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BC reduz previsão de crescimento do crédito para 7,3% em 2023
Dados são do Relatório de Inflação divulgado nesta quinta-feira
O Banco Central (BC) prevê que o volume de crédito bancário crescerá 7,3% em 2023. A projeção teve uma ligeira redução diante da previsão anterior de 7,7%, divulgada em junho deste ano, e continua indicando um processo de desaceleração do crédito, compatível com o aperto monetário de alta na taxa Selic, os juros básicos da economia.
A nova estimativa incorpora ainda os novos dados do mercado de crédito e a revisão do cenário macroeconômico futuro. As informações são do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado nesta quinta-feira (28).
De acordo com o documento, contribuíram para essa revisão os dados do mercado de crédito, que vieram abaixo do esperado, principalmente em decorrência do movimento no crédito para pessoas jurídicas com recursos livres. Nesse segmento, a projeção foi reduzida de 3% para 1,5%, “devido à desaceleração do saldo mais acentuada do que a esperada”.
Já a projeção de crescimento do estoque do crédito livre para pessoas físicas foi mantida em 9%, reflexo da resiliência observada nas concessões até julho de 2023 e as perspectivas atualizadas para atividade econômica. Ainda em seu Relatório de Inflação, o BC elevou a projeção para o crescimento da economia este ano de 2% para 2,9%.
O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. O crédito direcionado tem regras definidas pelo governo e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
No crédito direcionado, a projeção de crescimento do saldo de pessoas físicas foi mantida em 11%, com a desaceleração do saldo imobiliário sendo compensada pelo aumento do tamanho do Plano Safra para 2023/2024. Em junho, o governo federal anunciou R$ 364,22 bilhões para o financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país em 2023/2024. O valor é 26,8% maior que o destinados no plano de 2022/2023.
Por fim, no segmento de pessoas jurídicas, no crédito direcionado, a projeção foi mantida em 7%.
Política de juros
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu reduzir a taxa básica de juros, a Selic, de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano. O comportamento dos preços fez o BC cortar os juros pela segunda vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.
De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.
Em ata divulgada na última terça-feira, o Copom reforçou a necessidade de se manter uma política monetária ainda contracionista para que se consolide a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025 e a ancoragem das expectativas. As incertezas nos mercados e as expectativas de inflação acima da meta preocupam o BC e são fatores que impactam a decisão sobre a taxa básica de juros.
A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação porque a taxa causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, evitando a demanda aquecida. Os efeitos do aperto monetário são sentidos no encarecimento do crédito e na desaceleração da economia.
A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumula taxa de 3,23% no ano, até agosto. Em 12 meses, a inflação acumulada é de 4,61%.
Previsão para 2024
Pela primeira vez, o BC apresentou a previsão de crescimento do crédito para 2024, de 8,5%. A autarquia espera uma evolução do crédito com recursos livres, “mais sensível à evolução esperada da política monetária [de queda dos juros]”. Dessa forma, o crescimento do saldo do crédito deve superar o observado em 2023, em termos nominais e reais.
“A aceleração deve ser impulsionada pelo segmento de crédito livre para pessoas jurídicas, com a dissipação dos impactos dos eventos envolvendo grandes empresas. Por sua vez, espera-se que o crédito para pessoas físicas exiba trajetória de ligeira desaceleração, tanto nas operações com recursos livres como nas com recursos direcionados, refletindo, entre outros fatores, os níveis elevados de endividamento e comprometimento de renda e o menor crescimento da renda das famílias”, destaca o relatório.
“A perspectiva de aceleração nominal do crédito e de desaceleração da inflação sugere crescimento real mais vigoroso do saldo de crédito no próximo ano”, acrescenta o BC.
Edição: Maria Claudia
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Jovem morre ao colidir com poste após perder controle de moto em Brasiléia
Gerson da Silva Gonçalves, de 25 anos, não resistiu ao impacto e morreu no local; ele trabalhava como entregador
Um grave acidente de trânsito resultou na morte de um jovem de 25 anos na tarde desta quinta-feira (10), em Brasiléia, no interior do Acre. A vítima, identificada como Gerson da Silva Gonçalves, perdeu o controle da motocicleta que pilotava e colidiu violentamente contra um poste, no Ramal do Polo, região do Bairro Rigamontes.
Segundo informações preliminares, Gerson trafegava pelo ramal que dá acesso à BR-317, conhecido como Estrada do Pacífico, quando se desequilibrou e acabou se chocando contra o poste. O impacto foi tão forte que o jovem morreu ainda no local, antes da chegada do socorro.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas ao chegar apenas pôde constatar o óbito. A suspeita inicial é de que ele tenha sofrido um grave trauma na cabeça ou fratura no pescoço. A causa exata da morte, no entanto, será confirmada apenas após a realização da perícia forense.
A Polícia Militar isolou a área até a chegada da Polícia Técnica e da Polícia Civil, que fizeram os primeiros levantamentos no local do acidente. O corpo de Gerson não seria encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) em Rio Branco para os procedimentos necessários.
Gerson era casado e atuava como entregador na cidade. A polícia informou que busca imagens de câmeras de segurança instaladas nas proximidades para esclarecer as circunstâncias do acidente e elaborar o laudo técnico.
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Polícia Civil cumpre mandados e prende dois suspeitos de furto qualificado em operação conjunta com DEIC e Núcleo de Capturas
Imagens de câmeras de segurança auxiliaram na identificação dos suspeitos, que aparecem transportando os materiais furtados até o cemitério da cidade

