graves durante sua ação criminosa em Cobija. A primeira vez que Antônio conseguiu escapou foi em 2022, sendo recapturado no dia seguinte.

Veja video:

A penitenciária de San Pedro é a maior de La Paz (Bolívia). Abriga cerca de 3 mil presos, que fazem as próprias regras no local e criaram até uma espécie de tribunal para fazer “justiça”.

Há poucos guardas em San Pedro, que parece mais um bairro pobre no meio da cidade. Em alguns casos, as famílias dos detentos também vivem dentro da prisão. Acredita-se que lá eles estejam mais seguras. No interior há barbearias, restaurantes, salas de aula, igrejas e vários pequenos negócios. As celas, que não ficam trancadas, viraram quartos, que são classificados com notas entre 0 e 5 estrelas. A classificação serve para o sistema de compra, venda e aluguel de celas. Se um preso não tiver condições de comprar ou alugar um quarto, corre o risco de morrer de hipotermia, como um “sem-teto”, pois as temperaturas na cidade caem drasticamente no inverno, devido à sua localização, com altitude de 3.625 metros.

Penitenciária na Bolívia tem leis próprias, detentos ‘morando’ com a família e piscina para execuções de ‘tribunal paralelo’

San Pedro funciona como se fosse uma cidade murada. Alguns detentos sobrevivem das peças de artesanato que produzem e que são vendidas a visitantes. O fluxo de pessoas é intenso. Até mototaxistas são vistos no interior da penitenciária. Há divisão de trabalho: alguns detentos, por exemplo, são encarregados de preparar refeições; outros assumem as funções de garis. Empregos disponíveis incluem vagas para carpinteiro, auxiliar de serviços de lavanderia e até engraxate.

Profissionais do sexo também têm acesso à prisão. Guardas lucraria com a oferta desse tipo de serviço.

Estupradores de crianças são tratados com uma política brutal de tolerância zero. A punição para eles pode vir por esfaqueamento, choque elétrico ou espancamento até a morte, de acordo com a “ética” local, revelado à reportagem do “Daily Star”.

Piscina em San Pedro onde detentos são executados por ‘tribunal paralelo’. Foto: Reprodução

Mas nenhuma característica de San Pedro chama mais atenção do que a sua piscina. O “supremo tribunal” dos presos costuma afogar nela os condenados pelo “sistema”, que lucra com o tráfico de drogas.

A penitenciária ganhou grande atenção internacional depois de um livro de Rusty Young, que retratou o dia a dia no local. Young subornou autoridades e detentos para chegar à prisão e viveu lá durante quatro meses antes de publicar o “Marching Powder”, que contava a história de Thomas McFadden – um pequeno traficante de drogas inglês detido em San Pedro.

McFadden acabou ganhando a vida oferecendo passeios pela prisão a mochileiros, no entanto, estes foram eventualmente proibidos quando se descobriu que os turistas também compravam cocaína na “fábrica da prisão”.

A prisão ganhou atenção do mundo depois de publicação do livro Rust Young, Marching Powder, que conta a história de um Inglês traficante de drogas que cumpri pena no local.

Penitenciária na Bolívia tem leis próprias, detentos ‘morando’ com a família e piscina para execuções de ‘tribunal paralelo’ — Foto: Reprodução/YouTube

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Samu recebe 13 trotes em duas horas e profissionais são alvo de ofensas em Rio Branco

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O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) recebeu 13 ligações falsas em um intervalo de aproximadamente duas horas, na tarde deste sábado (27), em Rio Branco. Todas as chamadas foram classificadas como trotes e, além de não relatarem ocorrências reais, continham xingamentos e ofensas direcionadas aos profissionais que estavam de plantão.

Segundo informações apuradas pela reportagem, durante as ligações os atendentes e médicas plantonistas tentaram, sem sucesso, identificar se havia alguma situação real de emergência. Em resposta, recebiam apenas palavras de baixo calão e ataques verbais.

De acordo com os relatos, as vozes dos autores dos trotes aparentavam ser de adolescentes. Eles repetidamente perguntavam se o número era do Samu e, logo em seguida, passavam a ofender os profissionais responsáveis pelo atendimento.

Apesar de existir uma lei estadual que trata do tema, o Acre ainda não dispõe de mecanismos eficazes para punir quem realiza trotes contra serviços públicos essenciais. A legislação chegou a ser aprovada e sancionada, mas não produziu efeitos práticos durante sua aplicação.

Ocorrências deixaram de ser atendidas, o que pode ter resultado em pessoas ficando sem socorro médico – Foto/ilustrativa

Os trotes continuam sendo registrados também contra a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, gerando prejuízos diretos à população e sobrecarregando os serviços de emergência.

Durante o período em que as ligações falsas ocorreram, outras ocorrências deixaram de ser atendidas, o que pode ter resultado em pessoas ficando sem socorro médico, inclusive em situações que poderiam demandar ambulâncias de suporte básico ou avançado.

