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Brasileiro morre em conflito na guerra da Ucrânia: ‘Família deu muito conselho para ele não ir’, lamenta mãe
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Paraibano Thiago Bulhões, voluntário em guerra da Ucrânia, morre em combate — Foto: Arquivo Pessoal
O paraibano Thiago Paulo Bulhões, de 25 anos, morreu em um combate na guerra da Ucrânia no sábado (4). A confirmação foi feita ao g1 pela mãe dele, Elidiane Bulhões. Thiago tinha deixado o Brasil no mês de junho.
Thiago morava com os pais em Santa Rita, Região Metropolitana de João Pessoa, e trabalhava em uma escolinha de futebol. Ele deixa duas filhas, de 4 e 7 anos.
Segundo Elidiane, o filho conheceu um grupo de pessoas pelas redes sociais. A mãe conta que essas pessoas falavam sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia e o filho decidiu entrar no grupo, mesmo sem o apoio da família.
“Ele conheceu uma pessoa, fez amizade com esse grupo e decidiu ir. Ele se trancava no quarto e passava muito tempo falando com esse povo [no celular]. Até então, a gente não sabe as promessas que esse povo fez para esses jovens irem para um lugar desse. Na realidade, o meu filho tinha amor. A família deu muito conselho para ele não ir, mas foi decisão dele”, disse Elidiane.
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Thiago deixou o Brasil em 30 de junho de 2025 — Foto: Arquivo Pessoal
A última conversa entre mãe e filho foi no sábado (4), poucas horas antes do combate. Thiago pediu que a mãe acompanhasse suas publicações e mensagens pelas redes sociais, já que o sinal na região era ruim.
“A última coisa que ele falou pra mim foi: ‘mãe, fique só ligada no Instagram’. Isso foi no sábado. Foi horrível, um pedaço de mim que foi embora. Infelizmente, meu filho comprou uma briga que não é dele, mas era o sonho dele”.
A mãe do paraibano ainda afirma que o filho dizia não ter mais interesse em voltar ao Brasil e desejava permanecer na Europa. Segundo ela, a ideia de Thiago era viajar e conseguir outras oportunidades de emprego após a guerra.
“Ele não tinha vontade de voltar, queria trabalhar lá. Todas as conversas, sempre meu filho era feliz. Eu perguntei ‘você quer voltar pra cá? ‘ Ele falou para mim: ‘Não, mãe. Eu não quero voltar, eu tô fazendo o que eu amo, ajudando as pessoas que mais precisam. Esse era o meu filho”, contou.
De acordo com Elidiane, Thiago recebia cerca de R$ 25 mil pelo trabalho na linha de frente, mas dizia que o dinheiro não era o motivo principal. “Meu filho sempre quis ajudar as pessoas. Ele dizia que ia defender a cidade”, disse.
A mãe de Thiago disse que o corpo do jovem será cremado e as cinzas enviadas para ela, junto com os pertences, mas ainda não há previsão de quando isso acontecerá.
O que dizem a Embaixada da Ucrânia e o Itamaraty
Em setembro, a Embaixada da Ucrânia no Brasil declarou ao Jornal Nacional que “não recruta cidadãos brasileiros para as Forças Armadas da Ucrânia” e que, “em todos os casos conhecidos, cidadãos brasileiros chegaram à Ucrânia de forma independente e por livre e espontânea vontade”.
O g1 procurou o Ministério das Relações Exteriores, que informou que, por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, presta assistência consular às famílias e não confirmou a morte do paraibano. O órgão reforçou que o atendimento é feito a partir do contato dos familiares e que, por questões de privacidade, não divulga informações pessoais.
Além disso, em setembro, o Ministério também divulgou um alerta sobre brasileiros em conflitos armados, reforçando que “recomenda fortemente que propostas de trabalho para fins militares sejam recusadas” e que “a assistência consular, nesses casos, pode ser severamente limitada pelos termos dos contratos assinados entre os voluntários e as forças armadas de terceiros países”.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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