Em ação conjunta, Polícia Civil cumpre mandados e prende dois suspeitos de furto qualificado em Rio Branco. Fotos: cedidas
A Polícia Civil do Acre, por meio da Delegacia de Sena Madureira, com apoio da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) e do Núcleo de Capturas, deflagrou na manhã desta quinta-feira, 10, uma operação que resultou na prisão de dois indivíduos investigados por envolvimento em furto qualificado.
A ação policial ocorreu em uma residência localizada na Rua México, nº 304, no bairro Habitasa, em Rio Branco. Durante o cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão, dois suspeitos, identificados pelas iniciais W.A.S. e E.C.A., foram presos. Com eles, foram apreendidos 174 gramas de Skank, duas armas de fogo adulteradas para o calibre .22 e 14 munições.
As investigações, presididas pela Delegada de Polícia Civil Rivânia Franklin, tiveram início após um furto registrado na madrugada do dia 2 de março de 2024, em um estabelecimento comercial localizado no bairro Bosque, em Sena Madureira. Na ocasião, os criminosos romperam obstáculos físicos para adentrar ao local, causando um prejuízo estimado em R$ 40 mil à vítima.
Imagens de câmeras de segurança auxiliaram na identificação dos suspeitos, que aparecem transportando os materiais furtados até o cemitério da cidade, onde esconderam os objetos temporariamente. Posteriormente, os itens foram colocados na carroceria de uma caminhonete Hillux azul, que seguiu em direção à Rua Padre Egídio.
W.A.S., um dos presos, foi reconhecido pelas imagens e já possui histórico de envolvimento em crimes patrimoniais na região. A caminhonete utilizada na ação criminosa pertence ao sogro do investigado, o que reforça os indícios de participação direta no furto.
As diligências apontaram ainda que W.A.S. alternava sua permanência entre as cidades de Sena Madureira e Rio Branco, o que levantou a possibilidade de que os objetos furtados estejam divididos entre os dois municípios.

Durante a operação, foram apreendidas drogas, armas adulteradas e munições com os investigados. Foto: cedida
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Polícia Civil do Acre integra Operação Falsa Portabilidade, que desarticula esquema interestadual de fraudes bancárias e lavagem de dinheiro
O delegado Gustavo Neves, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil do Acre, destacou o grau de sofisticação do grupo criminoso

Polícia Civil do Acre integrou a Operação Falsa Portabilidade, ação nacional que resultou na prisão de 7 pessoas envolvidas em fraudes bancárias e lavagem de dinheiro. Foto: Cedida
A Polícia Civil do Estado do Acre integrou, nesta quarta-feira, 9, a Operação Falsa Portabilidade, ação nacional que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa envolvida em crimes de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documentos públicos e particulares, além de lavagem de dinheiro. A operação contou com o apoio das polícias civis do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina, e foi coordenada com suporte logístico e operacional da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP).
A ação foi realizada no âmbito do Projeto Impulse, vinculado ao Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Enfoc), coordenado pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi/Senasp). As investigações, conduzidas pela Polícia Civil acreana, revelaram uma estrutura criminosa com base no estado e ramificações no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Maranhão.
Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, além de 14 mandados de sequestro de bens. Uma pessoa foi presa em Santa Catarina e 6 pessoas foram presas no Rio de Janeiro. Até o momento, 7 pessoas foram presas e cerca de R$ 1 milhão foi bloqueado em contas bancárias dos investigados.
Segundo Rodney da Silva, diretor da Diopi/Senasp, a operação é um exemplo do impacto das ações coordenadas. “A Operação Falsa Portabilidade evidencia a relevância do trabalho integrado entre as polícias civis e o apoio da Senasp no combate ao crime organizado. Estamos atuando para desmontar financeiramente essas estruturas criminosas e impedir sua continuidade”, afirmou.

Mandados de prisão, busca e apreensão, sequestro de veículos e bloqueios bancários marcaram a atuação integrada da Polícia Civil na Operação Falsa Portabilidade. Foto: Cedida
O delegado Gustavo Neves, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil do Acre, destacou o grau de sofisticação do grupo criminoso. “Essa organização vinha utilizando o mecanismo da falsa portabilidade bancária para aplicar golpes em grande escala, movimentando recursos ilícitos com o uso de documentos falsificados e dados de terceiros. A investigação revelou uma estrutura articulada, com divisão de funções entre os membros e atuação em diversos estados. Nosso foco é desarticular o núcleo financeiro da organização e impedir a continuidade dos crimes”, afirmou o delegado.
As investigações seguem em curso para identificar outros integrantes da organização criminosa e ampliar o rastreamento do patrimônio oriundo das fraudes. A participação ativa da Polícia Civil do Acre reforça o compromisso da instituição com o enfrentamento qualificado ao crime organizado, em articulação com forças de segurança de todo o país.
“A Polícia Civil do Acre tem atuado de forma estratégica no enfrentamento às organizações criminosas, e a Operação Falsa Portabilidade é um exemplo claro da força do trabalho integrado e da capacidade investigativa dos nossos profissionais. Essa operação demonstra que, com cooperação interestadual e apoio da Senasp, conseguimos atingir o núcleo financeiro do crime e interromper ciclos de fraude que prejudicam a sociedade. Seguiremos firmes nesse compromisso de proteger o cidadão e desarticular redes criminosas que atuam dentro e fora do nosso estado”, enfatizou o delegado-geral, José Henrique Maciel.

PCAC participa de operação nacional contra fraudes bancárias. Sete pessoas foram presas e R$ 1 milhão bloqueado. Foto: Cedida
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