A coordenação do Samu reforça o apelo para que a população utilize o serviço com responsabilidade, acionando o 192 apenas em casos reais de urgência e emergência. A instituição destaca que parte da demora nos atendimentos está diretamente relacionada ao volume de trotes, que congestionam as linhas e impedem que chamadas legítimas sejam atendidas com agilidade.

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Correios preveem 15 mil demissões voluntárias e fechar mil agências

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© FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ AGÊNCIA BRASIL

Plano foi apresentado para reduzir déficits da estatal

Com o objetivo de reduzir os déficits registrados desde 2022, os Correios divulgaram nesta segunda-feira (29) um plano de reestruturação da companhia com previsão de fechar 16% das agências da estatal, o que representa cerca de mil das 6 mil unidades próprias  em todo o país.

A estatal espera economizar R$ 2,1 bilhões com o fechamento de unidades. Considerando outros pontos de atendimento realizados por parceria, são 10 mil unidades que prestam serviços para os Correios no Brasil. Como a empresa pública tem a obrigação de cobrir todo o território nacional, o presidente da estatal, Emmanoel Rondon, destacou que o fechamento dessas agências será realizado sem violar o princípio da universalização do serviço postal.

“A gente vai fazer a ponderação entre resultado [financeiro das agências] e o cumprimento da universalização para a gente não ferir a universalização ao fecharmos pontos de venda da empresa”, explicou o presidente dos Correios em coletiva de imprensa, em Brasília (DF).

Demissão Voluntária

O plano dos Correios prevê ainda cortes de despesas da ordem de R$ 5 bilhões até 2028, com venda de imóveis e dois planos de demissão voluntária (PDVs) previstos para reduzir o número de funcionários em 15 mil até 2027.  

“A gente tem 90% das despesas com perfil de despesa fixa. Isso gera uma rigidez para a gente fazer alguma correção de rota quando a dinâmica de mercado assim exige”, disse.

O plano de reestruturação era esperado devido aos sucessivos resultados negativos que a estatal vem acumulando desde 2022, com um déficit estrutural de R$ 4 bilhões anuais “por causa do cumprimento da regra de universalização”, segundo justificou o presidente Rondon.

Neste 2025, a estatal registra um saldo negativo de R$ 6 bilhões nos nove primeiros meses do ano e está com um patrimônio líquido negativo de R$ 10,4 bilhões. 

Empréstimo e abertura de capital

A companhia informou ainda que tomou um empréstimo de R$ 12 bilhõescom bancos para reforçar o caixa da companhia, assinado na última sexta-feira (26). Porém, a direção dos Correios ainda trabalha para encontrar outros R$ 8 bilhões necessários para equilibrar as contas em 2026.

A estatal estuda ainda, a partir de 2027, uma mudança societária nos Correios. Atualmente, a companhia é 100% pública, mas avalia a possibilidade de abrir seu capital transformando-a, por exemplo, em uma companhia de economia mista, como é hoje a Petrobras e o Banco do Brasil. 

Corte de pessoal e benefícios

O plano apresentado pelos Correios prevê medidas para serem implementadas entre 2026 e 2027, incluindo os PDVs, sendo um no próximo ano e outro em 2027.

Outros alvos da direção dos Correios são os planos de saúde e de previdência dos servidores, que devem ter cortes nos aportes feitos pela estatal.

“O plano [de saúde] tem que ser completamente revisto e a gente tem que mudar a lógica dele porque hoje ele onera bastante. Ele tem uma cobertura boa para o empregado, mas, ao mesmo tempo, financeiramente insustentável para a empresa”, justificou o presidente.

Com as demissões voluntárias e os cortes de benefícios, os Correios esperam reduzir as despesas com pessoal em R$ 2,1 bilhões anuais. Além disso, o plano estima vender imóveis da companhia para gerar R$ 1,5 bilhão em receita.

“Esse plano vai além da recuperação financeira. Ele reafirma os Correios como um ativo estratégico do estado brasileiro, essencial para integrar o território nacional, garantir acesso igualitário a serviços logísticos e assegurar eficiência operacional em cada região do país, especialmente onde ninguém mais chega”, concluiu o presidente dos Correios.

Crise no setor postal

Os Correios enfrentam uma crise financeira que, segundo a direção da companhia, vem desde 2016, motivada pelas mudanças no mercado postal em razão da digitalização das comunicações, que substituiu as cartas, reduzindo a principal fonte de receita.

A estatal também atribui dificuldades financeiras a entrada de novos competidores no comércio eletrônico como um dos motivos da atual crise do setor.

“É uma dinâmica de mercado que aconteceu no mundo inteiro e algumas empresas de correios conseguiram se adaptar. Várias dessas empresas ainda registram prejuízos. Um exemplo é a empresa americana de correios que está reportando prejuízo da ordem de US$ 9 bilhões”, comparou Emmanoel.

O presidente da estatal brasileira se referiu a empresa pública dos Estados Unidos (EUA) United States Postal Service (USPS), que também anunciou recentemente medidas para enfrentar os déficits financeiros.

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TJ do Acre reduz pena de “Chico Doido” de 22 para 12 anos pelo assassinato de dirigente do PSOL em Xapuri

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Câmara Criminal do TJ reconhece atenuante de confissão e mantém regime fechado. Crime ocorreu em 2019 após disputa por terra na reserva Chico Mendes

Josimar da Silva Barroso (47), mais conhecido como “Tripinha”, teria sido morto com um tiro de espingarda no peito – Foto: Arquivo familiar

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) reduziu de 22 para 12 anos de prisão a pena de Francisco da Silva Barroso, conhecido como “Chico Doido”, condenado pelo assassinato de Josimar da Silva Conde, o “Tripinha”, então presidente municipal do PSOL em Xapuri. A decisão atendeu a um recurso da defesa que solicitou o reconhecimento da atenuante de confissão.

A relatora do processo, desembargadora Denise Castelo Bonfim, manteve as qualificadoras do crime — motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima —, mas entendeu que a confissão do réu deveria ser considerada para a redução da pena. O regime de cumprimento permanece em fechado.

Na época a equipe do CIOPAER resgatou o corpo e levou para ser entregue no Instituto Médico Legal (IML), na Capital. Foto: arquivo

O crime ocorreu no dia 20 de novembro de 2019, por volta das 15h, no Seringal Simitumba, colocação Campo Verde, área de difícil acesso dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes, na zona rural de Xapuri. Segundo as investigações, Josimar foi morto com um disparo de espingarda após uma discussão relacionada à demarcação de terras na região.

Na ocasião, a vítima teria ido ao local para tratar da divisão das terras e foi recebida pelo acusado em sua residência. De acordo com o relato do caseiro, ambos conversavam quando ele ouviu um disparo. Em seguida, viu Francisco correr em direção à mata. A vítima foi encontrada baleada na região do peito e do ombro e morreu no local.

Na época a equipe do CIOPAER resgatou o corpo e levou para ser entregue no Instituto Médico Legal (IML), na Capital. Foto: arquivo

O caseiro caminhou por cerca de cinco horas até conseguir chegar a uma estrada e, posteriormente, à cidade, onde avisou a esposa da vítima, que acionou as autoridades. Uma operação foi montada pelas forças de segurança do Estado para o resgate do corpo, autorizado pelo delegado de Xapuri à época, Alex Danny.

A retirada do corpo foi coordenada pelo agente investigador Eurico Feitosa, que também participou do levantamento inicial do local do crime. Conforme o relatório policial, o corpo foi encontrado a aproximadamente 30 metros da residência, indicando que o disparo foi feito de dentro da casa para fora, no momento em que a vítima deixava o local.

Cinco dias depois, uma operação conjunta do Bope e da Polícia Civil prendeu o suspeito, que foi localizado na casa de uma irmã, em uma propriedade rural próxima à cidade. Ele foi detido em posse da arma utilizada no crime.

À polícia, Francisco alegou ter agido em legítima defesa, afirmando que a vítima teria chegado armada à sua casa. Na época, a defesa também questionou a legalidade da prisão, alegando que o prazo de flagrante havia expirado e que não existia mandado de prisão preventiva expedido pela Comarca de Xapuri.

O caso teve grande repercussão no estado e voltou ao centro do debate com a recente decisão judicial que reduziu a pena do condenado.

O detento Francisco da Silva Barroso, condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato do presidente do PSOL em Xapuri, Josimar da Silva Conde, teve a pena reduzida. Foto: arquivo

O homicídio que teria ocorrido por volta das 15 horas de uma quarta-feira, dia 20 de novembro de 2019, em uma localidade de difícil acesso na zona rural de Xapuri.

Segundo foi levantado na época, a vítima teria ido ao local para tratar da divisão de terras na localidade e foi convidado por seu algoz, identificado como Francisco, ou “Chico Doido”, e ficaram conversando na casa. Foi quando o caseiro ouviu um disparo de espingarda e depois viu o acusado correndo para dentro da mata.

O caseiro contou que viu a vítima baleada na região do peito e ombro, indo a óbito no local. Depois, andou cerca de cinco horas no ramal de difícil acesso até chegar na estrada e depois, ir de carro até a cidade para avisar a esposa da vítima, que depois acionou as autoridades.

O presidente do PSOL de Xapuri Josemar Conde, foi assassinado na tarde de 20 de novembro de 2019, após ser atingido com um tiro de espingarda calibre 28. Foto: arquivo

 

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